O pessoal urbano fala do frio, que é muito, que isto e que aquilo. No Portugal profundo, o vento acaba com a eletricidade (os fios batem nas árvores e os postes caiem com o vento - grande qualidade de instalações - 32 horas depois a EDP continua sem saber quando é que a coisa fica amanhada), o frio gela a água nos canos e rebenta com os contadores, aldeias serranas ficam sem água sem eletricidade e sem telefone, enfim, entre os pais de raparigas com menos de 33 dias de idade, sem água e sem aquecimento em casa, o pânico instala-se. Estão a ver, a sorte que têm em viver em grandes centros urbanos? quer dizer, têm que respirar poluição constantemente e raramente vêm estrelas, demoram eternidades para chegar ao trabalho e pagam um balúrdio pela casa, pela paparoca e outros assessórios, mas os serviços funcionam ligeiramente melhor.
No resto de Portugal (que não é paisagem mas tem realmente umas paisagens de encher o peito) os serviços deste nosso monopólio deixam muito a desejar: há empresas que ficam uma semana sem poder funcionar, há aldeias que ficam às escuras dias a fio, há erros da EDP que implicam casas a arder e tudo o que trabalha a eletricidade ficar queimado, e estes senhores nada, como se não tivessem responsabilidade nenhuma...
Por estas e por outras (resmas de outras) espero que o senhor que se segue não se esqueça da regionalização na gaveta... Ao menos agora ia ao Governo regional chamar à responsabilidade algum fulano e com um bocadinho de sorte ter a oportunidade de partir os dentes a alguém (isto do instinto paternal é uma coisa um bocado brutal; desculpem lá, mas se a Olívia apanhar alguma coisa pá, só apetece é partir as perninhas a algum irresponsável que acha que as Aldeias podem ficar para depois).
PS - gostava de ver se a EDP deixava os senhores de uma certa Assembleia da Republica dias a fio sem eletricidade...
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