Daí que a decisão sobre a barragem do Sabor não seja fácil. Do ponto de vista dos aproveitamentos hidroeléctricos ainda possíveis de desenvolver no país, trata-se de um dos melhores, senão o melhor e o que terá mais impacto na produção de electricidade - logo construí-lo é importante para cumprirmos o Protocolo de Quioto; do ponto de vista de um conservacionista, erguê-lo é um desastre.
Existe alternativa? Existe, mas é pior para a produção de electricidade: uma barragem no Alto Côa. Isto se nos esquecermos da barragem de Foz Côa, a tal que foi parada em 1995 e que era melhor do ponto de vista dos objectivos de Quioto (era mais eficiente para a produção de electricidade) e não afectava habitats naturais tão importantes. Em contrapartida "afogava" as gravuras rupestres e alguns dos melhores terrenos de produção de vinho do vale do Douro.
José Manuel Fernandes, no Editorial de hoje do Publico.
Obviamente que não é o respeito pelas metas de Quioto que está em causa como, pasmo, sugere o José Manuel Fernandes, Biólogo e filho de um ambientalista de renome em Portugal. Se as metas de Quioto fossem o objecto de preocupação o Governo deveria dar sinais mais eficazes de resposta ao problema. E a primeira medida seria a PROIBIÇÃO de construção de edifícios ineficientes do ponto de vista de utilização de energia. Esta simples regra acompanhada de medidas de incentivo ao investimento em obras de edifícios existentes por forma a melhorar a sua eficiência energética teria, provavelmente, um efeito mais significativo [para atingir os critérios de Quioto] do que a produção de energia prevista para a Barragem do sabor.
Obviamente que a redução do consumo não dá dinheiro, não constitui negócio, nem aumenta a carga fiscal cobrada aos consumidores. Logo não é Quioto mas sim a redução da dependência externa e o negócio que motiva a construção da barragem. Eu não sou daqueles que pensa que o negócio é pernicioso e que deve ser combatido. Mas acho que o negócio deve ser feito
tendo em conta o bem comum desta e das futuras gerações. Ora um negócio florescente na Alemanha é a cobertura dos telhados de edifícios urbanos com paineis solares para produção de energia. Estes paineis são construidos com financiamento dos moradores e a energia não é utilizada no predio mas vendida a preços acima dos valores do custo de consumo, para viabilizar o investimento das pessoas, durante algumas décadas (penso que 2 ou 3).
Passado este período o preço da energia vendida será equiparavel ao preço da energia de consumo. Se funciona na Alemanha, não se vê bem como não poderá funcionar em Portugal. Obviamente que carece de um investimento inicial, que requer acordos com os bancos para favorecer empréstimos vantajosos e requer a adopção de incentivos fiscais complementares. Mas
tendo em conta o investimento que está planeado no Sabor, não seria descabido defender um desvio da verba do Sabor para um plano desta natureza.
Miguel Araújo
Veja também a Plataforma Sabor Livre e se quiser, assine a petição.
Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
sexta-feira, abril 30, 2004
Apoio à guerra diminui nos EUA
Uma sondagem feita pelo New York Times e pela cadeia CBS demonstram como o apoio dos Americanos à guerra do iraque tem baixado vertiginosamente nos últimos tempos, com destaque para o último mês:
Ou seja, a questão não se trata de covardia, como os intelectuais de direita querem fazer querer; trata-se de senso comum: a guerra nunca devia ter acontecido, e a "democratização" do Iraque é uma tanga que só acredita quem está mesmo desesperado por não ter outra alternativa. Bush e os seus falcões estão cada vez mais sós, no buraco onde se meteram, perdendo o apoio da comunidade internacional e do seu próprio povo....
Relativamente à guerra do Iraque, com destaque para o que se passa em Fallujah:
"Quando se está num buraco, o pior que se pode fazer é cavar ainda mais fundo"
Ou seja, a questão não se trata de covardia, como os intelectuais de direita querem fazer querer; trata-se de senso comum: a guerra nunca devia ter acontecido, e a "democratização" do Iraque é uma tanga que só acredita quem está mesmo desesperado por não ter outra alternativa. Bush e os seus falcões estão cada vez mais sós, no buraco onde se meteram, perdendo o apoio da comunidade internacional e do seu próprio povo....
Relativamente à guerra do Iraque, com destaque para o que se passa em Fallujah:
"Quando se está num buraco, o pior que se pode fazer é cavar ainda mais fundo"
Mundos económico-sociais e tecnologia
Se observarmos o mundo tecnológico temos dois tipos de estruturas ou organizações: a estrutura da net que assenta numa base anárquica (apenas como oposição à hierárquica) de cliente/servidor mas onde no mundo caótico de redes modelos não deixa de haver uma ordem na rede de redes que é a internet. A questão está que entre servidores não há um grau hierárquico mas sim uma inteligência distribuida pela rede assente em pilhas de protocolos que funcionam como regras do modelo e de interfaces da rede IP com as outras redes. Uma delas é a própria rede fixa cujo modelo é o modelo hierárquico e cujos produtos são os próprios serviços hoje disponibilizados estando ainda de certo modo separado do modelo IP.
Actualmente, os modelos estão ainda distantes mas a tendência é a mistura de ambos os modelos com serviços conjuntos e distribuídos por todas as redes (convergência fixo móvel e voz dados) com os protocolos e as "inteligências" disseminadas pelas redes podendo-se chamar a isso uma inteligência global. Assim, poderemos escolher um único modelo? Poderemos escolher a net como único modelo tendo em conta os outros modelos/protocolos. Penso que não, que o ideal seria a criação de um modelo novo cujo protocolo assenta nas duas concepções (há os puristas do all IP).
Se tivermos em linha de conta que esta filosofia subjacente aos modelo enunciados assenta como se de um espelho da sociedade se tratasse pode-se pensar para a mesma um modelo anárquico de hierarquias (o próprio modelo familiar patriarcal é hierárquico - já se tentou destruir o núcleo familiar talvez por causa disso mesmo nos regimes comunistas) mas onde as cúpulas e grupos sociais se podem relacionar de forma anárquica com o espírito simbiótico de troca de produtos/serviços, onde o interior do grupo ou organização tem dois modelos puros a seguir ou um modelo misto.
Nisto mesmo se pode falar de uma revolução pois saímos de um modelo social estritamente hierárquico (temos o exemplo das colónias, ditaduras e da guerra convencional) para um modelo de troca de serviços/informação e de alguma gratuidade: a net no mundo inteiro e os regimes democráticos embora assentes no capitalismo são um bom exemplo. Podemos portanto falar de um confronto de modelos mas onde os conceitos se misturam cada vez mais, dando assim, origem a um novo modelo onde os protocolos não estão bem definidas (na tecnologia ainda assim é mais fácil).
Em conclusão, estamos a assistir ao nascimento de um mundo novo onde a tolerância e a esperança num mundo renovado, na minha opinião, são e serão a pedra de toque de todo o sistema económico/social.
Pedro Pereira
Actualmente, os modelos estão ainda distantes mas a tendência é a mistura de ambos os modelos com serviços conjuntos e distribuídos por todas as redes (convergência fixo móvel e voz dados) com os protocolos e as "inteligências" disseminadas pelas redes podendo-se chamar a isso uma inteligência global. Assim, poderemos escolher um único modelo? Poderemos escolher a net como único modelo tendo em conta os outros modelos/protocolos. Penso que não, que o ideal seria a criação de um modelo novo cujo protocolo assenta nas duas concepções (há os puristas do all IP).
Se tivermos em linha de conta que esta filosofia subjacente aos modelo enunciados assenta como se de um espelho da sociedade se tratasse pode-se pensar para a mesma um modelo anárquico de hierarquias (o próprio modelo familiar patriarcal é hierárquico - já se tentou destruir o núcleo familiar talvez por causa disso mesmo nos regimes comunistas) mas onde as cúpulas e grupos sociais se podem relacionar de forma anárquica com o espírito simbiótico de troca de produtos/serviços, onde o interior do grupo ou organização tem dois modelos puros a seguir ou um modelo misto.
Nisto mesmo se pode falar de uma revolução pois saímos de um modelo social estritamente hierárquico (temos o exemplo das colónias, ditaduras e da guerra convencional) para um modelo de troca de serviços/informação e de alguma gratuidade: a net no mundo inteiro e os regimes democráticos embora assentes no capitalismo são um bom exemplo. Podemos portanto falar de um confronto de modelos mas onde os conceitos se misturam cada vez mais, dando assim, origem a um novo modelo onde os protocolos não estão bem definidas (na tecnologia ainda assim é mais fácil).
Em conclusão, estamos a assistir ao nascimento de um mundo novo onde a tolerância e a esperança num mundo renovado, na minha opinião, são e serão a pedra de toque de todo o sistema económico/social.
Pedro Pereira
Conferência - O Português no mundo
Mais uma palestra organizada pela Academia Sénior da Covilhã no âmbito do ciclo "Venha tomar café connosco":
Conferencista: Prof. Doutor J. Malaca Casteleiro (Univ. Beira Interior)
Tema: A Língua Portuguesa no Mundo
Será hoje, às 21h00, na sede da Academia, na Rua Centro de Artes, Covilhã. Aberta a todos os que queiram aparecer para um cafezinho e, já agora, aprender alguma coisa!
Conferencista: Prof. Doutor J. Malaca Casteleiro (Univ. Beira Interior)
Tema: A Língua Portuguesa no Mundo
Será hoje, às 21h00, na sede da Academia, na Rua Centro de Artes, Covilhã. Aberta a todos os que queiram aparecer para um cafezinho e, já agora, aprender alguma coisa!
Fallujah, 17 de Abril
Alguns relatos de Fallujah, em primeira pessoa, tirados daqui.
Enquanto esperamos, conversamos com o xeque na mesquita. Ele conta que os hospitais registraram 1.200 vítimas, algo entre 5.600 pessoas mortas nos primeiros cinco dias de combate, com oitenta e seis crianças mortas nos primeiros três dias. Não há como saber quantas pessoas têm sido feridas ou mortas nas áreas controladas pelos EUA. Uma mulher em estado avançado de gravidez foi morta por um míssil, e sua criança ainda não nascida salva - mas já órfã, conta o xeque.
‘O meu irmão foi morto, e o filho de meu irmão e o filho de minha irmã. O meu outro irmão está na prisão em Abu Ghraib. Eu sou o último que resta. Consegue imaginar? E hoje de manhã o meu melhor amigo foi morto. Ele estava com a perna ferida, no meio da rua, e os americanos vieram e cortaram a sua garganta"
Enquanto esperamos, conversamos com o xeque na mesquita. Ele conta que os hospitais registraram 1.200 vítimas, algo entre 5.600 pessoas mortas nos primeiros cinco dias de combate, com oitenta e seis crianças mortas nos primeiros três dias. Não há como saber quantas pessoas têm sido feridas ou mortas nas áreas controladas pelos EUA. Uma mulher em estado avançado de gravidez foi morta por um míssil, e sua criança ainda não nascida salva - mas já órfã, conta o xeque.
‘O meu irmão foi morto, e o filho de meu irmão e o filho de minha irmã. O meu outro irmão está na prisão em Abu Ghraib. Eu sou o último que resta. Consegue imaginar? E hoje de manhã o meu melhor amigo foi morto. Ele estava com a perna ferida, no meio da rua, e os americanos vieram e cortaram a sua garganta"
Protesto contra as 3 operadoras
Devido às constantes subidas de preços dos tarifários das três operadoras de telecomunicações do país, seja por causa do aumento do IVA, da inflação ou por vontade própria, organizamos um protesto para forçar a Vodafone, Optimus e TMN a baixarem os preços dos seus serviços para lhes mostrar que SÃO ELES QUE PRECISAM DE NÓS! Este tipo de protesto já ocorreu em alguns países e com sucesso, sendo as companhias obrigadas a baixar os preços. Isto porque a união faz a força!
Portanto, dia 1 de Maio, Sábado, POR FAVOR DESLIGA O TEU TELEMÓVEL!
Não esqueças esta data. E se eventualmente necessitares de fazer uma chamada muito urgente, faz a chamada mas depois desliga imediatamente o telemóvel.
Espalhem esta informação por todas as vias possíveis, nomeadamente por e-mail, fóruns ou IRC. Mas NUNCA por telemóvel para não favorecer as operadoras!
Portanto, dia 1 de Maio, Sábado, POR FAVOR DESLIGA O TEU TELEMÓVEL!
Não esqueças esta data. E se eventualmente necessitares de fazer uma chamada muito urgente, faz a chamada mas depois desliga imediatamente o telemóvel.
Espalhem esta informação por todas as vias possíveis, nomeadamente por e-mail, fóruns ou IRC. Mas NUNCA por telemóvel para não favorecer as operadoras!
quinta-feira, abril 29, 2004
LAND ART (gratuito)
A nextART - Centro de Experiências Artísticas - Associação Cultural convida:
"Passe connosco um dia na serra de Sintra.
Exercícios de sensibilidade, criatividade, reflexão, com intervenções efectuadas no espaço natural utilizando os materiais e as características do local.
Ponto de encontro: Peninha, 10:00
Horário: 10:00 - 18:00
Por favor traga:
Calçado Desportivo e roupa para caminhada;
Comida e bebida para o dia;
Mochila pequena;
Bloco de notas;
Protecção para chuva/sol.
Marcações até sexta-feira pelos telefones 213421215 ou 916878485.
Como lá chegar:
A Peninha situa-se no cume ocidental da Serra de Sintra.
Vindo da A5:
Tome a última saída em direcção à Malveira da Serra. Na Malveira da Serra siga as indicações para o Convento dos Capuchos, cortando primeiro à direita no cruzamento para Janes e logo de seguida à esquerda, acedendo a uma rampa íngreme. Após ca. 500 m, desvie à esquerda por uma estrada estreita que sobe a serra entre um bosque denso e fechado. Ao fim de ca. 2 km, corte novamente à esquerda e siga a estrada até encontrar uma zona de lazer. A Peninha fica logo após, à esquerda.
Vindo pela IC19 ou de Mafra:
Opte por tomar a estrada em direcção ao Autódromo do Estoril. Passados ca. 3km da rotunda do Ramalhão, num cruzamento com semáforos, desvie à direita em direcção à Lagoa Azul. Passará a Lagoa Azul, a Barragem do Rio da Mula, subindo depois serra acima. Aproximando-se da Malveira da Serra, tome o desvio à direita, em direcção ao Convento dos Capuchos, tomando uma estrada estreita que sobe a serra entre um bosque denso e fechado. Siga as restantes indicações descritas no parágrafo anterior.
Vindo de Colares:
Ao chegar ao cruzamento da Azóia, tome a estrada da serra à esquerda em direcção à Peninha e ao Convento dos Capuchos. Suba até ao fim e a Peninha fica logo após, à direita.
nextART - Centro de Experiências Artísticas - Associação Cultural
Rua Duques de Bragança nº 6-A, 1200 Lisboa
nextart@sapo.pt
www.next-art.net
213421215
933101535
916878485
"Passe connosco um dia na serra de Sintra.
Exercícios de sensibilidade, criatividade, reflexão, com intervenções efectuadas no espaço natural utilizando os materiais e as características do local.
Ponto de encontro: Peninha, 10:00
Horário: 10:00 - 18:00
Por favor traga:
Calçado Desportivo e roupa para caminhada;
Comida e bebida para o dia;
Mochila pequena;
Bloco de notas;
Protecção para chuva/sol.
Marcações até sexta-feira pelos telefones 213421215 ou 916878485.
Como lá chegar:
A Peninha situa-se no cume ocidental da Serra de Sintra.
Vindo da A5:
Tome a última saída em direcção à Malveira da Serra. Na Malveira da Serra siga as indicações para o Convento dos Capuchos, cortando primeiro à direita no cruzamento para Janes e logo de seguida à esquerda, acedendo a uma rampa íngreme. Após ca. 500 m, desvie à esquerda por uma estrada estreita que sobe a serra entre um bosque denso e fechado. Ao fim de ca. 2 km, corte novamente à esquerda e siga a estrada até encontrar uma zona de lazer. A Peninha fica logo após, à esquerda.
Vindo pela IC19 ou de Mafra:
Opte por tomar a estrada em direcção ao Autódromo do Estoril. Passados ca. 3km da rotunda do Ramalhão, num cruzamento com semáforos, desvie à direita em direcção à Lagoa Azul. Passará a Lagoa Azul, a Barragem do Rio da Mula, subindo depois serra acima. Aproximando-se da Malveira da Serra, tome o desvio à direita, em direcção ao Convento dos Capuchos, tomando uma estrada estreita que sobe a serra entre um bosque denso e fechado. Siga as restantes indicações descritas no parágrafo anterior.
Vindo de Colares:
Ao chegar ao cruzamento da Azóia, tome a estrada da serra à esquerda em direcção à Peninha e ao Convento dos Capuchos. Suba até ao fim e a Peninha fica logo após, à direita.
nextART - Centro de Experiências Artísticas - Associação Cultural
Rua Duques de Bragança nº 6-A, 1200 Lisboa
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933101535
916878485
Voluntariado para as Florestas
Projecto transversal entre as Secretarias de Estado das Florestas, da Juventude e Desportos e da Administração do Território, envolvendo os Institutos Português da Juventude, do Ambiente, Conservação da Natureza e a Direcção Geral dos Recursos Florestais
I - Objectivo da iniciativa:
§ Preservar o património ambiental comum, em especial, no caso concreto e como projecto piloto, os recursos florestais e a sensibilização para as questões ambientais nos distritos de Coimbra e Castelo Branco.
§ Sensibilizar a população em geral e os jovens em especial para a defesa do património ambiental e florestal.
§ Entender a floresta como elementos essencial no equilíbrio ecológico e ambiental.
§ Perceber a floresta como riqueza nacional.
§ Alargar a rede nacional de Voluntários – centralizada a bolsa no Instituto Português da Juventude.
§ Fomentar o espírito de cidadania.
II- Acções a desenvolver:
As acções dos voluntários, que serão enquadradas pelos serviços regionais do MADRP, Áreas Protegidas, Autarquias Locais e Organizações de Produtores Florestais, são nomeadamente:
DEFENDER A FLORESTA CONTRA OS INCÊNDIOS
§ Sensibilização das populações;
§ Inventariação, sinalização e manutenção de caminhos florestais e pontos de água;
§ Vigilância móvel;
§ Limpeza e manutenção de parques de merendas,
DESCOBRIR A FLORESTA
§ Dinamização de guias de floresta;
§ Recuperação de caminhos de pé-posto;
§ Identificação dos elementos de interesse arqueológico, paisagístico e biológico;
CONSERVAR A NATUREZA
§ Inventariação e monitorização de áreas recentemente ardidas (espécies animais e plantas)
§ Controlo de plantas invasoras lenhosas
§ Controlo de erosão dos solos.
III - Áreas – Piloto:
Distritos de Coimbra e Castelo Branco:
§ Concelhos e freguesias com manchas florestais sensíveis/risco e perigo de incêndio elevado;
§ Espaços florestais integrados na Rede Nacional de Áreas Protegidas
IV – Período e Trabalho dos Voluntários
As acções decorrerão entre 1 de Junho e 30 de Setembro.
O trabalho de voluntariado será no mínimo de 4 horas/dia, constituindo um complemento da actividade das organizações envolvidas.
Período mínimo de participação do voluntário – 8 dias (2.ª feira a Domingo, inclusivé)
Período máximo – 15 dias (2.ª feira a Domingo)
Voluntariado ao fim-de-semana – É absolutamente essencial neste período pela grande pressão sobre os espaços florestais, decorrente quer das actividades de lazer quer das práticas agrícolas e florestais.
V – Contrapartidas
§ Formação específica;
§ Transporte para os locais onde decorrem as acções;
§ Alimentação;
§ Seguro de voluntário, nos termos legais.
VI – Modos de Inscrição
§ Nas Delegações do Instituto Português da Juventude de Coimbra e Castelo Branco.
§ Nas Câmaras e Juntas de Freguesia dos mesmos distritos .
§ No site www.voluntaridojovem.pt
§ Nos Postos da G.N.R
§ Nos quartéis de Bombeiros das regiões referidos.
VII - Datas: A partir de hoje.
Voluntário dos 18 aos 70 – Inscreve-te!
1º de Maio : “Empresários de todo o país Confederai-vos!”
Eis o novo slogan que proponho aos nossos “pseudo-“empresários, os que são contra o Estado, mas que vivem das suas encomendas, são a favor da globalização mas não a social e se pudessem eram altamente proteccionistas (já mostraram medo dos empresários espanhois, até fizeram queixinhas ao P.R.), mas a verdade é que se confederaram para bem do país e, logo, para bem dos trabalhadores e da produtividade.
Obrigado! Muito obrigado srs. Empresários; confederados são mais fortes e quanto mais fortes forem os empresários mais fortes serão os trabalhadores.
Falo, obviamente, da novelissima “Confederação Empresarial Portuguesa” onde esteve um ex e um actual Prime (tal como estão quando as organizações de trabalhadores se Confederam ou Unem). Obrigado Eng. Ludgero por ter posto em prática o mais odiado slogan dos empresários “trabalhadores de todo o mundo uni-vos” em prol da classe empresarial, logo dos patrões: ”empresários de todo o país confederai-vos”.
Agora sim, os trabalhadores podem contar com um país modernizado, unido em torno dos empresários e dos JEEP (Jovens Empresários de Elevado Potencial), quiçá. Viva o empresariado português, claro que algumas Confederações não aderiram ainda, mas a seu tempo (quando os Van-zeleres assim o entenderem), quando menos se esperar temos a dominar a economia portuguesa os “CONFEDERADOS”.
Lá têm os trabalhadores de se tornar UNIONISTAS, agora que tão desunidos têm andado, sindicalmente falando, espere-se por este 1º de Maio, UGT para um lado CGTP-IN para o outro. Digo, “trabalhadores Uni-vos, pois os Confederados estão aos vossos calcanhares”.
Ah!, esqueci-me que também se irá promover a produtividade. Os trabalhadores serão mais produtivos agora que há uma confederação. É muito fácil aumentar a produtividade em Portugal, digo eu como conselho aos confederados, acabem com a economia paralela, com a sub-facturação e acabem com a saída de mercadorias dos sectores industriais e outros pela “porta do cavalo”, e verão quanto produzem os trabalhadores portugueses. Podem acusá-los de baixa produtividade, mas é uma acusação injusta, pois a culpa é dos agora confederados que só vêem de um olho e têm sido contra o levantamento do sigilo bancário. Porque será? Se calhar porque os lucros reais das empresas que entram nos cofres bancários não correspondem aos declarados ao fisco, se calhar quando coincidirem uns e outros se possa falar, honestamente, dos índices de produtividade dos trabalhadores portugueses e da fuga ao fisco dos empresários.
Uns produzem pouco, outros fogem muito.
Que resposta devem dar os Confederados – levantamento do sigilo bancário, para efeitos fiscais sem quaisquer restrições. Não inventem restrições.
Aos trabalhadores pede-se-lhes que produzam ao ritmo humana e justamente possível, pois sem empresários não há empresas mas sem trabalhadores não há empresários. Eis uma “lapalissada” que tem andado esquecida.
Há porém uma coisa que me intriga muito, que é o facto dos empresários dizerem que os trabalhadores produzem pouco. Então os empresários não são também trabalhadores? Ao lado do trabalho, dicotomicamente falando, há o lazer, será que os empresários são um grupo em permanente lazer? Não creio, portanto o problema da produtividade pode radicar única e exclusivamente neste grupo de “lazedores” quando “trabalham” e que gostam de ser chamados empresários dicotomicamente em relação a “trabalhadores”.
Pois é quando os empresários forem trabalhadores e os trabalhadores não aspirem a empresários-lazedores teremos encontrado o bom caminho para a economia portuguesa.
Já lá vai o tempo do velho ditado de que “Quem trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro.”
Este tem sido o lema do empresariado português. Mude-se para “Quem não trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro” e não precisaremos nem de CONFEDERADOS nem de UNIONISTAS. Precisamos é de trabalho, pois só o trabalho é produtivo. Trabalho é esforço físico ou intelectual, trabalho é um direito inalienável de qualquer ser humano, porém é também um dever a que os empresários-lazedores estão obrigados.
“Trabalhadores de todo o mundo uni-vos”, uni-vos contra os que querem lazer única e exclusivamente à vossa custa. Empresários uni-vos aos vossos iguais-trabalhadores, abandonai os Confederados-lazeristas, para não dizer “sa-lazeristas”. O mundo mudou e “quem não trabuca (ou não trabucou) não manduca”. Eis o lema da sociedade moderna, salvaguardadas os devidas auxílios sociais e humanitários, claro.
Ps.: que grande confusão esta em que me meti. Também há a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTP), e a União Geral dos Trabalhadores. Não seria possível os novel Confederados irem para a CGTP uma vez que penso que sejam empresários-trabalhadores e não empresários-lazedores. E os que ainda não se Confederaram nesta nova Confederação podiam unir-se e irem para a UGT uma vez que também devem ser empresários-trabalhadores (seja do comércio ou da industria).
Teriamos então trabalhadores Confederados (CGT’s) de um lado e Unidos (UGT’s) do outro. O passo seguinte seria evidente, quem trabalha é trabalhador, seja Unido ou Confederado, quem não perceber isto não sabe o que é trabalho e quererá sempre des-Unir e des-Confederar os trabalhadores.
Vivam as UNiões e as COnfederações, viva o PRIMEIRO DE MAIO, viva o trabalho e o trabalhador. Viva o lazer de quem trabalha e de quem já trabalhou.
Não esquecer: “Trabalhadores de todo o mundo uni-vos!”, quando isto acontecer teremos uma sociedade melhor e mais solidária, pois só pode dar real valor ao trabalho quem trabalha, seja operário seja empresário.
José Cordeiro
Obrigado! Muito obrigado srs. Empresários; confederados são mais fortes e quanto mais fortes forem os empresários mais fortes serão os trabalhadores.
Falo, obviamente, da novelissima “Confederação Empresarial Portuguesa” onde esteve um ex e um actual Prime (tal como estão quando as organizações de trabalhadores se Confederam ou Unem). Obrigado Eng. Ludgero por ter posto em prática o mais odiado slogan dos empresários “trabalhadores de todo o mundo uni-vos” em prol da classe empresarial, logo dos patrões: ”empresários de todo o país confederai-vos”.
Agora sim, os trabalhadores podem contar com um país modernizado, unido em torno dos empresários e dos JEEP (Jovens Empresários de Elevado Potencial), quiçá. Viva o empresariado português, claro que algumas Confederações não aderiram ainda, mas a seu tempo (quando os Van-zeleres assim o entenderem), quando menos se esperar temos a dominar a economia portuguesa os “CONFEDERADOS”.
Lá têm os trabalhadores de se tornar UNIONISTAS, agora que tão desunidos têm andado, sindicalmente falando, espere-se por este 1º de Maio, UGT para um lado CGTP-IN para o outro. Digo, “trabalhadores Uni-vos, pois os Confederados estão aos vossos calcanhares”.
Ah!, esqueci-me que também se irá promover a produtividade. Os trabalhadores serão mais produtivos agora que há uma confederação. É muito fácil aumentar a produtividade em Portugal, digo eu como conselho aos confederados, acabem com a economia paralela, com a sub-facturação e acabem com a saída de mercadorias dos sectores industriais e outros pela “porta do cavalo”, e verão quanto produzem os trabalhadores portugueses. Podem acusá-los de baixa produtividade, mas é uma acusação injusta, pois a culpa é dos agora confederados que só vêem de um olho e têm sido contra o levantamento do sigilo bancário. Porque será? Se calhar porque os lucros reais das empresas que entram nos cofres bancários não correspondem aos declarados ao fisco, se calhar quando coincidirem uns e outros se possa falar, honestamente, dos índices de produtividade dos trabalhadores portugueses e da fuga ao fisco dos empresários.
Uns produzem pouco, outros fogem muito.
Que resposta devem dar os Confederados – levantamento do sigilo bancário, para efeitos fiscais sem quaisquer restrições. Não inventem restrições.
Aos trabalhadores pede-se-lhes que produzam ao ritmo humana e justamente possível, pois sem empresários não há empresas mas sem trabalhadores não há empresários. Eis uma “lapalissada” que tem andado esquecida.
Há porém uma coisa que me intriga muito, que é o facto dos empresários dizerem que os trabalhadores produzem pouco. Então os empresários não são também trabalhadores? Ao lado do trabalho, dicotomicamente falando, há o lazer, será que os empresários são um grupo em permanente lazer? Não creio, portanto o problema da produtividade pode radicar única e exclusivamente neste grupo de “lazedores” quando “trabalham” e que gostam de ser chamados empresários dicotomicamente em relação a “trabalhadores”.
Pois é quando os empresários forem trabalhadores e os trabalhadores não aspirem a empresários-lazedores teremos encontrado o bom caminho para a economia portuguesa.
Já lá vai o tempo do velho ditado de que “Quem trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro.”
Este tem sido o lema do empresariado português. Mude-se para “Quem não trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro” e não precisaremos nem de CONFEDERADOS nem de UNIONISTAS. Precisamos é de trabalho, pois só o trabalho é produtivo. Trabalho é esforço físico ou intelectual, trabalho é um direito inalienável de qualquer ser humano, porém é também um dever a que os empresários-lazedores estão obrigados.
“Trabalhadores de todo o mundo uni-vos”, uni-vos contra os que querem lazer única e exclusivamente à vossa custa. Empresários uni-vos aos vossos iguais-trabalhadores, abandonai os Confederados-lazeristas, para não dizer “sa-lazeristas”. O mundo mudou e “quem não trabuca (ou não trabucou) não manduca”. Eis o lema da sociedade moderna, salvaguardadas os devidas auxílios sociais e humanitários, claro.
Ps.: que grande confusão esta em que me meti. Também há a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTP), e a União Geral dos Trabalhadores. Não seria possível os novel Confederados irem para a CGTP uma vez que penso que sejam empresários-trabalhadores e não empresários-lazedores. E os que ainda não se Confederaram nesta nova Confederação podiam unir-se e irem para a UGT uma vez que também devem ser empresários-trabalhadores (seja do comércio ou da industria).
Teriamos então trabalhadores Confederados (CGT’s) de um lado e Unidos (UGT’s) do outro. O passo seguinte seria evidente, quem trabalha é trabalhador, seja Unido ou Confederado, quem não perceber isto não sabe o que é trabalho e quererá sempre des-Unir e des-Confederar os trabalhadores.
Vivam as UNiões e as COnfederações, viva o PRIMEIRO DE MAIO, viva o trabalho e o trabalhador. Viva o lazer de quem trabalha e de quem já trabalhou.
Não esquecer: “Trabalhadores de todo o mundo uni-vos!”, quando isto acontecer teremos uma sociedade melhor e mais solidária, pois só pode dar real valor ao trabalho quem trabalha, seja operário seja empresário.
José Cordeiro
A versão Israelita da Paz
A polícia de fronteiras israelita deteve ontem em Jerusalém, durante algumas horas, o palestiniano Sari Nusseibeh, presidente da Universidade Al Quds, sob acusação de dar emprego a quatro palestinianos sem autorização de entrada em Israel. Nusseibeh é um dos mais importantes activistas da paz entre os palestinianos e a acção policial provocou imediato protesto
As sondagens são favoráveis ao "sim" [separação unilateral proposta por Sharon, com o muro da Cisjordânia], mas tudo depende da abstenção. Os partidários do "não" parecem os mais motivados para votar. Importantes figuras do partido, como o ministro das Finanças Benjamon Netanyahu, que aspira a suceder a Sharon, recusaram-se a fazer campanha, apostando aparentemente na derrota do plano.
quarta-feira, abril 28, 2004
A "retoma" chegou!!!
A crise existe apenas para alguns...
A "retoma" chegou à Câmara Municipal de Lisboa!
Entre Março de 2003 e Março de 2004, o Município Lisboeta adquiriu 11 viaturas topo da gama no valor de 600.000 euros. Nove da marca Peugeot a quase 50.000 euros cada, um Lância Thesis de igual valor e um Audi A8 4.2 V8 Quattro de 115.000 euros. Acresce registar que o Audizito consome 19,6 litros de gasolina em circuito urbano!
Segundo Santana Lopes foi um bom negócio, visto que, e segundo ele, o seu antecessor gastou mais dinheiro. Os carros substituídos estavam velhos, tinham três anos!
Porquê este despezismo, estando o país na situação económica em que está? Carros topo da gama com três anos, são carros velhos? João Soares deixou um Volvo S80. Será que este carro com três anos não está em condições de circulação?
Porquê a necessidade de um Presidente de Câmara circular num Audi A8 4.2 V8 Quattro? Ainda por cima num país que está de tanga!
Sabem qual é o slogan da Audi para promover este carro?
"Os sonhos não têm preço"
Guerreiros anticorruptos
Quer dizer, os sonhos têm preço, mas quem paga os sonhos deles somos todos nós! E entretanto, Santana Lopes lá continua a acalentar outros sonhos, como o de transformar Monsanto num enorme estaleiro (o homem deve ter aversão ao verde natural) ou o de esburacar um certo tunel nos entrefolhos de Lisboa. Cá fico à espera da factura, dispensando lógicamente o sonho: é que a sua Lisboa de sonho será certamente mais triste e cinzenta que a de agora...
A "retoma" chegou à Câmara Municipal de Lisboa!
Entre Março de 2003 e Março de 2004, o Município Lisboeta adquiriu 11 viaturas topo da gama no valor de 600.000 euros. Nove da marca Peugeot a quase 50.000 euros cada, um Lância Thesis de igual valor e um Audi A8 4.2 V8 Quattro de 115.000 euros. Acresce registar que o Audizito consome 19,6 litros de gasolina em circuito urbano!
Segundo Santana Lopes foi um bom negócio, visto que, e segundo ele, o seu antecessor gastou mais dinheiro. Os carros substituídos estavam velhos, tinham três anos!
Porquê este despezismo, estando o país na situação económica em que está? Carros topo da gama com três anos, são carros velhos? João Soares deixou um Volvo S80. Será que este carro com três anos não está em condições de circulação?
Porquê a necessidade de um Presidente de Câmara circular num Audi A8 4.2 V8 Quattro? Ainda por cima num país que está de tanga!
Sabem qual é o slogan da Audi para promover este carro?
"Os sonhos não têm preço"
Guerreiros anticorruptos
Quer dizer, os sonhos têm preço, mas quem paga os sonhos deles somos todos nós! E entretanto, Santana Lopes lá continua a acalentar outros sonhos, como o de transformar Monsanto num enorme estaleiro (o homem deve ter aversão ao verde natural) ou o de esburacar um certo tunel nos entrefolhos de Lisboa. Cá fico à espera da factura, dispensando lógicamente o sonho: é que a sua Lisboa de sonho será certamente mais triste e cinzenta que a de agora...
Orquídea animal
Ophris speculum
As orquídeas do género Ophris têm o seu centro de distribuição na bacia do Mediterrâneo. Esta em concreto foi fotografada na Arrábida. Estas orquídeas são uma das milhares de provas vivas de que a evolução é um processo real. Neste caso, a estratégia de reprodução da ophris é de um requinte evolutivo delicioso. É que para espalhar os seus genes esta flor não oferece recompensas palpáveis, como pólen ou nectar. Não. A orquídea imita na perfeição a fêmea de um insecto (diferente para cada espécie de ophris), levando a que o insecto macho seja enganado, tentando copular febrilmente com a flor que encontrar. A imitação é extremamente bem conseguida, sendo uma cópia visual, tactual (ver os pelos desta espécie em particular) e mesmo olfactiva (a flor liberta um odor em tudo semelhante ao das fêmeas do insecto).
E tinha mesmo que ser perfeita, já que para que a orquídea seja efectivamente polinizada é necessário que o macho seja enganado uma segunda vez, visitando e tentando abarbatar-se a uma segunda planta. Ou a réplica é realmente perfeita ou então os abelhões são enganados voluntariamente, aproveitando-se destas bonecas insufláveis postas à sua disposição. O que é um facto é que estes insectos polinizam estas simpáticas flores há milhões de anos, sempre com a mesma paixão...
PS - há apenas um truque muito inteligente por parte da orquídea: quando florescem, as sua rivais insectas ainda não nasceram; por isso, as flores são a primeira coisa parecida com uma fêmea que os machos conhecem....
CIDADANIA GLOBAL
Sociedade Civil e Direitos Humanos
Violência no Olhar
No bairro El Progresso, a poucos quilómetros de Bogotá, Colômbia, 30 crianças expressam os seus sentimentos com a ajuda de máquinas fotográficas artesanais, inseridos no projecto da Fundação “Disparando Câmaras para a Paz”. O objectivo é proporcionar a estas criança em fuga das zonas mais violentas do seu país uma ferramenta para mostrar ao mundo as circunstâncias de pobreza e violência em que vivem.
http://www.canalsolidario.org/web/noticias/ver_noticia.asp?id_noticia=4942
Morte à Pena de Morte
Ainda que o número de países que decidem abolir a pena de morte esteja a aumentar, em 2003 China, Irão, Vietname e Estados Unidos levaram a cabo 84% das execuções, num total de 2756 mortes (declaradas). Não existe nenhum estudo nem dados estatísticos que confirmem que a pena de morte seja um dissuasor da criminalidade. No Canadá, a taxa de homicídios por cem mil habitantes desceu 40% desde a sua abolição, enquanto que nos EUA não existe qualquer tendência para que esta taxa diminua.
http://web.amnesty.org/library/index/ENGACT500062004
Angola Abandonada
Mais de 1.500 toneladas de ajuda humanitária estão no porto de Luanda há mais de dois meses, à espera de serem distribuídas pela população carenciada. O governo de José Eduardo dos Santos afirma não ter meios para pagar às autoridades portuárias, num país onde milhões de dólares provenientes do petróleo parecem ter “desaparecido”.
http://www.afrol.com/es/articulos/11457
in Boletim latitude Zero
Violência no Olhar
No bairro El Progresso, a poucos quilómetros de Bogotá, Colômbia, 30 crianças expressam os seus sentimentos com a ajuda de máquinas fotográficas artesanais, inseridos no projecto da Fundação “Disparando Câmaras para a Paz”. O objectivo é proporcionar a estas criança em fuga das zonas mais violentas do seu país uma ferramenta para mostrar ao mundo as circunstâncias de pobreza e violência em que vivem.
http://www.canalsolidario.org/web/noticias/ver_noticia.asp?id_noticia=4942
Morte à Pena de Morte
Ainda que o número de países que decidem abolir a pena de morte esteja a aumentar, em 2003 China, Irão, Vietname e Estados Unidos levaram a cabo 84% das execuções, num total de 2756 mortes (declaradas). Não existe nenhum estudo nem dados estatísticos que confirmem que a pena de morte seja um dissuasor da criminalidade. No Canadá, a taxa de homicídios por cem mil habitantes desceu 40% desde a sua abolição, enquanto que nos EUA não existe qualquer tendência para que esta taxa diminua.
http://web.amnesty.org/library/index/ENGACT500062004
Angola Abandonada
Mais de 1.500 toneladas de ajuda humanitária estão no porto de Luanda há mais de dois meses, à espera de serem distribuídas pela população carenciada. O governo de José Eduardo dos Santos afirma não ter meios para pagar às autoridades portuárias, num país onde milhões de dólares provenientes do petróleo parecem ter “desaparecido”.
http://www.afrol.com/es/articulos/11457
in Boletim latitude Zero
Evolução é Revolução
Quando Darwin apareceu com a ideia de Evolução (há mais de 100 anos), foi um autêntico Revolucionário. Parece que, tristemente, na Itália a Evolução volta a ser uma Revolução que deve ser suprimida. Talvez o governo português já se esteja a arrepender de ter estado afinal fora de moda neste 25...
Mas antes de continuar, uma Nota Técnica: Não existe de facto nenhuma “Teoria da Evolução”. Existe o “facto” Evolução, o qual é comprovado por milhares de fósseis e evidências várias (quer experimentais quer naturais), e existem teorias que tentam explicar essa Evolução, sendo a mais plausível a “Teoria da Selecção Natural” proposta por Darwin. Enquanto esta última pode ser questionada/melhorada, esconder o “facto” Evolução é como manter o Sol a girar à volta da Terra ou pretender que os bebés vêm com a cegonha.
E negar ou esconder a Evolução Natural – subentendendo aqui inclusos factos relativos ao aparecimento de vida na Terra, à evolução do ser humano, à sua relação com os outros animais, etc – aos jovens, como pretende o actual Governo Italiano, é sobretudo um retrocesso terrível no processo de ensino, nomeadamente no que toca ao estímulo da curiosidade científica, estímulo esse que não pode ser deixado para os últimos anos de formação escolar.
Esta é uma notícia preocupante que nos deveria interessar por dois motivos.
O primeiro, tem a ver com o próprio fenómeno: perceber porque razão acontece isto na Itália AGORA. É verdade que nalguns dos Estados Unidos da América há grupos que se opõem ferozmente à Teoria da Evolução que têm conseguido manter algumas escolas onde o Criacionismo é Lei. Mas isso passava-se do outro lado do Atlântico, num país enorme onde cabem maravilhas, mas também todas as aberrações. Mas agora estamos a falar de Itália, um país europeu e mediterrânico: o ser europeu significa que partilha connosco um passado histórico com milenia, o ser Mediterrânico significa que é fronteira entre essa Europa e o Norte de Africa islâmico, logo, o sítio menos adequado para cerrar fileiras à volta de dogmas profundamente enraizados na Igreja cristã (leia-se na sua pior manifestação, pois o próprio chefe da Igreja Católica já se pronunciou sobre a aceitação da Evolução como um facto). Sobretudo estamos a falar de um país onde as coisas não eram assim, onde este é, anacronicamente, um fenómeno novo.
O segundo aspecto remete-nos para a uniformização dos programas de ensino nos vários países europeus, processo já iniciado ao nível do formato, isto é, do número de anos necessários e suficientes para atingir cada grau de ensino. A prazo, terá que haver também uma uniformização dos próprios programas. Ora isso implica que, mesmo que esta estranha febre nos não atinja, estaremos sujeitos a uma imposição do exterior – e todos conhecemos aberrações que nos têm sido impostas, da proibição do uso da colher de pau na cozinha ao aluguer de livros nas bibliotecas. Isto significa também que já não nos serve o escudo de “país de brandos costumes”. Urge, portanto, que nos pronunciemos a tempo sobre o que se passa noutros cantos desta Aldeia Global.
mpf
Mas antes de continuar, uma Nota Técnica: Não existe de facto nenhuma “Teoria da Evolução”. Existe o “facto” Evolução, o qual é comprovado por milhares de fósseis e evidências várias (quer experimentais quer naturais), e existem teorias que tentam explicar essa Evolução, sendo a mais plausível a “Teoria da Selecção Natural” proposta por Darwin. Enquanto esta última pode ser questionada/melhorada, esconder o “facto” Evolução é como manter o Sol a girar à volta da Terra ou pretender que os bebés vêm com a cegonha.
E negar ou esconder a Evolução Natural – subentendendo aqui inclusos factos relativos ao aparecimento de vida na Terra, à evolução do ser humano, à sua relação com os outros animais, etc – aos jovens, como pretende o actual Governo Italiano, é sobretudo um retrocesso terrível no processo de ensino, nomeadamente no que toca ao estímulo da curiosidade científica, estímulo esse que não pode ser deixado para os últimos anos de formação escolar.
Esta é uma notícia preocupante que nos deveria interessar por dois motivos.
O primeiro, tem a ver com o próprio fenómeno: perceber porque razão acontece isto na Itália AGORA. É verdade que nalguns dos Estados Unidos da América há grupos que se opõem ferozmente à Teoria da Evolução que têm conseguido manter algumas escolas onde o Criacionismo é Lei. Mas isso passava-se do outro lado do Atlântico, num país enorme onde cabem maravilhas, mas também todas as aberrações. Mas agora estamos a falar de Itália, um país europeu e mediterrânico: o ser europeu significa que partilha connosco um passado histórico com milenia, o ser Mediterrânico significa que é fronteira entre essa Europa e o Norte de Africa islâmico, logo, o sítio menos adequado para cerrar fileiras à volta de dogmas profundamente enraizados na Igreja cristã (leia-se na sua pior manifestação, pois o próprio chefe da Igreja Católica já se pronunciou sobre a aceitação da Evolução como um facto). Sobretudo estamos a falar de um país onde as coisas não eram assim, onde este é, anacronicamente, um fenómeno novo.
O segundo aspecto remete-nos para a uniformização dos programas de ensino nos vários países europeus, processo já iniciado ao nível do formato, isto é, do número de anos necessários e suficientes para atingir cada grau de ensino. A prazo, terá que haver também uma uniformização dos próprios programas. Ora isso implica que, mesmo que esta estranha febre nos não atinja, estaremos sujeitos a uma imposição do exterior – e todos conhecemos aberrações que nos têm sido impostas, da proibição do uso da colher de pau na cozinha ao aluguer de livros nas bibliotecas. Isto significa também que já não nos serve o escudo de “país de brandos costumes”. Urge, portanto, que nos pronunciemos a tempo sobre o que se passa noutros cantos desta Aldeia Global.
mpf
Água: um direito ameaçado
Para quem?
Cartilha lançada em São Paulo alerta para os riscos da privatização da água e propõe que não seja uma mercadoria mas sim um direito dos cidadãos
Bárbara Ablas
Cerca de 6 mil crianças com menos de cinco anos de idade morrem, por dia, em todo o mundo devido a doenças relacionadas com o consumo de água impura. Até 2050, estima-se que 4 mil milhões de pessoas ficarão sem acesso a fontes potáveis de abastecimento. No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das doenças e 65% das internações hospitalares são provocadas por água contaminada e falta de sistema de esgotos. Desde a última sexta-feira (23/4), contudo, a sociedade está um pouco mais preparada para enfrentar os riscos de privatização do abastecimento, e para garantir que ele seja direito de todos.
Por iniciativa da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip) foi lançada, num debate em São Paulo, a cartilha “Água, um direito ameaçado”. O evento marcou o início de um movimento mais amplo. “Creio ser possível dar-lhe dimensão nacional, multiplicá-lo em várias capitais e promover também actos simbólicos, com presença do mundo da cultura”, disse o sociólogo Luís Fernando Garzón, integrante do ATTAC, membro do grupo de trabalho sobre Serviços da Rebrip e um dos articuladores da campanha.
O Brasil na mira
A cartilha mostra que, ao tratarem a água como simples mercadoria, o Banco Mundial e o FMI favorecem políticas que resultam em exclusão. Em 2000, por exemplo, nada menos que doze dos 40 empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário a diversos países continham exigências quanto à privatização de serviços públicos de água.
O texto aponta também para os atentados à soberania dos países causados por acordos comerciais como o Nafta e a ALCA, que dão sinal verde para que empresas transacionais tenham livre acesso às reservas de água dos signatários. No caso do Brasil, há um perigo eminente. Além de concentrar 12% da água doce superficial do mundo, o país tem acesso a parte do Aquífero Guarani -- a maior reserva subterrânea de água potável do planeta, que se estende pela Argentina, Paraguai e Uruguai.
O material da Rebrip expõe ainda o fracasso de experiências de privatização noutros países. Pode-se salientar, por exemplo, o sistema de pre-pagamento da água implantado no Reino Unido e na África do Sul, já em teste no Brasil. Ele funciona como os telefones celulares alimentados por cartões, o que anula, na prática, o princípio jurídico segundo o qual não pode haver interrupção no fornecimento de serviços essenciais. Quando a cota de água paga pelo usuário se esgota, o fornecimento de água é cortado automaticamente. Na maior parte dos lugares onde o sistema foi introduzido, a população acabou por sofrer com a falta de água e proliferação de doenças, por não ter dinheiro para comprar os cartões.
Tirado daqui; Leia mais sobre a batalha da água.
Cartilha lançada em São Paulo alerta para os riscos da privatização da água e propõe que não seja uma mercadoria mas sim um direito dos cidadãos
Bárbara Ablas
Cerca de 6 mil crianças com menos de cinco anos de idade morrem, por dia, em todo o mundo devido a doenças relacionadas com o consumo de água impura. Até 2050, estima-se que 4 mil milhões de pessoas ficarão sem acesso a fontes potáveis de abastecimento. No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das doenças e 65% das internações hospitalares são provocadas por água contaminada e falta de sistema de esgotos. Desde a última sexta-feira (23/4), contudo, a sociedade está um pouco mais preparada para enfrentar os riscos de privatização do abastecimento, e para garantir que ele seja direito de todos.
Por iniciativa da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip) foi lançada, num debate em São Paulo, a cartilha “Água, um direito ameaçado”. O evento marcou o início de um movimento mais amplo. “Creio ser possível dar-lhe dimensão nacional, multiplicá-lo em várias capitais e promover também actos simbólicos, com presença do mundo da cultura”, disse o sociólogo Luís Fernando Garzón, integrante do ATTAC, membro do grupo de trabalho sobre Serviços da Rebrip e um dos articuladores da campanha.
O Brasil na mira
A cartilha mostra que, ao tratarem a água como simples mercadoria, o Banco Mundial e o FMI favorecem políticas que resultam em exclusão. Em 2000, por exemplo, nada menos que doze dos 40 empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário a diversos países continham exigências quanto à privatização de serviços públicos de água.
O texto aponta também para os atentados à soberania dos países causados por acordos comerciais como o Nafta e a ALCA, que dão sinal verde para que empresas transacionais tenham livre acesso às reservas de água dos signatários. No caso do Brasil, há um perigo eminente. Além de concentrar 12% da água doce superficial do mundo, o país tem acesso a parte do Aquífero Guarani -- a maior reserva subterrânea de água potável do planeta, que se estende pela Argentina, Paraguai e Uruguai.
O material da Rebrip expõe ainda o fracasso de experiências de privatização noutros países. Pode-se salientar, por exemplo, o sistema de pre-pagamento da água implantado no Reino Unido e na África do Sul, já em teste no Brasil. Ele funciona como os telefones celulares alimentados por cartões, o que anula, na prática, o princípio jurídico segundo o qual não pode haver interrupção no fornecimento de serviços essenciais. Quando a cota de água paga pelo usuário se esgota, o fornecimento de água é cortado automaticamente. Na maior parte dos lugares onde o sistema foi introduzido, a população acabou por sofrer com a falta de água e proliferação de doenças, por não ter dinheiro para comprar os cartões.
Tirado daqui; Leia mais sobre a batalha da água.
terça-feira, abril 27, 2004
Festa Primaveril é Evolução
Hoje o 25 de Abril ainda é uma festa popular, mas em 2024 será apenas um feriado nacional primaveril. Ainda bem. Luis Delgado
"Apenas" um feriado Primaveril? Fosga-se, os feriados primaveris são os mais cobiçados pela classe trabalhadora. O 1º de Maio é disso exemplo. Viva os feriados Primaveris, os melhores feriados do ano. Feriados laborais e revolucionários de todo o ano, uni-vos na Primavera!
Entretanto a Páscoa que reunia todas as condições para ser um feriado primaveril do camandro, logo por coincidência calha a um Domingo. Ganda azar.
A escolha de Luis Delgado pela precisa data de 2024 tem a ver com a sua relação previligiada com a irmã Lúcia, pastora de Profissão, religiosa por vocação. O homem sabe coisas que a própria razão desconhece. Será no preciso ano de 2024 que ocorrerá a despopularização do 25 de Abril e a sua banalização Primaveril. Luis Delgado é como o José hermano Saraiva, mas ao contrário, mais dado aos prognósticos futuristas que às certezas dogmáticas da história passada.
"Apenas" um feriado Primaveril? Fosga-se, os feriados primaveris são os mais cobiçados pela classe trabalhadora. O 1º de Maio é disso exemplo. Viva os feriados Primaveris, os melhores feriados do ano. Feriados laborais e revolucionários de todo o ano, uni-vos na Primavera!
Entretanto a Páscoa que reunia todas as condições para ser um feriado primaveril do camandro, logo por coincidência calha a um Domingo. Ganda azar.
A escolha de Luis Delgado pela precisa data de 2024 tem a ver com a sua relação previligiada com a irmã Lúcia, pastora de Profissão, religiosa por vocação. O homem sabe coisas que a própria razão desconhece. Será no preciso ano de 2024 que ocorrerá a despopularização do 25 de Abril e a sua banalização Primaveril. Luis Delgado é como o José hermano Saraiva, mas ao contrário, mais dado aos prognósticos futuristas que às certezas dogmáticas da história passada.
Evolução??
O governo Italiano resolveu abolir o ensino da teoria da Evolução de Darwin aos alunos entre os 11 e os 13 anos. Mais um sinal de que o fundamentalismo religioso está a aumentar em todo o mundo. Para assinar uma petição contra esta decisão vão aqui.
(nome=nome; cognome=apelido; professione=profissão; citta'=cidade)
Umberto Albarella (traduzido por PP)
Ou seja, por cá, o governo aboliu a Revolução (ao que parece as cerimónias até estiveram bem, com excepção da vergonhosa prestação do PP e do seu partido); Berlusconi está muito mais à frente, e já aboliu (ou vai tentar abolir) a Evolução. Já estou arrependido de ter criticado a Evolução de Abril. Que Deus nos livre e guarde dos fundamentalistas religiosos: que nos levem a revolução, um gajo fica lixado, mas ainda aguenta; agora se nos levarem a evolução, ficamos com o quê? a santinha da Ladeira? Deus, pátria e família?
(nome=nome; cognome=apelido; professione=profissão; citta'=cidade)
Umberto Albarella (traduzido por PP)
Ou seja, por cá, o governo aboliu a Revolução (ao que parece as cerimónias até estiveram bem, com excepção da vergonhosa prestação do PP e do seu partido); Berlusconi está muito mais à frente, e já aboliu (ou vai tentar abolir) a Evolução. Já estou arrependido de ter criticado a Evolução de Abril. Que Deus nos livre e guarde dos fundamentalistas religiosos: que nos levem a revolução, um gajo fica lixado, mas ainda aguenta; agora se nos levarem a evolução, ficamos com o quê? a santinha da Ladeira? Deus, pátria e família?
Falta de autonomia
Regressado de férias, li ontem o novo modelo de financiamento das unidades de investigação proposto pelo Ministério da Ciência.
Tem-se falado muito do célebre subsídio especial a investigadores com mais de 100 artigos publicados. Isso, no entanto, é de somenos importância (porque afeta muito pouca gente!!!) quando comparado com o resto desse documento.
O que choca na política científica, que presumivelmente deveria ser liberal e pró-competição, do atual governo, é o ser continuado e REFORÇADO quadro bur(r)ocrático. Vai deixar de haver "financiamento programático" - o que quer dizer que as unidades de investigação "normais" (que não os ultra-selectos - e escolhidos por cunha - laboratórios associados) não vão poder contratar doutorados nem estudantes de doutoramento. Os salários e subsídios, naturalmente, continuarão padronizados, tal como as universidades e as unidades de investigação. Um professor catedrático no Instituto Superior Técnico continuará a ganhar o mesmo que um professor catedrático da Universidade da Beira Interior - apesar de os níveis de exigência serem muito diferentes, e de o custo de uma casa em Lisboa ser o dobro do custo de uma casa na Covilhã. As bolsas continuarão a ser sempre as mesmas e, naturalmente, para favorecer a fuga de cérebros, continuará a pagar-se 50% mais a quem faça o seu doutoramento ou pós-doutoramento no estrangeiro do que a quem o faça cá. Há ainda, para acrescentar uma pinta de chauvinismo, uma referência a subsídios 100% superiores quando o investigador que se radica em Portugal é português - porque é que, senhores, um investigador PORTUGUÊS (seja lá o que isso seja...) há-de ter direito a maior subsídio do que um investigador estrangeiro???
E continua a falácia das "contratações". Que contratações serão essas? A prazo, está bem de ver. Os investigadores e docentes em Portugal continuarão a ser, na sua imensa maioria, contratados a prazo. Muitos deles sem terem direito a subsídio de desemprego. Muitos outros não descontam para a reforma, e têm apenas um seguro de saúde privado, que os discrimina fortemente no caso de terem qualquer verdadeira doença. Isto é que são as "contratações" de doutorados que o governo português
está disposto a continuar a oferecer.
Concorrência e liberalismo, precisam-se. Mas a sério.
Luís Lavoura
Tem-se falado muito do célebre subsídio especial a investigadores com mais de 100 artigos publicados. Isso, no entanto, é de somenos importância (porque afeta muito pouca gente!!!) quando comparado com o resto desse documento.
O que choca na política científica, que presumivelmente deveria ser liberal e pró-competição, do atual governo, é o ser continuado e REFORÇADO quadro bur(r)ocrático. Vai deixar de haver "financiamento programático" - o que quer dizer que as unidades de investigação "normais" (que não os ultra-selectos - e escolhidos por cunha - laboratórios associados) não vão poder contratar doutorados nem estudantes de doutoramento. Os salários e subsídios, naturalmente, continuarão padronizados, tal como as universidades e as unidades de investigação. Um professor catedrático no Instituto Superior Técnico continuará a ganhar o mesmo que um professor catedrático da Universidade da Beira Interior - apesar de os níveis de exigência serem muito diferentes, e de o custo de uma casa em Lisboa ser o dobro do custo de uma casa na Covilhã. As bolsas continuarão a ser sempre as mesmas e, naturalmente, para favorecer a fuga de cérebros, continuará a pagar-se 50% mais a quem faça o seu doutoramento ou pós-doutoramento no estrangeiro do que a quem o faça cá. Há ainda, para acrescentar uma pinta de chauvinismo, uma referência a subsídios 100% superiores quando o investigador que se radica em Portugal é português - porque é que, senhores, um investigador PORTUGUÊS (seja lá o que isso seja...) há-de ter direito a maior subsídio do que um investigador estrangeiro???
E continua a falácia das "contratações". Que contratações serão essas? A prazo, está bem de ver. Os investigadores e docentes em Portugal continuarão a ser, na sua imensa maioria, contratados a prazo. Muitos deles sem terem direito a subsídio de desemprego. Muitos outros não descontam para a reforma, e têm apenas um seguro de saúde privado, que os discrimina fortemente no caso de terem qualquer verdadeira doença. Isto é que são as "contratações" de doutorados que o governo português
está disposto a continuar a oferecer.
Concorrência e liberalismo, precisam-se. Mas a sério.
Luís Lavoura
Democracia e corporativismo
Nas notícias de hoje: a Federação Portuguesa de Andebol decidiu punir com severas suspensões alguns jogadores da seleção júnior que, num estágio da seleção, "praxaram" um colega, causando-lhe diversas sequelas físicas.
Esta notícia contrasta vivamente com o tratamento dado a recentes denúncias de praxes violentas em (pelo menos) dois estabelecimentos do ensino superior. Em ambos os casos, as estudantes denunciantes acabaram por abandonar esses estabelecimentos, as direções dos estabelecimentos adoptaram atitudes desculpabilizantes ou inativas, e os estudantes praxadores permaneceram impunes e nos seus lugares.
Em que radica a diferença?
Num facto crucial: a direção da Federação Portuguesa de Andebol não é escolhida pelos jogadores da seleção (em linguagem de Abril dir-se-ia: "a democracia não chegou ao andebol"); as direções dos estabelecimentos de ensino superior são, em grande parte (1/3) escolhidas pelo "corpo" dos estudantes.
A diferença é esta: quando os estudantes de Coimbra fazem "greve" e impedem os docentes, investigadores e funcionários de aceder aos seus locais de trabalho, o reitor da universidade, que foi eleito, de forma muito crucial, pelo voto do "corpo" dos estudantes, adopta uma postura desculpabilizante e compassiva. A universidade escapa às leis do país, e o reitor não permite que nela entre a polícia. Os estudantes, sejam os que praxam sejam os que impedem o acesso de trabalhadores aos seus locais de trabalho, estão protegidos pelo facto de estarem num "corpo" no qual não se aplicam as leis do país, um "corpo" que escolhe os diretores aos quais se submete.
Pelo contrário, no desporto, são os dirigentes dos clubes quem escolhe os jogadores, e não o contrário. Como tal, os jogadores portam-se bem, ou então são postos na ordem pelos dirigentes.
Em linguagem de Abril, chama-se a isto a "democracia nas universidades", e considera-se que isto é uma "conquista de Abril". Mas não é democracia coisa nenhuma, é corporativismo. E não é uma conquista de Abril coisa nenhuma, é um prosseguimento e alargamento das pioras tradições corporativas do fascismo.
Urge acabar com o corporativismo. Cada classe social tem que estar sob o escrutínio dos seus superiores, os quais não podem ser escolhidos por essa classe social. Quem manda nas universidades não pode ser escolhido pelos estudantes, da mesma forma que quem manda na Federação Portuguesa de Andebol não pode ser escolhido pelos jogadores. Sob pena de as praxes continuarem impunes, e os mais desmandos que se acumulam. Os que mandam nas universidades, como os que mandam no desporto, têm que estar sob o escrutínio democrático das autoridades do país, do governo e dos tribunais, que imponham que as leis do país se apliquem também nas universidades e no desporto.
Democracia sim. Corporativismo, não!
Luís Lavoura
Esta notícia contrasta vivamente com o tratamento dado a recentes denúncias de praxes violentas em (pelo menos) dois estabelecimentos do ensino superior. Em ambos os casos, as estudantes denunciantes acabaram por abandonar esses estabelecimentos, as direções dos estabelecimentos adoptaram atitudes desculpabilizantes ou inativas, e os estudantes praxadores permaneceram impunes e nos seus lugares.
Em que radica a diferença?
Num facto crucial: a direção da Federação Portuguesa de Andebol não é escolhida pelos jogadores da seleção (em linguagem de Abril dir-se-ia: "a democracia não chegou ao andebol"); as direções dos estabelecimentos de ensino superior são, em grande parte (1/3) escolhidas pelo "corpo" dos estudantes.
A diferença é esta: quando os estudantes de Coimbra fazem "greve" e impedem os docentes, investigadores e funcionários de aceder aos seus locais de trabalho, o reitor da universidade, que foi eleito, de forma muito crucial, pelo voto do "corpo" dos estudantes, adopta uma postura desculpabilizante e compassiva. A universidade escapa às leis do país, e o reitor não permite que nela entre a polícia. Os estudantes, sejam os que praxam sejam os que impedem o acesso de trabalhadores aos seus locais de trabalho, estão protegidos pelo facto de estarem num "corpo" no qual não se aplicam as leis do país, um "corpo" que escolhe os diretores aos quais se submete.
Pelo contrário, no desporto, são os dirigentes dos clubes quem escolhe os jogadores, e não o contrário. Como tal, os jogadores portam-se bem, ou então são postos na ordem pelos dirigentes.
Em linguagem de Abril, chama-se a isto a "democracia nas universidades", e considera-se que isto é uma "conquista de Abril". Mas não é democracia coisa nenhuma, é corporativismo. E não é uma conquista de Abril coisa nenhuma, é um prosseguimento e alargamento das pioras tradições corporativas do fascismo.
Urge acabar com o corporativismo. Cada classe social tem que estar sob o escrutínio dos seus superiores, os quais não podem ser escolhidos por essa classe social. Quem manda nas universidades não pode ser escolhido pelos estudantes, da mesma forma que quem manda na Federação Portuguesa de Andebol não pode ser escolhido pelos jogadores. Sob pena de as praxes continuarem impunes, e os mais desmandos que se acumulam. Os que mandam nas universidades, como os que mandam no desporto, têm que estar sob o escrutínio democrático das autoridades do país, do governo e dos tribunais, que imponham que as leis do país se apliquem também nas universidades e no desporto.
Democracia sim. Corporativismo, não!
Luís Lavoura
ECOSFERA
Ambiente
Ideias para o Futuro
Aqui encontra algumas ideias para levar um estilo de vida sustentável.
Saber como poupar água e/ou energia, se está a reciclar de maneira eficiente ou que custo ecológico provoca o uso de transportes é agora possível graças à iniciativa de várias organizações que nos ensinam a levar uma vida mais equilibrada. O resultado deste esforço é apresentado pela Fundação Vida Sustentável (Espanha).
http://www.vidasostenible.org/
Poluição Europeia
O E.P.E.R. – “European Pollutant Emission Register” é um relatório da Comissão Europeia que dá acesso a informação sobre as emissões anuais de 9342 fábricas de 15 Estados-Membros da U.E. e da Noruega (a maioria destes dados reporta ao ano 2001). Este registo público permite aos cidadãos europeus saber, por exemplo, a quantidade de poluição gerada pelos grandes complexos industriais que ficam na sua vizinhança e comparar com a situação noutras partes da Europa.
http://www.eper.cec.eu.int/
Floresta menos Virgem
A Revista “Nature” apresentou um estudo de investigadores do Panamá que demonstra que mesmo nas áreas mais remotas do planeta, como certos recantos da Amazónia, os ecossistemas estão a ser afectados pela acção humana. Os cientistas suspeitam que o motivo é o aumento da quantidade de dióxido de carbono lançado para a atmosfera, o que acarreta alterações na biodiversidade.
http://www.nature.com/nsu/040308/040308-7.html
in Boletim latitude Zero
Ideias para o Futuro
Aqui encontra algumas ideias para levar um estilo de vida sustentável.
Saber como poupar água e/ou energia, se está a reciclar de maneira eficiente ou que custo ecológico provoca o uso de transportes é agora possível graças à iniciativa de várias organizações que nos ensinam a levar uma vida mais equilibrada. O resultado deste esforço é apresentado pela Fundação Vida Sustentável (Espanha).
http://www.vidasostenible.org/
Poluição Europeia
O E.P.E.R. – “European Pollutant Emission Register” é um relatório da Comissão Europeia que dá acesso a informação sobre as emissões anuais de 9342 fábricas de 15 Estados-Membros da U.E. e da Noruega (a maioria destes dados reporta ao ano 2001). Este registo público permite aos cidadãos europeus saber, por exemplo, a quantidade de poluição gerada pelos grandes complexos industriais que ficam na sua vizinhança e comparar com a situação noutras partes da Europa.
http://www.eper.cec.eu.int/
Floresta menos Virgem
A Revista “Nature” apresentou um estudo de investigadores do Panamá que demonstra que mesmo nas áreas mais remotas do planeta, como certos recantos da Amazónia, os ecossistemas estão a ser afectados pela acção humana. Os cientistas suspeitam que o motivo é o aumento da quantidade de dióxido de carbono lançado para a atmosfera, o que acarreta alterações na biodiversidade.
http://www.nature.com/nsu/040308/040308-7.html
in Boletim latitude Zero
segunda-feira, abril 26, 2004
Liberdade, Burocracia, e Fuga de Cérebros
Ontem, 25 de Abril, celebrámos a nossa libertação há trinta anos da ditadura fascista. Estudava então matemática na Faculdade de Ciências de Lisboa. Sem a revoluçao de Abril, as minhas escolhas quando obtivesse a licenciatura em 1975 teriam sido a guerra colonial ou a fuga para o estrangeiro, como quantos outros. Com toda a minha geração, devo aos capitães de Abril uma dívida impagável. Não só tiveram a extraordinária coragem de atacar um regime que parecia dominar todos os pensamentos e todas as acções, como também tiveram a extraordinária maturidade de passar rapidamente o poder a representantes eleitos.
Pouco depois do 25 de Abril, alguns dos cientistas e intelectuais exilados voltaram, trazendo a esperança de que Portugal ganharia a seu tempo uma posição de igual em ciência, tecnologia, e cultura com os seus parceiros europeus. Quando saí de Portugal em 1977 para fazer o meu doutoramento, não imaginava que saía para sempre. Mas as muitas dificuldades que tive então com a burocracia oficial mostravam já que o fungo autoritário ainda infestava profundamente as instituições, se bem que escondido pela fachada democrática. Quando acabei o doutoramento em 1982, tinhas várias ofertas de lugares de investigação no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em Portugal, só uma vaga sugestão de um lugar universitário possível quando as engrenagems oficiais finalmente produzissem um concurso. Entre uma oferta real de emprego na minha especialidade e uma promessa vaga, a escolha foi simples.
Há poucos dias, a Senhora ministra da Ciência anunciou uma iniciativa para trazer cientistas portugueses excepcionais de volta ao país por períodos de dois anos. Os termos da oferta não são ainda claros. O que é claro, no inimitável estilo burocrático português, é o critério de habilitação: ou 100 artigos publicados nas revistas incluídas no catálogo ISI, ou 50 artigos e dez doutorados. A ministra justifica-o com o argumento de que este é "o modelo Americano de excelência". Curiosamente, em muitos anos como avaliador de propostas de investigação para a National Science Foundation, de candidatos a vários graus de professor nas mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos, e como chefe do departamento de Computer and Information Science da Universidade da Pennsylvania, nunca vi tal critério. Todos os peritos consultados nessas avaliações sabem que a frequência e local de publicação científica variam de disciplina para disciplina, e com as mudanças em cada disciplina. Disciplinas novas ou estudos interdisciplinares, onde as ideas mais importantes muitas vezes surgem, avançam muito mais depressa do que a criação de revistas e a sua inclusão em catálogos como o ISI. Em novas áreas em fase de crescimento explosivo como a teoria da computação, a inteligência artificial, e a bioinformática, conferências altamente selectivas tomam o lugar outrora ocupado por revistas. Contar os artigos em revistas "aprovadas" não pode substituir uma avaliação cuidadosa da qualidade e do impacto duma ccarreira de investigação. Essa avaliação é difícil e falível, como é sempre a "peer review". Mas não temos nenhum método melhor, como não temos nenhum método melhor para governar sociedades modernas do que a democracia representativa, mesmo com todas as suas falhas e irritações.
Mais uma vez uma burocracia centralista e invertebrada combina literalismo obtuso com provincianismo (como já retratava Eça de Queiroz há mais de cem anos) para justificar a sua incapacidade de criar uma cultura de competência nos trinta anos desde a nossa libertação. As pobrezas da ciência, da tecnologia, e da cultura em Portugal não vão ser curadas com formalismos ridículos. O que é preciso é a coragem de definir prioridades nacionais, de criar e proteger orçamentos estáveis, e de descentralizar contratação, promoções, e tratamento salarial. Acima de tudo, é preciso reconhecer que a avaliação rigorosa não é incompatível com dar responsabilidade às pessoas e ter confiança nas suas decisões. A falta destas medidas de bom senso explica em boa parte o crescente atraso de Portugal relativamente à Espanha e à Grécia, cujas libertações se seguiram ao 25 de Abril e muito beneficiaram do seu exemplo pacífico e tolerante. O que nos mostra, nesta data em especial, quanto foi desbaratado da oportunidade ímpar que os capitães de Abril nos abriram, sem pedir nada de volta.
Confesso finalmente que ainda não tenho cem artigos no ISI. É tempo de voltar à minha investigação, senão nunca mais me habilito ao prémio burocático da Senhora ministra da Ciência.
Fernando C. N. Pereira
Nota: Fernando C. N. Pereira é professor catedrático na Universidade da Pennsylvania em Philadelphia, chefe do seu departamento de "Computer and Information Science" (Informática), e "fellow" da American Association for Artificial Intelligence. Também dirigiu departamentos de investigação nos AT&T Bell Labs e no SRI International, um instituto de consultadoria científica e tecnológica. Desde 1975, publicou 77 artigos e um livro, e recebeu várias patentes em linguagens de programação, inteligência artificial, processamento da fala, linguística computacional, e pesquisa de texto.
Pouco depois do 25 de Abril, alguns dos cientistas e intelectuais exilados voltaram, trazendo a esperança de que Portugal ganharia a seu tempo uma posição de igual em ciência, tecnologia, e cultura com os seus parceiros europeus. Quando saí de Portugal em 1977 para fazer o meu doutoramento, não imaginava que saía para sempre. Mas as muitas dificuldades que tive então com a burocracia oficial mostravam já que o fungo autoritário ainda infestava profundamente as instituições, se bem que escondido pela fachada democrática. Quando acabei o doutoramento em 1982, tinhas várias ofertas de lugares de investigação no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em Portugal, só uma vaga sugestão de um lugar universitário possível quando as engrenagems oficiais finalmente produzissem um concurso. Entre uma oferta real de emprego na minha especialidade e uma promessa vaga, a escolha foi simples.
Há poucos dias, a Senhora ministra da Ciência anunciou uma iniciativa para trazer cientistas portugueses excepcionais de volta ao país por períodos de dois anos. Os termos da oferta não são ainda claros. O que é claro, no inimitável estilo burocrático português, é o critério de habilitação: ou 100 artigos publicados nas revistas incluídas no catálogo ISI, ou 50 artigos e dez doutorados. A ministra justifica-o com o argumento de que este é "o modelo Americano de excelência". Curiosamente, em muitos anos como avaliador de propostas de investigação para a National Science Foundation, de candidatos a vários graus de professor nas mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos, e como chefe do departamento de Computer and Information Science da Universidade da Pennsylvania, nunca vi tal critério. Todos os peritos consultados nessas avaliações sabem que a frequência e local de publicação científica variam de disciplina para disciplina, e com as mudanças em cada disciplina. Disciplinas novas ou estudos interdisciplinares, onde as ideas mais importantes muitas vezes surgem, avançam muito mais depressa do que a criação de revistas e a sua inclusão em catálogos como o ISI. Em novas áreas em fase de crescimento explosivo como a teoria da computação, a inteligência artificial, e a bioinformática, conferências altamente selectivas tomam o lugar outrora ocupado por revistas. Contar os artigos em revistas "aprovadas" não pode substituir uma avaliação cuidadosa da qualidade e do impacto duma ccarreira de investigação. Essa avaliação é difícil e falível, como é sempre a "peer review". Mas não temos nenhum método melhor, como não temos nenhum método melhor para governar sociedades modernas do que a democracia representativa, mesmo com todas as suas falhas e irritações.
Mais uma vez uma burocracia centralista e invertebrada combina literalismo obtuso com provincianismo (como já retratava Eça de Queiroz há mais de cem anos) para justificar a sua incapacidade de criar uma cultura de competência nos trinta anos desde a nossa libertação. As pobrezas da ciência, da tecnologia, e da cultura em Portugal não vão ser curadas com formalismos ridículos. O que é preciso é a coragem de definir prioridades nacionais, de criar e proteger orçamentos estáveis, e de descentralizar contratação, promoções, e tratamento salarial. Acima de tudo, é preciso reconhecer que a avaliação rigorosa não é incompatível com dar responsabilidade às pessoas e ter confiança nas suas decisões. A falta destas medidas de bom senso explica em boa parte o crescente atraso de Portugal relativamente à Espanha e à Grécia, cujas libertações se seguiram ao 25 de Abril e muito beneficiaram do seu exemplo pacífico e tolerante. O que nos mostra, nesta data em especial, quanto foi desbaratado da oportunidade ímpar que os capitães de Abril nos abriram, sem pedir nada de volta.
Confesso finalmente que ainda não tenho cem artigos no ISI. É tempo de voltar à minha investigação, senão nunca mais me habilito ao prémio burocático da Senhora ministra da Ciência.
Fernando C. N. Pereira
Nota: Fernando C. N. Pereira é professor catedrático na Universidade da Pennsylvania em Philadelphia, chefe do seu departamento de "Computer and Information Science" (Informática), e "fellow" da American Association for Artificial Intelligence. Também dirigiu departamentos de investigação nos AT&T Bell Labs e no SRI International, um instituto de consultadoria científica e tecnológica. Desde 1975, publicou 77 artigos e um livro, e recebeu várias patentes em linguagens de programação, inteligência artificial, processamento da fala, linguística computacional, e pesquisa de texto.
SUL > NORTE
Consumo, Comércio e Desenvolvimento
Sustentabilidade em Lisboa
A Fundação Luso-Americana acolhe 21 de Abril, em Lisboa, o I Fórum Internacional Brisa para o Desenvolvimento Sustentável. Sob o pano de fundo da responsabilidade social das empresas, este evento procurará debater o impacto das políticas sustentáveis na performance corporativa, mostrando que o impacto das boas práticas sociais e ambientais pode ir além da imagem, até à maior rentabilidade.
www.forum-desenvolvimento.org
África Negra
A ONG Global Witness denunciou a completa falta de transparência na utilização que certos governos africanos fazem das receitas da exploração de petróleo. O regime angolano é um dos visados, dado que um quarto das receitas do petróleo desaparecem sem deixar rasto. No relatório “Tempo para a Transparência”, José Eduardo dos Santos, presidente Angolano, é acusado de desviar milhões de dólares dessas verbas para contas no estrangeiro. As companhias petrolíferas ocidentais são criticadas por participarem neste jogo de corrupção.
www.globalwitness.org/reports/show.php/en.00049.html
A Praga Global
Dumping – a palavra tornou-se uma autêntica praga para os agricultores nos países mais pobres. Protegidos pelos subsídios dos seu governos, os agricultores da UE e dos E.U.A. são os campeões desta prática de exportar bens abaixo do seu preço de custo. Um estudo recente confirma que os norte-americanos são os maiores também neste domínio, com o trigo e o arroz a serem exportados, respectivamente, 43 e 35 por cento abaixo do seu preço de custo.
www.tradeobservatory.org
in Boletim latitude Zero
Sustentabilidade em Lisboa
A Fundação Luso-Americana acolhe 21 de Abril, em Lisboa, o I Fórum Internacional Brisa para o Desenvolvimento Sustentável. Sob o pano de fundo da responsabilidade social das empresas, este evento procurará debater o impacto das políticas sustentáveis na performance corporativa, mostrando que o impacto das boas práticas sociais e ambientais pode ir além da imagem, até à maior rentabilidade.
www.forum-desenvolvimento.org
África Negra
A ONG Global Witness denunciou a completa falta de transparência na utilização que certos governos africanos fazem das receitas da exploração de petróleo. O regime angolano é um dos visados, dado que um quarto das receitas do petróleo desaparecem sem deixar rasto. No relatório “Tempo para a Transparência”, José Eduardo dos Santos, presidente Angolano, é acusado de desviar milhões de dólares dessas verbas para contas no estrangeiro. As companhias petrolíferas ocidentais são criticadas por participarem neste jogo de corrupção.
www.globalwitness.org/reports/show.php/en.00049.html
A Praga Global
Dumping – a palavra tornou-se uma autêntica praga para os agricultores nos países mais pobres. Protegidos pelos subsídios dos seu governos, os agricultores da UE e dos E.U.A. são os campeões desta prática de exportar bens abaixo do seu preço de custo. Um estudo recente confirma que os norte-americanos são os maiores também neste domínio, com o trigo e o arroz a serem exportados, respectivamente, 43 e 35 por cento abaixo do seu preço de custo.
www.tradeobservatory.org
in Boletim latitude Zero
domingo, abril 25, 2004
Abril é Revolução
Na semana em que se comemoram os 30 anos do 25 de Abril, multiplicam-se os debates e as evocações duma data que já ocupa um lugar na História e é, em simultâneo, suficientemente próxima para despertar as paixões de quem a viveu e pelas marcas que deixou no quotidiano de todos os portugueses, mesmo os que disso não tenham consciência. Não admira que todas as forças políticas se manifestem, a começar pelo governo PSD-PP que se desdobra em inaugurações e procura marcar terreno ideológico com os célebres cartazes “Abril é Evolução”.
Para disfarçar a grosseira falsificação histórica, os arautos mais lúcidos da direita vêm deitar água na fervura, dizendo que os cartazes homenageiam a evolução que só foi possível graças… à revolução! Fica apenas por explicar porque caiu o famoso R, justamente na data em que a revolução comemora 30 anos. A evolução de que falam os cartazes remete ainda para a célebre “evolução na continuidade” - ainda hoje estaríamos à espera que Marcelo Caetano anunciasse a democracia numa “conversa em família”… Quando muito, teríamos uma transição “à espanhola”, sem os sobressaltos duma revolução que “destruiu a economia e destroçou a pátria”, segundo os saudosistas da extrema-direita presentes no próprio governo, cujo verniz democrático estala de cada vez que abrem a boca para destilar veneno sobre a descolonização e o próprio 25 de Abril.
Estes pontos de vista, derrotados pela História, procuram explorar o descontentamento actual e dão alento a fenómenos como o racismo e a xenofobia. Nenhuma democratização era possível com uma guerra colonial em curso – foi esse o verdadeiro “nó górdio” das tentativas reformistas de Marcelo Caetano, apoiadas por Sá Carneiro e pela chamada “ala liberal” do regime. E não houve processo de descolonização orientado e controlado – como ressalta das recentes entrevistas de Almeida Santos e Vasco Lourenço – mas sim o consumar da derrota política e militar do colonialismo, cujos soldados e oficiais subalternos já se recusavam a combater. A tragédia não foi a descolonização, mas sim a colonização, o tráfico de escravos e o trabalho forçado dos chamados indígenas!
Quando evoca o exemplo de Espanha, onde a polícia política não foi desmantelada e a censura se tornou apenas mais subtil – como se viu no recente 11 de Março, com a manipulação de jornais e da televisão pública pelo governo de Aznar - alguma direita revela a sua preferência por um modelo de “democracia musculada”, incompatível com o 25 de Abril e com a Constituição que dele emanou. O que mais lhes doeu é que um golpe de estado, que pôs fim à mais longa ditadura do século XX, tenha aberto as portas a um processo revolucionário cuja principal conquista foi o povo descer à rua e aprender a formular as suas próprias reivindicações, tomando em mãos os seus destinos - mesmo que lhe tenham roubado o sonho...
Esses 580 dias - do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975 – são dos momentos mais exaltantes da História de Portugal e hão-de fornecer sempre novos motivos de estudo aos investigadores. Em larga medida, o avanço revolucionário de 1975/75 constituiu uma resposta mais que legítima às intentonas reaccionárias do 28 de Setembro 74 e do 11 de Março 75, por parte duma burguesia financeira, industrial e agrária habituada a décadas de proteccionismo e à lei do chicote, incapaz de conviver com regras mínimas da democracia. Até que o quarto governo provisório decretou as nacionalizações, com o apoio de todos os partidos (incluindo os que integram o actual governo) e os assalariados rurais do Alentejo e Ribatejo avançaram para a ocupação das herdades abandonadas pelos agrários, em fuga para o Brasil ou para a Suíça.
Todos nós, que tivemos o privilégio de viver esta época exaltante, aprendemos na escola da vida duma revolução que não vinha escrita nos livros – o que, só por si, prova o seu carácter genuíno e transformador. Que a revolução desperte o horror dos apóstolos do neoconservadorismo português, os mesmos que aplaudem G. W. Bush, é bom sinal. Mais ainda quando ela não é evocada apenas como passado mas como futuro, pois não está escrito em nenhum livro sagrado que as revoluções do século XXI se detenham nos marcos estreitos do capitalismo e da guerra infinita - o verdadeiro paradigma do seu triste “fim da História”. Trinta anos depois, a Revolução ainda é uma criança. E, como diz a canção, "não é minha nem é tua, é de quem a apanhar…".
in Crónica semanal na Rádio Pax – Beja - 20/04/2004
Para disfarçar a grosseira falsificação histórica, os arautos mais lúcidos da direita vêm deitar água na fervura, dizendo que os cartazes homenageiam a evolução que só foi possível graças… à revolução! Fica apenas por explicar porque caiu o famoso R, justamente na data em que a revolução comemora 30 anos. A evolução de que falam os cartazes remete ainda para a célebre “evolução na continuidade” - ainda hoje estaríamos à espera que Marcelo Caetano anunciasse a democracia numa “conversa em família”… Quando muito, teríamos uma transição “à espanhola”, sem os sobressaltos duma revolução que “destruiu a economia e destroçou a pátria”, segundo os saudosistas da extrema-direita presentes no próprio governo, cujo verniz democrático estala de cada vez que abrem a boca para destilar veneno sobre a descolonização e o próprio 25 de Abril.
Estes pontos de vista, derrotados pela História, procuram explorar o descontentamento actual e dão alento a fenómenos como o racismo e a xenofobia. Nenhuma democratização era possível com uma guerra colonial em curso – foi esse o verdadeiro “nó górdio” das tentativas reformistas de Marcelo Caetano, apoiadas por Sá Carneiro e pela chamada “ala liberal” do regime. E não houve processo de descolonização orientado e controlado – como ressalta das recentes entrevistas de Almeida Santos e Vasco Lourenço – mas sim o consumar da derrota política e militar do colonialismo, cujos soldados e oficiais subalternos já se recusavam a combater. A tragédia não foi a descolonização, mas sim a colonização, o tráfico de escravos e o trabalho forçado dos chamados indígenas!
Quando evoca o exemplo de Espanha, onde a polícia política não foi desmantelada e a censura se tornou apenas mais subtil – como se viu no recente 11 de Março, com a manipulação de jornais e da televisão pública pelo governo de Aznar - alguma direita revela a sua preferência por um modelo de “democracia musculada”, incompatível com o 25 de Abril e com a Constituição que dele emanou. O que mais lhes doeu é que um golpe de estado, que pôs fim à mais longa ditadura do século XX, tenha aberto as portas a um processo revolucionário cuja principal conquista foi o povo descer à rua e aprender a formular as suas próprias reivindicações, tomando em mãos os seus destinos - mesmo que lhe tenham roubado o sonho...
Esses 580 dias - do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975 – são dos momentos mais exaltantes da História de Portugal e hão-de fornecer sempre novos motivos de estudo aos investigadores. Em larga medida, o avanço revolucionário de 1975/75 constituiu uma resposta mais que legítima às intentonas reaccionárias do 28 de Setembro 74 e do 11 de Março 75, por parte duma burguesia financeira, industrial e agrária habituada a décadas de proteccionismo e à lei do chicote, incapaz de conviver com regras mínimas da democracia. Até que o quarto governo provisório decretou as nacionalizações, com o apoio de todos os partidos (incluindo os que integram o actual governo) e os assalariados rurais do Alentejo e Ribatejo avançaram para a ocupação das herdades abandonadas pelos agrários, em fuga para o Brasil ou para a Suíça.
Todos nós, que tivemos o privilégio de viver esta época exaltante, aprendemos na escola da vida duma revolução que não vinha escrita nos livros – o que, só por si, prova o seu carácter genuíno e transformador. Que a revolução desperte o horror dos apóstolos do neoconservadorismo português, os mesmos que aplaudem G. W. Bush, é bom sinal. Mais ainda quando ela não é evocada apenas como passado mas como futuro, pois não está escrito em nenhum livro sagrado que as revoluções do século XXI se detenham nos marcos estreitos do capitalismo e da guerra infinita - o verdadeiro paradigma do seu triste “fim da História”. Trinta anos depois, a Revolução ainda é uma criança. E, como diz a canção, "não é minha nem é tua, é de quem a apanhar…".
in Crónica semanal na Rádio Pax – Beja - 20/04/2004
sexta-feira, abril 23, 2004
ENCONTROS RURBANOS
Nos dias 7,8 e 9 de maio vão-se celebrar em Barcelona os ENCONTROS DE AGITAÇÃO RURAL E URBANA
A intenção é facilitar o encontro entre diferentes colectivos das cidades e do meio rural para fortalecer as relações e a comunicação. Tambem se pretende criar e melhorar as redes solidarias de luta e resistencia. Havera apresentações dos diferentes grupos para dar a conhecer os seus trabalhos, debates, sessões de video, concertos, refeições populares e uma feira de produtos elaborados pel@s participantes (revistas, artesanato,livros, produtos de agricultura biologica...).
Entre os grupos que participarão há cooperativas de consumo ecologico, casas e aldeias okupadas, agricultoras/es urban@s, bancos de sementes, e diferentes movimentos sociais de agricultoras/es, ecologistas, e defesa da natureza. Pode ser uma boa oportunidade para dar a conhecer a situação em Portugal e reforçar a ligação com os diferentes grupos da peninsula.
Para mais informação:
firarurbana@hypocrisy.org
pikantenatural@telepolis.com
A intenção é facilitar o encontro entre diferentes colectivos das cidades e do meio rural para fortalecer as relações e a comunicação. Tambem se pretende criar e melhorar as redes solidarias de luta e resistencia. Havera apresentações dos diferentes grupos para dar a conhecer os seus trabalhos, debates, sessões de video, concertos, refeições populares e uma feira de produtos elaborados pel@s participantes (revistas, artesanato,livros, produtos de agricultura biologica...).
Entre os grupos que participarão há cooperativas de consumo ecologico, casas e aldeias okupadas, agricultoras/es urban@s, bancos de sementes, e diferentes movimentos sociais de agricultoras/es, ecologistas, e defesa da natureza. Pode ser uma boa oportunidade para dar a conhecer a situação em Portugal e reforçar a ligação com os diferentes grupos da peninsula.
Para mais informação:
firarurbana@hypocrisy.org
pikantenatural@telepolis.com
quinta-feira, abril 22, 2004
Desempregados, uni-vos
»»«DIA DO TRABALHADOR CONTRARIADO E DO DESEMPREGADO»»»
========DIA 2 DE MAIO ========== // 2 DE MAIO, DOMINGO, ALMOÇO/CONVÍVIO, ÀS 13 H. //
Companheir@!
Trabalho, eis uma perseguição bíblica que nos
atormenta a existência. Sem ele não temos dinheiro pra
poder sobreviver, com ele não conseguimos usufruir a vida!
Hoje, quando o trabalho se torna uma raridade e quando se consegue é mal remunerado, precárrio e sem garantias e ainda somos obrigados a fazer aquilo que não nos interessa, a obedecer, senão...
Não será possível vivermos de outra maneira? Em liberdade e tendo como objectivo a satisfação das nossas necessidades, em vez de a ganância de uns quantos?
Para já poderemos confraternizar, conviver, discutir tudo isto e o mais que se verá.
Por tudo isto vem participar no almoço do DIA 2 DE MAIO, futuro dia do Trabalhador Contrariado e do Desempregado.
DOMINGO 2 DE MAIO, 13H. NO RESTAURANTE CHINA CAPITAL (PREÇOS NORMAIS, PRATOS VEGETARIANOS E CARNE/PEIXE)
Calçada Marquês de Abrantes, 23 (ao Conde Barão/Santos)
INFO/INSCRIÇÃO: Biblioteca dos Operários
R. Janelas Verdes, 13-1º-Eº - boperaios@yahoo.com.br
96.5495209 ou 96.6201172
PARTICIPA E DIVULGA!!!!
========DIA 2 DE MAIO ========== // 2 DE MAIO, DOMINGO, ALMOÇO/CONVÍVIO, ÀS 13 H. //
Companheir@!
Trabalho, eis uma perseguição bíblica que nos
atormenta a existência. Sem ele não temos dinheiro pra
poder sobreviver, com ele não conseguimos usufruir a vida!
Hoje, quando o trabalho se torna uma raridade e quando se consegue é mal remunerado, precárrio e sem garantias e ainda somos obrigados a fazer aquilo que não nos interessa, a obedecer, senão...
Não será possível vivermos de outra maneira? Em liberdade e tendo como objectivo a satisfação das nossas necessidades, em vez de a ganância de uns quantos?
Para já poderemos confraternizar, conviver, discutir tudo isto e o mais que se verá.
Por tudo isto vem participar no almoço do DIA 2 DE MAIO, futuro dia do Trabalhador Contrariado e do Desempregado.
DOMINGO 2 DE MAIO, 13H. NO RESTAURANTE CHINA CAPITAL (PREÇOS NORMAIS, PRATOS VEGETARIANOS E CARNE/PEIXE)
Calçada Marquês de Abrantes, 23 (ao Conde Barão/Santos)
INFO/INSCRIÇÃO: Biblioteca dos Operários
R. Janelas Verdes, 13-1º-Eº - boperaios@yahoo.com.br
96.5495209 ou 96.6201172
PARTICIPA E DIVULGA!!!!
A democratizar...
Depois da entrega do poder aos Iraquianos, os Americanos continam com um pequeno contingente no Iraque, só para ajudar melhor povo Iraquiano: depois de 30 de Junho, 7 bases militares com 120 000 soldados ficaram instaladas no Iraque indefinidamente (e esta ajuda será convenientemente paga pelo Iraque)....
Entretanto, Paul Bremer diz que a resistência tenta dominar o Iraque pela forÇa... porque os americanos o que estao a fazer nao tem nada a ver com a forÇa, sao só diligências políticas armadas... Os Eua no fundo sao uns filantropos...
Entretanto, Paul Bremer diz que a resistência tenta dominar o Iraque pela forÇa... porque os americanos o que estao a fazer nao tem nada a ver com a forÇa, sao só diligências políticas armadas... Os Eua no fundo sao uns filantropos...
Pobrezas
A pobreza continua a agravar-se em todo o mundo; os objectivos a que as naÇoes do mondo se tinham proposto estam ainda longe de realizar-se. Mais de 100 milhoes de crianÇas continuam sem ir à escola....
Mas quem anuncia estas coisas nao é o FSM; nao; é o Fórum Económico de Davos...
PS - está complicado pôr acentos...
Mas quem anuncia estas coisas nao é o FSM; nao; é o Fórum Económico de Davos...
PS - está complicado pôr acentos...
quarta-feira, abril 21, 2004
Todos ao monte e fé no Mundo
Na próxima Quinta-feira, dia 22 Abril
3000 sanjoanenses trabalharão
pela sua terra no Dia da Terra
Atletas vão limpar uma rua, agentes da PSP vão reparar uma casa, mergulhadores vão retirar detritos do rio. Estas são apenas algumas das actividades previstas para a próxima quinta-feira em S. João da Madeira. Nessa data, 22 de Abril, celebra-se o Dia da Terra, que o município sanjoanense aproveita para dedicar à Agenda 21 Local, processo pioneiro que tem em vista o desenvolvimento sustentável da cidade.
Sob o lema "Trabalhar pela Terra, no Dia da Terra", cerca de 3000 sanjoanenses vão participar no programa, que inclui ainda convívios intergerações, acções de sensibilização, recolha de alimentos e roupas, entre várias outras actividades de interacção comunitária, promovidas por perto de meia centena de associações e instituições.
Às 21 horas, os participantes convergem para a Casa das Associações, onde se realiza a Conferência "Participação Pública e Ambiente: vícios de uma 'jovem' democracia", pela jornalista e socióloga Luísa Schmidt.
S. João da Madeira, 20 de Abril de 2004
22 de Abril - Dia da Terra | Dia da Agenda 21 Local de S. João da Madeira
Programa
Das 09h00 às 12h30_Escola Sec. Nº3
Jogo eco-pedagógico
Das 09h00 às 12h00_Parque Municipal Ferreira de Castro
- Limpeza do Parque Municipal Ferreira de Castro, pelos alunos da CERCI
Das 09h30 às 11h30_Santa Casa da Misericórdia
- Convívio entre os alunos do Jardim Infantil de
Fundo de Vila e os acamados do Lar da 3ª idade
10h00_Em frente à Câmara Municipal
- Hastear da bandeira do Dia da Terra e largada de pombos
10h00_Rua João de Deus
- Medição do ruído, poeiras, solventes e
luminância, promovida pelo Centro Tecnológico do
Calçado
Das 10h00 às 12h30_Praça Luís Ribeiro
- Acção de sensibilização pública de rua sobre
ambiente e recoclagem, pelos alunos da Escola
Sec. Dr. Serafim Leite
Das 10h00 às 12h00_Praça Luís Ribeiro
- Rastreios de saúde, pelo Hospital e Centro de Saúde
Das 10h00 às 12h00_Piscina das Corgas / Paulo Pinto
- Convívio na piscina com os idosos da associação
ACAIS e população em geral, com a orientação dos
profs. de natação da Associação Estamos Juntos
Manhã_Santa Casa da Misericórdia
- Sessão de massagem com os acamados do lar da 3ª
idade, pelo Instituto Arca de Noé Séc. XXI
14h00
- Distribuição de Inquéritos sobre resíduos, pelos alunos da Esc. EB 2,3
Das 14h00 às 17h00_Sede da ACAIS
- Atelier de pintura tema ambiente
- Sensibilização no âmbito do ambiente
- Pequena peça de teatro alusiva ao tema
14h30_Jardim Municipal
- Concurso e exposição de espantalhos, pelos
alunos da Esc. Sec. João da Silva Correia
Das 15h30 às 17h00_Sede da ACAIS
- Intercâmbio de experiências entre crianças do
Infantário Bercinho da Rita e idosos da ACAIS
- Lanche (de tarde)
16h00_Junto à Câmara Municipal
- Pintura de painéis pelo ATL Gineceu, a expor junto à Câmara Municipal
16h00_Jardim Municipal
- Aula de auto-massagem e relaxamento para o
público em geral, pelo Instituto Arca de Noé Séc.
XXI e Associação "É Bom Viver"
17h00_Câmara Municipal
Palestra / Áreas problemáticas da humanidade e
Portugal, pelo Instituto Arca de Noé Séc. XXI
17h00
- Levantamento de pontos críticos na zona
ribeirinha, pela Associação Portuguesa Shaolin Si
18h00_Junto à ponte
- Limpeza do rio Antuã, por mergulhadores do CCD
Real Sociedade da Praça, em parceria com os
Bombeiros
18h00_Santa Casa da Misericórdia
- Actuação da Tuna AD.HOC
19h00_Rio Antuã
- Abrigo para os patos, efectuada pelo Dínamo Sanjoanense
18h00_Margens do rio
- Trilho de percurso pedestre, junto ao rio, promovido pela ARMA
Final da tarde_Rua das Águas
- Limpeza de caminho, pelo Turbo Clube
Final da tarde_Rua Gago Coutinho com Rua Calvário
- Limpeza de triângulo separador junto ao Núcleo do Sporting, pelo Clube Motard
Das 08h00 às 20h00_Bombeiros
- Cedência de ambulância para apoio às actividades
Das 09h00 às 12h00 e das 15h00 às 18h00_Estádio Conde Dias Garcia
- Limpeza do estádio e rua adjacente, pelos
atletas da Associação Desportiva Sanjoanense
Das 10h00 às 16h00_Colégio Santa Filomena
- Pintura de painel de azulejos pelos alunos do
Colégio e membros da Associação É Bom Viver
Horário lectivo_Escola EB1 do Espadanal
- Sensibilização junto dos comerciantes e público
em geral sobre os resíduos na Zona pedonal
Horário lectivo_EB1 do Parque
- Pintura de azulejos para um painel
- Decoração de baldes de lixo
Horário lectivo_Escola dos Ribeiros
- Pintura numa parede da escola, pelos alunos
Todo o dia_pela PSP
Ajuda Humanitária:
- Reparação de casa_Rua do Orreiro
- Lavagem de roupa_Rua Frederico Ulrich
- Almoço convívio com os idosos_Na esquadra da PSP
Todo o dia_Pela Euro Reciclagem
- Lavagem de ecopontos
Todo o dia_Polidesportivo de Fundo de Vila
- Aula de Ginástica, pelo CCDR de Fundo de Vila
Todo o dia_Pelo Clube de bilhar
- Limpeza e pintura do espaço envolvente à capela de Casaldelo
- Convite à Cerci e Centro de acolhimento para um
lanche e jogo de bilhar_Na sede do Clube de bilhar
Todo o dia_Pelo Clube de Campismo
- Limpeza do Parque da Nossa Senhora dos Milagres
Pontos de recolha de roupas, alimentos, livros, brinquedos, etc:
Das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 19h00_ Espaço Renascer
Das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00_Mourisca
A partir das 10h00_Espaço Vida / Orreiro
Das 17h00 às 19h00_Centro Paroquial
Das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 19h00_Câmara Municipal
A partir das 14h00_Armazém da Câmara Municipal
Das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 19h00_Cruz Vermelha
Das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00_Parque América
Horário lectivo_Escola dos Ribeiros
Horário lectivo_Escola EB1 das Fontaínhas
Horário lectivo_Escola EB1 do Espadanal
Todo o dia_Externato Estrela Guia
Todo o dia_Centro Cultura e Desporto
Todo o dia_Banda de Música
Das 08h00 às 20h00_Bombeiros
Todo o dia_O meu café
Todo o dia_Papelaria Sãozita
Todo o dia_Supermercado Riviera
Todo o dia_Rancho Regional
(o transporte da ajuda recolhida estará a cargo da empresa Euroreciclagem)
Para mais informações consultar: http://www.agenda21sjm.org
--
Agenda 21 Local - S. João da Madeira
C.M. S. João da Madeira - 256 200 200
Pedro Santos - 934 577 639/963 988 304
T. 225580032
F. 225090351
contacto@agenda21sjm.org
3000 sanjoanenses trabalharão
pela sua terra no Dia da Terra
Atletas vão limpar uma rua, agentes da PSP vão reparar uma casa, mergulhadores vão retirar detritos do rio. Estas são apenas algumas das actividades previstas para a próxima quinta-feira em S. João da Madeira. Nessa data, 22 de Abril, celebra-se o Dia da Terra, que o município sanjoanense aproveita para dedicar à Agenda 21 Local, processo pioneiro que tem em vista o desenvolvimento sustentável da cidade.
Sob o lema "Trabalhar pela Terra, no Dia da Terra", cerca de 3000 sanjoanenses vão participar no programa, que inclui ainda convívios intergerações, acções de sensibilização, recolha de alimentos e roupas, entre várias outras actividades de interacção comunitária, promovidas por perto de meia centena de associações e instituições.
Às 21 horas, os participantes convergem para a Casa das Associações, onde se realiza a Conferência "Participação Pública e Ambiente: vícios de uma 'jovem' democracia", pela jornalista e socióloga Luísa Schmidt.
S. João da Madeira, 20 de Abril de 2004
22 de Abril - Dia da Terra | Dia da Agenda 21 Local de S. João da Madeira
Programa
Das 09h00 às 12h30_Escola Sec. Nº3
Jogo eco-pedagógico
Das 09h00 às 12h00_Parque Municipal Ferreira de Castro
- Limpeza do Parque Municipal Ferreira de Castro, pelos alunos da CERCI
Das 09h30 às 11h30_Santa Casa da Misericórdia
- Convívio entre os alunos do Jardim Infantil de
Fundo de Vila e os acamados do Lar da 3ª idade
10h00_Em frente à Câmara Municipal
- Hastear da bandeira do Dia da Terra e largada de pombos
10h00_Rua João de Deus
- Medição do ruído, poeiras, solventes e
luminância, promovida pelo Centro Tecnológico do
Calçado
Das 10h00 às 12h30_Praça Luís Ribeiro
- Acção de sensibilização pública de rua sobre
ambiente e recoclagem, pelos alunos da Escola
Sec. Dr. Serafim Leite
Das 10h00 às 12h00_Praça Luís Ribeiro
- Rastreios de saúde, pelo Hospital e Centro de Saúde
Das 10h00 às 12h00_Piscina das Corgas / Paulo Pinto
- Convívio na piscina com os idosos da associação
ACAIS e população em geral, com a orientação dos
profs. de natação da Associação Estamos Juntos
Manhã_Santa Casa da Misericórdia
- Sessão de massagem com os acamados do lar da 3ª
idade, pelo Instituto Arca de Noé Séc. XXI
14h00
- Distribuição de Inquéritos sobre resíduos, pelos alunos da Esc. EB 2,3
Das 14h00 às 17h00_Sede da ACAIS
- Atelier de pintura tema ambiente
- Sensibilização no âmbito do ambiente
- Pequena peça de teatro alusiva ao tema
14h30_Jardim Municipal
- Concurso e exposição de espantalhos, pelos
alunos da Esc. Sec. João da Silva Correia
Das 15h30 às 17h00_Sede da ACAIS
- Intercâmbio de experiências entre crianças do
Infantário Bercinho da Rita e idosos da ACAIS
- Lanche (de tarde)
16h00_Junto à Câmara Municipal
- Pintura de painéis pelo ATL Gineceu, a expor junto à Câmara Municipal
16h00_Jardim Municipal
- Aula de auto-massagem e relaxamento para o
público em geral, pelo Instituto Arca de Noé Séc.
XXI e Associação "É Bom Viver"
17h00_Câmara Municipal
Palestra / Áreas problemáticas da humanidade e
Portugal, pelo Instituto Arca de Noé Séc. XXI
17h00
- Levantamento de pontos críticos na zona
ribeirinha, pela Associação Portuguesa Shaolin Si
18h00_Junto à ponte
- Limpeza do rio Antuã, por mergulhadores do CCD
Real Sociedade da Praça, em parceria com os
Bombeiros
18h00_Santa Casa da Misericórdia
- Actuação da Tuna AD.HOC
19h00_Rio Antuã
- Abrigo para os patos, efectuada pelo Dínamo Sanjoanense
18h00_Margens do rio
- Trilho de percurso pedestre, junto ao rio, promovido pela ARMA
Final da tarde_Rua das Águas
- Limpeza de caminho, pelo Turbo Clube
Final da tarde_Rua Gago Coutinho com Rua Calvário
- Limpeza de triângulo separador junto ao Núcleo do Sporting, pelo Clube Motard
Das 08h00 às 20h00_Bombeiros
- Cedência de ambulância para apoio às actividades
Das 09h00 às 12h00 e das 15h00 às 18h00_Estádio Conde Dias Garcia
- Limpeza do estádio e rua adjacente, pelos
atletas da Associação Desportiva Sanjoanense
Das 10h00 às 16h00_Colégio Santa Filomena
- Pintura de painel de azulejos pelos alunos do
Colégio e membros da Associação É Bom Viver
Horário lectivo_Escola EB1 do Espadanal
- Sensibilização junto dos comerciantes e público
em geral sobre os resíduos na Zona pedonal
Horário lectivo_EB1 do Parque
- Pintura de azulejos para um painel
- Decoração de baldes de lixo
Horário lectivo_Escola dos Ribeiros
- Pintura numa parede da escola, pelos alunos
Todo o dia_pela PSP
Ajuda Humanitária:
- Reparação de casa_Rua do Orreiro
- Lavagem de roupa_Rua Frederico Ulrich
- Almoço convívio com os idosos_Na esquadra da PSP
Todo o dia_Pela Euro Reciclagem
- Lavagem de ecopontos
Todo o dia_Polidesportivo de Fundo de Vila
- Aula de Ginástica, pelo CCDR de Fundo de Vila
Todo o dia_Pelo Clube de bilhar
- Limpeza e pintura do espaço envolvente à capela de Casaldelo
- Convite à Cerci e Centro de acolhimento para um
lanche e jogo de bilhar_Na sede do Clube de bilhar
Todo o dia_Pelo Clube de Campismo
- Limpeza do Parque da Nossa Senhora dos Milagres
Pontos de recolha de roupas, alimentos, livros, brinquedos, etc:
Das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 19h00_ Espaço Renascer
Das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00_Mourisca
A partir das 10h00_Espaço Vida / Orreiro
Das 17h00 às 19h00_Centro Paroquial
Das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 19h00_Câmara Municipal
A partir das 14h00_Armazém da Câmara Municipal
Das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 19h00_Cruz Vermelha
Das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00_Parque América
Horário lectivo_Escola dos Ribeiros
Horário lectivo_Escola EB1 das Fontaínhas
Horário lectivo_Escola EB1 do Espadanal
Todo o dia_Externato Estrela Guia
Todo o dia_Centro Cultura e Desporto
Todo o dia_Banda de Música
Das 08h00 às 20h00_Bombeiros
Todo o dia_O meu café
Todo o dia_Papelaria Sãozita
Todo o dia_Supermercado Riviera
Todo o dia_Rancho Regional
(o transporte da ajuda recolhida estará a cargo da empresa Euroreciclagem)
Para mais informações consultar: http://www.agenda21sjm.org
--
Agenda 21 Local - S. João da Madeira
C.M. S. João da Madeira - 256 200 200
Pedro Santos - 934 577 639/963 988 304
T. 225580032
F. 225090351
contacto@agenda21sjm.org
terça-feira, abril 20, 2004
Desertificada e pobre «reserva natural»
Está opinião é ainda mais curiosa quando a Madeira é a única região do país sem REN nem RAN. Se até o AJJ concorda com o Sampaio então é mesmo mau sinal para o ambiente.
Helder Spínola
OPINIÃO DE ALBERTO JOÃO JARDIM NO JORNAL DA MADEIRA DE HOJE:
Bravo, Senhor Presidente!
Post-Scriptum -- No muito respeito e admiração pessoal que tenho pelo Senhor Presidente da República, simultaneamente com profundas divergências ideológicas, não posso deixar de distinguir o Seu bom senso contra o «fundamentalismo ambiental».
Bem fez o Senhor Dr. Jorge Sampaio em frisar a necessidade de, sem prejuízo dos necessários debates e discussões, o desenvolvimento de Portugal exigir equilíbrios no aproveitamento dos recursos naturais, sem fundamentalismos pseudo-ambientalistas que converteriam este País debilitado, numa desertificada e pobre «reserva natural».
Por: Alberto João Jardim
Quando o Miguel Sousa tavares lhe deu um enxerto de porrada, o nosso presidente não gostou, mas aguentou-se. Agora, com Alberto João, o senhor das ilhas, a tratar Jorge Sampaio com mimos, concordando inteiramente com as afirmações do Presidente, é altura de Jorge Sampaio definir o seu campo: se está connosco, os fundamentalistas pseudo-ambientais (encabeçados por Ribeiro-Telles) que querem preservar praí uns 5% ou 10% do território na REN e na RAN, ou se está com ele, o Alberto João, que só de ouvir falar em ambiente fica de todas as cores, sobressaindo o verde da raiva (e que tão injustamente lhe caiu em sorte no norte da "sua" Ilha).
A única razão porque a Madeira tem ainda algumas "reservas" é porque o diabo da ilha é agreste como o raio, e lá está, nas escarpas toda a gente sabe que os Calitros e outras árvores amigas do homem não medram... Dessem-lhe o continente e aí é que íamos ver como é que o homem arrasava com as reservas todas e transformava esse "deserto" inútil num jardim...
Helder Spínola
OPINIÃO DE ALBERTO JOÃO JARDIM NO JORNAL DA MADEIRA DE HOJE:
Bravo, Senhor Presidente!
Post-Scriptum -- No muito respeito e admiração pessoal que tenho pelo Senhor Presidente da República, simultaneamente com profundas divergências ideológicas, não posso deixar de distinguir o Seu bom senso contra o «fundamentalismo ambiental».
Bem fez o Senhor Dr. Jorge Sampaio em frisar a necessidade de, sem prejuízo dos necessários debates e discussões, o desenvolvimento de Portugal exigir equilíbrios no aproveitamento dos recursos naturais, sem fundamentalismos pseudo-ambientalistas que converteriam este País debilitado, numa desertificada e pobre «reserva natural».
Por: Alberto João Jardim
Quando o Miguel Sousa tavares lhe deu um enxerto de porrada, o nosso presidente não gostou, mas aguentou-se. Agora, com Alberto João, o senhor das ilhas, a tratar Jorge Sampaio com mimos, concordando inteiramente com as afirmações do Presidente, é altura de Jorge Sampaio definir o seu campo: se está connosco, os fundamentalistas pseudo-ambientais (encabeçados por Ribeiro-Telles) que querem preservar praí uns 5% ou 10% do território na REN e na RAN, ou se está com ele, o Alberto João, que só de ouvir falar em ambiente fica de todas as cores, sobressaindo o verde da raiva (e que tão injustamente lhe caiu em sorte no norte da "sua" Ilha).
A única razão porque a Madeira tem ainda algumas "reservas" é porque o diabo da ilha é agreste como o raio, e lá está, nas escarpas toda a gente sabe que os Calitros e outras árvores amigas do homem não medram... Dessem-lhe o continente e aí é que íamos ver como é que o homem arrasava com as reservas todas e transformava esse "deserto" inútil num jardim...
Últimas notícias
Extra, extra!
Não, não venho falar do caso sensação do Major Valentão, mestre da social democracia e grande timoneiro dos futebóis; por fontes seguras, soube que as Andorinhas, esses seres esvoaçantes que todos os anos teimam em partir no Outono, não o fazem por ter frio ou falta de sol; ná. Parece que no que toca à gastronomia, estas aves ficam sem ter que comer, já que os malfadados insectos só esvoaçam abundantemente na Primavera e no Verão. Portanto, o mito da Andorinha a morrer de frio acaba aqui. Os corajosos passarinhos atravessam o Mediterrâneo para mudarem de restaurante, já que no Outono, o restaurante Português dos invertebrados suculentos encerra para balanço....
Não, não venho falar do caso sensação do Major Valentão, mestre da social democracia e grande timoneiro dos futebóis; por fontes seguras, soube que as Andorinhas, esses seres esvoaçantes que todos os anos teimam em partir no Outono, não o fazem por ter frio ou falta de sol; ná. Parece que no que toca à gastronomia, estas aves ficam sem ter que comer, já que os malfadados insectos só esvoaçam abundantemente na Primavera e no Verão. Portanto, o mito da Andorinha a morrer de frio acaba aqui. Os corajosos passarinhos atravessam o Mediterrâneo para mudarem de restaurante, já que no Outono, o restaurante Português dos invertebrados suculentos encerra para balanço....
O português no mundo
VENHA TOMAR CAFÉ CONNOSCO
Conferencista: Prof. Doutor J. Malaca Casteleiro (UBI)
Tema: A Língua Portuguesa no Mundo
Dia 30 de Abril 2004
às 21 horas
Na Rua do Centro de Artes Covilhã
Organização: Academia Sénior
Conferencista: Prof. Doutor J. Malaca Casteleiro (UBI)
Tema: A Língua Portuguesa no Mundo
Dia 30 de Abril 2004
às 21 horas
Na Rua do Centro de Artes Covilhã
Organização: Academia Sénior
War president
Americanos mortos no Iraque
Sacado daqui.:
I'd also like to point out that 'War President' is an image. It is not a textual statement or rhetorical argument. An image is like an empty room and any message that one reads in that room necessarily came in the baggage one carried when one walked in the door. If I made a mosaic of George Washington composed of images of the American dead from the revolution, would viewers likely take that image as an indictment of Washington? I submit that they would not. It would be viewed as a monument to the dead and a celebration of a great leader, a somewhat maudlin monument maybe but surely not offensive. The fact that 'War President' is not viewed such a manner is not due to any intrinsic property of 'War President' but lies somewhere else.
Joe
Lamentações...
Foram poucas, até agora, as capitais europeias que se pronunciaram sobre a decisão do chefe do Governo espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, de retirar imediatamente as suas tropas do Iraque. Apenas alguns dos Estados membros com tropas no terreno o fizeram, naturalmente para "lamentar" a decisão de Madrid.
Publico on-line
Pois, eu lamento é que tenham ido para lá fazer uma guerra injusta, que ninguém queria. Então e a democracia, coño? na Europa, as populações de todos os países eram maioritariamente contra a guerra e mesmo assim, alguns governos contrariaram a vontade das populações e lançaram os repectivos países na guerra. Zapatero, que respeitou a vontade democrática dos Espanhóis (primeiro expressa nas sondagens e manifestações e depois nas urnas) é visto agora como um traidor por alguns dirigentes iluminados (inspirados certamente pela linha mais conservadora e anti-democrática, representada entre nós por esse paladino da verdade, o grande Luis Delgado). Não, ele é apenas um dos poucos que está a agir democraticamente. Porque seguir cegamente Bush nas suas quimeras imperialistas nada tem de democrático; é apenas uma atitude seguidista com o objectivo de apanhar umas migalhas dos restos que os Americanos deitarem para o chão (ou pior ainda, apenas por medo de retaliações por parte do gigante Americano)...
Ontem mais quatro crianças morreram no Iraque, libertadas do peso da vida pelo amigo Americano... Só espero que um dia estes crimes sejam julgados...
Publico on-line
Pois, eu lamento é que tenham ido para lá fazer uma guerra injusta, que ninguém queria. Então e a democracia, coño? na Europa, as populações de todos os países eram maioritariamente contra a guerra e mesmo assim, alguns governos contrariaram a vontade das populações e lançaram os repectivos países na guerra. Zapatero, que respeitou a vontade democrática dos Espanhóis (primeiro expressa nas sondagens e manifestações e depois nas urnas) é visto agora como um traidor por alguns dirigentes iluminados (inspirados certamente pela linha mais conservadora e anti-democrática, representada entre nós por esse paladino da verdade, o grande Luis Delgado). Não, ele é apenas um dos poucos que está a agir democraticamente. Porque seguir cegamente Bush nas suas quimeras imperialistas nada tem de democrático; é apenas uma atitude seguidista com o objectivo de apanhar umas migalhas dos restos que os Americanos deitarem para o chão (ou pior ainda, apenas por medo de retaliações por parte do gigante Americano)...
Ontem mais quatro crianças morreram no Iraque, libertadas do peso da vida pelo amigo Americano... Só espero que um dia estes crimes sejam julgados...
segunda-feira, abril 19, 2004
Vigília por Mordechai Vanunu
Vigília nas imediações da Embaixada de Israel
Quarta-feira, dia 21 de Abril, pelas 18:30
Comemoração da libertação de Mordechai Vanunu
O Grupo Local Portugal 19 - Sintra da Amnistia Internacional realiza na quarta-feira, dia 21 de Abril, pelas 18:30, uma vigília nas imediações da Embaixada de Israel, na Rua António Enes, em Lisboa, para comemorar a libertação de Mordechai Vanunu, cidadão israelita preso há 18 anos (12 dos quais em solitária) por denunciar a produção de armas nucleares por Israel.
Apesar de ser libertado, Vanunu será proibido de viajar para fora de Israel, de contactar com cidadãos estrangeiros e de falar para a imprensa. O Grupo 19 da Amnistia Internacional considera que a justificação oficial apresentada pelas autoridades israelitas - a possibilidade de Vanunu revelar mais segredos - é desprovida de sentido, dado que já se passaram 18 anos sobre a sua detenção e tudo o que pudesse saber se encontra desactualizado. Na realidade, Israel pretende impedir que Vanunu revele pormenores sobre o seu rapto pela Mossad em Itália e o seu julgamento secreto em Israel em 1986.
Por conseguinte, o Grupo 19 da Amnistia Internacional irá também reclamar o levantamento das restrições aos direitos fundamentais de Vanunu, tal como nas vigílias nas demais cidades do mundo inteiro (Washington, Detroit, São Francisco, Londres, Toronto, Roma e Dublin, entre outras).
Para mais informações contactar:
Rui Palma - 917 829 617
Luís Galrão - 966 365 720
Vanunu
Página da Amnistia - Grupo 19
Blog da Amnistia - grupo 19
Quarta-feira, dia 21 de Abril, pelas 18:30
Comemoração da libertação de Mordechai Vanunu
O Grupo Local Portugal 19 - Sintra da Amnistia Internacional realiza na quarta-feira, dia 21 de Abril, pelas 18:30, uma vigília nas imediações da Embaixada de Israel, na Rua António Enes, em Lisboa, para comemorar a libertação de Mordechai Vanunu, cidadão israelita preso há 18 anos (12 dos quais em solitária) por denunciar a produção de armas nucleares por Israel.
Apesar de ser libertado, Vanunu será proibido de viajar para fora de Israel, de contactar com cidadãos estrangeiros e de falar para a imprensa. O Grupo 19 da Amnistia Internacional considera que a justificação oficial apresentada pelas autoridades israelitas - a possibilidade de Vanunu revelar mais segredos - é desprovida de sentido, dado que já se passaram 18 anos sobre a sua detenção e tudo o que pudesse saber se encontra desactualizado. Na realidade, Israel pretende impedir que Vanunu revele pormenores sobre o seu rapto pela Mossad em Itália e o seu julgamento secreto em Israel em 1986.
Por conseguinte, o Grupo 19 da Amnistia Internacional irá também reclamar o levantamento das restrições aos direitos fundamentais de Vanunu, tal como nas vigílias nas demais cidades do mundo inteiro (Washington, Detroit, São Francisco, Londres, Toronto, Roma e Dublin, entre outras).
Para mais informações contactar:
Rui Palma - 917 829 617
Luís Galrão - 966 365 720
Vanunu
Página da Amnistia - Grupo 19
Blog da Amnistia - grupo 19
Justiça Social?
Segunda-feira, 19 de Abril de 2004 (Publico on-line)
Vendo hoje as notícias, ficamos perplexos: a par de um crescente número de pessoas que vivem no limiar da pobreza, há outras que vivem no limiar do fausto. Os indicadores são preocupantes.
Todos os dias há uma fábrica que fecha e gente que fica com meios muito limitados de subsistência e ao mesmo tempo sabemos que não há quebras nas vendas de carros topo-de-gama, pelo contrário, e de que há lista de espera para alguns deles.
São os bilhetes VIP (180 euros) do Rock in Rio que já esgotaram e os milhares de pessoas neste país que nunca tiveram direito a férias.
São os estudantes que chegam à universidade em bons carros que têm direito a bolsa e os que apenas têm a sua inteligência e vontade (muitas vezes superiores) que têm de ficar cá fora porque simplesmente têm de trabalhar para subsistir.
São as leis e a contenção que atingem quem trabalha e a falta delas para quem não paga impostos e vive à custa dos outros.
É preciso pensar seriamente no modelo de desenvolvimento social e económico que seguimos.
Ficamos baralhados com as complexas teorias económicas defendidas por quase todos de que é preciso deixar funcionar o mercado e criar as condições para que a concorrência leve ao desenvolvimento, mas o que vemos na vida real é que isto só aproveita a alguns. Também há os que pensam que o Estado tem de resolver todos os problemas e tornar-se numa espécie de "Santa Casa" que tudo vai resolver com a "caridadezinha", mas a riqueza é criada pelas pessoas e não pelo Estado.
Nós por cá não temos as soluções, mas que é preciso fazer alguma coisa lá isso é. E alertar para estas situações de enormes desequilíbrios pode ser um começo.
João Vilaça
Vendo hoje as notícias, ficamos perplexos: a par de um crescente número de pessoas que vivem no limiar da pobreza, há outras que vivem no limiar do fausto. Os indicadores são preocupantes.
Todos os dias há uma fábrica que fecha e gente que fica com meios muito limitados de subsistência e ao mesmo tempo sabemos que não há quebras nas vendas de carros topo-de-gama, pelo contrário, e de que há lista de espera para alguns deles.
São os bilhetes VIP (180 euros) do Rock in Rio que já esgotaram e os milhares de pessoas neste país que nunca tiveram direito a férias.
São os estudantes que chegam à universidade em bons carros que têm direito a bolsa e os que apenas têm a sua inteligência e vontade (muitas vezes superiores) que têm de ficar cá fora porque simplesmente têm de trabalhar para subsistir.
São as leis e a contenção que atingem quem trabalha e a falta delas para quem não paga impostos e vive à custa dos outros.
É preciso pensar seriamente no modelo de desenvolvimento social e económico que seguimos.
Ficamos baralhados com as complexas teorias económicas defendidas por quase todos de que é preciso deixar funcionar o mercado e criar as condições para que a concorrência leve ao desenvolvimento, mas o que vemos na vida real é que isto só aproveita a alguns. Também há os que pensam que o Estado tem de resolver todos os problemas e tornar-se numa espécie de "Santa Casa" que tudo vai resolver com a "caridadezinha", mas a riqueza é criada pelas pessoas e não pelo Estado.
Nós por cá não temos as soluções, mas que é preciso fazer alguma coisa lá isso é. E alertar para estas situações de enormes desequilíbrios pode ser um começo.
João Vilaça
A razão da reforma agrária
Má distribuição das terras
A questão fundiária e a injusta distribuição das terras são os pontos principais da luta pela terra e, conseqüentemente, pela Reforma Agrária. Na Guatemala, por exemplo, segundo um levantamento feito pela Plataforma Agrária (PA), 85% das terras cultiváveis estão no poder de apenas 1% da população, enquanto os restantes 14% das terras guatemaltecas pertencem a 96% da população. No meio destas percentagens, cerca de 500 mil famílias de camponeses vivem abaixo da limiar da pobreza.
Na Colômbia, a situação também não é das melhores e nunca foi, desde a colonização do país. Segundo a Via Campesina de Bogotá, entre 1984 e 1997, os proprietários de fazendas com mais de 500 hectares (representando 2% dos fazendeiros) passaram a possuir de 32% das terras para 45%.
Nesse país, a Lei de Reforma Agrária de 1994, ao invés de ajudar os agricultores, acabou por excluir grande parte do milhão de famílias sem-terra e de camponeses pobres, vitimados por um sistema de crédito fundiário que, até hoje, lhes deixou dívidas severas, a maioria delas impagáveis.
No Brasil, a concentração de terra fica nas mãos de 26 mil proprietários, que representam menos de 1% de um universo de 5 milhões de proprietários, salientam os dados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Estes são, portanto, donos de 46% das terras brasileiras.
O resultado dessa concentração é que 5 milhões de famílias fazem parte do grupo dos Sem-Terra, denominação criada a partir do Movimento que, este ano, completou 20 anos de existência.
Na Bolívia, reverter a actual política fundiária também é a missão dos movimentos camponeses. Desde a década passada, indígenas vêm realizando marchas com o objetivo de pressionar o governo a devolver-lhes as terras ancestrais. Até o momento, só foi homologada uma pequena parte do montante das terras, enquanto a repressão é constante.
No México, a força insurgente do Movimento Zapatista surgiu, há 20 anos, com o objetivo de resolver o que foi iniciado com a Revolução Mexicana, em 1930: garantir o direito às terras comunais de todos os indígenas do país. A dívida que o Estado mexicano tem com os indígenas é histórica, data da independência do país, quando os indígenas, na sua maioria agricultores, viram os seus direitos às terras negados. Com a crise do café e a pouca terra disponível para a plantação de milho, os camponeses acabaram contribuir para as piores estatísticas do país.
Continue a ler este artigo.
A questão fundiária e a injusta distribuição das terras são os pontos principais da luta pela terra e, conseqüentemente, pela Reforma Agrária. Na Guatemala, por exemplo, segundo um levantamento feito pela Plataforma Agrária (PA), 85% das terras cultiváveis estão no poder de apenas 1% da população, enquanto os restantes 14% das terras guatemaltecas pertencem a 96% da população. No meio destas percentagens, cerca de 500 mil famílias de camponeses vivem abaixo da limiar da pobreza.
Na Colômbia, a situação também não é das melhores e nunca foi, desde a colonização do país. Segundo a Via Campesina de Bogotá, entre 1984 e 1997, os proprietários de fazendas com mais de 500 hectares (representando 2% dos fazendeiros) passaram a possuir de 32% das terras para 45%.
Nesse país, a Lei de Reforma Agrária de 1994, ao invés de ajudar os agricultores, acabou por excluir grande parte do milhão de famílias sem-terra e de camponeses pobres, vitimados por um sistema de crédito fundiário que, até hoje, lhes deixou dívidas severas, a maioria delas impagáveis.
No Brasil, a concentração de terra fica nas mãos de 26 mil proprietários, que representam menos de 1% de um universo de 5 milhões de proprietários, salientam os dados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Estes são, portanto, donos de 46% das terras brasileiras.
O resultado dessa concentração é que 5 milhões de famílias fazem parte do grupo dos Sem-Terra, denominação criada a partir do Movimento que, este ano, completou 20 anos de existência.
Na Bolívia, reverter a actual política fundiária também é a missão dos movimentos camponeses. Desde a década passada, indígenas vêm realizando marchas com o objetivo de pressionar o governo a devolver-lhes as terras ancestrais. Até o momento, só foi homologada uma pequena parte do montante das terras, enquanto a repressão é constante.
No México, a força insurgente do Movimento Zapatista surgiu, há 20 anos, com o objetivo de resolver o que foi iniciado com a Revolução Mexicana, em 1930: garantir o direito às terras comunais de todos os indígenas do país. A dívida que o Estado mexicano tem com os indígenas é histórica, data da independência do país, quando os indígenas, na sua maioria agricultores, viram os seus direitos às terras negados. Com a crise do café e a pouca terra disponível para a plantação de milho, os camponeses acabaram contribuir para as piores estatísticas do país.
Continue a ler este artigo.
domingo, abril 18, 2004
25 de Abril sempre
Não deixem de visitar este Blog, feito pelo Jumento para homenagear o 25 de Abril. Está excelente.
Claro que há também o Posto de Comando, iniciativa colectiva para que a memória esteja bem viva....
Claro que há também o Posto de Comando, iniciativa colectiva para que a memória esteja bem viva....
25 de Abril é revolução!!
Ontem, tive a sorte de ver um filme documentário sobre o Alentejo e suas gentes, que falava de como eram as coisas antes do 25 de Abril. Os testemunhos dos entrevistados expressaram uma realidade terrível, onde os míudos andavam descalços até à adolescência, onde se trabalhava de sol a sol sem ganhar suficiente para comer, onde aqueles que se atreviam a roubar umas bolotas ou uma mão cheia de azeitonas para enganar a fome eram severamente castigados pela guarda, onde o analfabetismo crónico era a forma de Salazar manter o povo controlado, onde os poetas que falavam de fome e miséria eram acusados de fazer política subversiva, onde os poemas para ser publicados tinham que substutuir "trabalhador" por "passarinho", onde as férias, o 13º mês e as reformas eram inexistentes, o que levava os trabalhadores rurais a terem que se esfalfar até deixarem de poder com as pernas, e sobretudo, onde todos viviam com medo, muito medo. E tudo isso, felizmente, mudou com a revolução de Abril. E mesmo que muitas coisas não sejam perfeitas, as conquistas de Abril não podem ser catalogadas como "Evolução", numa tentativa de fazer de Abril uma continuação do passado. Não. Abril acabou radicalmente com uma ditadura terrível de mais de 40 anos, e permitiu que as pessoas deixassem de ter medo, tivessem calçado, educação, alimento e direitos sociais. E isso relativamente ao que se viveu antes foi uma enorme revolução.
Parabéns à Maya Rosa por este filme excelente: No Jardim do Mundo. A não perder!!!
Parabéns à Maya Rosa por este filme excelente: No Jardim do Mundo. A não perder!!!
A fuga dos cérebros....
> “Governo português vai pagar aos investigadores nacionais e estrangeiros
> que se queiram radicar em Portugal. A medida, que entra em vigor já a
> partir de 1 de Julho, destina-se a todos os doutorados «com grau de
> excelência» e visa combater a actual «fuga de talentos» nas ciências.
> o Estado pagará as despesas de investigação a
> todos os doutorados, nacionais e estrangeiros, que tenham publicado 100
> artigos em revistas internacionais e supervisionado pelo menos dez
> doutoramentos concluídos.”
Isto é tão ridiculo que levanta suspeitas sobre 1) a honestidade dos membros do Governo responsáveis pela medida; ou 2) a sanidade mental dos mesmos. E porque faço eu afirmação tão grosseira?
Porque:
1) Só tem 100 artigos em revistas indexadas quem tem excelência, é certo, mas também quem está no final da sua carreira. Ora quem está no final da sua carreira lá fora não é quem, actualmente, consubstancia a fuga de cérebros citada. Por outro lado, quem está no final da carreira não está, regra geral, no auge da sua produtividade e salvo raras excepções a preocupação central não se centra nos próximos 100 artigos que raramente
escreverão. Por outro lado é muito improvável que alguem nestas condições esteja disposto a regressar a Portugal, abandonando familia, casa, amigos, condições de trabalho inigualáveis, etc.
2) A relevância da produção científica de um investigador não se mede por números fixos de publicações mas por uma conjugação de factores onde se inclui o impacte da revista onde publica, o impacte do trabalho medido pelo número de citações e a ordem de autoria em que aparece nos artigos.
Mas mais importante que estes factores deverá estar o reconhecimento que os valores de publicações devem ser calibrados por área científica pois há áreas onde a facilidade e prática de publicar é incomparavelmente superior a outras. É diferente, por exemplo, publicar 10 artigos científicos em Filosofia, ou 10 artigos em Genética de populações. Num caso, cada artigo representa, ou tende a representar, um processo lento de maturação
intelectual e noutro bastarão uns ensaios experimentais enquadrados por uma hipótese de trabalho alicercada num corpo teórico existente e pensado por outros.
Com esta medida o governo está a insultar a inteligência dos Portugueses e a fazer de conta que está a tomar medidas. Nem visto é fácil de acreditar.
Miguel Araújo
> que se queiram radicar em Portugal. A medida, que entra em vigor já a
> partir de 1 de Julho, destina-se a todos os doutorados «com grau de
> excelência» e visa combater a actual «fuga de talentos» nas ciências.
> o Estado pagará as despesas de investigação a
> todos os doutorados, nacionais e estrangeiros, que tenham publicado 100
> artigos em revistas internacionais e supervisionado pelo menos dez
> doutoramentos concluídos.”
Isto é tão ridiculo que levanta suspeitas sobre 1) a honestidade dos membros do Governo responsáveis pela medida; ou 2) a sanidade mental dos mesmos. E porque faço eu afirmação tão grosseira?
Porque:
1) Só tem 100 artigos em revistas indexadas quem tem excelência, é certo, mas também quem está no final da sua carreira. Ora quem está no final da sua carreira lá fora não é quem, actualmente, consubstancia a fuga de cérebros citada. Por outro lado, quem está no final da carreira não está, regra geral, no auge da sua produtividade e salvo raras excepções a preocupação central não se centra nos próximos 100 artigos que raramente
escreverão. Por outro lado é muito improvável que alguem nestas condições esteja disposto a regressar a Portugal, abandonando familia, casa, amigos, condições de trabalho inigualáveis, etc.
2) A relevância da produção científica de um investigador não se mede por números fixos de publicações mas por uma conjugação de factores onde se inclui o impacte da revista onde publica, o impacte do trabalho medido pelo número de citações e a ordem de autoria em que aparece nos artigos.
Mas mais importante que estes factores deverá estar o reconhecimento que os valores de publicações devem ser calibrados por área científica pois há áreas onde a facilidade e prática de publicar é incomparavelmente superior a outras. É diferente, por exemplo, publicar 10 artigos científicos em Filosofia, ou 10 artigos em Genética de populações. Num caso, cada artigo representa, ou tende a representar, um processo lento de maturação
intelectual e noutro bastarão uns ensaios experimentais enquadrados por uma hipótese de trabalho alicercada num corpo teórico existente e pensado por outros.
Com esta medida o governo está a insultar a inteligência dos Portugueses e a fazer de conta que está a tomar medidas. Nem visto é fácil de acreditar.
Miguel Araújo
sexta-feira, abril 16, 2004
REN e RAN
(...)
Se Portugal não se encontra hoje já totalmente vandalizado, se ainda restam algumas zonas que servem todos e não apenas alguns, deve-se à existência da RAN e da REN [Reserva agrícola nacional e reserva ecológica nacional]. Mas, ao longo dos últimos 25 anos, esse derradeiro obstáculo tem sido, disfarçada ou descaradamente, combatido por autarcas, governantes e especuladores imobiliários. Precisamente porque essas zonas foram preservadas, é aí que se concentra a cobiça voraz da construção. Basta olhar para os anúncios dos novos aldeamentos turísticos para ver como eles valorizam as "paisagens preservadas" - que o eram até aí. (...)
Ora, parece que o sr. Presidente da República, ocupado em mais uma Presidência Aberta sobre o ambiente (ele que nunca foi conhecido por ser propriamente um defensor da causa) não recebeu lá com muito boa disposição o tal abaixo-assinado. Pelo menos, a avaliar pela resposta que deu no momento. Disse o Presidente que "o debate é necessário", mas logo acrescentou a conclusão do debate, do seu ponto de vista: "Mas o país não pode ser uma reserva total, de norte a sul, que inviabilize a presença de cidadãos e o seu próprio desenvolvimento." Esta simples frase, vinda do Presidente da República, significa a morte anunciada da RAN e da REN. Significa o fim de um quarto
de século de luta contra a selvajaria e a destruição paisagística e ambiental do país. É música para os ouvidos do ministro Theias, do Governo de Durão Barroso, para os autarcas, construtores e especuladores. (...)
Pergunto porque se dá Jorge Sampaio ao trabalho de se desgastar tanto em Presidências Abertas sobre o ambiente, quando, afinal de contas, quando se chega à questão decisiva que é a de
escolher entre os interesses económicos em jogo ou a defesa de uma pequeníssima parte do nosso património natural e do mundo rural, ele escolhe o lado errado.
Leia o artigo completo de Miguel Sousa Tavares
Se Portugal não se encontra hoje já totalmente vandalizado, se ainda restam algumas zonas que servem todos e não apenas alguns, deve-se à existência da RAN e da REN [Reserva agrícola nacional e reserva ecológica nacional]. Mas, ao longo dos últimos 25 anos, esse derradeiro obstáculo tem sido, disfarçada ou descaradamente, combatido por autarcas, governantes e especuladores imobiliários. Precisamente porque essas zonas foram preservadas, é aí que se concentra a cobiça voraz da construção. Basta olhar para os anúncios dos novos aldeamentos turísticos para ver como eles valorizam as "paisagens preservadas" - que o eram até aí. (...)
Ora, parece que o sr. Presidente da República, ocupado em mais uma Presidência Aberta sobre o ambiente (ele que nunca foi conhecido por ser propriamente um defensor da causa) não recebeu lá com muito boa disposição o tal abaixo-assinado. Pelo menos, a avaliar pela resposta que deu no momento. Disse o Presidente que "o debate é necessário", mas logo acrescentou a conclusão do debate, do seu ponto de vista: "Mas o país não pode ser uma reserva total, de norte a sul, que inviabilize a presença de cidadãos e o seu próprio desenvolvimento." Esta simples frase, vinda do Presidente da República, significa a morte anunciada da RAN e da REN. Significa o fim de um quarto
de século de luta contra a selvajaria e a destruição paisagística e ambiental do país. É música para os ouvidos do ministro Theias, do Governo de Durão Barroso, para os autarcas, construtores e especuladores. (...)
Pergunto porque se dá Jorge Sampaio ao trabalho de se desgastar tanto em Presidências Abertas sobre o ambiente, quando, afinal de contas, quando se chega à questão decisiva que é a de
escolher entre os interesses económicos em jogo ou a defesa de uma pequeníssima parte do nosso património natural e do mundo rural, ele escolhe o lado errado.
Leia o artigo completo de Miguel Sousa Tavares
quinta-feira, abril 15, 2004
Iraque...
A guerra do Iraque vista pelos Árabes na AlJazeera.
Os "danos colaterais" do cerco de Falluja: mais de 600 mortos (a maioria civis), entre os quais muitas crianças (ver fotografias - atenção, são bastante terríveis!!)
Campo de desportos transformado em cemitério improvisado
Os crimes contra a humanidade cometidos em Falluja não tiveram cobertura mediática quase nenhuma..... Será este o preço da Liberdade??
Quantas crianças, mulheres e civis terão de morrer para ter direito ao mesmo tempo de antena de um civil ocidental morto no Iraque? 10, 100, 1000, 10000?
Os "danos colaterais" do cerco de Falluja: mais de 600 mortos (a maioria civis), entre os quais muitas crianças (ver fotografias - atenção, são bastante terríveis!!)
Campo de desportos transformado em cemitério improvisado
Os crimes contra a humanidade cometidos em Falluja não tiveram cobertura mediática quase nenhuma..... Será este o preço da Liberdade??
Quantas crianças, mulheres e civis terão de morrer para ter direito ao mesmo tempo de antena de um civil ocidental morto no Iraque? 10, 100, 1000, 10000?
Formigas
A Anarquia funciona!!!
As formigas, que espantam pela sua fantástica organização, têm uma original estrutura social; com efeito, as colónias organizam-se de baixo para cima, numa manifestação anárquica que funciona. Não há uma super-formiga que coordene, nem chefias nem almirantes. Não, há tarefas distintas, realizadas por formigas diferentes, para o bem comum do formigueiro. As denominações de "operários" ou "soldados" ou "rainha" são apenas simplificações antropológicas. Nas formigas não há hierarquias. Lá está, manifestamente fazer de formiginha não devia ter uma conotação negativa. Deveria ser conotado como um exemplo de uma organização social impar, em que o anarquismo é levado a um pragmatismo com mais de 100 milhões de anos de sucesso. Próximamente irei provar que as cigarras, ao contrário do que dizem certas fábulas, são animais fascistas e reaccionários....
As formigas são (R)Evolução!!!!
As formigas, que espantam pela sua fantástica organização, têm uma original estrutura social; com efeito, as colónias organizam-se de baixo para cima, numa manifestação anárquica que funciona. Não há uma super-formiga que coordene, nem chefias nem almirantes. Não, há tarefas distintas, realizadas por formigas diferentes, para o bem comum do formigueiro. As denominações de "operários" ou "soldados" ou "rainha" são apenas simplificações antropológicas. Nas formigas não há hierarquias. Lá está, manifestamente fazer de formiginha não devia ter uma conotação negativa. Deveria ser conotado como um exemplo de uma organização social impar, em que o anarquismo é levado a um pragmatismo com mais de 100 milhões de anos de sucesso. Próximamente irei provar que as cigarras, ao contrário do que dizem certas fábulas, são animais fascistas e reaccionários....
As formigas são (R)Evolução!!!!
Memória
Ontem, por acaso, vi um documentário sobre a memória dos que morreram assassinados pelos Falangistas, depois da vitória de Franco na Geurra Civil Espanhola. O que mais impressiona é que com o pretexto da reconciliação uma parte da história de Espanha seja completamente apagada dos livros. E mais de 100 000 pessoas semeadas por debaixo da terra um pouco por toda a Espanha é uma boa fatia de história. Por respeito com as famílias dos assassinados, esta memória deveria estar presente na história de Espanha. E o mínimo exigido é que seja o Estado espanhol a pagar os custos da investigação, recuperação e identificação das dezenas de milhares de pessoas que "desapareceram" às mãos dos falangistas. Quando isso acontecer, a reconciliação será finalmente possível...
Abril com "R"
«Trinta anos depois querem tirar o r
se puderem vai a cedilha e o til
trinta anos depois alguém que berre
r de revolução r de Abril
r até de porra r vezes dois
r de renascer trinta anos depois
Trinta anos depois ainda nos resta
da liberdade o l mas qualquer dia
democracia fica sem o d.
Alguém que faça um f para a festa
alguém que venha perguntar porquê
e traga um grande p de poesia.
Trinta anos depois a vida é tua
agarra as letras todas e com elas
escreve a palavra amor (onde somos sempre dois)
escreve a palavra amor em cada rua
e então verás de novo as caravelas
a passar por aqui: trinta anos depois.»
Manuel Alegre
se puderem vai a cedilha e o til
trinta anos depois alguém que berre
r de revolução r de Abril
r até de porra r vezes dois
r de renascer trinta anos depois
Trinta anos depois ainda nos resta
da liberdade o l mas qualquer dia
democracia fica sem o d.
Alguém que faça um f para a festa
alguém que venha perguntar porquê
e traga um grande p de poesia.
Trinta anos depois a vida é tua
agarra as letras todas e com elas
escreve a palavra amor (onde somos sempre dois)
escreve a palavra amor em cada rua
e então verás de novo as caravelas
a passar por aqui: trinta anos depois.»
Manuel Alegre
Presidenciais à esquerda
Li o que aqui escreveu o Eng. Edgar Correia sobre a necessidade da esquerda encontrar um candidato ganhador para as próximas eleições presidenciais. Comungo da sua análise no que respeita à importância, para a esquerda e para o país, da derrota da direita nesse acto eleitoral. Do mesmo modo, identifico-me com o carácter de exigência cívica que, de acordo com uma postura de abertura, não sectária e construtiva, deve assistir a esquerda, os seus diferentes partidos e movimentos, na procura de uma alternativa (entenda-se de um candidato) nessas mesmas eleições. Mas fica por aqui, pelos pressupostos analíticos do problema, o meu grau de identificação com o pensamento de Edgar Correia.
Não posso concordar com o que de essencial parece prevalecer do seu pensamento: que à cegueira do sectarismo pseudo comunista do PCP só se possa opor, como alternativa válida para a esquerda, uma candidatura como a de António Guterres.
António Guterres é uma figura da ala direita, católica e conservadora, do PS. É o mais directo responsável, por via do seu exercício político à frente do último governo socialista, pela circunstância de ser hoje possível ao governo de direita fazer o que faz. Inaugurou o paradigma da nossa história política recente, tão falso quanto absolutamente enraizado no nosso imaginário popular, segundo o qual a esquerda é intrinsecamente despesista, irresponsável, laxista, etc., por exemplo em tudo o que respeita a gestão de dinheiros públicos, à capacidade para reformar o aparelho de estado, de tornar mais competitiva a nossa economia, ou de concretizar uma aposta (tão desesperadamente necessária) na nossa educação e na qualificação técnica e científica da nossa mão-de-obra. O corolário deste pressuposto é o que, por ventura, está na base do (ainda assim e até ver) escasso apoio popular deste governo neo-conservador e neo-liberal: o de que só um governo de direita é que serve para arrumar a casa e pôr as contas em ordem. (Ocorre-lhe, Eng. Correia, alguma transformação de regime na nossa história contemporânea que se tenha feito valer do mesmo tipo de demagogia? A mim sim!).
Portanto penso que tem que existir uma outra alternativa. Penso que a projecção e análise políticas que se constituem como verdadeiros desafios à esquerda no nosso tempo, não se podem jogar simplesmente no plano do imediatismo eleitoral, por mais relevante que ele seja (e é!). Semear uma verdadeira alternativa de esquerda unida, consequente e candidata ao exercício do poder, não pode ter como única solução, mesmo no actual estado das coisas, o apoio a um candidato como é António Guterres.
Vale portanto mais a pena perder as próximas eleições, mas escolher e votar num candidato de esquerda, do que votar num candidato com possibilidade de ganhar (será?) mas que é de uma esquerda velha, gasta, igual ao que nos habituou, durante anos, o último governo do PS.
A menos que se considere que essa é a única alternativa possível, que essa é a única esquerda que nos resta, e que se tenha atingido um estado tal (inclusive psicológico) em que o nosso optimismo e a nossa combatividade estejam reduzidos a uma lógica eleitoral de votar no “menos mau”. Esses “estados” merecem o meu sincero respeito, mas nunca a minha concordância, a esquerda que quero contribuir para engrossar não baixa assim os braços.
Sacadura Pinto
Não posso concordar com o que de essencial parece prevalecer do seu pensamento: que à cegueira do sectarismo pseudo comunista do PCP só se possa opor, como alternativa válida para a esquerda, uma candidatura como a de António Guterres.
António Guterres é uma figura da ala direita, católica e conservadora, do PS. É o mais directo responsável, por via do seu exercício político à frente do último governo socialista, pela circunstância de ser hoje possível ao governo de direita fazer o que faz. Inaugurou o paradigma da nossa história política recente, tão falso quanto absolutamente enraizado no nosso imaginário popular, segundo o qual a esquerda é intrinsecamente despesista, irresponsável, laxista, etc., por exemplo em tudo o que respeita a gestão de dinheiros públicos, à capacidade para reformar o aparelho de estado, de tornar mais competitiva a nossa economia, ou de concretizar uma aposta (tão desesperadamente necessária) na nossa educação e na qualificação técnica e científica da nossa mão-de-obra. O corolário deste pressuposto é o que, por ventura, está na base do (ainda assim e até ver) escasso apoio popular deste governo neo-conservador e neo-liberal: o de que só um governo de direita é que serve para arrumar a casa e pôr as contas em ordem. (Ocorre-lhe, Eng. Correia, alguma transformação de regime na nossa história contemporânea que se tenha feito valer do mesmo tipo de demagogia? A mim sim!).
Portanto penso que tem que existir uma outra alternativa. Penso que a projecção e análise políticas que se constituem como verdadeiros desafios à esquerda no nosso tempo, não se podem jogar simplesmente no plano do imediatismo eleitoral, por mais relevante que ele seja (e é!). Semear uma verdadeira alternativa de esquerda unida, consequente e candidata ao exercício do poder, não pode ter como única solução, mesmo no actual estado das coisas, o apoio a um candidato como é António Guterres.
Vale portanto mais a pena perder as próximas eleições, mas escolher e votar num candidato de esquerda, do que votar num candidato com possibilidade de ganhar (será?) mas que é de uma esquerda velha, gasta, igual ao que nos habituou, durante anos, o último governo do PS.
A menos que se considere que essa é a única alternativa possível, que essa é a única esquerda que nos resta, e que se tenha atingido um estado tal (inclusive psicológico) em que o nosso optimismo e a nossa combatividade estejam reduzidos a uma lógica eleitoral de votar no “menos mau”. Esses “estados” merecem o meu sincero respeito, mas nunca a minha concordância, a esquerda que quero contribuir para engrossar não baixa assim os braços.
Sacadura Pinto
quarta-feira, abril 14, 2004
quinta-feira, abril 08, 2004
Presidenciais de Esquerda
Edgar Correia, engenheiro
A Direita mediática esteve particularmente empenhada, na semana passada, na promoção do voto em branco (dos eleitores de Esquerda…), "onda" à qual Carvalhas se associou com a sua proverbial finura, ao sustentar que "se a ideia do voto em branco fosse seguida pelos portugueses, nós (CDU) conseguiríamos eleger os 24 eurodeputados"…
O apelo feito por Jorge Coelho na Antena 1 para que Guterres anuncie a sua candidatura às presidenciais e a sua convicção de que "será um grande candidato da Esquerda" não teve, por isso, o destaque mediático que merecia.
A importância das próximas presidenciais decorre de coincidir com o final do segundo mandato de Sampaio e disso implicar a eleição de um novo presidente. A Direita quer acrescentar esse cargo à sua maioria parlamentar e ao seu Governo. E o momento em que vão ter lugar é estratégico para o próximo ciclo eleitoral: uma perspectiva de vitória nas presidenciais influirá no mesmo sentido nas autárquicas, que imediatamente as antecedem; e um resultado favorável nas presidenciais potenciará a obtenção nas legislativas, poucos meses depois, de uma maioria com o mesmo sinal político.
As presidenciais comportam, por isso, para a Esquerda, um duplo objectivo: eleger um presidente da Esquerda e travar a eleição de um presidente da Direita, quando se desenvolve já no terreno a candidatura de Cavaco Silva; e, simultaneamente, através de uma candidatura de Esquerda que seja ganhadora, abrir condições favoráveis para os outros actos eleitorais.
Candidaturas à Esquerda e para todos os gostos, naturalmente que pode haver muitas. Além disso, o carácter unipessoal das candidaturas presidenciais transcende em muito as organizações políticas e partidárias que as apoiam. Mas essa possibilidade não ilude a questão decisiva de uma candidatura de Esquerda, para efectivamente vencer as presidenciais, necessitar de agregar os apoios de toda a Esquerda e ainda de uma parte do Centro. E, por isso, de ser decisivo o aparecimento de uma candidatura que consiga fazer convergir todos os apoios e todos os votos indispensáveis para vencer.
Isto também significa que o melhor candidato de Esquerda para vencer não poderá (inevitavelmente) ser o eventual candidato com que cada sector de Esquerda, individualmente considerado, melhor se identifica.
Diferenças e divergências passadas à parte, é nossa convicção de que António Guterres tem todas as condições para protagonizar uma candidatura presidencial de Esquerda que seja ganhadora, na condição óbvia do próprio decidir apresentar-se como candidato e, também, de o fazer com base num programa de Esquerda, simples e claro.
Na área do PS, diferentes sensibilidades têm vindo a manifestar a sua disponibilidade para apoiar uma eventual candidatura de António Guterres.
Por parte dos renovadores comunistas, o seu encontro nacional de Maio promoverá uma primeira reflexão sobre as presidenciais.
No que respeita ao PCP, a situação é mais que embaraçosa: uma candidatura para desistir, só para "beneficiar" de tempo de antena, está fortemente inviabilizada pela evolução democrática do eleitorado; uma candidatura para ir a votos, faz ressurgir o medo da sua contagem e o fantasma dos 5% de António Abreu.
Quanto ao BE, as primeiras inclinações que se conhecem são também no sentido de patrocinar uma candidatura do seu espaço político.
Mas quer o BE quer o PCP não podem ignorar que se a Direita se apresentar unida em torno de Cavaco Silva, como tudo indica que acontecerá, perca (como queremos) ou ganhe, com altíssima probabilidade tudo ficará decidido na primeira volta. E que não haverá para a Esquerda uma segunda oportunidade…
A Direita mediática esteve particularmente empenhada, na semana passada, na promoção do voto em branco (dos eleitores de Esquerda…), "onda" à qual Carvalhas se associou com a sua proverbial finura, ao sustentar que "se a ideia do voto em branco fosse seguida pelos portugueses, nós (CDU) conseguiríamos eleger os 24 eurodeputados"…
O apelo feito por Jorge Coelho na Antena 1 para que Guterres anuncie a sua candidatura às presidenciais e a sua convicção de que "será um grande candidato da Esquerda" não teve, por isso, o destaque mediático que merecia.
A importância das próximas presidenciais decorre de coincidir com o final do segundo mandato de Sampaio e disso implicar a eleição de um novo presidente. A Direita quer acrescentar esse cargo à sua maioria parlamentar e ao seu Governo. E o momento em que vão ter lugar é estratégico para o próximo ciclo eleitoral: uma perspectiva de vitória nas presidenciais influirá no mesmo sentido nas autárquicas, que imediatamente as antecedem; e um resultado favorável nas presidenciais potenciará a obtenção nas legislativas, poucos meses depois, de uma maioria com o mesmo sinal político.
As presidenciais comportam, por isso, para a Esquerda, um duplo objectivo: eleger um presidente da Esquerda e travar a eleição de um presidente da Direita, quando se desenvolve já no terreno a candidatura de Cavaco Silva; e, simultaneamente, através de uma candidatura de Esquerda que seja ganhadora, abrir condições favoráveis para os outros actos eleitorais.
Candidaturas à Esquerda e para todos os gostos, naturalmente que pode haver muitas. Além disso, o carácter unipessoal das candidaturas presidenciais transcende em muito as organizações políticas e partidárias que as apoiam. Mas essa possibilidade não ilude a questão decisiva de uma candidatura de Esquerda, para efectivamente vencer as presidenciais, necessitar de agregar os apoios de toda a Esquerda e ainda de uma parte do Centro. E, por isso, de ser decisivo o aparecimento de uma candidatura que consiga fazer convergir todos os apoios e todos os votos indispensáveis para vencer.
Isto também significa que o melhor candidato de Esquerda para vencer não poderá (inevitavelmente) ser o eventual candidato com que cada sector de Esquerda, individualmente considerado, melhor se identifica.
Diferenças e divergências passadas à parte, é nossa convicção de que António Guterres tem todas as condições para protagonizar uma candidatura presidencial de Esquerda que seja ganhadora, na condição óbvia do próprio decidir apresentar-se como candidato e, também, de o fazer com base num programa de Esquerda, simples e claro.
Na área do PS, diferentes sensibilidades têm vindo a manifestar a sua disponibilidade para apoiar uma eventual candidatura de António Guterres.
Por parte dos renovadores comunistas, o seu encontro nacional de Maio promoverá uma primeira reflexão sobre as presidenciais.
No que respeita ao PCP, a situação é mais que embaraçosa: uma candidatura para desistir, só para "beneficiar" de tempo de antena, está fortemente inviabilizada pela evolução democrática do eleitorado; uma candidatura para ir a votos, faz ressurgir o medo da sua contagem e o fantasma dos 5% de António Abreu.
Quanto ao BE, as primeiras inclinações que se conhecem são também no sentido de patrocinar uma candidatura do seu espaço político.
Mas quer o BE quer o PCP não podem ignorar que se a Direita se apresentar unida em torno de Cavaco Silva, como tudo indica que acontecerá, perca (como queremos) ou ganhe, com altíssima probabilidade tudo ficará decidido na primeira volta. E que não haverá para a Esquerda uma segunda oportunidade…
No Vespeiro Iraquiano
Alberto Matos
Três feridos da GNR no Iraque, foi a notícia que agitou o fim de semana informativo, abalando ligeiramente a modorra nacional, entre as últimas do processo Casa Pia, a troca de acusações a propósito da jornada futebolística e os preparativos para o Euro 2004 - já só faltam 60 dias! Mas a indiferença pode de novo instalar-se: como disse o primeiro-ministro, "graças a Deus" foram feridos sem gravidade e, ontem mesmo, lá seguiram mais 40 homens para o contingente da GNR no Iraque. Gostaria de sublinhar a expressão "Graças a Deus" a que poderemos acrescentar "oxalá", invocando o nome de Deus mais popular no Iraque, pois só mesmo pelas graças de Alá as coisas não correram pior até hoje, 6 de Março, pelas 11 horas da manhã.
O que Durão Barroso não disse é que está em curso uma verdadeira insurreição xiita no Iraque que, a partir de Bagdad, se estende ao Sul, incluindo a cidade de Nasiriyah, onde se encontra sediada a GNR sob o comando italiano - e hoje mesmo, pela manhã, já se tinham registado 11 feridos entre os italianos. Mas é bom que o país tome consciência que a GNR está metido num autêntico vespeiro no Iraque, uma roleta russa em que a morte pode espreitar atrás da próxima esquina. E como Deus, Alá ou Jeová não podem ser julgados pela lei dos homens, é bom que os responsáveis políticos que atrelaram Portugal à coligação da mentira se preparem para assumir as suas responsabilidades.
Em Fevereiro, Durão Barroso reafirmou em Madrid que se sentira muito bem na cimeira de guerra das Lajes, onde foi dado o tiro de partida para a invasão do Iraque. Aznar agradeceu o apoio à campanha eleitoral do PP espanhol, retribuindo o "meu caro José Maria" com um caloroso "meu querido José Manuel", longe de imaginar que menos de um mês depois os eleitores castigariam de forma exemplar a política assente na mentira, refinada após os atentados de 11 de Março.
Um ano depois da invasão do Iraque, estão à vista de todo o mundo a mentira e a manipulação dos EUA, a propósito das famosas armas de destruição maciça. Não pegou a tentativa de culpar a CIA e os serviços secretos pelas 'más informações' - como se estas não fossem encomendadas. Caiu mal a graçola imbecil de Bush, fingindo que andava a procurar as ditas armas nos armários da Casa Branca, quando bastava uma visita de rotina ao Pentágono. Em ano de eleições presidenciais, foi a vez de Collin Powell se apresentar de corda ao pescoço, qual Egas Moniz, dizendo que fora enganado e assumindo o triste papel de figurante que lhe estava destinado na administração norte-americana. Mas em Portugal os nossos figurantes de terceira ou quarta categoria recusam-se a reconhecer que mentiram deliberadamente aos portugueses e ao parlamento.
A situação no Iraque é hoje verdadeiramente calamitosa de todos os pontos de vista: humanitário, alimentar, sanitário e de segurança para os seus habitantes e para os próprios invasores. As baixas entre os soldados dos EUA já ultrapassaram 600 mas, na linguagem cínica da máquina de guerra, o saldo ainda é positivo, pois previram mil mortos nesta guerra. Não admira que alguns cartoonistas já mostrem a célebre frase "YANKEES GO HOME!" pintada nas paredes pelos próprios soldados americanos.. E as baixas atingem também centenas de ingleses, polacos, espanhóis e italianos.
A situação tende a agudizar-se com a aproximação do 30 de Junho, data anunciada para a transição de poderes no Iraque. A queda da tirania de Saddam Hussein, justificativa à posteriori da invasão do Iraque, não deu nem podia dar lugar a nenhuma espécie de democracia. No seio do próprio governo fantoche nomeado pelo administrador americano, Paul Bremer, acentuaram-se as divisões, em especial depois da pretensa Constituição imposta pelos invasores. E a insurreição está a generalizar-se com a ordem de prisão contra o radical xiita Moqtada al-Sadr, filho do líder religioso assassinado em 1999 pelo regime de Saddam Hussein. Mesmo na perspectiva optimista de se realizarem eleições, um regime de ayatollahs será o resultado natural da manipulação da maioria xiita, hoje em revolta aberta contra os invasores. Sem esquecer a minoria sunita, antiga base de apoio de Saddam, e as aspirações independentistas dos curdos: uma guerra civil anunciada, a somar à invasão.
E é neste vespeiro que se encontra a GNR. Só mesmo a senhora de Fátima lhes poderá valer, enquanto as ordens forem dadas por Bush e Blair, retransmitidas em Lisboa por Durão Barroso, com a complacência inadmissível de Jorge Sampaio. Um outro mundo tem de ser possível, se quisermos impedir a barbárie. Um mundo onde a guerra deve tornar-se um tabu para a Humanidade e para a política, como afirmou este fim de semana em Lisboa o italiano Fausto Bertinotti.
Três feridos da GNR no Iraque, foi a notícia que agitou o fim de semana informativo, abalando ligeiramente a modorra nacional, entre as últimas do processo Casa Pia, a troca de acusações a propósito da jornada futebolística e os preparativos para o Euro 2004 - já só faltam 60 dias! Mas a indiferença pode de novo instalar-se: como disse o primeiro-ministro, "graças a Deus" foram feridos sem gravidade e, ontem mesmo, lá seguiram mais 40 homens para o contingente da GNR no Iraque. Gostaria de sublinhar a expressão "Graças a Deus" a que poderemos acrescentar "oxalá", invocando o nome de Deus mais popular no Iraque, pois só mesmo pelas graças de Alá as coisas não correram pior até hoje, 6 de Março, pelas 11 horas da manhã.
O que Durão Barroso não disse é que está em curso uma verdadeira insurreição xiita no Iraque que, a partir de Bagdad, se estende ao Sul, incluindo a cidade de Nasiriyah, onde se encontra sediada a GNR sob o comando italiano - e hoje mesmo, pela manhã, já se tinham registado 11 feridos entre os italianos. Mas é bom que o país tome consciência que a GNR está metido num autêntico vespeiro no Iraque, uma roleta russa em que a morte pode espreitar atrás da próxima esquina. E como Deus, Alá ou Jeová não podem ser julgados pela lei dos homens, é bom que os responsáveis políticos que atrelaram Portugal à coligação da mentira se preparem para assumir as suas responsabilidades.
Em Fevereiro, Durão Barroso reafirmou em Madrid que se sentira muito bem na cimeira de guerra das Lajes, onde foi dado o tiro de partida para a invasão do Iraque. Aznar agradeceu o apoio à campanha eleitoral do PP espanhol, retribuindo o "meu caro José Maria" com um caloroso "meu querido José Manuel", longe de imaginar que menos de um mês depois os eleitores castigariam de forma exemplar a política assente na mentira, refinada após os atentados de 11 de Março.
Um ano depois da invasão do Iraque, estão à vista de todo o mundo a mentira e a manipulação dos EUA, a propósito das famosas armas de destruição maciça. Não pegou a tentativa de culpar a CIA e os serviços secretos pelas 'más informações' - como se estas não fossem encomendadas. Caiu mal a graçola imbecil de Bush, fingindo que andava a procurar as ditas armas nos armários da Casa Branca, quando bastava uma visita de rotina ao Pentágono. Em ano de eleições presidenciais, foi a vez de Collin Powell se apresentar de corda ao pescoço, qual Egas Moniz, dizendo que fora enganado e assumindo o triste papel de figurante que lhe estava destinado na administração norte-americana. Mas em Portugal os nossos figurantes de terceira ou quarta categoria recusam-se a reconhecer que mentiram deliberadamente aos portugueses e ao parlamento.
A situação no Iraque é hoje verdadeiramente calamitosa de todos os pontos de vista: humanitário, alimentar, sanitário e de segurança para os seus habitantes e para os próprios invasores. As baixas entre os soldados dos EUA já ultrapassaram 600 mas, na linguagem cínica da máquina de guerra, o saldo ainda é positivo, pois previram mil mortos nesta guerra. Não admira que alguns cartoonistas já mostrem a célebre frase "YANKEES GO HOME!" pintada nas paredes pelos próprios soldados americanos.. E as baixas atingem também centenas de ingleses, polacos, espanhóis e italianos.
A situação tende a agudizar-se com a aproximação do 30 de Junho, data anunciada para a transição de poderes no Iraque. A queda da tirania de Saddam Hussein, justificativa à posteriori da invasão do Iraque, não deu nem podia dar lugar a nenhuma espécie de democracia. No seio do próprio governo fantoche nomeado pelo administrador americano, Paul Bremer, acentuaram-se as divisões, em especial depois da pretensa Constituição imposta pelos invasores. E a insurreição está a generalizar-se com a ordem de prisão contra o radical xiita Moqtada al-Sadr, filho do líder religioso assassinado em 1999 pelo regime de Saddam Hussein. Mesmo na perspectiva optimista de se realizarem eleições, um regime de ayatollahs será o resultado natural da manipulação da maioria xiita, hoje em revolta aberta contra os invasores. Sem esquecer a minoria sunita, antiga base de apoio de Saddam, e as aspirações independentistas dos curdos: uma guerra civil anunciada, a somar à invasão.
E é neste vespeiro que se encontra a GNR. Só mesmo a senhora de Fátima lhes poderá valer, enquanto as ordens forem dadas por Bush e Blair, retransmitidas em Lisboa por Durão Barroso, com a complacência inadmissível de Jorge Sampaio. Um outro mundo tem de ser possível, se quisermos impedir a barbárie. Um mundo onde a guerra deve tornar-se um tabu para a Humanidade e para a política, como afirmou este fim de semana em Lisboa o italiano Fausto Bertinotti.
Democracia: 30 anos depois de Abril
No ano em que se comemoram três décadas sobre a conquista do sistema democrático em Portugal, afigura-se oportuno apresentarmos este conjunto de debates intitulados Democracia: 30 anos depois de Abril, de forma a olharmos o país democrático numa perspectiva mais profunda. Porque a democracia se fortalece e renova diária e constantemente, lembrarmos o que a Revolução nos deu, que portas Abril abriu e, sobretudo, o caminho que a nossa democracia precisa trilhar, no seguimento desse constante aperfeiçoamento, é também um exercício de cidadania assente na junção da memória do passado com a visão do futuro.
DEMOCRACIA: 30 Anos Depois de Abril
(clique para se inscrever através do formulário online)
29 de Abril - A Arte no Combate à Ditadura
Luís Cília, Clara Pinto Correia, Manuel Frias Martins
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
06 de Maio - Justiça na Evolução da Sociedade
António Marinho Pinto, Maria José Morgado, Júlio Castro Caldas
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
18 de Maio - Da Constituição de 1976 à Europa
Jorge Miranda, General Loureiro dos Santos, J. Medeiros Ferreira
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
20 de Maio - A Ditadura e os Movimentos Sociais
Manuel Villaverde Cabral, António Matos Ferreira, António Garcia Pereira
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
27 de Maio - A Ditadura e a Liberdade de Imprensa
José Manuel Tengarrinha, Carlos Cáceres Monteiro, António Mega Ferreira
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
Organização: Formação ao Longo da Vida
DEMOCRACIA: 30 Anos Depois de Abril
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29 de Abril - A Arte no Combate à Ditadura
Luís Cília, Clara Pinto Correia, Manuel Frias Martins
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
06 de Maio - Justiça na Evolução da Sociedade
António Marinho Pinto, Maria José Morgado, Júlio Castro Caldas
17h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
18 de Maio - Da Constituição de 1976 à Europa
Jorge Miranda, General Loureiro dos Santos, J. Medeiros Ferreira
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20 de Maio - A Ditadura e os Movimentos Sociais
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