Em certos sítios isto ainda acontece; por exemplo, na Catalunha, numa terriola perdida perto de Monteseny, a população toda corta um Pinheiro manso adulto, e depois levam-no em procissão até à Igreja; aí, com alguma dificuldade (o pinheiro manso chega a ter um diâmetro 2 vezes superior à entrada da Igreja), introduzem a árvore na Igreja e penduram-na de “pernas para o ar”. Finalmente, cada pessoa pendura uma maçã nos ramos do pinheiro, que se mantém preclitantemente sobre o altar durante 1 mês. Ao fim desse mês, cada um vai buscar a sua maçã e ao comê-la, os seus desejos irão ser cumpridos (antigamente os desejos deveriam ter a ver com as próximas colheitas).
Parece que foi apenas no século XVI que se começou a celebrar o culto da ávore no Natal, mas no século XIX já se tinha espalhado pelo resto do mundo... quer dizer, por uma pequena parte do resto do mundo, já que se prevêm “apenas” 72 milhões de árvores enfeitadas neste natal (50% artificiais e 50% naturais).
Resumindo, isto é uma boa notícia para o pessoal pouco católico que gosta de árvores de Natal, já que pode dizer que afinal é uma tradição pagã e tal. Se gostarem para além das árvores de Natal de Presépios, receio que a coisa seja mais difícil de justificar. O que é certo é que a data em que se celebra o Natal também tem a ver com as festividades saturninas (pagãs). Bem, 2 em 3 já não tá nada mal.
Em breve no Blogo perto de si, a origem da tradição do Azevinho e do Visco.
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