quinta-feira, março 31, 2005

Sonho americano

Aqui há uns tempos, li não sei onde que se os chineses embarcassem no sonho americano (com toda a legitimidade) , o planeta pura e simplesmente deixaria de ter recursos para toda a gente. Esta é um dos grandes paradigmas liberais: que se todos se esforçarem, poderão aceder ao famigerado sonho. Claro que se o sonho chegar a, digamos, 30% da população mundial, então, o planeta passa a ser um autêntico pesadelo. Este paradoxo é também resolvida por outra máxima liberal: quando lá chegarmos, havemos de resolver o problema. Isto, claro está, nas mentes dos liberais de boa fé; outros há que estão carecas de saber que o sistema só é viável se continuar a existir um enorme fosso entre ricos e pobres...


PS - curiosamente, o perigo amarelo não está no Comunismo (como temia a minha mãezinha), mas na eventualidade de 1 bilião de chineses se converter ao capitalismo...

Ver mais informação em Earth Policy Institute

Mercúrio à Solta

Após uma semana de reuniões em Nairobi, Quénia, o Programa Ambiental das Nações Unidas não conseguiu promover um pacto para regular o mercado de mercúrio. Os vários governos concordaram apenas em monitorizar o comércio de mercúrio e em encorajar acções voluntárias para reduzir o seu uso. Este metal tóxico pode causar danos neurológicos em humanos e, em doses elevadas, levar à morte. Investigadores defendem uma ligação entre este metal e dificuldades de aprendizagem e até mesmo problemas de desenvolvimento dos fetos.

Roxanne Khamsi - Nature - Boletim da Latitude Zero

quarta-feira, março 30, 2005

Cante Alentejano

Que inveja tens tu das Rosas

Se os beijos espigassem
Como espiga o Alecrim
Havia muitas cachopas
Cujo rosto era um jardim

Que inveja tens tu da Rosas
Se és linda como elas são
A rainha das flores
Tratadas por tuas mãos

Tratada por tuas mãos
P’las tuas mãos mimosas
Se és linda como elas são
Que inveja tens tu das Rosas

Tens ‘ma Rosa na boca
Em cada face um botão
As folhas ornam-te o peito
E a raiz o coração

quinta-feira, março 24, 2005

Construindo o FSP

NOTA DE IMPRENSA

Em 14 de Maio próximo, em Évora, no quadro do FÓRUM SOCIAL PORTUGUÊS, realizar-se-à um encontro subordinado ao tema RESISTÊNCIAS E ALTERNATIVAS.

O FÓRUM SOCIAL PORTUGUÊS, como os congéneres europeu e mundial, é um espaço que acolhe as iniciativas das mulheres e dos homens que, a título individual ou no quadro de organizações, lutam contra as discriminações, a guerra e o neoliberalismo.

Neste contexto, o encontro RESISTÊNCIAS E ALTERNATIVAS é um espaço aberto a quem queira contribuir para a criação, difusão e socialização de alternativas à actual estrutura da sociedade nacional, europeia e internacional e constitui uma ocasião privilegiada de identificar, sistematizar e partilhar um conjunto de práticas sociais que, em Portugal, anunciam e dão corpo à esperança numa outra ordem económica, social, política e cultural global mais justa e solidária.

O programa do encontro RESISTÊNCIAS E ALTERNATIVAS é tripartido: de manhã será realizado um grande debate conjunto subordinado ao tema do encontro; a tarde será reservada à livre iniciativa das organizações participantes; por fim, um momento de convívio e de animação cultural encerrará os trabalhos.


Organizações proponentes da iniciativa RESISTÊNCIAS E ALTERNATIVAS, inserida no processo do Fórum Social Português

quarta-feira, março 23, 2005

Comércio Justo

"(...) A primeira loja do CJ surgiu na Holanda em 1963 (em Portugal foi em 1999). Hoje existem na Europa mais de 3.000 lojas espalhadas por 18 países. Importam-se produtos de mais de 800
organizações em 45 países do Sul, beneficiando nestes países cerca de 5 milhões de pessoas. (...)

Encontram na Sociofonia um artigo interessante do António Pinto Pereira sobre a(s tentativas de subversão da) ética do consumo de café.

Baile

Amanhã, 5ª feira, no Mercado da Ribeira (ao Cais Sodré), pelas 24 horas.


Baile ao ar livre, animado por um tamborileiro. Um dia hei-de conseguir fazer o mesmo...

Baile abrilhantado pel'Uxu Kalhus (O CD está para breve).

Antes, às 22:30, haverá oficina de danças.

Direitos Especiais

O primeiro tratado internacional consagrando direitos específicos para os deficientes encontra-se em fase de preparação. A versão provisória está em revisão pela Assembleia Geral das Nações Unidas, devendo tratado ser formalizado em data a anunciar. Um décimo da população mundial vive com alguma forma de deficiência, 600 milhões de pessoas que diariamente enfrentam os mais diversos obstáculos - físicos, de acesso à informação, legais e de atitude, entre outros. Os 191 membros das Nações Unidas participaram nas sessões preparativas, tendo outros 100 estados manifestado já o seu interesse em ratificar o tratado. Os Estados Unidos, pela boca de George W. Bush, opuseram-se já a um documento vinculativo, defendendo que cada estado deve actuar individualmente na promoção dos direitos dos deficientes.

Isaac Baker - Inter Press Service - Boletim da Latitude Zero

Açafrão IV


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Este post é dedicado ao Pedro, que foi célere em apontar o dedo aos subsídios europeus para explicar o interesse da Espanha pelo açafrão. Aparentemente, a moda terá sido introduzida em Espanha pelos sírios, durante as invasões árabes. A expansão árabe começou do outro lado do Mediterrâneo, exactamente onde (já então) se concentravam as maiores plantações de Crocus sativa: na Pérsia (actual Irão). Com a invasão árabe muitos persas abandonaram o país, disseminando a produção de açafrão onde se iam instalando. Ora o Crocus sativa precisa de Verões muito quentes e Invernos frescos e húmidos, condições que não existem na Península Arábica, a primeira no caminho dos tais emigrantes arrastados pela leva das invasões: o pessoal veio então andando, até finalmente encontrar essas condições em Marrocos e, por fim, Espanha. Até aqui, cheguei; não consegui foi perceber porque não se instalaram também pelo sul de Portugal... Talvez agora as migas à alentejana fosse amarelas e não vermelhas!

terça-feira, março 22, 2005

Moliceiros

Os moliceiros eram pintados, na proa e popa, com desenhos característicos de cores garridas, com figuras contornadas a preto, que são uma verdadeira arte popular. A temática destes desenhos era, umas vezes, humorística; outras, crítica social, recordava factos históricos ou apresentava cenas de devoção religiosa.






Fonte

Sócrates dixit

"Sem cidades não há civilização"

Já não chegava andar para aí a ameaçar com impostos, tinha que me arremedar para um canto (a mim e a todos os outros que não têm o privilégio de viver na cidade), reduzido à minha inevitável barbárie campestre...

Para Sócrates, a poluição atmosférica deve ser uma medida de civilidade e cidadania; quanto mais a respiramos, mais civilizados ficamos. No campo, o ar puro, o excesso de flores e o céu estupidamente estrelado deixam irremediavelmente o espírito embrutecido: toda a gente sabe disso...

Água: que não falte

Fórum Alternativo Mundial da Água propõe acções globais para fazer da água um bem comum e um direito humano, e sobretudo, impedir que seja negociada em acordos como o GATS

Sergio Ferrari

Genebra - Mais de 1.200 representantes de 150 organizações e movimentos dos cinco
continentes participaram do II Fórum Social Mundial Alternativo da Água (na sigla em francês, Fame), ocorrido entre os dias 17 e 20 de março último.

O exigido por todos foi que a água seja considerada património comum para a humanidade, excluída, portanto, da esfera comercial e das regras de mercado.

Como presidentes de honra do encontro, o ex-presidente português, Mário Soares, e Danielle Mitterrand. Entre os convidados especiais, Jean Ziegler, sociólogo e escritor suíço representante das Nações Unidas para o Direito à Alimentação.

Na sua declaração final, divulgada domingo, dia 20, o Fame destacou os quatro pilares sobre os quais se organizaram os eixos temáticos dos debates:
(1) o acesso à agua como direito humano inalienável;
(2) o líquido vital como bem comum;
(3) o financiamento colectivo para o acesso à água e
(4) a gestão democrática da água a todos os seus níveis.

A declaração salienta que a água não pode ser negociada em acordos comerciais -- multi ou bilaterais -- ou junto a instituições financeiras internacionais.

O Fame 2005 exige, ao nível mundial, um estatuto para a água que permita: cuidar globalmente do ciclo da água; o impedimento da sua apropriação; a garantia de uma responsabilidade colectiva sobre o líquido vital; e, finalmente, que seja assegurada a “sua gestão e controlo por uma autoridade pública fundada sobre um poder político legítimo”.

Leia o artigo completo

Leia também as outras matérias da cobertura especial de Planeta Porto Alegre sobre o tema:

Nos esgotos da Vivendi
O direito e o poder
Os donos da água

Afinal, só na Ásia, mais de 700 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável...

segunda-feira, março 21, 2005

Açafrão III


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O principal exportador de Açafrão é a Espanha. Isto não deixa de ser curioso, já que a Espanha apenas produz umas 4 ton/ano, cerca de 2% da produção mundial de açafrão! As voltas que a Economia tece... Curiosamente, a Espanha importa praticamente toda a produção do Irão (90% da produção mundial), Marrocos e Grécia; o açafrão importado é depois processado e vendido como made in Spain... A Índia é também um produtor importante, embora consuma grande parte da respectiva produção internamente.

Ainda do lagarto

Contrariando o jogo que se anuncia para logo à noite, o Lagarto de água (macho) harmoniza na perfeição o verde com o azul:

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Ainda das flores

Apesar de florirem na data marcada, a seca também afectou a natureza. Um dos sinais alarmantes vem das abelhas. Muitas flores, tradicionalmente visitadas pelas abelhas são agora ignoradas. A razão reside na falta de néctar de muitas flores este ano. Sem água, as plantas tiveram que economizar, racionando a recompensa devida aos seus polinizadores. Claro que a eficácia na polinização é mínima, já que apenas uma abelha que se engane duas vezes é que permitirá a desejada reprodução entre flores. Mas também, numa época de crise, qual será a viabilidade das novas sementinhas? Afinal, a seca toca a todos...

Açafrão II

E este é o nosso, Crocus nudiflorus (acho eu)

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Não dá para açafrão, mas alegra a vista e reconforta a alma.

Isto agora com a Primavera é mais flores e animais em época de reprodução. Na capital a malta vai ao CCB e ouve assim umas coisas mais eruditas; no campo, ele é mais aproveitar as novidades floríticas diárias. É verdade, os carvalhos e os Salgueiros começaram a renovar as suas folhas. A chuva vem mesmo a tempo para a natureza; para o homem parece que já vem tarde...

Passámos a eliminatória!

Graças a um volte-face de última hora (passaram a ser os três primeiros a ser apurados), o BSP passou a eliminatória na Blogosfera. Não sei porquê, nutro uma certa simpatia pelo Juiz árbitro. A conversa ao intervalo nos balneários produziu os seus frutos (não é por acaso que um gajo é adepto do FCP)...

É verdade, o lagarto era mesmo giro...

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Lacerta shreiberi, endémico da Península Ibérica.

Azul

No outro dia vimos este fotogénico lagarto de água, exibindo as suas cores de macho despudoradamente; estava nitidamente a termo-regular numa grande pedra das margens do Vouga, preparando-se para um dia de aventura e descoberta.

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Chegou a Primavera

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Primula vulgaris

Aparece preferencialmente nos Carvalhais de Quercus robur, em ambientes ombrívolos, mais frequente perto de linhas de água. Está agora no máximo de floração

sábado, março 19, 2005

Falta um danoninho

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Na blogosfera, a rivalidade entre facções leva a acções cada vez mais baixas. O povo saiu à rua, e armados de trinchas e de latas, coloriram e rectificaram as mensagens manipuladoras dos adversários.

Pronto, confesso que vilipendiei, adulterei e roubei a imagem da Grilinha...
Não necessariamente por esta ordem...

Mulheres ao Poder

Dez anos depois de se terem alcançado em Pequim importantes compromissos para a eliminação da discriminação contra as mulheres, as Nações Unidas reúnem de novo em Nova Iorque sobre este tema. Até 11 de Março, a igualdade entre os sexos foi objecto de discussão e análise. Um relatório já apresentado revela dados surpreendentes: o Ruanda é neste momento o primeiro país do ranking em termos de paridade parlamentar entre os géneros, com 48,8% de mulheres deputadas, relegando para segundo lugar a Suécia. Mais sete países em vias de desenvolvimento estão entre os 17 melhor classificados.

Katherine Stapp - Inter Press ServiceONU - Boletim da Latitude Zero

sexta-feira, março 18, 2005

O Açafrão I


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Esta é uma planta da espécie Crocus sativa, a planta que produz o Açafrão, a especiaria mais cara do mundo: 1kg custa cerca de 10 mil euros. Vende-se em pó ou em filamentos. Esses filamentos avermelhados são de facto os estigmas da flor desta espécie, cultivada específicamente para produção de Açafrão há milhares de anos. De facto a Crocus sativa é estéril, pelo que se não fosse o uso humano já se teria extinguido há muito tempo! Acredita-se que esta espécie tenha derivado duma prima que ocorre naturalmente em Creta, a Crocus  cartwrightianus.  O Açafrão é sobretudo usado como condimento, mas também medicinalmente e como corante natural.

quinta-feira, março 17, 2005

Ainda a votos...

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E tu? já votaste?

(a escolha do personagem foi ligeiramente aleatória; podia pôr uma carrada de políticos, mas a minha vida não é isto)

Seca: fim à vista?

A partir de Domingo (com algumas ameaças no Sábado), parece que vai chover durante uma semana (é o que dizem na BBC).

Rolhas de cortiça

Os montados (aquela floresta aberta de sobreiros/azinheiras que caracteriza a paisagem do sul de Portugal) constituem o tipo de uso do solo mais adequado para grande parte dos nossos solos pobres sujeitos a um clima de Verões quentes e secos e Invernos frios e húmidos (bom esta última parte não se verificou este ano, mas o clima é mesmo assim...). Os montados estão associados a uma exploração extensiva que é, no caso do sobreiro, largamente dependente da extracção da cortiça. Ora desde há umas décadas a esta parte que se assiste pelo Alentejo fora à morte súbita de sobreiros que deveriam ainda ter uma longa vida pela frente... Não se conhecem as causas com exactidão, embora se aponte o dedo ao enfraquecimento das árvores devido à seca, ao endurecimento do subsolo, à infecção por fungos que atacam as raízes, etc. Bom, somando a tudo isto, tem-se assistido ultimamente à quebra do valor da cortiça devido ao consumo crescente de rolhas sintéticas que substituem as tradicionais rolhas de cortiça. Esta situação pode levar ao abandono da exploração dos montados que vão deixando de ser economicamente viáveis, ou à sua conversão para usos menos sustentáveis.

A "Wine Spectator", uma conceituada revista sobre vinhos, tem neste momento online um referendo sobre a utilização de rolhas de cortiça versus rolhas sintéticas. Os argumentos pro e contra são sintetizados por dois articulistas, James Suckling (a favor da cortiça) e James Laube (diz que já lá vão os tempos da cortiça...). Vão lá então a

http://www.winespectator.com/Wine/WS/Features/Poll

dizer que concordam com o James Suckling! A rolha de cortiça a presidente!

mpf

quarta-feira, março 16, 2005

Xenofobia

Somos os quartos mais xenófobos da Europa, atrás dos Gregos, Húngaros e Austríacos:

De acordo com o relatório do Observatório Europeu dos Fenómenos Racistas e Xenófobos, 62,47 por cento dos portugueses estão contra a entrada de imigrantes, ao passo que 87,48 por cento dos gregos são resistentes à imigração. (TSF online)

Isto num país de emigrantes como o nosso... olha se os países de acolhimento dos nossos emigrantes começassem assim de repente a mandar os Portugueses para casa? Ele há coisas que me escapam...

Basta de Violência

Uma em cada três mulheres será vítima de um acto de violência durante a sua vida, segundo dados da Amnistia Internacional. Simplesmente por serem mulheres, são espancadas, violadas, mutiladas, obrigadas a casar quando e com quem não desejam, entre outros atropelos aos mais elementares direitos humanos. Contribuir para acabar com esta situação é o objectivo da campanha “Acabar com a violência sobre as mulheres” que a Amnistia Internacional lançou no dia 5 de Março e se prolongará até 2006. No site da secção portuguesa da Amnistia apresentam-se sugestões para participar nesta iniciativa.

Amnistia Internacional - Secção Portuguesa - Boletim da Latitude Zero

terça-feira, março 15, 2005

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Na blogosfera, a rivalidade entre facções leva a acções cada vez mais baixas. O povo saiu à rua, e armados de trinchas e de latas, coloriram e rectificaram as mensagens manipuladoras dos adversários.

Pronto, confesso que vilipendiei, adulterei e roubei a imagem da Grilinha...
Não necessariamente por esta ordem.

Infração

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Ultrapassagem pela direita, claramente infringindo o código da estrada...

O problema dos tabus

Se os políticos não tivessem a mania dos Tabus, Santana tinha logo dito que se não ganhasse voltava para CM de Lisboa, e de certeza que os Lisboetas alertados teriam dado uma vitória ao PSD superior à de Leiria.

Não explicam, e depois acontece o que aconteceu...

PS - Não se esqueçam que na blogosfera há uma votação a decorrer. Que desculpa é que arranjou para não votar?

Mundo Sustentável

Começou este mês a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), promovida pela UNESCO. Objectivos: valorizar o papel central da educação na procura comum do desenvolvimento sustentável; facilitar a comunicação entre os actores nesta área; criar espaços e oportunidades de promoção daquele conceito; apoiar a qualidade de ensino e de aprendizagem nesta área e capacitar pessoas, organizações e governos na educação para o desenvolvimento sustentável.

UNESCO - Boletim da Latitude Zero

Já chegaram

As andorinhas


Andorinha das chaminés (Hirundo rustica)
Clique aqui para ouvi-la

segunda-feira, março 14, 2005

Santana

Santana volta à CM de Lisboa...

Conheço muitos amiguinhos (de uma certa cidade à beira Tejo) que por estas horas devem estar arrependidos de ter contribuido para a esmagadora derrota do camarada Lopes...

Estamos a votos!

Na blogosfera:

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Lá está, publicidade agressiva...

Hora de ponta

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Pelas 18 horas, também há hora de ponta no cimo da Serra. Mas raramente há acidentes: por isso a TSF e similares não noticiam a coisa.

O Negócio do Terror

Um ano após o atentado terrorista de Madrid, vale a pena reflectir sobre as ligações entre o terrorismo e a economia globais. Graças à liberalização das transacções comerciais e financeiras desde os anos 90, os grupos terroristas forjaram novas ligações entre si e com o crime organizado, realizando investimentos por todo o mundo. A Nova Economia do Terror vale actualmente 500 biliões de dólares, ligados aos 500 biliões gerados por negócios do crime organizado e aos 500 biliões de movimentações financeiras ilegais. Bin Laden, o empresário terrorista, é o exemplo acabado deste fenómeno.

Loretta Napoleoni FRIDE - Boletim da Latitude Zero

sábado, março 12, 2005

Lisboa Social

Decorre entre 18 e 20 de Março, na Praça do Comércio, em Lisboa, a primeira Feira Social. Pretende ser um evento anual onde entidades que desenvolvem algum tipo de acção social se mostram à população. Sustentabilidade dos Projectos Sociais é o tema desta edição, que conta com uma grande diversidade de eventos, desde debates e oficinas até teatro e apresentações de dança e música. A Feira Social é organizada pela associação CAIS, pela Câmara Municipal e pelo Governo Civil de Lisboa e pelo Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas.

Feira Social - Boletim da Latitude Zero

quarta-feira, março 09, 2005

Feminismo



Consultem esta página sobre o tema: está excelente.

Rios e biodiversidade


Dytiscus Marginalis

É um coleoptero de 3 cm, feroz devorador dos pequenos rios. (para saber mais...)



Em Inglaterra, estes bichinhos são protegidos. Há um caso de uma auto-estrada desviada para proteger um charco onde se encontravam estes simpáticos animais.

Relato de um "acidente"

GIULIANA SGRENA:

El chófer había por dos veces comunicado con la embajada de Italia que ibamos hacia el aeropuerto que sabía supercontrolado por las tropas norteamericanas, faltaba menos de un kilómetro me han dicho... cuando.... sólo recuerdo fuego. En aquel momento una lluvia de fuego y proyectiles se ha abatido sobre nosotros callando para siempre las voces divertidas de pocos minutos antes.

El chófer ha empezado a gritar que eramos italianos, "somos italianos, somos italianos...", Nicola Calipari se ha tirado sobre mí para protegerme, y enseguida, repito enseguida, he sentido su última respiración que murió encima. Tenía dolor físico, no sabía por qué. Pero he tenido una fulguración, mi mente ha recordado a las palabras que los secuestradores me dijeron. Ellos declararon de estar hasta el final encargados de liberarme, pero debía estar atenta "porque los americanos que no quieren que tú vuelvas". Entonces, cuando me lo dijeron, juzgué aquellas palabras como superfluas e ideológicas. En aquel entonces para mí estaban lejos de adquirir el sabor de la más amarga de las verdades.

Leia o artigo completo em Sodepaz

Números da guerra do Iraque

Civis iraquianos mortos: entre 15.080 e 17.285

Militares iraquianos mortos (resistência): entre 4.895 e 6.370

Soldados de EUA mortos: 1380

Mortos de outras forças de ocupação: 160

Feridos norteamericanos (reconhecidos): 10502

Feridos norteamericanos (estimados): 15.000-20.000

Resistentes armados: 50.000

Apoiantes activos da Resistência: 150.000

Soldados no terreno: mais de 150.000

OGM e biológico

A produtividade de todas as variedades de soja transgénica revelou-se menor do que as convencionais recomendadas, nas pesquisas realizadas em Cruz Alta (RS) pela Fundacep. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aponta uma redução de produtividade da soja transgénica entre 5 e 11% em relação às convencionais. As quantidades de herbicidas aplicadas na soja transgénica são superiores em 86% àquelas aplicadas na soja convencional, nos Estados Unidos, após 9 anos de cultivo. Na Argentina não só o emprego do herbicida glifosato aumentou em 14% na soja transgénica, como o uso de outros herbicidas (necessário pela perda de eficiência do glifosato) cresceu 116.7% após 7 anos de cultivo. Tudo isto indica que as “vantagens” da soja transgénica evaporaram-se rapidamente, enquanto que a dependência dos agricultores relativamente aos fornecedores destas sementes é permanente. Como o mercado de sementes actualmente está fortemente concentrado, nos EUA e na Argentina não encontram sementes de variedades convencionais e os agricultores ficaram presos nesta engrenagem.

Leia o artigo completo



Independentemente da questão ético-empresarial que existe a este propósito, uma coisa é certa: os produtos biológicos, para além de serem melhores para o organismo (sem pesticidas, sem antibióticos, cultivados com águas puras, sem mutações induzidas, com mais vitaminas, sem risco de apanhar doenças maléficas) são realmente melhores.Um molho de bróculos ou uma alface biológica, têm uma qualidade 10 vezes superiores aos outros produtos não biológicos. Não é preciso mais nenhuma razão: são realmente melhores, mais saborosos, mais duradouros. Uma alface que cresceu naturalmente aguenta-se rijinha e gostosa durante mais de uma semana; uma cenoura biológica não precisa de ser raspada: lava-se e come-se, com um cheiro e sabor deliciosos. Uma costeleta de Arouquesa, criada com pastagens serranas, mete num canto qualquer carne produzida intensivamente. Se não concordam com as outra razões, pelo menos experimentem biológico, para ver se não é verdade...

terça-feira, março 08, 2005

Más justicia, menos caridad I

Nos parece una ficción que el 80% de la humanidad viva en la miseria, yaún nos creemos solidarios

Por: Rosa Regàs* El Periódico - Noviembre 15 de 2004.

La miseria, además de ser la legalización de la injusticia, es el castigo que los países ricos aplican sin ninguna mala conciencia a miles, a millones de seres inocentes. Así es este mundo nuestro. Asísomos nosotros.Desde la bonanza de la vida en estas latitudes la miseria en la queviven el 80% de los habitantes del mundo nos parece una ficción, aunque queramos tomar conciencia de la magnitud del problema, para lo cual disponemos de toda clase de informaciones, cifras, estadísticas e imágenes.

Así debe ser porque si se nos humedecen los ojos a la vista de la depauperación en la que vive un pariente o un amigo que la sociedad ha expulsado de su seno, ¿no deberíamos llorar lágrimas amargas hasta la desesperación si fuéramos de verdad conscientes no sólo con la certeza intelectual con que conocemos las profundidades del mar o el perímetrode la Tierra, de lo que supone para los 831 millones de seres humanos desnutridos que hay en el mundo, o para los 1.100 millones que viven con menos de un euro al día, la lucha diaria por una vida que de todos modos tienen perdida?

¿SE NOS ocurre pensar alguna vez que con lo que tiramos a la basura podrían vivir familias enteras de miserables, o que con el agua que desperdiciamos dejando abierto el grifo a todas horas o regando campos de golf para solaz de unos pocos, muchas mujeres que viven en zonas desérticas no tendrían que caminar varias horas para cargar con un cubo de agua con que solventar un día entero las míseras necesidades del consumo familiar? Sí, ya sé, se me dirá que estoy haciendo demagogia, pero no es cierto, lo único que hago es poner dos ejemplos que marcan las más profundas diferencias en el cumplimiento de las necesidades vitales entre los que tenemos un nivel de vida aceptable y la mayoría delos humanos, los miserables.

Y sin embargo somos muchos los que nos consideramos solidarios. ¿En qué consiste pues nuestra solidaridad? Las instancias superiores que tienen como misión velar por el bien de todos los ciudadanos, intentan hacernos tomar conciencia del problema con mil recordatorios y celebraciones del día de la pobreza, de la vacunación, de la desigualdad. Un día más paranosotros, que justificamos nuestra falta de sensibilidad por la magnitudde las múltiples carencias que tiene el mundo que se nos cuentan cada día y damos la situación por hecha, o por perdida, porque nos parece, y con razón, que una limosna se pierde en el marasmo del dolor del mundo.

Otra cosa es nuestra reacción frente a un desastre natural --terremotos, inundaciones, desmoronamientos de tierras o de edificios-- cuyas imágenes en la televisión conmueven nuestra sensibilidad y enviamos una aportación a una cuenta bancaria cuyo número viene en la pantalla. O colaboramos con una ONG que se ha movilizado para asistir en la medidade sus posibilidades a los supervivientes. O nos apuntamos como voluntarios a una asociación cuyos miembros se trasladan al lugar deldesastre y le ofrecemos nuestro tiempo y nuestro trabajo (continua)

*Rosa Regàs es escritora y directora de la Biblioteca Nacional

Más justicia, menos caridad II

Nos parece una ficción que el 80% de la humanidad viva en la miseria, y aún nos creemos solidarios

Por: Rosa Regàs*El Periódico - Noviembre 15 de 2004.

Pero la miseria la consideramos endémica e irremediable hasta el puntode vivir con ella como un mal inevitable. La miseria de los países menosdesarrollados, es cierto, pero también la de los nuestros, los llamadospaíses ricos, que mantienen una población que vive por debajo del nivelde la pobreza. Es inevitable, nos decimos, son perezosos, no quieren trabajar, les falta imaginación o se han dado a la droga o a la delincuencia. Pero al fin, pobres son también como los de Guinea Bissau, Burundi, Malí, Níger o Sierra Leona. No olvidemos que, según un estudio realizado por la OCDE, España tiene un índice de pobreza del 11%, y en EEUU la cifra alcanza el 15,8%, tanto más vergonzoso por cobijar también fortunas inmorales tan desmesuradas que con ellas podrían arreglarse deuna vez las miserables economías de unos cuantos países pobres.

SÍ, TODO LO QUE hacemos está bien, no digo que no. Pero no se trata de caridad sino de justicia. Es la aplicación de la justicia la que ha desolucionar los problemas de la miseria del planeta que ahora, en lugar de disminuir, como dicen los que defienden las políticas neoliberalesque hoy invaden el mundo, va en aumento. Pero cuando se habla de justicia ya no pensamos en los miserables ni nos abocamos a la solidaridad. ¿Acaso no protestamos cuando nuestros ministros y ministras no consiguen que la Unión Europea imponga a los productos que nos pueden hacer la competencia unos aranceles tan elevados como para que ni Sudán pueda entrar cacao, ni Argentina carne, ni Colombia café? Y al mismo tiempo defendemos, como hacen los neoconservadores, una globalización que sólo lo es para los que disponen de los elementos para llevarla a cabo en beneficio propio. ¿De qué globalización podemos hablar a los países pobres que carecen de los sistemas financieros y de las nuevas tecnologías que les permitirían transacciones en tiempo real de un país a otro, especulaciones financieras como las que hacemos nosotros?

¿De una globalización ! quenos les autoriza a montar sus negocios en otros países, ni su residencia, ni vender sus productos, cuando nosotros podemos instalarnos de por vida donde y cuando queramos? La miseria es la legalización de la injusticia entre países y entre individuos y los ciudadanos nos escudamos en que no comprendemos esos procesos económicos de los que nace la injusticia planetaria, aunque sí entendemos que un país no crezca por el aumento del precio del petróleo.

En cualquier caso no hemos sido los ciudadanos sino el Gobierno socialista el que ha aumentado el gasto en cooperación hacia el 0,7 delPIB, en lo cual se acerca a una justicia que tantas iglesias, tantasmorales trasnochadas y tantos países quieren sustituir por la caridad. ¿Cómo negar que nos deja indiferente la pobreza que nos rodea, si aceptamos los bloqueos económicos sabiendo que sólo empobrecen a la población y no a los líderes que se pretende castigar? ¿No es así en los casos de Cuba y de Irak, castigados por no ser democráticos mientras se da estatuto preferencial a las relaciones económicas con China, cuyaf alta de democracia y libertad y cuya aplicación de la pena de muerte por delitos políticos no parecen impresionar a nadie?

*Rosa Regàs es escritora y directora de la Biblioteca Nacional

FSP

Fórum Social Português

Este ano será apenas um dia, temático (resistências e alternativas).

Dia 14 de Maio em Évora

segunda-feira, março 07, 2005

Dica útil

Este motor de busca, Ixquic MetaBusca, permite procurar imagens, MP3 ou notícias. Muito útil, para quem precisa de ilustrar ideias. Boas imagens!

Mulheres-tabu

Numa entrevista recente, Hilary Swank, protagonista do filme "Million Dollar Baby", afirmava: "As pessoas dizem-me que não faço papéis femininos. Mas para mim, Maggie é verdadeiramente feminina. Só que também é uma pugilista. Tudo depende da nossa definição de feminino. Eu diria que vem da força. Vem de sabermos o que queremos. Vem de nos sentirmos confortáveis no nosso próprio corpo. Acho que isso é bonito." (Diário de Notícias, 27/Fev/2005).

São muitas as mulheres de que se fala pouco. São as mulheres-tabu, cujos corpos e identidades ficam ausentes das celebrações públicas pelos direitos que, não obstante, são também os delas.Ao comemorar mais um Dia Internacional dos Direitos das Mulheres importa lembrar estas outras mulheres, que não são entrevistadas, não correspondem à beleza padronizada, não são líderes, não são mães, nem empresárias de sucesso.

As mulheres-tabu não encaixam facilmente no perfil daquelas de quem se ouve falar num dia como este. O que representa falar de direitos das mulheres para a L., prostituta de rua, 23 anos, de pernas expostas ao frio de mais uma tarde na Estrada da Leirosa, entre camiões e carros e com reduzidas condições de higiene? E o que dizer de Z., 53 anos de engomar, lavar, cozinhar e limpar naquela urgência desenfreada de assegurar um lar perfeito para um marido que já não regressa? Poderá o 8 de Março evitar as insinuações sobre P., 16 anos, de cada vez que decide jogar futebol com os vizinhos do bairro, revelando o seu corpo musculado e robusto? Onde ficam os direitos de M., com uma gravidez que não deseja, por motivos que são seus, e sem saber como minimizar os riscos de ser maltratada, magoada, explorada e ainda julgada pelos tribunais do seu país? E, finalmente, como pensarão este tema a S. e a R., um casal lésbico que planeia ter uma criança, mas cujas leis insistem em classificar a sua família como não-existente, falhando em reconhecer e proteger novos modelos familiares?

Para as mulheres-tabu os dias passam iguais.
As celebrações existem para aliviar o peso de quem, tendo poder para mudar situações incómodas, fracassa na vontade e na coragem. Mas as celebrações, por outro lado, também catalizam indignação e mobilizam iniciativas, como o lançamento de uma nova campanha ou a realização de uma acção de sensibilização numa escola. Aponta-se o dedo a situações insustentáveis. Fala-se de violência doméstica, do 'gap' salarial, das operárias despedidas, do assédio sexual, da discriminação no emprego. Alerta-se para a urgência da igualdade de oportunidades entre mulheres e homens. Cada vez mais importa sublinhar uma urgência paralela, a da igualdade de direitos entre mulheres, respeitando todas as diferenças individuais. As celebrações, quer sejam em filmes ou através de dias temáticos, servem para que, por um dia, se entreabram as portas cerradas por sistema. E por esse vislumbre, nesse instante de alternativa percebe-se que poderia ser assim muitas vezes, muitos dias, muitos meses. Até que nã o fossem necessários dias nenhuns, porque as mulheres-tabu seriam aceites pelos seus corpos, pelas suas escolhas, a cada passo.

Ana Cristina Santos, Socióloga - Diário de Coimbra, 7 de Março de 2005
Universidade de Coimbra
Não Te Prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais

Tempo de narcisos



Nascissus asturiensis (Anexo II da Directiva habitats), observado há 2 dias. Espécie endémica da Península, presente no Noroeste Peninsular.

A Primavera

... está a chegar!



Coenagrion hastulatum pousado em Myosotis sp.

domingo, março 06, 2005

Mascotes originais

Vejam bem o que encontrei durante as minhas buscas ao cágado.
Os clubes desportivos gostam de se fazer representar por animais bem conhecidos pela sua força, astucia ou nobreza. A ÁGUIA do Sport Lisboa e Benfica, o LEÃO do Sporting Clube de Portugal, o DRAGÃO do Futebol Clube do Porto e ... o CÁGADO do Grupo Desportivo de São Manços (ver foto)! Obviamente no alentejo.

Pedro Segurado

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sábado, março 05, 2005

Delgado diz que o FCP está melhor



Delgado diz que o FCP está muito melhor este ano

Após aprovação da venda da Lusomundo à Olvedesportos, Luís Delgado comentou que as saídas de Mourinho, Deco, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira pouco se fizeram sentir na equipa do Futebol Clube do Porto. José Couceiro, objectivamente, talvez seja o melhor treinador do mundo e a saída de Mourinho para o Chelsea terá sido um grave erro de estratégia pessoal.

O comentador e administrador da Lusomundo afirma estar convicto de que a SAD portista aproveitou a oportunidade aberta com a saída de Mourinho para impingir alguns dos seus piores jogadores ao Chelsea. Luís Delgado não tem dúvidas em afirmar que o FCP está bastante mais forte este ano, que a estratégia de mudança de treinadores revela grande dinamismo e lembra a grande ascensão da equipa ao longo da época, que começou o campeonato sem um único ponto e por esta altura já acumula 42.


tirado do Inimigo Público

ADIBER

A Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra - Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua - é uma associação de desenvolvimento local (ADL), fundada em Outubro de 1994, que pretende dinamizar iniciativas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das populações locais. A formação profissional; a defesa do património histórico e arquitectónico e a valorização dos produtos locais de qualidade e do potencial turístico da região – são algumas das áreas onde a ADIBER se tem notabilizado, num esforço premiado com o estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.

Outras Organizações - Boletim da Latitude Zero

sexta-feira, março 04, 2005

O Sherman anda por aí...









Tira tirada da Comida na Pedra, do post intitulado "Como compreender as mulheres". Não fica de mais repetir que defendo com toda a convicção a substituição do Calvin no Público (já conheço as tiras toda de cor há mais de 10 anos) pelo Sherman, este simpático tubarão, seus familiares e amigos, que me conquistou aqui há uns anitos assim de repente...

Monstros?



Foto tirada do sítio matemático-naturalista K59, que tem esta curiosa introdução:

Ésta es una página personal. Está hecha de espaldas al mundo, sin consideración alguna a la cuestión de si le interesa a alguien o no. Le recomiendo encarecidamente que pase de largo y ocupe su tiempo en algo mejor. Con toda probabilidad no encontrará aquí nada de su interés.

Detrás del nombre de K59 se encuentra una persona gris y anodina, circunstancia que se ha querido reflejar utilizando el fondo gris.

Ilhas Vulneráveis

A vulnerabilidade a desastres naturais e face aos causados pela acção do Homem é um dos vários factores que têm vindo a ameaçar o desenvolvimento dos pequenos estados insulares do mundo. Outros motivos são a poluição e as descargas dos barcos nas Caraíbas, a pesca descontrolada no Pacífico e a falta de água potável noutras zonas. Estas são as principais conclusões de um estudo realizado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas realizado pouco tempo antes do tsunami de Dezembro de 2004. Este estudo irá ser uma fonte preciosa de informação para a reconstrução das pequenas ilhas do Oceano Índico assoladas pelas ondas gigantes.

Programa Ambiental da ONU - Boletim da Latitude Zero

quinta-feira, março 03, 2005

Nota de campo



Apesar da seca, o Narcissus triandrus está completamente em flor. Nos matos acidófilos, junto a grandes afloramentos de granito, vi hoje uma população. São razoavelmente frequentes, e florescem a partir de Fevereiro. Surpreendeu-me vê-los esplendorosamente floridos apesar das temperaturas gélidas dos últimos dias. Lá está, a natureza está muito melhor preparada para estes imprevistos que o Homem...

Padres Y Maestros

Quando era mais novo, havia lá por casa uma revista escrita à máquina chamada "Padres Y Maestros". Na minha tenra cabeça infantil, aquilo fazia-me uma grande confusão, já que dificilmente a intersecção entre a Igreja Católica e o diminuto grupo dos detentores da batuta mágica (capaz de comandar dezenas e dezenas de músicos em perfeita harmonia) daria matéria suficiente para fazer uma revista mensal (se ainda fosse "Padres ou Maestros", talvez a coisa fosse mais credível).

Por isso esta revista ficou gravada no meu imaginário surreal durante anos a fio, imaginando versões evoluídas do Frei Hemano da Câmara (que nunca foi maestro e nem sequer era padre) ou do contemporânio Padre Borga (que de certeza que gostava de um dia vir a ser maestro), especulando que nos tempos de antanho, quando o saber estava na mão da Igreja, até deve ter havido uns quantos padres que também deram maestros razoáveis. Mas nos dias de hoje, este curioso grupo de pessoas tinha uma revista, o que para mim seria o mesmo que existir uma revista sobre "Cirugiões e Queijeiros".

Mas o meu maior assombro era perceber porque é que alguém lá em casa se interessava por aquela revista. É que nenhum membro do núcleo familiar era padre e muito menos maestro. Essa foi também a razão para o começo das suspeitas: por isso, ao folhear a revista e já compreendendo a mecânica da leitura, descobri que a coisa queria dizer "Pais e Professores". E ainda dizem que é fácil de perceber Espanhol...

Lembrei-me disto a propósito do Blog Pais & Filhos e dos seus excelentes posts sobre o Padre Serras Pereira (Pais & Filhos + Padre = Padres y Maestros, na minha mente tortuosa).

Os jagunços do general

O testemunho de um ex-comandante paramilitar traz à baila a história criminosa e sangrenta do exército mexicano, que organizava e conduzia milícias assassinas contra o povo e os zapatistas
Juan Balboa, La Jornada

O testemunho de um ex-comandante do grupo paramilitar Paz e Justiça confirma que o Exército Mexicano planeou, organizou e apoiou, a partir da ofensiva contra o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) de 9 de fevereiro de 1995, grupos paramilitares em três regiões fundamentais de Chiapas: altos, selva e norte. O seu objectivo, segundo uma testemunha, era romper as relações que existiam entre a população e os zapatistas.

Em testemunho gravado e documentado pelo Centro de Direitos Humanos Fray Bartolomé das Casas (CDHFBC) – a testemunha, que se identifica como PyJ e para quem a Comissão Interamericana de Direitos Humanos solicitou medidas cautelares – confirmou a participação directa no apoio aos paramilitares do então comandante da sétima Região Militar, com base em Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, general Mario Renán Castillo.

O ex-comandante dos paramilitares narra passagens de assassinatos de simpatizantes zapatistas; explica detalhes do nascimento de Paz e Justiça; recorda as reuniões secretas entre esse grupo e funcionários do então governador Julio César Ruiz Ferro, e confirma a intervenção do grupo paramilitar na emboscada que sofreram o bispo Samuel Ruiz García e seu co-assistente Raúl Vera López em 4 de novembro de 1997.

Os grupos paramilitares, em Chiapas, deixaram um rastro de violência e morte que, de acordo com o CDHFBC, provocou o despejo de cerca de 12 mil pessoas e o assassinato ou desaparecimento de 122, a maioria delas indígenas.

As ações de Paz e Justiça começaram em 1995, constituindo-se numa política deliberada de Estado para cometer ataques generalizados e sistemáticos contra a população civil, entre assassinatos, transferência forçada de habitantes, privação grave da liberdade física, tortura, perseguição e desaparecimento forçado de pessoas por meio da criação, financiamento, adestramento e encobrimento de grupos paramilitares.

Outras Palavras (leia este artigo até ao fim)

Nova Deli Irrespirável

A poluição atmosférica na capital Indiana, Nova Deli, é de tal modo elevada que dois em cada cinco dos seus 14 milhões de habitantes sofrem de problemas pulmonares. Também se tem observado um aumento dos problemas de fígado, sangue e sistema imunitário. Os índices de poluição nesta cidade mantêm-se elevados mesmo apesar de, em Novembro de 2000, o Supremo Tribunal indiano ter ordenado ao governo que forçasse a retirada das unidades industriais para fora da cidade.

Associated Press - ENN - Boletim da Latitude Zero

quarta-feira, março 02, 2005

Serviço Público

Para os descentralizados que rapam frio à séria, umas sugestões: (1) antes de se irem deitar, fechar a água no contador para evitar que esta gele nos canos; (2) não deixar o travão de mão mas sim uma mudança engatada, para que o carro não deslize alegremente pela ribanceira abaixo; (3) rezem aos santinhos todos para que o vento não sopre demasiado e para que a santa eltricidade não falte. Boa noite.

Morre o fundador da Amnistia Internacional



Peter Benenson, o fundador da Amnistia Internacional, faleceu em 25 de fevereiro, aos 83 anos. Este advogado, que fundou a Amnistia Internacional em 1961, começou tudo ao ler um jornal no metro de Londres sobre dois estudantes portugueses que foram condenados a sete anos de prisão por levantar seus copos para brindar pela liberdade. Ficou indignado e pensou no que se poderia fazer para mobilizar efectivamente a opinião mundial. Era necessário pensar num grupo mais numeroso de pessoas que aproveitasse o entusiasmo do povo de todo o mundo que ansiava por um maior respeito pelos direitos humanos. Em poucos meses lançou o seu “Chamamento em favor da amnistia” com um artigo que foi publicado na primeira página do jornal periódico The Observer.

Nunca se tinha tentado fazer algo semenhante a grande escala. A resposta foi avassaladora, como se o mundo estivesse à espera de um sinal. Os jornais de mais de uma dezena de países publicaram o chamamento. Durante os primeiros seis meses chegou uma avalanche de mais de um milhão de cartas. E as sacas de correios dos chefes de Estado do mundo mudaram para sempre.

A ideia de Benenson era tão simples, que o advogado rejeitou a publicidade em torno da sua pessoa durante toda a sua vida. Qualificada por um de seus críticos como “uma das maiores loucuras de nosso tempo”, criou-se uma rede de escritores de cartas destinada a bombardear os governos com chamamentos individuais em favor de presos encarcerados e maltratados em violação da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Numa época de engrandecimento pessoal, a modéstia de Peter Benenson era quase difícil de compreender. Nunca saltou para o primeiro plano para receber os numerosos elogios e galanteios que fizeram sobre a Amnistia Internacional, conhecida universalmente pelo seu logotipo de uma vela rodeada de arame farpado. Ele tinha sempre a atenção centrada no que ainda não se havia podido conseguir e nas inúmeras vítimas que ainda havia por resgatar. “A vela não arde por nós – declarou -, mas por todos aqueles que não conseguimos tirar da prisão, que foram abatidos a caminho da prisão, que foram torturados, que foram sequestrados ou vítimas de ‘desaparecimentos’. Para isso existe a vela.”

Fonte: Adital

Ambiente é Riqueza

No Quénia, durante uma conferência internacional sobre o Projecto do Milénio da ONU, focou-se o papel fundamental do ambiente na luta contra a pobreza, as doenças e a fome. Um montante considerável de dados científicos aponta para o facto de a degradação ambiental - a erosão de diversidade genética, a perda de espécies e a degradação de ecossistemas - ser a causa directa dos muitos problemas de hoje, como pobreza, saúde pública, fome, novas doenças e migração rural.

Programa Ambiental da ONU - Boletim da Latitude Zero

terça-feira, março 01, 2005

- 9º e 150 Km/hora, chiça!

O pessoal urbano fala do frio, que é muito, que isto e que aquilo. No Portugal profundo, o vento acaba com a eletricidade (os fios batem nas árvores e os postes caiem com o vento - grande qualidade de instalações - 32 horas depois a EDP continua sem saber quando é que a coisa fica amanhada), o frio gela a água nos canos e rebenta com os contadores, aldeias serranas ficam sem água sem eletricidade e sem telefone, enfim, entre os pais de raparigas com menos de 33 dias de idade, sem água e sem aquecimento em casa, o pânico instala-se. Estão a ver, a sorte que têm em viver em grandes centros urbanos? quer dizer, têm que respirar poluição constantemente e raramente vêm estrelas, demoram eternidades para chegar ao trabalho e pagam um balúrdio pela casa, pela paparoca e outros assessórios, mas os serviços funcionam ligeiramente melhor.

No resto de Portugal (que não é paisagem mas tem realmente umas paisagens de encher o peito) os serviços deste nosso monopólio deixam muito a desejar: há empresas que ficam uma semana sem poder funcionar, há aldeias que ficam às escuras dias a fio, há erros da EDP que implicam casas a arder e tudo o que trabalha a eletricidade ficar queimado, e estes senhores nada, como se não tivessem responsabilidade nenhuma...

Por estas e por outras (resmas de outras) espero que o senhor que se segue não se esqueça da regionalização na gaveta... Ao menos agora ia ao Governo regional chamar à responsabilidade algum fulano e com um bocadinho de sorte ter a oportunidade de partir os dentes a alguém (isto do instinto paternal é uma coisa um bocado brutal; desculpem lá, mas se a Olívia apanhar alguma coisa pá, só apetece é partir as perninhas a algum irresponsável que acha que as Aldeias podem ficar para depois).

PS - gostava de ver se a EDP deixava os senhores de uma certa Assembleia da Republica dias a fio sem eletricidade...

SIDA e Maternidade

No Brasil, a GAPA (Grupo de Apoio à Prevenção do AIDS) publicou um Manifesto de Repúdio ao projecto-lei 9393104 do PDT, que propõe a laqueação gratuita das trompas para grávidas seropositivas que assim o desejem. Segundo José Carlos Veloso, director do grupo, esse projecto é preconceituoso pois não parte do princípio básico de que a mulher seropositiva tem direito à maternidade. Além disso, difunde a ideia de que as grávidas seropositivas estão a propagar a doença, o que se torna ainda mais grave pelo facto de fazer esquecer os cuidados pré e pós-natais (que asseguram em 95% dos casos a não transmissão do vírus ao bebé).

Mariana Loiola - Revista Para o Terceiro Sector - Boletim da Latitude Zero

Protecção da água

ONDE COLOCAR O ÓLEO DE FRITAR LÁ DE CASA

Estou a ver que também o deita na sanita da sua casa de banho ou talvez, no seu lava loiças, certo?

Este é um dos maiores erros que podemos cometer!

E porque o fazemos? Porque infelizmente ninguém nos diz como o fazer ...ou não nos informamos.

Sendo assim, o melhor que tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico (por exemplo,as garrafas pet de refrigerantes), fecha-las e coloca-las no lixo normal (ou seja, o doméstico/orgânico).
Todo lixo orgânico que colocamos no sacos vai para um local onde são abertos e triados. Assim, as nossas garrafinhas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem juntamente com os esgotos para uma ETAR - Estação de Tr atamento de Águas Residuais, e ser necessário dispender milhares de Euros a mais para o seu tratamento.

UM LITRO DE ÓLEO CONTAMINA CERCA DE 1 MILHÃO DE LITROS DE ÁGUA (o equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos)
De nada adianta criticar os responsáveis pela poluição das baías e rios se não fizermos a nossa parte.

VAMOS COLABORAR!