quarta-feira, novembro 30, 2005

Garcia Pereira e a informação

O candidato do MRPP, Garcia Pereira, que ontem apresentou uma queixa na Comissão Nacional de Eleições (CNE) por não participar nos debates televisivos, disse mesmo que, se fosse eleito presidente, demitiria o Governo de José Sócrates, por ter violado compromissos eleitorais - "obviamente, demito-o". E acrescentou que teria um papel bem "mais interventivo" que Jorge Sampaio. (Fonte)

A brincar a brincar, Garcia Pereira vai levando a água ao seu moinho. Gostei especialmente do "obviamente, demito-o". Entretanto, já que apenas cinco vão à televisão, proponho que pelo menos se façam bonecos dos outros nove para participar nos debates do contra-informação (menos de 9, porque pelo menos o Garcia Pereira já tem boneco; por isso é que não se queixa no que toca ao Contra-informação).

Global warming

Agora que se aproxima o Natal, é interessante saber como é que o aquecimento global afecta um dos protognistas da consoada Portuguesa: O Bacalhau. É que hoje em dia, para ir pescar o Bacalhau, que gosta de temperaturas inferiores a 2º C, os pescadores têm que ir muito mais a norte (em médio, 5º de latitude mais a norte), arriscando-se por isso muito mais (viagem mais longa, mais glaciares, mais tempestades). E claro, ele também há outras provas empíricas para o aquecimento global, como esta ilustração deliciosa demonstra:


Fonte- Aba de Heisenberg

Podem também ler esta história sobre as consequências do dito aquecimento nas calotes polares.

Guerra


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Festa rija?

Cá está o programa das festas (surripiado do Sal de Portugal):

5 Dezembro - Cavaco Silva / Manuel Alegre (SIC)
8 Dezembro - Mário Soares / Jerónimo de Sousa (RTP1)
9 Dezembro - Cavaco Silva / Francisco Louçã (TVI)
12 Dezembro - Manuel Alegre / Francisco Louçã (RTP1)
13 Dezembro - Cavaco Silva / Jerónimo de Sousa (SIC)
14 Dezembro - Mário Soares / Manuel Alegre (TVI)
15 Dezembro - Jerónimo de Sousa / Francisco Louçã (RTP1)
16 Dezembro - Mário Soares / Francisco Louçã (SIC)
19 Dezembro - Manuel Alegre / Jerónimo de Sousa (TVI)
20 Dezembro - Cavaco Silva / Mário Soares

OS MODERADORES

RTP1 - Judite de Sousa e José Alberto Carvalho
SIC - Ricardo Costa e Rodrigo Guedes de Carvalho
TVI - Constança Cunha e Sá e Miguel Sousa Tavares

Entretanto, diz o Bruno do Avatares que se sente triste por ver a esquerda dividida; eu prefiro ter escolha farta na 1ª volta, em vez de ter como uma única possibilidade um só candidato. Já viram o drama do pessoal de direita que não goste de Cavaco? é que à segunda volta um gajo já tem o hábito de engolir sapos (veja-se as últimas eleições em França com o pessoal de esquerda a votar Chirac), mas à 1ª volta normalmente sabe bem escolher aquele que realmente queremos que ganhe (porque à 2ª volta normalmente votamos para que um deles perca, independentemente do outro).

Já agora, um excelente impacto do blog O Eleito (em que também dou umas achegas): a lista dos 14 candidatos e pré-candidatos que ali está já circula na maior parte dos blogs que falam de presidenciais. Ou seja, pela primeira vez fala-se de candidatos como a Manuela Magno ou o Luís Filipe Guerra (sim, porque o Garcia Pereira pode-se queixar de nunca ser convidado para debates, mas ao menos toda a gente sabe quem é). Só tenho pena que nos debates pela RTP não alinhe aquele rapaz simpático com grandes pavilhões auditivos que, com um sorriso matreiro, nos pisca o olho todas as noites no fim do telejornal ...

terça-feira, novembro 29, 2005

Natal sem compras

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Depois do dia sem compras, que foi no passado 26 de Novembro (eu pensava que era hoje), aparece agora o Natal sem compras, uma campanha para não cedermos ao consumismo desenfreado típico desta quadra festiva. Bom Natal!

Quanto mar? Quanto ar?

Estas imagens ilustram bem a importância da escala para nos apercebermos da dimensão real dos problemas. É que relativamente ao tamanho da terra, os recursos disponíveis são realmente escassos. As imagens foram tiradas deste site, e cheguei a elas através da Aba de Heisemberg:



Se toda a água da terra fosse posta numa esfera, esta teria o tamanho da pequena bola azul translúcida.


E se todo o ar da terra fosse metido num mega-balão côr-de-rosa, este seria o tamanho do dito.

Talvez com estas expressivas imagens a sensibilidade para a conservação dos recursos deste planeta cresça um bocadinho. Será que a equipa que preparou o PNAC (plano nacional para as alterações climáticas) conhece estes bonecos?

Cidades para o Futuro

Boletim da Latitude zero

Representantes de mais de vinte cidades mundiais reuniram-se em Londres para partilhar ideias sobre como lidar com as mudanças climatéricas. Devido aos seus sistemas de transporte e de energia, as cidades são responsáveis por 75% do consumo de energia a nível mundial. Mas também são as grandes metrópoles que têm capacidade para cortar drasticamente as emissões de certos gases poluentes. Este encontro é o primeiro que junta os líderes das urbes para discutir medidas de combate às emissões de gases com efeito de estufa.

Michael Hopkin - Nature

Pergunta retórica

E se nós somos assim tão católicos, porque é que não há crucifixos nos supermercados e nos Bancos (o amiguinho Jardim Gonçalves até é da Opus)? ou já agora, nos Cinemas Lusomundo, ao lado da tela de projecção?

segunda-feira, novembro 28, 2005

A origem da árvore de Natal

A árvore de natal vem do costume pagão de adorar as árvores, o que implicava trazer as árvores para dentro de casa e enfeitá-las para assegurar uma colheita copiosa no ano vindouro (ou seja, enfeitar árvores no meio da rua não tem sentido nenhum; vou já avisar os senhores do Millenium para irem desmontar o mamarracho que espetaram no Terreiro do Paço).
Em certos sítios isto ainda acontece; por exemplo, na Catalunha, numa terriola perdida perto de Monteseny, a população toda corta um Pinheiro manso adulto, e depois levam-no em procissão até à Igreja; aí, com alguma dificuldade (o pinheiro manso chega a ter um diâmetro 2 vezes superior à entrada da Igreja), introduzem a árvore na Igreja e penduram-na de “pernas para o ar”. Finalmente, cada pessoa pendura uma maçã nos ramos do pinheiro, que se mantém preclitantemente sobre o altar durante 1 mês. Ao fim desse mês, cada um vai buscar a sua maçã e ao comê-la, os seus desejos irão ser cumpridos (antigamente os desejos deveriam ter a ver com as próximas colheitas).

Parece que foi apenas no século XVI que se começou a celebrar o culto da ávore no Natal, mas no século XIX já se tinha espalhado pelo resto do mundo... quer dizer, por uma pequena parte do resto do mundo, já que se prevêm “apenas” 72 milhões de árvores enfeitadas neste natal (50% artificiais e 50% naturais).

Resumindo, isto é uma boa notícia para o pessoal pouco católico que gosta de árvores de Natal, já que pode dizer que afinal é uma tradição pagã e tal. Se gostarem para além das árvores de Natal de Presépios, receio que a coisa seja mais difícil de justificar. O que é certo é que a data em que se celebra o Natal também tem a ver com as festividades saturninas (pagãs). Bem, 2 em 3 já não tá nada mal.

Em breve no Blogo perto de si, a origem da tradição do Azevinho e do Visco.

O Blog que faltava

Nesta época de gripes, dores de garganta e o diabo a sete, este é o blog milagreiro que sem dúvida fazia muita falta:

Remédios Caseiros

Podem encontrar curas naturais para a maioria das maleitas que nos podem atingir, como problemas gastro-intestinais, pedra na vesícula, dor de dentes, abcessos, diabetes, inflamações dos olhos, miopia, asma e alergias, psoríase, quistos, gripes e constipações; podem ainda ficar a conhecer todas as propriedades de uma planta tão comum como o alecrim:

O Alecrim!

Todos sabem usar ginseng; para que serve o ginseng; as inúmeras vantagens do ginseng.
O que muita gente não saberá, por certo, é que o Alecrim faz exactamente os mesmos efeitos, com inúmeras vantagens, a começar pelas vantagens económicas:
- Um pacote de ginseng, para chá, custa cerca de 5 euros; um pacote de alecrim custa menos de um euro e rende, pelo menos, quatro ou cinco vezes mais.

Tal como o ginseng, o alecrim também faz aumentar a tensão arterial (embora sejam mais frequentes os casos de taquicardia relacionados com o ginseng).

O Alecrim tem aplicações muito vastas, que vão desde as afecções dos rins, calculoses, vómitos, indigestões, vertigens e tonturas, reumatismo, diarreia e epilepsia;
É anti-séptico; usa-se, em lavagens, para problemas de pele (juntamente com outras plantas) e usa-se também, juntamente com a salva, para combater a caspa;
Tal como o ginseng, é estimulante, favorece a actividade mental (memória), tónico cardíaco, mas também se usa para os nervos.




Curiosamente, o alecrim é uma planta associada ao natal; reza a lenda que as flores azuladas do alecrim adquiriram esta cor em homenagem à virgem Maria. Por isso, neste natal, em vez de andarem por aí a destruir espécies protegidas como o azevinho e a gilbardeira, utilizem alecrim, que tem tanto ou mais valor simbólico e não está em perigo de extinção. Para acabar, a sua fama como planta-da-memória fez com que seja utilizada em funerais (para que nunca esqueçamos a pessoa que morreu) e casamentos (para que nunca esqueçamos os votos que fizemos), e está por isso associada à fidelidade e à amizade.

Quem tem medo do Lobo Mau?

Dos outros ainda não sei, mas ele há dois candidatos que apelam definitivamente ao sentimento, ou melhor dizendo, aos sentidos: Louçã, com a sua insistência oftálmica (olhos nos olhos dos Portugueses*) e Soares, com o constante martelar na audição (saber ouvir os Portugueses* – para mal dos meus pecados tropeço nesse cartaz vezes demais). Se a moda pega, ainda vamos ter o Alegre, com o seu imponente nariz farto em pilosidade, a cheirar-nos melhor, o Jerónimo, com as suas mãos rudes de operário fabril, a tactear-nos melhor e Cavaco, com a sua pinta de Lobo Mau (bato na madeira umas 300 vezes ao escrever isto – Deus nos libre e guarde de tal sorte), a saborear-nos melhor, como em certos contos infantis onde a antropofagia não só é permitida como é mesmo aceite com uma certa naturalidade.

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Ilustração cuidada da tal pinta de Lobo Mau do Professor que quer ver Portugal Maior (nem deu muito trabalho, porque a estrutura óssea de Cavaco ajusta-se como uma luva à do Lobo Mau). Peço desde já desculpa ao Professor por ter utilizado esta sua fotografia para esta ilustração, mas já passaram mais de 5 anos desde que ela foi tirada (ver a explicação desta afirmação aqui)...

* onde está “Portugueses” é favor ler “Portugueses e Portuguesas e respectivos familiares”, que nós também sabemos ser politicamente correctos

Cavaco, o que nunca-se-engana

Nas ultimas eleições, Cavaco recusou fazer parte do famoso outdoor onde aparecia com Pinto Balsemão, Santana Lopes, Durão e Sá Carneiro, alegando que tinhas saído da política e tal (a candidatura à presidência é apenas uma interrupção da sua vida académica, a acreditar no que o homem diz). Curiosamente, 20 anos antes, aquando da campanha para as eleições que nos deram os tais 10 anos de Cavaquismo de má memória, Cavaco não hesitou em utilizar uma fotografia sua ao lado do malogrado Sá Carneiro. É a tal máxima: "Faz o que te digo, não faças o que eu faço", com uma pitada de malvadez e autoritarismo acrescida, tipo "Acata o que te digo Pedrocas, porque não podes fazer o que eu já fiz"; Cavaco colou-se descaradamente a Sá Carneiro, mas ver Santana Lopes fazer o mesmo já passou a ser um pecado mortal. Enfim, incoerências do tal que nunca se engana, apenas se contradiz assim muito de quando em vez, num daqueles raras dúvidas que lhe assolam o espírito...



Cá está a tal imagem que Cavaco "aproveitou" para a sua campanha de 85. Será que Sá Carneiro estaria de acordo com a sua presença involuntária neste jornal de parede?

domingo, novembro 27, 2005

Delicioso



Tirado da Galeria dos Horrores

Tomilho



Para o pessoal que estiver com dores de garganta e tal, aconselho uma tisana de tomilho. A flor de Sabugueiro também ajuda Bom para as infecções respiratórias, catarro e gripe), mas por agora fiquem com as propriedades medicinais do Tomilho:

Thymus vulgaris

O tomilho empregue na cozinha e como planta medicinal é o Thymus vulgaris. Encontra-se em abundância no Norte e Este da Península Ibérica assim como no Sul de França (mais longe talvez haja, mas eu desconheço). É impressionante a quantidade de coisas para que serve:

a) Bom para a digestão (favorece a boa digestão dos alimentos).
b) Evita os espasmos gástricos e intestinais.
c) Evita a formação de gases e retenções putrefactas no intestino....*em caso de emergência, beber tres chávenas de infusão de flores do tomilho por dia.
d) Estimulante do apetite (bom para casos de anorexia) *juntar folhas e flores a qualquer prato cozinhado.
e) Anti-séptico e expectorante: bom para casos de dor de garganta ou anginas. *gorgolejar ou beber uma infusão de tomilho; preparar um xarope com tomilho, camomila e açúcar.
f) Alivia as dores de menstruação e diminui os efeitos colaterais como as dores de cabeça, de estômago, a retenção de líquidos e a irritabilidade. *beber infusão de tomilho na semana anterior à menstruação.
g) Eficaz para combater os problemas orais, como as inflamações, aftas e mau hálito.
h) Cicatrizante e anti-séptica.
i) Relaxante e sonífero suave: em situações de fadiga extrema pode-se juntar ao banho de emersão uma infusão de tomilho. A infusão pode ajudar a adormecer.
j) Erva aromática: na cozinha pode ser utilizada para temperar muitos pratos, com um toque muito próprio que realça as propriedades medicinais da refeição. Também é utilizado para aromatizar queijos e é mesmo comido directamente (apenas os rebentos mais tenrinhos).
h) Favorece a circulação sanguínea.
i) Reduz o teor de colesterol e evita o sintoma de indigestão.
j) Bom repelente de mosquitos devido à alta concentração de álcoois e de óleos essenciais (por isso tb utilizado na industria como desinfectante e fungicida). *basta pôr uns raminhos de tomilho nas janelas e nas Portas.
k) Utilização de alguns óleos na fabricação de perfumes.

Como é óbvio, o bom alter-globalizante nunca deve andar por aí sem trazer um raminho de tomilho consigo. Mesmo no dia a dia poderá ser muito útil; em caso de passarmos todos à clandestinidade, ter tomilho plantado por toda a rede alternativa será indispensável para que outro mundo seja possível, um mundo com menos anginas, mais higiene oral, boa digestão, menos colesterol...

Neve







Por aqui, estamos com 1ºC de temperatura e chove. Ou seja, suportamos o sofrimento das temperaturas baixas e da humidade elevada, sem a benesse da neve. Está mal. Felizmente, ao longe vemos o branco da neve que já cobriu o topo das montanhas. Isto dava uma bela metáfora sobre a crise que vivemos, com o sofrimento necessário à chegada da neve (progresso), que já vemos lá ao longe (por ex. na vizinha Espanha), mas acho que o melhor é mesmo arranjar tempo para dar um pulo até à neve, em vez de ficar para aqui a sofrer sem razão...

sábado, novembro 26, 2005

BdE

O BdE, um dos pioneiros disto dos blogs em Portugal encerrou as portas ontem, 25 de Novembro, pelas 23:59. Continua o José Mário num Blog literário, A Invenção de Morel, e com o Luís Rainha no Aspirina B. . O Jorge, do Saudoso Cruzes Canhoto, explica a razão do fim do BdE. Eu continuo sem perceber muito bem porque é que acaba (esta coisa de acabar em grande não me convence). Espero voltar a ler o Jorge por aí, já que o Cruzes Canhoto foi o primeiro blog que li assiduamente, tendo "encerrado" inesperadamente com a eleição de Santana Lopes.

Ambiente para o Desenvolvimento

Boletim da Latitude zero

A Greenpeace, a ONU e a Organização Mundial de Saúde estão a promover o SolarChill: uma tecnologia de refrigeração amiga da camada de ozono inteiramente baseada na energia solar, a qual permite uma entrega segura das vacinas e de bens alimentares às regiões do mundo sem electricidade. Este sistema já foi testado e utilizado na Indonésia, Senegal e Cuba, tendo-se concluído que um único SolarChill é capaz de armazenar vacinas para uma população de 50.000 pessoas e que é 50 a 60% mais barato do que os actuais refrigeradores solares.

Greenpeace

sexta-feira, novembro 25, 2005

Alerta vermelho para a sociedade civil russa

Na Russia, volta o espectro do controlo governamental sobre ONGs, incluindo as de renome internacional, ameaçando a democracia e a sociedade civil. O Parlamento aprovou legislação que envolve o registo compulsivo de milhares de organizações russas no Ministério da Justiça, impõe restrições ao financiamento ou à contratação de estrangeiros, e proibe organizações estrangeiras de abrir filiais na Russia.

Segundo Putin, a Russia é dos russos, e as ONGs estão a meter o nariz em assuntos internos. Diz ele que encapotados como “programas de educação e desenvolvimento” estão na verdade serviços de espionagem para países terceiros. Em causa estão ONGs como Greenpeace, Amnistia Internacional, apoio médico internacional, etc.

Estas medidas foram adoptadas no Parlamento por uma maioria de 370 votos, com apenas 18 contra...
mpf

A escolha do mosquito



Parece que aquele pessoal que diz ser picado sistematicamente por mosquitos, enquanto que outras pessoas ao seu lado não são sequer afloradas pelos malfadados bicharocos tem uma base científica. Num estudo publicado na Nature, os investigadores chegaram à conclusão que 80% dos casos de malária (doença transmitida pelo mosquito Anopheles) estão concentrados em 20% da população (os tais que se queixam ser sistematicamente picados por mosquitos). Esta informação poderá ser agora utilizada para racionalizar o combate à doença, que todos os anos , afecta mais de 300 milhões e mata 1 milhão de pessoas em África (e andam a fazer um alarido maluco por causa de um hipotético vírus que poderá hipoteticamente mutar e alastrar-se entre os humanos; dediquem-se antes à malária, meus amigos, que com as mudanças climáticas em breve chegará à Europa) . Leia o artigo completo (em Inglês).

Balde de água fria

Na 4ª feira à noite, um novo estilo de telejornal mais optimista irrompeu pela casa adentro; nele, falavam de empresas exemplares que contrariam a crise que vivemos. Quando começava a acreditar na conversa, e a sentir que afinal até se podia sair da crise e tal, a amarga realidade acabou rapidamente com as minhas ilusões: às 20:15, fiquei sem electricidade, situação que se manteve por 6 horas seguidas, agravada pelo frio que se entranhava lenta, mas inexoravelmente, pelas paredes de granito. Curiosamente, um dos empresários de sucesso (de uma empresa de plásticos) dizia às 20:13 que o principal problema da sua empresa era o país, já que tinha cortes de electricidade quase todos os dias, e que por 15 segundos de corte tinha 1500 euros de prejuízo. Felizmente, os meus segundos não são assim tão caros...

Iniciativa Legislativa do Cidadão

O presidente da Assembleia da República recebeu ontem, pela primeira vez, um projecto de lei de iniciativa popular, sustentado por 35 mil assinaturas, (...) estreia no nosso sistema político da Iniciativa Legislativa do Cidadão, um instrumento conseguido na última revisão constitucional, que deu azo à Lei 17/2003, de 4 de Junho, tornando possíveis acções vindas de fora do círculo partidário. Como esta.
(...)
Entrave. O percurso teve algumas dificuldades, o que levou este movimento a perder bastantes assinaturas. "Houve muita gente que quando assinou não tinha o cartão de eleitor em sua posse. Pedimos a ajuda do STAPE para nos dar a informação, por se tratar de muita gente, mas recusaram alegando que essa informação só poderia ser fornecida aos partidos. Isto quer dizer que a lei abre aos cidadãos a possibilidade de ser usada, mas os mecanismos burocráticos são grandes. Não está previsto o acesso à informação pelos cidadãos", resumiu Helena Roseta.(...)
A notícia aqui, a Lei acoli.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Sobre as conferências da OMC

Para os que se interessam pela temática sobre a Organização Mundial do Comércio foi disponibilizado um brevissimo resumo sobre as várias conferências ministeriais que já ocorreram desde a entrada em funções da OMC, em 1 de Janeiro de 1995.

Podem ter acesso a ela aqui.

Música à nossa disposição

Noisery, um dos albuns editados pela Netlabel, um grupo português que aderiu ao processo de licenciamento Creative Commons.

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A invenção do mp3 tem sido devastadora para a indústria musical em todo o mundo, a partir desse momento e através da Internet a pirataria tornou-se num acto tão global e simples que qualquer pessoa em qualquer ponto do mundo com um acesso à Internet podia ter acesso fácil, gratuito e sem controlo à música inicialmente comercializada pelos meios habituais.(...) Neste contexto surge então uma nova ideia revolucionária. Como cogumelos por todo o mundo começam a surgir netlabels, pequenas editoras criadas por artistas verdadeiramente independentes que não querendo ficar parados vão mostrando a sua música no ciberespaço.(...) A abordagem da música não unicamente como bem de consumo mas também como um bem cultural que é pertença de todos nós.(...) Não estamos aqui para dar cabo do negócio de ninguém nem tão pouco queremos ser radicais anti-capitalistas, o nosso objectivo é unicamente dar a conhecer a música em que acreditamos e com isso poder fazer a diferença.
O Manifesto completo está aqui.

mpf

O fascinante mundo da lesma leopardo

A BBC e o inimitável David Attenborough produziram mais uma maravilha: a série “Life In The Undergrowth”, dedicada aos bicharocos sob os nossos pés. O primeiro programa, a Invasão da Terra, é já um sucesso, a que não serão alheias as escaldantes cenas de sexo entre lesmas...

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quarta-feira, novembro 23, 2005

OMC HK: o desenvolvimento em agonia ?

O Canadian Council for International Co-operation publicou um documento intitulado A sexta conferência ministerial da OMC em Hong-Kong: a agonia do programa de desenvolvimento ? onde aborda os problemas do desenvolvimento e a situação actual nos quatro domínios do programa de acção de Doha em matéria de desenvolvimento: o tratamento especial e diferenciado, a agricultura, o comércio de serviços e o acesso ao mercado dos produtos não-agrícolas (vulgarmente designado pela sigla NAMA).

O documento faz uma reflexão sobre o papel do Canadá nas negociações, assim como faz recomendações quanto às posições que o Canadá deveria adoptar para contribuir para a eliminação da pobreza.

Em Torres Vedras, tanta coisa, tanta coisa...

pela Transforma, no Espaço Tzero:

EUROVISON TEATRO PRAGA
Teatro
a partir dos 16 anos
Local Loja Praga (à Praça do Município)
Datas Escolas Secundárias > 23 Nov, 10h30 > 24 Nov, 16h
Todo o público > 22 e 25 Nov > 21h30

PARASITAS PATRÍCIA PORTELA E SÓNIA BAPTISTA
Performance / instalação
todo o público
Local Tzero
Datas 19 a 27 Nov > das 10h às 20h

GUERRERO NOTEBOOK: HOLIDAY BETWEEN IN & OUT
NELSON GUERREIRO
projecto artístico em residência

A place in the world*
instalação
Local Tzero
Datas 15 a 30 de Nov > das 10h às 19h

Lost and found*
conversas informais
Local Tzero
Datas 24 e 25 de Nov > das 14h às 17h

Travel Around The World...The World...Around The World*
Workshop de criatividade em torno do acto de viajar
Local Tzero (dias 24 e 25) e ESAD, Caldas da Rainha (dias 28, 29 e 30)
Datas 24, 25, 28, 29 e 30 de Nov > das 18h às 24h

Do You Leave Often*
ciclo de cinema
Local Tzero (dias 21 a 25) e ESAD, Caldas da Rainha (dias 28 a 30)

Ciclo 1: VÁ PARA FORA CÁ DENTRO
21.nov.2ª-feira_22h30 LOST IN TRANSLATION, de Sofia Coppola
22.nov.3ª-feira_22h30 VIAGEM A ITÁLIA, de Roberto Rosselini
23.nov.4ª-feira_22h30 NOSTALGIA, de Andrei Tarkovski

Ciclo 2: NIPPONDREAM
24.nov.5ª-feira_22h30 TOKYO STORY, de Yasujiro Ozu's
25.nov.6ª-feira_22h30 ALL ABOUT LILY CHOU-CHOU, de Shunji Iwai
28.nov.2ª-feira_22h30 APRIL STORY, de Shunji Iwai
29.nov.3ª-feira_22h30 LAST DAY IN THE UNIVERSE, de Pen-Ek-Ratanaruang
30.nov.4ª-feira_22h30 BLADE RUNNER, de Ridley Scott

*inserido no projecto de residência “Guerrero Notebook: Holiday Between In & Out”

DESVIOS II
Fluidez e Sentido do Lugar
2º Encontro Internacional sobre a Importância do Local no Pensamento e na Arte Contemporâneos
COORDENAÇÂO: Gabriela Vaz Pinheiro, oradores (a confirmar): Cristina Grande, Cristina Mateus, Teresa Fradique, Daniel Tércio, Miguel Leal, Miguel Von Hafe, Pedro Gadanho e Patrícia Portela
Local Tzero
Datas 26 Nov > 16h

ARTINSITE DESVIOS I
Curadoria do Local
Lançamento de livro
todo o público
Local Tzero
Datas 26 Nov > 20h

OBSERVATÓRIO
Conversa / observação
todo o público
Local Tzero
Observatório Groupe Zur > 19 Nov > 16h
Observatório lab 1 > 21 Nov > 18h
Observatório lab 2 > 23 Nov > 18h

IT TERESA PRIMA
Improvisação de música e dança
todo o público
Local Tzero
Datas 20 Nov > 19h (com Teresa Prima e Nuno Rebelo)
27 Nov > 21h30 (com Teresa Prima e Vitor Rua)

IT TERESA PRIMA
Workshop de improvisação de dança
todo o público
Local Tzero
Datas 15, 16 e 17 Dez > 18h às 22h

FUI VERSÃO TORRES VEDRAS ROGÉRIO NUNO COSTA
Performance / instalação
todo o público
Changing Rooms > 24 e 25 Nov > horários e locais por consulta
The Fabulous Life Of...> 26 Nov > 11h, 15h, 18h, 21h30 > BOC, Hotel Império Jardim
While You Were Out > 27 Nov > das 11h às 22h > Quarto 501, Hotel Império Jardim > 1 espectador por performance

FESTA 1 DJ TRANSFORMER NUNO BRANCO
Convívio e lazer > música electro_tecno_minimal
todo o público
Local Tzero
Datas 19 Nov > das 00h00 às 02h00

FESTA 2 DJ ANDY H / VJ H-COLLECTIVE ANDRÉ HENRIQUES
Convívio e lazer > música Kinky Electric Funky
todo o público
Local Tzero
Datas 27 Nov > das 23h00 às 02h00

Informações e reservas:
Transforma/Espaço Tzero
Praça do Município, 8
2560 289 – Torres Vedras . Portugal
tel + 351 261 336 320 . fax + 351 261 336 322

O que fazer? (Impérios, Movimentos e Multidão)

DEBATE COM NEGRI

António Negri, filósofo e militante italiano, nasceu em Pádua em 1933. Foi membro da Autonomia Operária e condenado a 13 anos de prisão; exilado em Paris por 14 anos retornou a Itália e a partir de 1997 cumpriu pena em regime semi-aberto na prisão de Roma.

Publicou entre vários outros a "Anomalia Selvagem: Poder e Potência Spinoza", "O Poder Constituinte" e, mais recentemente o célebre "Império", e agora "Multidão".

SEXTA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO, 22H, FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
(FCSH)

AUDITÓRIO 2 (PISO 3)

Av. de Berna, 26 - C, Lisboa

Organização: ATTAC, CIDAC, GAIA

(1) Michael Hardt and Antonio Negri, Multitude: War and Democracy in the Age of Empire, New York: Penguin Press, 2004.

(2) Michael Hardt and Antonio Negri Empire, Harvard University Press, 2000. (full text online in PDF format)

(3) Antonio Negri Insurgencies: Constituent Power and the Modern State Translated by Maurizia Boscagli. University of Minnesota Press, 1999.

(4) Michael Hardt and Antonio Negri Labor of Dionysus: A Critique of the State-Form University of Minnesota Press, 1994.

(5) Antonio Negri The Savage Anomaly: The Power of Spinoza's Metaphysics and Politics, Translated by Michael Hardt. University of Minnesota Press, 1991.

Terra Sã, docas de Alcântara

Ciclo de palestras que irá decorrer na Terra Sã, Feira de Alimentação, Agricultura e Ambiente, nos dias 26 e 27 de Novembro (próximo fim de semana), nas docas de Alcântara:

Sábado, 26 de Novembro

11h00 – Apresentação de produto “Trotinetas eléctricas fabricadas em Portugal
12h00 – “O Sono e o Sonho
António Cardoso (Presidente da AG da Sociedade Portuguesa de Naturologia)
14h00 – “Experiência da Diputacion de Zamora em Agricultura Biológica
Eng. António Regalado Juárez (Diputacion de Zamora)
15h00 – “Perspectivas para o novo Quadro Comunitário de Apoio”
Dr. António Marques da Cruz e Eng. Jaime Ferreira (presidente e secretário da Agrobio)
16h00 – “Efeitos dos desreguladores endócrinos na nossa alimentação
Eng. José Carlos Ferreira (vice-presidente da Agrobio)
17h00 – “Alimentação
Dr. Fernando Figueiredo
18h00 – “Fortalecimento do Sistema Imunitário como Estratégia para Resistir à Gripe das Aves
Dr.ª Manuela Tavares
19h00 – “Organismos Geneticamente Modificados (transgénicos)
Engº Carlos Moura (QUERCUS)
20h00 – “Apoio ao Agricultor
Engº Nelson Silva (chefe do departamento técnico da Agrobio)

Domingo, 27 de Novembro

11h00 – Apresentação de produto “Trotinetas eléctricas fabricadas em Portugal
12h00 – “Acupunctura sem Agulhas: explicações e prática
Walter A. Silva (Sociedade Portuguesa de Naturologia)
14h00 – “Compostagem de Resíduos Domésticos
José Amorim
15h00 – “Permacultura
Nelson Avelar
16h00 – “O Poder Curativo das Plantas
Miguel Boieiro (Presidente da Sociedade Portuguesa de Naturologia)
17h00 – “Influência do Modo de Produção na Qualidade da Carne
Dr. Lázaro José Simbine (Médico Veterinário da Agrobio)
18h00 – “Banco do Tempo
Dra. Eliana Madeira (GRAAL)
19h00 – “Nitratos e Qualidade Alimentar em Hortícolas
Engº Jorge Ferreira (departamento técnico da Agrobio)

Tortura dá provas?

Boletim da Latitude zero

A determinação em abolir qualquer forma de tortura está neste momento seriamente posta em causa pelo Reino Unido. O Supremo Tribunal deste país está em vias de se pronunciar sobre o uso de provas obtidas sob tortura fornecidas por países terceiros no julgamento em solo britânico de alguns casos de terrorismo. Segundo a Convenção contra a Tortura, assinada por 140 países, entre eles o Reino Unido, as provas obtidas sob tortura são inadmissíveis em qualquer procedimento perante o tribunal.

Human Rights Watch

terça-feira, novembro 22, 2005

Tortura nas prisões

Afinal o drama que cresceu à volta das imagens de tortura gravadas na prisão de Abu Ghraib não passou de uma farsa. Farsa, o drama dos políticos americanos horrorizados com a ideia de que jovens militares americanos pudessem agir como bestas. Porque as torturas eram verdadeiras. Verdadeiras e expectáveis, uma vez que são prática corrente... em prisões americanas e com detidos americanos. É um país de loucos, aquele.

Parece que estas operações “de força” são permitidas pelos regulamentos das prisões. Que, contudo, impõem que todas elas sejam filmadas... para evitar o uso da força e salvaguardar os detidos. Isto é espantoso, uma vez que as filmagens agora reunidas por uma equipa do Canal 4 da BBC mostram justamente o uso excessivo da força e a humilhação constante dos detidos (no Texas, Utah, Florida, Arizona, etc). Os militares americanos no Iraque limitaram-se, portanto, a adoptar as práticas internas. Foram depois crucificados pela honra da América que não peca.

E os ingleses que também foram apanhados no acto em Bagdad? Terão aprendido com os coleguinhas americanos, ou nalguma prisão inglesa?... Onde fica a moral ocidental depois disto?
mpf

É preciso parar a directiva Bolkestein !

DoNotReply@stopbolkestein.org escreveu:

Queridas amigas, queridos amigos,

Desde hace casi dos años, el Parlamento Europeo y el Consejo de la Competencia debaten el proyecto de directiva sobre los servicios en el mercado interior propuesto por la Comisión Europea (la famosa directiva «Bolkestein»). El debate se encuentra ahora en una fase crucial ya que el, 22 de noviembre tendrá lugar la votación por la Comisión del Mercado interior y la Protección del Consumidor (IMCO) del Parlamento. El Parlamento debería adoptar a continuación su dictamen en 1ª lectura en la sesión plenaria de enero de 2006 (ya está prevista una gran movilización para esta fecha).

Paralelamente, el Consejo de la Competencia se reunirá el 28 de noviembre: allí se sintetizarán las posturas de cada uno de los 25 Estados miembros acerca de los artículos delicados.

En el estado actual, el proyecto de directiva es inaceptable: no es ni más ni menos que un proyecto de desregulación del mercado de los servicios. Por otra parte, por su campo de aplicación transversal, amenaza el cumplimento de misiones de interés general y el papel regulador de los poderes públicos a escala nacional, regional y local. Por último, la aplicación del principio del país de origen como regla general llevaría a un dumping social, fiscal y medioambiental en toda la Unión Europea.
En definitiva, la directiva Bolkestein representa una amenaza real para el modelo social europeo.

Hagamos un balance:

En el Parlamento Europeo, el voto en comisión inicialmente previsto para el 5 de octubre ha sido aplazado hasta el próximo 22-23 de noviembre.

En esta fase, la mayoría de los parlamentarios europeos parecen ir en la dirección de la directiva mediante la adopción de enmiendas que no coinciden con nuestras críticas fundamentales. Por tanto hemos llegado a un punto decisivo en la trayectoria parlamentaria de la propuesta de directiva «Bolkestein». Es fundamental que el voto en la Comisión de Mercado Interior del Parlamento Europeo los días 22-23 de noviembre se haga con sentido común, es decir que su resultado sea la protección efectiva de los servicios de interés general como son, en particular, la enseñanza, la salud y la cultura. Por consiguiente, se impone una movilización masiva.

En el Consejo de Ministros, la propuesta de directiva está en el orden del día del Consejo de la Competencia del 28 de noviembre; el Consejo está a la expectativa de ver qué señal envía el Parlamento.

La presidencia británica ha emprendido grandes trabajos técnicos, también sobre los temas que molestan. Actualmente, los ecos de la postura de los Estados miembros son abrumadores. Con respecto al campo de aplicación, las únicas exclusiones que obtienen el respaldo de la mayoría de los Estados miembros son la fiscalidad y los juegos de azar. Son muy pocos los Estados que solicitan la exclusión explícita del sector audiovisual, la salud y la educación. Por lo que se refiere al principio del país de origen, 17 Estados miembros respaldan su aplicación, 11 de ellos sin ninguna reserva. Finlandia, España, Suecia y Austria tienen interrogantes de naturaleza jurídica. En cambio, con relación al desplazamiento de los trabajadores, un frente es partidario de no abordar esta problemática en la directiva, se trata principalmente de Francia, Italia, Austria, Suecia, Dinamarca y Bélgica.

Hay que pasar a la acción!!

Ya habrá entendido que estamos en un momento decisivo. Todas las acciones ciudadanas dirigidas al Parlamento Europeo y el Consejo Competitividad son primordiales. Para ello, encontrará a continuación una carta modelo solicitando el apoyo a las enmiendas que defienden las reivindicaciones de la petición y que puede enviar a:

- todos los parlamentarios europeos, sobre todo a los miembros efectivos y suplentes de IMCO, y a los parlamentarios europeos de su país, de todos los partidos;

- los jefes de Estado y de Gobierno de su propio país (o incluso a otros), a la Presidencia británica, y a los miembros del Gobierno británico que presidirán el Consejo de Competencia.

Ahora más que nunca, es esencial que nuestros parlamentarios europeos y nuestros gobiernos sepan lo que queremos. Esperando poder contar con su apoyo indefectible, les enviamos a todas y todos un saludo militante.
www.stopbolkestein.org

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Carta modelo para enviar a los parlamentarios europeos, a los jefes de Estado y de Gobierno de los 25 Estados miembros, a la Presidencia británica y a los representantes de la Presidencia en el Consejo Competitividad:

Estimado señor o señora:

Como ciudadana/ciudadano, estoy muy preocupada/o por la propuesta de directiva «Bolkestein» que prevé la apertura total del mercado de los servicios en Europa". Esta concepción del «todo en el mercado» me preocupa enormemente. Los servicios para las personas no son mercancías que deban comprarse y venderse. Los servicios de interés general como la educación, la cultura, la salud y el sector audiovisual deben quedar a salvo de las reglas de la competencia. Por esta razón, he firmado la petición www.stopbolkestein.org, cuyas reivindicaciones le ruego que lea.

Me complace anunciarle que, en la actualidad, contamos con más de 100.000 firmas electrónicas y en papel, y que unas 100 organizaciones respaldan esta iniciativa.
Sé que la propuesta de directiva está siendo debatida en el Parlamento y que hay numerosas enmiendas sobre la mesa. Sé también que el Consejo de la Competencia estudiará la cuestión. Por todo ello, le ruego que tenga en cuenta las reivindicaciones de la petición en el momento en que usted, su grupo, su partido tenga que pronunciarse acerca del tema en el Parlamento Europeo y en el Consejo de la Competencia.

Con relación a las reivindicaciones de la petición, apoyo y le pido que apoye hoy las enmiendas encaminadas a:

- reducir drásticamente el campo de aplicación de la directiva, más concretamente, excluyendo los servicios de interés general e interés económico general, en particular, la educación, la salud y los servicios sociales, los servicios audiovisuales, los servicios de gas, electricidad y agua, los servicios medioambientales así como las empresas de empleo temporal;

- reconocer que la directiva sobre los servicios sólo opera a título complementario con relación a las directivas sectoriales existentes o futuras, así como en relación con las disposiciones del Convenio de Roma relativo a la ley aplicable a las obligaciones contractuales y a las del proyecto de reglamento "Roma II" relativo a la ley aplicable a las obligaciones no contractuales; estas leyes deben prevalecer sobre la directiva sobre servicios;

- reconocer que la directiva sobre servicios no afecta en absoluto a la aplicabilidad del derecho laboral del país de acogida, incluidos los convenios colectivos, no más que la aplicación de la directiva sobre el desplazamiento de los trabajadores;

- permitir a los Estados miembros que conserven las exigencias impuestas a los prestadores de servicios por razones imperiosas de interés general, conforme a la jurisprudencia del Tribunal del Justicia;

- proporcionar una alternativa al principio del país de origen, que no debe aplicarse, en todo caso, a un ámbito en el que no se haya alcanzado un nivel suficiente de armonización;

- lanzar un ambicioso proyecto de armonización con relación a las reglas vinculadas a los regímenes y los procedimientos de autorización, a las exigencias relativas a los prestadores de servicios, al comportamiento del prestatario, a la calidad o el contenido de los servicios, a la publicidad, a los contratos y a la responsabilidad del prestatario; esta armonización sólo debería afectar a los servicios cubiertos por esta directiva, entendiéndose que los servicios de interés general mencionados en el anterior punto 1 quedan excluidos de la misma.

Para mí, es esencial obtener garantías con relación al futuro de Europa, su modelo social y, por consiguiente, con relación a su postura acerca de dicha directiva. Espero de usted una reacción firme y convincente. Espero poder contar con su compromiso personal acerca de este tema esencial. Leeré atentamente su respuesta y observaré resueltamente su acción.

Espero que su opción calme mis inquietudes e impida el desmoronamiento de nuestro modelo europeo de sociedad,

Mundus?

Com uma linguagem simples e uma estrutura dinâmica e jovem, a MUNDUS conta com a participação de figuras exponenciais nas diferentes áreas da Ciência em Portugal, o que faz desta revista mensal o veículo de comunicação de Ciência, Tecnologia e Inovação, por excelência.


Portanto, figuras exponenciais tipo Mariano Gago ao quadrado e Prof Quintanilha ao cubo?
Em breve, na Mundus, teremos também figuras logarítmicas e figuras logísticas da Ciência em Portugal, como o Logaritmo natural do erro do Prof Damásio. Enfim..


O que me tem surpreendido pela positiva é o Scholar Google, muto útil para quem tem que organizar e procurar bibliografia científica e não está ligado a uma Universidade. E já agora, o novo Soople, também da Google, com uma carrada de utilitários interessantes para procurar ficheiros, notícias, etc. etc. etc.

O Problema dos Fora Sociais

Interessante o desabafo de Rodrigo Nunes relativamente ao Fórum Social Europeu ocorrido em Inglaterra em Outubro passado:

"The ‘open secret’ that haunts the organization of Fora is the disguised participation of political parties. The hegemonic groups in the UK refused to recognize the problem as a tension between parties and movements, because they refused to recognize themselves as parties."

Em Inglaterra e na Europa, como por cá, os partidos políticos teimam em controlar o Fórum Social. No Fórum Social Europeu, como por cá, esse controlo encapotado está cada vez a afastar mais pessoas do Fórum, cansadas de manipulações e hipocrisias. É triste ver partidos e organizações supostamente alternativas a ter comportamentos que em nada ficam a dever aos partidos que estão no poder e que tanto criticam. É triste que o capital de esperança que são os Fora sociais fique hipotecado pela tacanhez e vistas curtas dos partidos políticos, ciosos dos seus pequeninos impérios de descontentamento alheio. Espero que ao menos tenham a consciência de que estão a matar aos poucos os Fora Sociais...

segunda-feira, novembro 21, 2005

América do Sul: líder na desflorestação

A superfície florestal mundial reduz-se a cada ano em cerca de 13 milhões de hectares por causa do desflorestamento embora o ritmo de perda esteja diminuindo graças às plantações e a expansão natural dos bosques, segundo anunciou o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação (FAO). A perda anual de superfície florestal, entre 2000 e 2005, foi de 7,3 milhões de hectares anuais - uma área equivalente a Serra Leoa ou ao Panamá - frente a uma estimativa de 8,9 milhões de hectares entre 1990 e 2000. Esses números equivalem a 0,18% do desflorestamento da superfície mundial a cada ano.

Ler mais (Adital)

Para ilustrar melhor este desastre, basta lembrarmo-nos que em 10 Km quadrados de Floresta Amazónica há tantas espécies de árvores como no conjunto dos Estados Unidos e Canadá (cerca de 700). Se passarmos das árvores para os insectos, então não há comparação possível. Por este andar, em 2030 já não há florestas tropicais...


Technorati upgrade

Parece que o bicho está a funcionar muito melhor: pelo menos é o que dizem os mentores da coisa, afirmando que agora o Technorati tem velocidades de pesquisa inferiores a 1 segundo. Até ver parece ser verdade, pelo menos até que tripliquem outra vez o número de blogs...

domingo, novembro 20, 2005

Mães à Força

Ao fim de várias décadas de ditadura militar (1976-83), durante as quais o governo se opunha à venda e uso de métodos contraceptivos, as mulheres argentinas continuam sem livre acesso ao planeamento familiar. Falta de informação, violência doméstica, constrangimento económico e até leis discriminatórias ameaçam os direitos fundamentais das mulheres. A esterilização, por exemplo, só é permitida mediante consentimento do marido e para mulheres com mais de 35 anos e pelo menos 3 filhos.

Human Rights Watch

quinta-feira, novembro 17, 2005

O senhor Vasco Franco, um seu vizinho

Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado. A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado - técnico superior de 1ª classe , segundo o «Diário da República» - apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade. A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos , para evitar a ruptura da Segurança Social. O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro. Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest , com um ordenado líquido de 4000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril. O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.

Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (????????), e cerca de 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro. Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

quarta-feira, novembro 16, 2005

13%

O desemprego subiu relativamente ao ano passado, segundo a RTP1, 0,9%, porque passou de 6,8 para 7,7%. Infelizmente, a afirmação é enganadora; é que 0,9% foi o valor absoluto da taxa de desemprego que aumentou. Relativamente ao ano passado, o desemprego aumentou 13% (100 * 0,9 / 6,8), ou seja, existem 13% mais pessoas inscritas no desemprego em Portugal. Ou andam a tentar enganar o pessoal, ou anda por aí muita ignorância escondida...

Natal solidário

O Comité Português para a UNICEF relembra que está em curso a sua campanha “Este Natal, alimente o mundo”, em parceria com a LatitudeZero / Planeta Sul, uma organização sem fins lucrativos que promove o comércio justo.
Esta campanha, que teve início no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, consiste na comercialização de um Cabaz de Natal Solidário com artigos alimentares originários de países desfavorecidos, produzidos com respeito pelos direitos humanos e pelo ambiente (comércio justo).
O actor Rogério Samora quis apoiar esta nossa iniciativa – podemos contar consigo também?

Para mais informações:
Comité Português Para a UNICEF www.unicef.pt
21 317 75 00
LatitudeZero/Planeta Sul CRL www.latitude0.net
_Cláudia Simões 966 577 275

FSM policêntrico

O próximo Fórum social mundial acontecerá em três sítios distintos em Janeiro de 2006: Bamako (Mali) (19 a 23 de Janeiro), Caracas (Venezuela) e Karachi (Paquistão) (24 a 29 de Janeiro).

Nunca Mais




Dia 13 de Novembro, dia da dignidade, a plataforma NuncaMais assinalou mais um aniversário do desastre ocorrido em 2002 com o Petroleiro Prestige. Mais de 10 000 pessoas participaram na manifestação. As principais reinvidicações da plataforma são (em galego):

1 - Apoiar a recuperación económica dos sectores afectados, nomeadamente dos sectores produtivos, que seguen a padecer un alto nivel de afectación nas súas pesquerías. Reflexo orzamentario do compromiso económico co país.

2 - Avanzar na rexeneración medioambiental das zonas afectadas, con especial atención ao medio mariño e ao litoral. Urxente tratamento e procesamento axeitado dos residuos procedentes do Prestige.

3 - Reducir significativamente o risco de novos accidentes nas nosas costas e de novas catástrofes ambientais. Aumento dos medios dispoñíbeis para a prevención e para labores de salvamento marítimo.

4 - Nunca Máis reclamou compromisos claros e inequívocos do novo goberno, que se deben traducir no establecemento de actuacións e medidas concretas que visibilicen a importancia que esta cuestión ten para esta nova Administración.

(ler mais)

terça-feira, novembro 15, 2005

Estamos Debaixo de Fogo

Boletim da Latitude zero

Os brasileiros recusaram em referendo a proibição da venda de armas de fogo. Num país onde há uma morte causada por armas de fogo em cada 15 minutos – a taxa mais elevada do mundo –, este resultado é lido como um triunfo do medo e da insegurança. As vendas de armas a países em desenvolvimento cresceram 44% em 2004. Índia, Arábia Saudita e China são os maiores compradores. Os EUA e a Rússia estão no topo da lista vendedores, com a França e o Reino Unido a destacarem-se na UE.

ReferendoSim

segunda-feira, novembro 14, 2005

As mulheres ao poder!

Ellen Johnson-Sirleaf: presidente eleita da Libéria.
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Economista de Harvard, foi em tempos secretária de Estado para as Finanças da Libéria, ministra das Finanças da Libéria, vice-presidente do Citibank, Directora do Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas, presidente do Banco liberiano para o Desenvolvimento e o Investimento. Entre todos estes cargos também passou duas vezes pelas cadeias da Libéria por protestar contra o regime.

Esta super-mulher não está porém sozinha nas altas esferas do poder em África: o Zimbabué e a África do Sul têm mulheres vice-presidentes, e o Uganda também tinha uma que entretanto se demitiu por estar a ser vítima de violência doméstica (!). Moçambique tem uma mulher primeiro-ministro, Luísa Diogo, enquanto Ngozi Okonjo-Iweala, a ministra das Finanças da Nigéria tem provavelmente mais poder que a maioria dos presidentes africanos. Para além destas há ainda mais mulheres em cargos ministeriais, e algumas em corridas presidenciais. No parlamento do Ruanda, 48,8% dos deputados são mulheres; na África do Sul, Moçambique e Burundi, esta percentagem é de 30%.

E nós é que temos séculos de democracia e somos o máximo, não é?

mpf

Transparência e Responsabilização

Conferência Internacional sobre ACEs
“Créditos à Exportação e Transparência”

Local: FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento
Lisboa, 17 de Novembro 2005

9:30 Recepção e Registo dos Participantes
10:00 Sessão de Abertura
Charles Buchanan (FLAD)
Representante da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor*
“O papel internacional das ACEs”, Pedro Martins Barata (EURONATURA)
10:30 Pausa para Café
11:00 ACEs Ibéricas e Transparência
Moderador: Rosa Matos, Fundação AVINA, Portugal
Maria José Viegas, Direcção Internacional, COSEC, Portugal
Renato Roldão, EURONATURA, Portugal
Bruce Rich, Environmental Defense, EUA
Judith Neyer, FERN, Bélgica
Debate

14:30 Outros Aspectos e Práticas do Financiamento Internacional de Projectos
Moderador: Pedro Martins Barata, EURONATURA, Portugal
“ACEs, Ambiente e Direitos Humanos”, Korinna Horta (Environmental Defense/ EURONATURA)
Apresentação do Relatório “ACEs e Direitos Humanos”, Cláudia Pedra, Amnistia Internacional
“As ACEs e a questão da Dívida”, Miquel Ortega (ODG)
Jaime Atienza, Economista Sénior, Fundación Carolina, Espanha
Representante BES Investimento, Portugal
Debate
16:00 Pausa para Café
16:30 ACEs, definição de políticas e responsabilização
Moderador: Renato Roldão, EURONATURA, Portugal
Deputados Portugueses
Debate
18:00 Sessão de Encerramento

Microcrédito em Portugal

481 empréstimos concedidos (os quais criaram 561 empregos)

sexta-feira, novembro 11, 2005

Movimento Monetário Mosaico

“Onde está o dinheiro” – o Livro:

Nos dias 19, 20 e 21 de Novembro de 2002 reuniu-se em Porto Alegre um grupo de pessoas que há muito trabalhavam tendo em vista a criação de um livro em português sobre Moeda Social: (...) Nosso compromisso político é o de construir com o outro, respeitando-o em sua diferença, seja cultural ou racial, para juntos construirmos um projeto que contemple a diversidade, o novo, o diferente, sem exclusão. Para tanto, acreditamos que outros modos de pensar a vida, o econômico e o social é possível, desde que se ressignifique as nossas relações a partir de pressupostos éticos muito mais abrangentes que aqueles que pautam liberdade individual e narcisista.

O livro que apresentamos é pretensioso porque seu conteúdo não se contenta apenas em fazer reflexões acadêmicas sobre economia política; não se trata de mais um conjunto de textos prescritivos ou de fórmulas para atenuar os desajustes, desigualdades e atrocidades causados pelo capitalismo, mas sim de uma ressignificação do pacto social na contemporaneidade. Por isso sua formatação é modular, plural resultado de um trabalho coletivo, pautado na ética e na democracia, que são os pontos fundantes da sua organização.

No livro, enfocamos o dinheiro. Mesmo sabendo que o dinheiro não explica tudo, temos a consciência de que ele pode ser um instrumento fundamental e ainda pouco explorado de combate à exclusão econômica e social a que são submetidas imensas parcelas da população mundial.

Nosso objetivo neste livro é instrumentalizar o desenvolvimento de práticas monetárias inovadoras. Tem um caráter pioneiro e, porque não dizer, ousado, na medida em que propõe que é possível as pessoas serem protagonistas de algo essencial para a sua sobrevivência na sociedade, que é o acesso ao dinheiro e, vinculado a isto, em termos de um mosaico mais amplo, ao trabalho e aos bens e serviços essenciais para a vida. Os temas nele apresentados partem do pressuposto que a participação de todos/as os envolvidos/ as em empreendimentos econômicos é possível e que os processos que envolvem a organização e produção do trabalho (seja prestação de serviços ou produção de bens), nos conduzem a pensar que o Movimento Monetário Mosaico é um fator de inovação social necessário para promover a mudança...
O resto está aqui.

Festival de sopas e mézinhas

Festival de Sopas em Montemor-o-Novo

Dia 12, Sábado
12h00 - Abertura do 2º Festival de Sopas de Montemor-o-Novo
13h00 - Prova de Vinhos de Montemor e castanhas assadas
14h00 - Dias Tranquilos... À Descoberta das paisagens do Rio Almansor (Inscrições gratuitas no Posto de Turismo de Montemor-o-Novo; Tel: 266 898 103)
18h30 - 3º Concurso de Sopas Alentejanas no auditório do Parque de Exposições Mercados e Feiras

21h30 - Animação Musical
23h00 - EncerramentoExposição Ervas e “Mezinhas”

Dia 13, Domingo
12h00 - Abertura do 2º Festival de Sopas de Montemor-o-Novo
14h00 - Entrega dos Prémios do 3º Concurso de Sopas Alentejanas
14h30 - Animação Musical
17h00 - Encerramento do FestivalExposição Ervas e “Mezinhas”.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Amor na diversidade

Este hipopotamozinho com 1 ano de idade (e 300 kg!) sobreviveu ao mais famoso dos maremotos e foi encontrado sozinho e desidratado na costa do Quénia, Oceano Índico. Foi levado para um sanctuário animal perto de Mombassa, onde já vivia a Mzee, uma tartaruga com 100 anos... que o adoptou!

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Aparentemente adoptaram-se um ao outro, e desde esse dia passaram a andar, comer, nadar sempre juntos. O hipopótamo segue a tartaruga para todo o lado como se fosse a mãe, e torna-se agressivo quando alguém se tenta aproximar dela.

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Não é lindo?
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terça-feira, novembro 08, 2005

Gripe social

O tão esperado vírus da desigualdade social revelou-se finalmente no centro da Europa. Esperava-se em teoria, já que o pessoal foi todo apanhado com as calças na mão a fabricar vacinas contra outro vírus. Para já, o contágio está a exceder as expectativas: de momento as vítimas são sobretudo viaturas, mas espera-se que uma mutação possa ocorrer a qualquer momento e aumentem as vítimas humanas. Não existe ainda vacina eficaz contra o dito, pelo que alguns ministros espertos sugerem que se exterminem todas as fontes potenciais sem apelo nem agravo.
Novos testes foram entretanto iniciados em diferentes ambientes, com vista a testar a eficácia deste produto das sociedades modernas. Em Kabul, por exemplo, acaba de ser inaugurado o primeiro hotel de 5 estrelas: numa cidade onde o salário médio (dos autóctones, pois há sempre os outros) é de 40 dólares mensais, uma noite no novo hotel custa entre 200 e 1000 dólares.
mpf

sábado, novembro 05, 2005

Cimeira das Américas I

A III Cimeira dos Povos termina em Mar del Plata, enquanto começa a IV Cimeira dos Chefes de Estado das Américas. Hoje, os protestos dos participantes da primeira Cimeira terminam com uma marcha geral pelas ruas da cidade argentina como protesto pela presença do presidente dos EUA George W. Bush na Cimeira das Américas, contra as políticas neoliberais, a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), a militarização e o pagamento da dívida externa. Adital

Negócios para o Desenvolvimento

Boletim da Latitude zero

Um novo relatório pretende demonstrar como as empresas podem ter um papel chave no processo de atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Mas para tal, os governos dos países em desenvolvimento devem adoptar regras de boa governação, bem como reforçar as capacidades das empresas locais e melhorar as infraestruturas. Dados estes sinais, os investidores estrangeiros responsáveis afluirão e impulsionarão a economia e a sociedade daqueles países, em parceria com os governos e actores da sociedade civil.

WBCSD

sexta-feira, novembro 04, 2005

Se fossem hoje...

Se fossem hoje as presidenciais, provavelmente votava Alegre. Gostei do que disse no manifesto, mas ainda falta acreditar em todas aquelas propostas. Mas é verdade que gostei. A favor dele está o facto que talvez seja um dos poucos políticos que escreve os seus próprios discursos (será?) e que depois os declama...

quinta-feira, novembro 03, 2005

Tertúlia na Academia

Amanhã, sexta-feira, terá lugar na sede da Academia Sénior da Covilhã a Tertúlia Mensal

Venha Tomar Café Connosco

Será conferente a Doutora Ana Cao, professora da Universidade da Beira Interior, que versará o tema: "CERVANTES". A tertúlia é aberta ao público e tem início as 21h30.

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Academia Sénior da Covilhã
Rua do Centro de Artes
Covilhã

2 boas notícias

A chuva, a chuva que não pára e que acabou irremediavelmente com a seca; já voltamos até a ouvir falar de "mau tempo" quando os simpáticos jornalistas se referem às simpáticas gotas de água que fertilizam os campos, convidam os cogumelos a espevitar, rejuvenescem os rios e abastecem os aquíferos (onde é que isto pode ser "mau"?). E claro, a 2ª boa notícia, bastante relacionada com o "mau tempo", é que o Ferrero Rocher e o Mon Cheri já não derretem...




Paz na Terra


Segundo um relatório do Human Security Center publicado dia 17 de Outubro, o mundo assistiu desde o início da década de 90 a um decréscimo de 40% no número de conflitos armados em curso e de 80% no número de conflitos com mil ou mais vítimas em combate. Razões apontadas são o fim do colonialismo – responsável por 60 a 100% de todos os conflitos internacionais entre 1950 e 80 –, o fim da Guerra Fria – responsável por um terço de todos os conflitos depois da II Guerra Mundial – e o incremento das acções de paz das Nações Unidas. Ainda assim, os custos anuais com todas essas acções são inferiores aos que os EUA gastam num só mês no Iraque.

Thalif Deen - IPS

quarta-feira, novembro 02, 2005

Os Portugueses I

A igualdade dos cidadãos prometida pela modernidade democrática testa-se na vida pública, no espaço público como diria Habermas. Testa-se em função das possibilidades declarativas e das disponibilidades de produzir declarações. Não apenas pela liberdade de expressão, mas também pela liberdade de comunicação e pela abertura da sociedade às declarações fracturantes, pois são essas que têm, ou podem ter significado.

A sociedade portuguesa, mesmo em alturas de necessidade de novas orientações políticas, como é actualmente o caso, mantém-se desconfiada perante as ideias, desagradada perante a diferença, incomodada pela conflitualidade, sofrega perante os ilusionismos, sejam eles futebolísticos, autárquicos, encenações de poder e de competência, sucessos materiais fáceis, na lotaria ou na habilidade do desenrasca, produto mais português que Camões, Amália ou o fado.

A política portuguesa é um ineludível exercício das classes dominantes que, de quando em vez, organizam performances pimba para votações à moda do festival da canção. A política do povo, alegadamente suberano, para inglês ver, continua a ser o trabalho, como no tempo da outra senhora. Por isso os textos de Eça de Queiroz mantém a actualidade apesar de serem muito mais que centenários: trabalho continua a ser sinónimo de emprego ou política de arranjismos partidários e de beneficência, sem que isso seja motivo de estranheza, quanto mais de escândalo.
O Estado tem sido, em Portugal, uma forma de ludibriar os seus próprios beneficiários: veja-se o
uso arbitrário que se fazem das leis, profusas e confusas o suficiente para que cada um use conforme melhor lhe convier, seja para daí tirar benefício seja para tirar desforço dos pategos, como a elite expressa o seu desprezo pelo soberano. As magistraturas, essas, ignaras e aristocráticas, ora dão ares de soberano absoluto ora de proletários, conforme os interesses próprios a defender. Nunca se sabe ao certo quais são os procedimentos legítimos, quem funciona dentro da legalidade, não há advogado honesto que possa calcular as hipóteses de sucesso de pleito judicial, pois isso depende de forças obscuras da ignorância, da intriga, da impunidade irresponsável dos responsáveis, dos conluios, dos preconceitos e também das conspirações. Por isso se costuma dizer “Não vou em grupos” para se declarar honestidade e transparência de procedimentos, que obviamente são raros em Portugal, país onde a informalidade é um dado cultural (e também político) fonte de inesgotável de efeitos surpresa para os estrangeiros mas também para os próprios autóctones. É a experiência do que se costuma chamar organizações muito bem desorganizadas, onde a hipócrisia e a fidelidade dão as mãos à maior das flexibilidades de coluna vertebral dos agentes, em cima e em baixo.
De repente, a corrupção torna-se um alvo dos discursos políticos, assim como a responsabilidade dos partidos políticos e dos políticos eles próprios. Talvez por isso os principais responsáveis pelo estado de coisas tenham decido dar a cara nas próximas eleições presidenciais. Não querem ficar mal na fotografia da história. Têm medo que algum candidato decida pôr o dedo na ferida. E contam com o gosto português pela delicadeza no trato entre as elites para que os ataques políticos contra os pais da Pátria, na sua presença, sejam contraproducentes a quem ouse avançar e dizer aquilo que circula no anedotário e nos emails da Internet.
Objectivamente, o maior deficit democrático em Portugal é o desprezo dos políticos pelos que não fazem política dentro dos partidos, todos eles com controlos internos fortes à circulação e legitimação de opinião – a erradamente chamada disciplina –, e a impossibilidade de quem tenha ideias ou experiências de vida para partilhar publicamente de aceder aos meios de exposição pública adequados, sem serem colonizados partidariamente. As excepções apenas confirmam a regra, e o volume da actividade cívica em Portugal, comparada com o que se passa em Espanha ou noutros países europeus, mostra que a legitimidade política das instituições de soberania não pode apoiar-se na sociedade, mas na autoridade bruta e brutal – veja-se o que se passa nos tribunais criminais e nas prisões, mas também com as nomeações para cargos de confiança e com a entrega da culpa a um funcionalismo público que aprendeu a viver desorientado pelo rotativismo e pelo compadrio. Isso é também evidente pela necessidade de cada governo mudar a cabeça da administração pública com pessoas da sua confiança, da desconfiança da função pública em relação aos políticos – seus inimigos públicos e patrões temporários, de quem dizem (pelas costas) cobras e lagartos ao mesmo tempo que (pela frente) manifestam subserviência canina e surripiam o que lhes calha na luva (tempo, dinheiro, equipamentos, poder, etc).

APD

Os Portugueses II

O Estado português não funciona bem porque não é avaliado (nem auto, nem hetero, nem pela tutela, nem pelas inspecções, nem pelo público). Porque se a avaliação funcionasse, se houvesse maior transparência, perder-se-ia a flexibilidade do desenrasca, não seriam mais precisas a cunha nem a troca de favores, seriam precisas regras claras e que elas fossem cumpridas, o que têm vindo a interessar a pouca gente. Nem em cima, nem os de baixo, que – sabemos agora – têm vindo a beneficiar não de contrapartidas pelo seu trabalho mas de privilégios, exactamente como nos tempo do antigo regime, em que a troca se fazia em géneros.

Neste ambiente temos 20% de chefias, 15% de licenciados, 20% dos quais fora do país a trabalhar, milhares de licenciados desempregados e muita gente preocupada pelo facto de termos doutores a mais, em primeiro lugar a ordem dos médicos. Nitidamente, como mostram os estudos sobre literacia, os portugueses dão-se particularmente mal com pensamentos disciplinados e claros, tanto na escola – onde o insucesso e o abandono persistem em fazer a nossa vergonha universal – como no trabalho desqualificante (que por si só produz iliteracia acrescida, por ser valorizada precisamente a ignorância subserviente). Há um Portugal moderno a querer sair do velho Portugal aristocrático e hipócrita. Na educação e na justiça, só é explicável o insucesso de 30 anos de democracia pela opressão política dos respectivos sectores, em contraste com outros sectores libertados da vida nacional.

Tal como com a falta de participação cívica, não é porque não existam tendências fortes a favor da democracia: simplesmente isso – o que seja a democracia – ainda se discute menos do que outros assuntos. Em particular nas escolas e na justiça. O horror dos portugueses à política, que entendem como um palco de vigaristas, de onde não são capazes de distinguir honestos e bandidos, muito menos acreditam na ciência dos magistrados, é proverbial e deve ser explicado não apenas por via ancestral, de atraso histórico que jamais foi o nosso problema, mas pelo carácter amistoso e submisso do povo. Afinal há muito mundo por onde fazer vingar a vida, como todos na diáspora e nas antigas colónias bem sabem, para o bem e para o mal.

A história da revolução de Abril talvez nos dê uma sugestão da razão política de ser desta mentalidade aquietada. Tudo acabou quando se revelou a possibilidade de haver uma guerra civil, entre o norte e o sul. A enorme diversidade dos povos portugueses e o seu nacionalismo quase milenar foram caldeados numa tolerância que nos caracteriza, de afeições contrariadas – como no fado – de saudades do que não pudemos ser, para continuarmos juntos. A mobilidade dos votos entre partidos e entre autárquicas, presidenciais e legislativas também mostra como o povo português gosta de ser caudilhista e mesmo vernáculo nos concelhos (ou à porta dos tribunais) de quem não espera outra coisa que não sejam favores, e gosta de ser sensato e conciliador a nível nacional. Quem estiver em condições de pedir maioria absoluta obtém-na.

Os portugueses jogam na política como quem joga na lotaria. E os políticos portugueses aprenderam a fazer cálculos de probabilidades para dividirem entre si os negócios do Estado. Será que isto um dia vai terminar? É nessa perpectiva que se podem observar as próximas eleições presidenciais: estão todos em jogo. Os partidos, a alma de esquerda e sofredora (ou mentirosa?) do PS, mais uma vez despeitada – curiosamente sempre por Mário Soares – e até algumas boas vontades avulsas que procurarão mobilizar os eleitores. Mas também está em jogo a disposição que os Portugueses vão escolher adoptar para si próprios em função das campanhas e dos resultados eleitorais.

O povo prepara-se para exercer os seus raros poderes de soberania. Será que vai decidir acolher o D.Sebastião que voltou do nevoeiro, ou vai preferir um Rei já testado? Se aceitar jogar no ilusionismo, mais uma vez, a classe dominante ficará em casa, tranquila. Mas pode ser que invente uma saída crítica para o regime, ainda que não faltem ilusionistas a cobrir tal saída.

APD

Falta de saúde

Há uma geração que viveu o pré/durante/pós 25 de Abril revolucionário de um modo que os infectou (no bom sentido, embora os resultados possam ser mais ou menos proveitosos...) politicamente: estas pessoas envolvem-se pública ou privadamente em calorosas discussões/iniciativas político-partidárias. Há uma outra geração, tendencialmente nascida pos 25 de Abril que se encontra completamente arredada da cena política: não estão minimamente interessados, nem cartão de eleitor possuem. Há depois uma camada de gente (vertical ao eixo geracional) que se profissionalizou politicamente e optou por uma carreira pública de cargo em cargo governativo. E há por fim uma outra camada de gente - que talvez sempre tenha existido mas que recentemente sofreu um aumento exponencial - que se sente profundamente motivada a intervir na sociedade, que se retrai à vista das bandeiras partidárias, mas que bate o pé e exige o seu espaço, o seu modo próprio de intervenção. Este espartilhamento, como qualquer tentativa de organizar grupos sociais, sofrerá de mais ou menos incongruências, mas a minha intenção não é a de que todos se sintam enquadrados num destes grupos, é simplesmente a de me situar a mim. No último grupo.

Importa-me sobremaneira o rumo que segue a sociedade em que me insiro, sem nunca perder de vista o mundo muito mais complexo de que é parte integrante e accionante. Acredito no pensar global e agir local. Tenho simpatia por ideias anárquicas, mas penso que um líder faz toda a diferença – não um líder popularucho, como é a tendência actual, mas um estratega. Porém, “mente sã em corpo são”: este líder deve ser o facilitador duma sociedade civil forte. Se não, é escusado: não funciona.

Eu decididamente não tenho nenhuma aspiração a líder, mas pretendo ser parte da tal sociedade civil forte. Mais, acho que tenho direito a isso. Porém, todas as iniciativas em que me tenho envolvido acabam por esbarrar no poderio guloso dos partidos. Sublinho, antes de continuar, que os partidos políticos me parecem parte essencial da democracia, pelo que de longe proponho que se extingam. Mas já não tenho dúvidas de que eles ultrapassaram todos os limites no sentido da asfixia total da tal sociedade civil.

Presidenciais. Senti-me muito honrada com o convite para participar no ELEITO, mas a minha angústia cresce ao ver que também aqui as conversas são dominadas pelo que os outros órgãos de comunicação repetem até à exaustão: se os candidatos do costume dizem ou não dizem, se dizem, porque dizem, se não dizem, porque não dizem. E os outros? Os tais que se proclamam vindos da sociedade civil (nota: nem por sombras considero, nem me interessa discuti-lo, que Cavaco ou Alegre sejam candidatos independentes)?

Eu confesso desde logo uma enorme apetência por um candidato sem ligações a partidos. Porquê? Fundamentalmente porque (1) acho que é perfeitamente possível defender um ideal de sociedade sem estar ligada/o a um partido (2) um envolvimento partidário envolve compromissos (não há almoços de graça) que depois necessariamente atam a independência do eleito. Claro, vão-me dizer: bom, mas é precisa uma máquina atrás duma candidatura, e se não for um partido será uma Igreja, o lobbie dos construtores, etc, etc. Bom, eu acho que é óbvio que qualquer grupo de pressão facilmente se encapota num partido. Mas penso sobretudo que nos dias de hoje existem meios de divulgação de informação infinitamente baratos e eficientes que permitem o lançamento duma candidatura – basta que a sociedade civil queira cooperar. E este é o busilis da questão: a sociedade precisa cooperar. E a sociedade civil, para todos os efeitos, somos nós.

Um dos companheiros do ELEITO disse que os discursos bacocos (estilo “vou ser presidente de todos os portugueses”) fazem parte da encenação, e que nós gostamos de os ver entretidos. Pois eu não gosto. Não me entretêm de todo, acho uma bacoquice. E intriga-me que cidadãos interessantes e interessadas gostem.
mpf

A minha riqueza e a do vizinho

O amigo Naboo remeteu-nos num comentário para esta tira
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que não resisto a comentar. É que quando se projectou a nova Aldeia da Luz, a ideia foi a de replicar exactamente os edifícios existentes na aldeia que ficaria debaixo de água: quem tinha uma casa com duas divisões na antiga aldeia teve direito a uma casa com duas divisões na nova aldeia, quem tinha três, ficou com três, e por aí fora. Mas, claro, havia um mínimo a que os novos tempos obrigavam: quem não tinha casa de banho na antiga aldeia, acabou por ganhar uma casa de banho na nova aldeia. E houve uma criatura que se queixou: “a minha vizinha, que na aldeia velha não tinha casa de banho, vai ter direito a uma casa de banho na nova aldeia: ou lhe tiram essa casa de banho, ou me dão duas a mim, que já tinha uma”.

mpf

terça-feira, novembro 01, 2005

E em Portugal?

Como estarão lembrados - basta acompanhar a página do GASIG - Grupo de Acção pelos Serviços de Interesse Geral - daqui a um mês e pouco realiza-se em Hong-Kong a 6ª Conferência ministerial da OMC.

O evento está a mobilizar, a nível mundial, milhares de organizações que querem aproveitar a sua mediatização (e para a qual contribuem decisivamente!) para passar a mensagem de que existem largos sectores sociais que não se revêem nem naqueles processos negociais nem nas políticas que os acordos dali saídos consubstanciam.

E em Portugal, no nosso querido torrão à beira mar plantado? Alguém sabe o que é que a delegação portuguesa vai lá defender (para além de papaguear o que foi decidido a nível da UE e que nós não sabemos o que foi)? Alguém sabe quem fará parte dessa mesma delegação, as competências que foram mobilizadas para ela? Alguém terá questionado os euro-deputados sobre a conferência parlamentar que vai ocorrer em paralelo, alguns dos quais, se calhar, até estarão presentes?

E o Alegre, e o Louçã, e a Magno, e o Pereira, e o Silva, e o Soares, e o Sousa, e todos os outros pré-candidatos, o que é que eles têm a ver com isto? O que é que o "reforço da coesão social", a "sociedade mais justa e solidária" dos portugueses têm a ver com as políticas que lá vão ser acordados e depois aqui aplicadas?