Eis o novo slogan que proponho aos nossos “pseudo-“empresários, os que são contra o Estado, mas que vivem das suas encomendas, são a favor da globalização mas não a social e se pudessem eram altamente proteccionistas (já mostraram medo dos empresários espanhois, até fizeram queixinhas ao P.R.), mas a verdade é que se confederaram para bem do país e, logo, para bem dos trabalhadores e da produtividade.
Obrigado! Muito obrigado srs. Empresários; confederados são mais fortes e quanto mais fortes forem os empresários mais fortes serão os trabalhadores.
Falo, obviamente, da novelissima “Confederação Empresarial Portuguesa” onde esteve um ex e um actual Prime (tal como estão quando as organizações de trabalhadores se Confederam ou Unem). Obrigado Eng. Ludgero por ter posto em prática o mais odiado slogan dos empresários “trabalhadores de todo o mundo uni-vos” em prol da classe empresarial, logo dos patrões: ”empresários de todo o país confederai-vos”.
Agora sim, os trabalhadores podem contar com um país modernizado, unido em torno dos empresários e dos JEEP (Jovens Empresários de Elevado Potencial), quiçá. Viva o empresariado português, claro que algumas Confederações não aderiram ainda, mas a seu tempo (quando os Van-zeleres assim o entenderem), quando menos se esperar temos a dominar a economia portuguesa os “CONFEDERADOS”.
Lá têm os trabalhadores de se tornar UNIONISTAS, agora que tão desunidos têm andado, sindicalmente falando, espere-se por este 1º de Maio, UGT para um lado CGTP-IN para o outro. Digo, “trabalhadores Uni-vos, pois os Confederados estão aos vossos calcanhares”.
Ah!, esqueci-me que também se irá promover a produtividade. Os trabalhadores serão mais produtivos agora que há uma confederação. É muito fácil aumentar a produtividade em Portugal, digo eu como conselho aos confederados, acabem com a economia paralela, com a sub-facturação e acabem com a saída de mercadorias dos sectores industriais e outros pela “porta do cavalo”, e verão quanto produzem os trabalhadores portugueses. Podem acusá-los de baixa produtividade, mas é uma acusação injusta, pois a culpa é dos agora confederados que só vêem de um olho e têm sido contra o levantamento do sigilo bancário. Porque será? Se calhar porque os lucros reais das empresas que entram nos cofres bancários não correspondem aos declarados ao fisco, se calhar quando coincidirem uns e outros se possa falar, honestamente, dos índices de produtividade dos trabalhadores portugueses e da fuga ao fisco dos empresários.
Uns produzem pouco, outros fogem muito.
Que resposta devem dar os Confederados – levantamento do sigilo bancário, para efeitos fiscais sem quaisquer restrições. Não inventem restrições.
Aos trabalhadores pede-se-lhes que produzam ao ritmo humana e justamente possível, pois sem empresários não há empresas mas sem trabalhadores não há empresários. Eis uma “lapalissada” que tem andado esquecida.
Há porém uma coisa que me intriga muito, que é o facto dos empresários dizerem que os trabalhadores produzem pouco. Então os empresários não são também trabalhadores? Ao lado do trabalho, dicotomicamente falando, há o lazer, será que os empresários são um grupo em permanente lazer? Não creio, portanto o problema da produtividade pode radicar única e exclusivamente neste grupo de “lazedores” quando “trabalham” e que gostam de ser chamados empresários dicotomicamente em relação a “trabalhadores”.
Pois é quando os empresários forem trabalhadores e os trabalhadores não aspirem a empresários-lazedores teremos encontrado o bom caminho para a economia portuguesa.
Já lá vai o tempo do velho ditado de que “Quem trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro.”
Este tem sido o lema do empresariado português. Mude-se para “Quem não trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro” e não precisaremos nem de CONFEDERADOS nem de UNIONISTAS. Precisamos é de trabalho, pois só o trabalho é produtivo. Trabalho é esforço físico ou intelectual, trabalho é um direito inalienável de qualquer ser humano, porém é também um dever a que os empresários-lazedores estão obrigados.
“Trabalhadores de todo o mundo uni-vos”, uni-vos contra os que querem lazer única e exclusivamente à vossa custa. Empresários uni-vos aos vossos iguais-trabalhadores, abandonai os Confederados-lazeristas, para não dizer “sa-lazeristas”. O mundo mudou e “quem não trabuca (ou não trabucou) não manduca”. Eis o lema da sociedade moderna, salvaguardadas os devidas auxílios sociais e humanitários, claro.
Ps.: que grande confusão esta em que me meti. Também há a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTP), e a União Geral dos Trabalhadores. Não seria possível os novel Confederados irem para a CGTP uma vez que penso que sejam empresários-trabalhadores e não empresários-lazedores. E os que ainda não se Confederaram nesta nova Confederação podiam unir-se e irem para a UGT uma vez que também devem ser empresários-trabalhadores (seja do comércio ou da industria).
Teriamos então trabalhadores Confederados (CGT’s) de um lado e Unidos (UGT’s) do outro. O passo seguinte seria evidente, quem trabalha é trabalhador, seja Unido ou Confederado, quem não perceber isto não sabe o que é trabalho e quererá sempre des-Unir e des-Confederar os trabalhadores.
Vivam as UNiões e as COnfederações, viva o PRIMEIRO DE MAIO, viva o trabalho e o trabalhador. Viva o lazer de quem trabalha e de quem já trabalhou.
Não esquecer: “Trabalhadores de todo o mundo uni-vos!”, quando isto acontecer teremos uma sociedade melhor e mais solidária, pois só pode dar real valor ao trabalho quem trabalha, seja operário seja empresário.
José Cordeiro
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