Fórum Social Europeu, OMC e Manif Internacional contra a Guerra
Nota de APP: Informação divulgada na lista da ATTAC Portugal
Junto envio, a convocação de um conjunto de reuniões sobre o Fórum Social
Europeu, OMC e Manif Internacional contra a Guerra. Estas convocações fazem
parte das conclusões da última reunião da Ler Devagar, realizada a 27 de
Agosto.
A Cristina Marinho fez o apanhado das convocatórias.
Nuno Ramos de Almeida (ATTAC Portugal)
REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DA CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO FÓRUM SOCIAL EUROPEU E DA MANIFESTAÇÃO CONTRA A GUERRA.
Vai realizar-se no dia 1 de Setembro, próxima segunda-feira, às 19h00,
na livraria Ler Devagar (R. de S. Boaventura, 115-119, Bairro Alto, Lisboa), a primeira reunião aberta de preparação da campanha de divulgação do FSE (12 a 15 de Novembro em Paris) e da Manifestação Internacional contra a Ocupação do Iraque, agendada para 27 de Setembro.
Esta reunião está aberta a todas as pessoas que queiram participar com
ideias para a elaboração de folhetos informativos para a divulgação do Fórum
Social Europeu1 e da Manifestação contra a Guerra agendada para 27 de
Setembro2.
1- Esta iniciativa de divulgação, em Portugal, do FSE, faz parte de um
conjunto de actividades que se foram definindo a partir do encontro
³Globalizar a resistência: rumo ao Fórum Social Europeu², realizado na
livraria Ler Devagar, a 12 de Julho, onde um conjunto de pessoas e
organizações decidiram preparar a participação portuguesa no Fórum Social
Europeu.
2- Foi decidido na reunião de 27 de Agosto que a ATTAC vai, juntamente com
todas as pessoas e organizações interessadas, participar na preparação de
uma Manifestação Internacional contra a Guerra agendada para 27 de Setembro.
REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DE UMA ACÇÃO SOBRE A PRÓXIMA CONFERÊNCIA MINISTERIAL DA OMC EM CANCÚN E DA MANIFESTAÇÃO INTERNACIONAL CONTRA A GUERRA AGENDADA PARA 27 DE SETEMBRO.
Vai realizar-se no dia 2 de Setembro, às 19h00, a primeira reunião
aberta de preparação de uma Acção sobre a Conferência ministerial da OMC que
se realiza em Cancún (de 10 a 14 de Setembro), assim como um conjunto de
iniciativas pré-preparação da Manifestação contra a Guerra agendada para 27
de Setembro. O ponto de encontro é no Agito (Rua da Rosa, 261, Bairro Alto, Lisboa).
Esta reunião aberta conta com a presença de todas as pessoas que queiram
participar na preparação destas duas iniciativas. Na reunião de 27 de Agosto
foram já lançadas algumas ideias para a preparação da Acção sobre a
Conferência Ministerial da OMC, mais especificamente, foi referida a
elaboração de uma possível acção em conjunto com as pessoas do Comércio
Justo e/ou a elaboração de um folheto de divulgação sobre a OMC. Para este
último ponto seria importante que algum do trabalho que a ATTAC desenvolveu
para a Oficina do Fórum Social Português sobre "AGCS, Serviços Públicos e
direitos dos cidadãos" pudesse ser aproveitado para esta iniciativa.
Em relação à pré-preparação da Manifestação contra a Guerra, neste
momento, há já duas pessoas empenhadas na divulgação da reunião do dia 8 de
Setembro (ver abaixo).
REUNIÃO ABERTA DA ATTAC NA LER DEVAGAR.
Vai realizar-se no dia 3 de Setembro, próxima quarta-feira, às 19h00, na
livraria Ler Devagar (R. de S. Boaventura, 115-119, Bairro Alto, Lisboa) uma
reunião aberta para fazer o ponto da situação das reuniões dos dias 1 e 2 de
Setembro, e não só. Contamos com a presença de todas as pessoas que estejam
interessadas em participar nas actividades agendadas nas reuniões de 1 e 2
de Setembro e/ou interessadas em apresentar novas propostas de actividades.
REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO CONTRA A GUERRA AGENDADA PARA 27 DE SETEMBRO.
Vai realizar-se no dia 8 de Setembro, segunda-feira, às 19h00, na sede
da ATTAC (Rua da Rosa, 277, 1º andar, Bairro Alto, Lisboa), uma reunião de preparação da Manifestação contra a Guerra agendada para 27 de Setembro.
Esta reunião está aberta a todas as pessoas e associações interessadas na
preparação desta Manifestação contra a Guerra!
Se acreditares e participares... "UM OUTRO MUNDO É POSSIVEL"
Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
domingo, agosto 31, 2003
terça-feira, agosto 26, 2003
Direito, Família, Género e Estupidez
Com estes juristas, o Estado de Direito é mesmo outra coisa!
Barros Monteiro, Curso de Direito Civil
(Volume 2, Direito de Família, pagina 117):
Entretanto, do ponto de vista puramente psicológico, torna-se sem dúvida
mais grave o adultério da mulher. Quase sempre, a infidelidade no homem é
fruto de capricho passageiro ou de um desejo momentâneo. O seu deslize não
afecta de modo algum o amor pela mulher.
O adultério desta, ao revés, vem demonstrar que se acham definitivamente
rotos os laços afectivos que a prendiam ao marido e irremediavelmente
comprometida a estabelecida do lar. Para o homem, escreve Somersen Maugham,
uma ligação passageira não tem significação sentimental ao passo que para a
mulher tem.
Além disso, os filhos adulterinos que a mulher venha a ter ficarão
necessariamente ao cargo do marido, o que agrava a IMORALIDADE, enquanto os
do marido com a amante jamais estarão sob os cuidados da esposa. Por outras
palavras, o adultério da mulher transfere para o marido o encargo de
alimentar prole alheia, ao passo que não terá essa consequência o adultério
do marido.
Por isso, a sociedade encara de modo mais severo o adultério da primeira.
IM
Com estes juristas, o Estado de Direito é mesmo outra coisa!
Barros Monteiro, Curso de Direito Civil
(Volume 2, Direito de Família, pagina 117):
Entretanto, do ponto de vista puramente psicológico, torna-se sem dúvida
mais grave o adultério da mulher. Quase sempre, a infidelidade no homem é
fruto de capricho passageiro ou de um desejo momentâneo. O seu deslize não
afecta de modo algum o amor pela mulher.
O adultério desta, ao revés, vem demonstrar que se acham definitivamente
rotos os laços afectivos que a prendiam ao marido e irremediavelmente
comprometida a estabelecida do lar. Para o homem, escreve Somersen Maugham,
uma ligação passageira não tem significação sentimental ao passo que para a
mulher tem.
Além disso, os filhos adulterinos que a mulher venha a ter ficarão
necessariamente ao cargo do marido, o que agrava a IMORALIDADE, enquanto os
do marido com a amante jamais estarão sob os cuidados da esposa. Por outras
palavras, o adultério da mulher transfere para o marido o encargo de
alimentar prole alheia, ao passo que não terá essa consequência o adultério
do marido.
Por isso, a sociedade encara de modo mais severo o adultério da primeira.
IM
COMÉRCIO JUSTO - POR FAVOR FAÇAM CIRCULAR...
...e já agora inscrevam-se para receber regularmente notícias e apelos.
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countries due to unfair trade rules. Bono and Kofi Annan
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world-wide. They still need your support and that of your
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message to our leaders that unfair trade is inexcusable.
http://www.maketradefair.com/go/join/?s=299804n
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IM
A Globalização de George Soros
Vale a pena ler pelo menos partes do livro "Globalização", de George Soros, recentemente editado em versão portuguesa (algumas partes do livro são deveras técnicas e difíceis de entender por não-especialistas) (como de costume, será provavelmente melhor ler a versão original em inglês, porque a tradução, embora aceitável, sofre de deficiências). O autor é um judeu húngaro que emigrou há muito tempo para os EUA, onde fez furor e ganhou rios de massa como especulador financeiro. Apesar desta profissão eventualmente menos recomendável, é também uma pessoa com grandes preocupações com causas sociais e que tem gastado muito do seu dinheirinho a ajudar -- ou seja, põe a carteira do mesmo lado que o coração, o que nem toda a gente faz. Além disso, tem um conhe cimento aprofundado daquilo de que fala, o que também é bom.
O livro é interessante porque o autor não é "one-sided" faz críticas a todas as partes, e reconhece razão a todas elas. Em relação à OMC, diz que é uma coisa excelente, e que ainda bem que existe -- o comércio internacional é bom, cria riqueza, e tem que ser regulado, para que se eliminem (e não se criem) protecionismos. Portanto, critica os anti-globalizadores por atacarem a OMC. Diz que o que é preciso é mais instituições globais, e com a mesma força da OMC -- organizações que defendam eficazmente os direitos humanos, os direitos dos trabalhadores, a justiça, e o ambiente. Não é encargo da OMC, diz ele, defender esses valores, nem a OMC pode ter a "expertise" para isso. Mas reconhece que os críticos da OMC têm razão quando dizem que a globalização está a passar por cima desses valores. Por outro lado, critica os anti-globalizadores por serem muito tolerantes para com os maus Estados. Na sua visão anti-globalizadora esquecem-se de que muitos Estados individuais têm um sistema de justiça fraco e corrupto, oprimem os seus cidadãos, não permitem a liberdade política. E esses valores têm que ser desenvolvidos, o que só pode ser feito através de uma limitação da soberania individual dos Estados. Em suma, é um livro muito recomendável para quem queira pensar muitos lados de uma questão -- na melhor tradição judia, diria eu.
Luís Lavoura
Vale a pena ler pelo menos partes do livro "Globalização", de George Soros, recentemente editado em versão portuguesa (algumas partes do livro são deveras técnicas e difíceis de entender por não-especialistas) (como de costume, será provavelmente melhor ler a versão original em inglês, porque a tradução, embora aceitável, sofre de deficiências). O autor é um judeu húngaro que emigrou há muito tempo para os EUA, onde fez furor e ganhou rios de massa como especulador financeiro. Apesar desta profissão eventualmente menos recomendável, é também uma pessoa com grandes preocupações com causas sociais e que tem gastado muito do seu dinheirinho a ajudar -- ou seja, põe a carteira do mesmo lado que o coração, o que nem toda a gente faz. Além disso, tem um conhe cimento aprofundado daquilo de que fala, o que também é bom.
O livro é interessante porque o autor não é "one-sided" faz críticas a todas as partes, e reconhece razão a todas elas. Em relação à OMC, diz que é uma coisa excelente, e que ainda bem que existe -- o comércio internacional é bom, cria riqueza, e tem que ser regulado, para que se eliminem (e não se criem) protecionismos. Portanto, critica os anti-globalizadores por atacarem a OMC. Diz que o que é preciso é mais instituições globais, e com a mesma força da OMC -- organizações que defendam eficazmente os direitos humanos, os direitos dos trabalhadores, a justiça, e o ambiente. Não é encargo da OMC, diz ele, defender esses valores, nem a OMC pode ter a "expertise" para isso. Mas reconhece que os críticos da OMC têm razão quando dizem que a globalização está a passar por cima desses valores. Por outro lado, critica os anti-globalizadores por serem muito tolerantes para com os maus Estados. Na sua visão anti-globalizadora esquecem-se de que muitos Estados individuais têm um sistema de justiça fraco e corrupto, oprimem os seus cidadãos, não permitem a liberdade política. E esses valores têm que ser desenvolvidos, o que só pode ser feito através de uma limitação da soberania individual dos Estados. Em suma, é um livro muito recomendável para quem queira pensar muitos lados de uma questão -- na melhor tradição judia, diria eu.
Luís Lavoura
segunda-feira, agosto 25, 2003
Junto envio a convocatória da próxima reunião da Ler Devagar, mais as conclusões da anterior e o relatório da reunião europeia de preparação do Fórum Social Europeu, que teve lugar em Génova.
Um abraço,
Nuno Ramos de Almeida
RUMO AO FÓRUM SOCIAL EUROPEU
(Encontros de preparação)
Próxima reunião deste grupo de trabalho (*):
27 de Agosto, quarta-feira, 19 horas, na Livraria Ler Devagar (R. de S. Boaventura, 115-119, Bairro Alto, Lisboa)
Vem ajudar na preparação da participação portuguesa no Fórum Social Europeu, que se realiza de 12 a 15 Novembro em Paris. Faltam pouco mais de dois meses!
(*) este grupo de trabalho é aberto a todos os interessados e nasceu da iniciativa de um conjunto de pessoas e associações reunidas na Livraria Ler Devagar no passado dia 12 de Julho, no âmbito da iniciativa "Globalizar as resistências: Rumo ao Fórum Social Europeu".
CONCLUSÕES DA REUNIÃO DE 26/7/2003:
Foram dadas várias informações práticas sobre a organização do FSE de Paris (ver abaixo). Datas importantes a reter:
- 12 Setembro: fim do prazo para a entrega de propostas de seminários;
- 15 de Setembro: fim do prazo para a entrega de projectos de pedidos de apoio;
- 18, 19, 20 e 21 de Setembro em Bonigny (Paris, França): reunião dos grupos de trabalho do FSE e da Assembleia Preparatória.
Conferencistas: Portugal terá 5 conferencistas e um número indeterminado de moderadores dos 55, que terão de ser escolhidos (uma vez que a próxima reunião plenária do FSP está marcada só para 28 de Setembro , seria necessário marcar uma reunião de estruturas do FSP para o início de Setembro).
Seminários: custam 200 euros (para pagar a tradução simultânea), são 250 e será dada prioridade às propostas feitas por redes de organizações de diferentes géneros e de diferentes países.
Viagem: estamos a ver preços de avião (aluguer de charter), camioneta e comboio. No dia 6 já deveremos ter alguns orçamentos. É necessário que cada organização estime o número de pessoas que vão a Paris e/ou criar um sistema de inscrições para a viagem.
Alojamento: foi sugerida a criação de uma "comissão ad hoc" para ir a Paris no início de Setembro encontrar-se com representantes da comunidade portuguesa . Não só para tentar obter alojamento gratuito mas também para envolver os portugueses que vivem em Paris e em França nas actividades do FSE.
Temos também até 15 de Setembro para enviar à organização do FSE um pedido de apoio para alojamento e deslocações.
Divulgação e inscrições: temos de lançar rapidamente uma campanha de divulgação do FSE em Portugal, aliada a um sistema de promoção das inscrições na viagem; foi referida a importância da utilização dos meios de comunicação social, nomeadamente da rádio.
Formas de financiamento: já há voluntários para, em Setembro, pensarem na organização de eventos culturais/de animação que permitam a angariação de alguns fundos com vista a tornar a participação dos portugueses no FSE menos dispendiosa. Foi também sugerido que se retomasse o código de conduta do FSP e se contactassem algumas instituições em busca de patrocínios - haja voluntários para o fazer.
As informações que este grupo de trabalho for recolhendo, bem como as conclusões das suas reuniões, continuarão a ser enviadas para as mailing lists a que temos acesso; será também criado um sub-blog do FSE no blog do FSP
ANEXO:
RELATÓRIO DA REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DO FÓRUM SOCIAL EUROPEU, REALIZADA EM GÉNOVA
A ATTAC participou num conjunto de reuniões de preparação do Fórum Social Europeu e de balanço e organização das campanhas sobre contra a guerra e contra o AGCS (Acordo Geral de Comércio e Serviços), que tiveram lugar nos passados dias 17, 18, 19 e 20 de Julho, em Génova.
Nota: numa próxima mensagem serão enviadas as conclusões dos grupos sobre a guerra e o AGCS.
Do movimento social Português estiveram presentes: a ARP, a ATTAC, a CNA e o SOS Racismo. A nível partidário: o Bloco e o PCP.
Tendo sido fechada a estrutura de programa na anterior reunião em Berlim, tratava-se de aprovar critérios mínimos para a constituição das mesas das várias conferências e características bases dos seminários. E consensualizar as metodologias para encontrar os oradores.
NOTA: A totalidade da estrutura de programa e a maior parte das informações poderá ser consultada no site do Fórum Social Europeu (FSE).
Os principais critérios que presidem à escolha dos oradores são os seguintes:
1. Pretende-se conseguir que a maioria dos países europeus esteja representado. No entanto, não se trata de um critério totalmente demográfico. Pretende-se conseguir expressar duas preocupações principais: estarem presentes as realidades onde o movimento social está mais desenvolvido, e apostar nos países em que o movimento ainda não atingiu um nível consoante o seu peso demográfico.
2. Os seguintes critérios deverão ser respeitados de forma a garantir alguns equilíbrios:
- Paridade homem/mulher;
- Equilíbrio entre os diferentes actores sociais (sindicatos, ONG, associações, colectivos, redes...);
- Equilíbrio entre os "experts" e os actores sociais;
- Equilíbrio de sensibilidades políticas;
- Renovação de oradores (relativamente a Florença);
- Integração de oradores de fora da Europa.
Haverá 55 sessões plenárias divididas do seguinte modo:
* Plenários (conferências principais) - 30 - divididos por cinco eixos temáticos
* Estratégias (sobre lutas a travar) - 6
* Janelas sobre mundo (sobre situações fora da Europa) - 10
* Diálogos / controvérsias - 2 (debates entre partidos e movimentos)
* Primeiros planos (sobre temas muito específicos) - 7
Decisiones sobre programa - Berlín
Eje 1 - Contra la guerra, por una Europa de la paz y la justicia, de la solidaridad, abierta al mundo
* 1 Contra la guerra global y permanente. Globalización y militarización, política imperial, papel de los EE.UU. , papel del petróleo, papel de la OTAN, derecho de los pueblos a decidir su futuro y a luchar contra la opresión.
* 2 Construir la paz, una cultura de la paz, desarme global, derecho internacional.
* 3 Relaciones norte-sur : deuda, deuda ecológica, financiación del desarrollo, relaciones transatlánticas, colonialismo, reparación de daños
* 4 ¿Qué futuro para Europa Oriental y Turquia ? ¿Qué Europa común para los pueblos ?
* 5 Una Europa de libertades y de justicia ; política de seguridad, política penal, espacio judicial europeo, leyes antiterroristas y criminalización, gestión policial y judicial de las barrios.
* 6 Europa en la globalización neoliberal. Papel de la Unión europea y responsabilidad de los estados europeos en la arquitectura de los poderes mundiales (OMC, BM, FMI, OIT, OMS, ONU...).
Eje 2 - Contra el neoliberalismo, contra el patriarcado, por una Europa democrática y de los derechos sociales
* 1 Por una Europa de los derechos de los (las) ciudadanos (as) , de los derechos democráticos, análisis y balance crítico de la Convención Europea. Papel de las instituciones, democracia representativa y democracia participativa.
* 2 Indivisibilidad de los derechos y desarrollo de los derechos económicos, sociales, culturales y medioambientales. Carta de los derechos fundamentales, derechos de los (las) trabajadores (as) (derecho al trabajo y derecho laboral). Ciudadanía y universalidad de los derechos.
* 3 Contra la desreglamentación de los servicios públicos, balance de las privatizaciones, ley de competividad, Acuerdo General sobre Comercio y Servicios (AGCS).
* 4 Los "sin", sujetos sociales, : nuevas formas de lucha, nuevas conflictividades sociales. Contra la exclusión y la pobreza , por el ejercicio efectivo de sus derechos.
* 5 Mujeres y hombres : de la igualdad de los derechos a la igualdad real. Contra la división sexual del trabajo. Por la libertad de las mujeres en la sociedad.
* 6 Luchas de lesbianas, gays, trans, reivindicar el derecho a afirmar sus identidades, por otra globalización liberada del orden moral y de la asignación de género.
Eje 3 - Contra la lógica de las ganancias por una sociedad basada en la justicia social, ecológicamente sostenible y por la soberanía alimentaria.
* 1 Por bienes públicos mundiales : saqueo de los recursos y globalización neoliberal, papel de la OMC y de las multinacionales, gestión democrática de los bienes comunes, agua, biodiversidad, energía, medios de financiación.
* 2 Conflictos laborales contra la lógica de las ganancias : lucha contra el dumping social y medioambiental, contra la deslocalizaciones de las empresas, contra la precariedad. Derechos laborales en Europa. Políticas de empleo en Europa.
* 3 Crear y repartir la riqueza de otra forma : las políticas monetarias, presupuestarias y fiscales favorables al empleo, contra el dumping fiscal, acabar con el poder de los mercados financieros, empresas transnacionales, responsabilidades sociales y medioambientales de las empresas, eco-fiscalidad, territorios y globalización.
* 4 Por una agricultura sostenible : por la soberanía alimentaria, cambiar la PAC, cambiar las reglas del comercio agropecuario mundial, producir una alimentación sana y segura, luchar contra los transgénicos, derechos de los (las) campesinos (as).
* 5 Sistema de producción y de consumo sostenible, ecológico y preservación del ecosistema, contra la mercantilización del medio ambiente, espacio para una economía social y solidaria, la cuestión del crecimiento, del comercio justo.
* 6 Políticas ecológicas de energia y transporte : la política energética, la cuestión nuclear, la lucha contra la contaminación, el efecto invernadero, la regulación de los sistemas de transporte.
Eje 4 - Contra los procesos de mercantilización, por une Europa democrática de la información, la cultura y la educación.
* 1 Contra las políticas desreguladoras y privatizadoras en Europa, por la defensa de los servicios públicos de información, cultura y educación.
* 2 Contra la concentración de los medios de comunicación y la mercantilización de la información, derecho a una información plural y derecho a informar, por el desarrollo de medios de información independientes y alternativos ; medios de comunicación y guerra.
* 3 Por la excepción y la diversidad cultural y lingüística en Europa, contra la mercantilización y la liberalización cultural a través de la OMC, por la libertad creativa.
* 4 El espacio del arte, de las prácticas artísticas y culturales en la transformación social y la emancipación. Experiencias de autogestión y autoproducción cultural.
* 5 Derecho a la educación para todas y todos, contra la mercantilización : sistema educativo y educación popular, ¿opción social y democrática o mera oportunidad económica ? Por un sistema educativo público, desde la infancia hasta la universidad, que garantice el éxito a todas y todos.
* 6 Ciencias e investigación : por una gestión democrática del desarrollo científico por los (las) ciudadanos (as), contra la mercantilización de la ciencia, por la solidaridad científica entre el norte y el sur que garantice una igualdad en el acceso al saber y a la tecnología. Contra la patentización de los seres vivos.
Eje 5 - Contra el racismo, la xenofobia y la exclusión, por la igualdad de los derechos, el diálogo entre las culturas, por una Europa que sepa acoger a los (las) emigrantes, los (las) refugiados (as) , aquellos (as) que solicitan el asilo.
* 1 Contra la Europa fortaleza : por el derecho a la ciudadanía y a la residencia para todos (as), libertad de circulación, derecho a instalarse, igualdad de derechos sociales, cívicos y políticos. Contra las persecusiones, por el derecho al asilo, derechos de los refugiados (obligatoriedad de resisdencia ...).
* 2 Políticas europeas de inmigración : acabar con las expulsiones, cierre de los centros de retención ; migraciones y desarrollo, por la contribución positiva los (las) migrantes en los países de origen y de destino.
* 3 Racismo, xenofobia, antisemitismo, islamofobia, discriminaciones, estigmatización de los(las) emigrantes, de los (las) hijos (as) de emigrados, de los (las) gitanos (as) y nómadas, papel de los medios de comunicación, diálogo entre las culturas.
* 4 Migraciones y trabajo : acceso a los derechos sociales, mano de obra, deslocalizaciones en Europa, igualdad de derechos.
* 5 Mujetes emigradas, migración y globalización, estatuto autónomo , aportación ciudadana y política de las mujeres en los países de acogida, mujeres víctimas del tráfico y de persecuciones sexuales y sexistas.
Confrontaciones y articulaciones - Estrategias
* 1 Guerras y lógicas de guerra. Consecuencias en el estado del mundo actual. Responsabilidad y construcción del movimiento contra la guerra.
* 2 Retos y desafios para la construcción de "otra Europa".
* 3 Dell Foro Social Mundial de Porto Alegre al de Munbai : dinámicas y ambiciones del movimiento de los foros sociales.
* 4 Trabajo, empleo, capitalismo de los accionistas : ¿Qué respuestas ? El movimiento sindical en la construcción del movimiento global.
* 5 ¿Cómo contrarrestar el ascenso de la extrema derecha y del populismo en Europa ?
* 6 La aportación del feminismo a los movimientos sociales.
Confrontaciones y articulaciones - Ventanas sobre el mundo
1) hacemos grupos de regiones para llegar a 6 sesiones plenarias;
2) mantenemos 10 sesiones plenarias pero tendremos locales de tamaños diferentes.
* 1 Por los derechos nacionales del pueblo palestino, por una paz justa basada en el derecho internacional. Responsabilidades de Europa.
* 2 Irak : Globalización neoliberal, ocupación y nuevo colonialismo. Solidaridad con el pueblo Irakí en su construcción de la democracia.
* 3 Chechenia.
* 4 Europa como vector para imponer la globalización neoliberal en el Mediterráneo. Construir el Foro Social Mediterráneo.
* 5 La cuestión kurda.
* 6 La cuestión Bereber.
* 7 La cuestión del Sahara occidental.
* 8 Africa.
* 9 La cuestión latino americana.
* 10 Asia
Confrontaciones y articulaciones - Diálogos-controversias
Los movimientos sociales y ciudadanos/ partidos políticos (1) : ¿Qué democracia en Europa y qué responsabilidad europea en las instituciones internacionales ?
Los movimientos sociales y ciudadanos /partidos políticos (2) : Europa y el reto de su dimensión social : servicios públicos y estado social
Confrontaciones y articulaciones - Primer plano
* 1 Protección social, sanidad, pensiones, políticas familiares. Modelo social europeo.
* 2 Los (las) descapacitados (as) : ¿qué espacio para ellos (as) en Europa ?
* 3 Identidades culturales e identidades nacionales en Europa.
* 4 Dimensión del Islam en Europa : retos y desafios.
* 5 Lo urbano y lo local, espacio de la expansión del neoliberalismo y de
las resistencias..
* 6 Queda por dedicir el tema de la juventud y/o de los derechos de las niñas y niños.
Ambos temas se consideran como imprescindibles pero sólo queda una sesión plenaria disponible para los "Primeros planos".
Dada a dificuldade de os movimentos sociais de cada país, conhecerem oradores de outras nações, chegou-se a uma proposta de distribuição de oradores pelos diferentes países. Pretende-se que os fóruns nacionais trabalhem as respectivas propostas. For a do baralho ficaram os franceses, que à semelhança do que aconteceu aos italianos no anterior FSE, têm um por mesa (55) e metade dos moderadores (55). Ficaram por distribuir 55 outros moderadores.
Listagem (poderá ter escapado algum, apesar de estar a "Malta"):
França - 55
Balcãs - 6
Escandinávia - 12
Rússia - 6
Europa de Leste - 24
Alemanha - 18
Áustria - 4
Chipre - 1
Bélgica - 5
Reino Unido - 15 (Escócia com 2)
Estado Espanhol - 13 + 4 (bascos).
Grécia - 11
Holanda - 3
Portugal - 5
Itália - 22
Irlanda - 3
Malta - 1
Turquia - 6 (dos quais, dois curdos)
Suíça - 5
Fora da Europa - 47
* Formato dos painéis:
- 5 oradores;
- 2 moderadores (um francês e um europeu; um homem e uma mulher);
- Duração: 3h (1h30m para os oradores e 1h30m de debate);
- Duração da intervenção de cada orador: 10 m;
- Cada Conferência terá ainda um coordenador (francês).
A exemplo do ano passado, foi criado um grupo de trabalho mais restrito para elaborar uma proposta de oradores e a listagem dos seminários com vista a apresentar na próxima assembleia preparatória . A ATTAC que representou Portugal, da última vez, entendeu não se oferecer. Ficaram nesse grupo duas organizações portuguesas: a CNA e o SOS RACISMO. Esta comissão reunirá no dia 18 de Setembro (antes da Assembleia de preparação do FSE). As propostas de nomes de cada país devem ser entregues até dia 15 de Setembro.
Dados Logísticos e datas importantes:
1. Para as Conferências e os Seminários há cerca de 35 000 lugares disponíveis, distribuídos pelos quatros espaços geográficos do Fórum. Para todos há tradução simultânea assegurada.
2. Acolhimento de salas:
- St. Denis: 11 000
- Bobigny: 8 000
- La Villete: 7 000
- Ivry: 7 000
3. Os Seminários a realizar têm que ser indicados até dia 12 de Setembro. Só serão registados seminários depois de pagos (200 euros cada).
4. Workshops: salas disponíveis com 20 a 200 lugares. A tradução é da responsabilidades das organizações que os propõem.
5. Os Stands são todos iguais (3x2m). Poderá haver um stand por organização. O pedido tem que ser feito até dia 25 de setembro (atenção: tendo em conta a alteração da data da próxima Assembleia este prazo pode ser antecipado).
6. Os projectos de apoio à deslocação das várias delegações dos respectivos países, têm que ser entregues na organização francesa até 15 de Setembro.
Próxima Assembleia de Preparação do Fórum Social Europeu: 18, 19, 20 e 21 de Setembro em Bonigny (Paris, França).
Dias 18 e 19 reunem os diferentes Grupos de Trabalho (dia 18 é a já referida reunião do Grupo de trabalho restrito para preparar a proposta de oradores). Dias 20 e 21 realiza-se a Assembleia Plenária preparatória.
Em Paris, no decorrer do fórum Social Europeu, terão paralelamente lugar duas iniciativas: o Fórum Social das Autoridades Locais (Saint Denis, 11 a 13 de Novembro) e o Fórum dos Movimentos Sindicais (data e local exacto a designar).
Em relação ao encerramento do FSE ficou decidida a realização de duas acções de massas: uma no Sábado e outra no Domingo. A primeira será uma manifestação sobre as questões sociais e a segunda uma marcha cultural sobre o tema "Le Monde n'est pas une merchandise".
Um abraço,
Nuno Ramos de Almeida
RUMO AO FÓRUM SOCIAL EUROPEU
(Encontros de preparação)
Próxima reunião deste grupo de trabalho (*):
27 de Agosto, quarta-feira, 19 horas, na Livraria Ler Devagar (R. de S. Boaventura, 115-119, Bairro Alto, Lisboa)
Vem ajudar na preparação da participação portuguesa no Fórum Social Europeu, que se realiza de 12 a 15 Novembro em Paris. Faltam pouco mais de dois meses!
(*) este grupo de trabalho é aberto a todos os interessados e nasceu da iniciativa de um conjunto de pessoas e associações reunidas na Livraria Ler Devagar no passado dia 12 de Julho, no âmbito da iniciativa "Globalizar as resistências: Rumo ao Fórum Social Europeu".
CONCLUSÕES DA REUNIÃO DE 26/7/2003:
Foram dadas várias informações práticas sobre a organização do FSE de Paris (ver abaixo). Datas importantes a reter:
- 12 Setembro: fim do prazo para a entrega de propostas de seminários;
- 15 de Setembro: fim do prazo para a entrega de projectos de pedidos de apoio;
- 18, 19, 20 e 21 de Setembro em Bonigny (Paris, França): reunião dos grupos de trabalho do FSE e da Assembleia Preparatória.
Conferencistas: Portugal terá 5 conferencistas e um número indeterminado de moderadores dos 55, que terão de ser escolhidos (uma vez que a próxima reunião plenária do FSP está marcada só para 28 de Setembro , seria necessário marcar uma reunião de estruturas do FSP para o início de Setembro).
Seminários: custam 200 euros (para pagar a tradução simultânea), são 250 e será dada prioridade às propostas feitas por redes de organizações de diferentes géneros e de diferentes países.
Viagem: estamos a ver preços de avião (aluguer de charter), camioneta e comboio. No dia 6 já deveremos ter alguns orçamentos. É necessário que cada organização estime o número de pessoas que vão a Paris e/ou criar um sistema de inscrições para a viagem.
Alojamento: foi sugerida a criação de uma "comissão ad hoc" para ir a Paris no início de Setembro encontrar-se com representantes da comunidade portuguesa . Não só para tentar obter alojamento gratuito mas também para envolver os portugueses que vivem em Paris e em França nas actividades do FSE.
Temos também até 15 de Setembro para enviar à organização do FSE um pedido de apoio para alojamento e deslocações.
Divulgação e inscrições: temos de lançar rapidamente uma campanha de divulgação do FSE em Portugal, aliada a um sistema de promoção das inscrições na viagem; foi referida a importância da utilização dos meios de comunicação social, nomeadamente da rádio.
Formas de financiamento: já há voluntários para, em Setembro, pensarem na organização de eventos culturais/de animação que permitam a angariação de alguns fundos com vista a tornar a participação dos portugueses no FSE menos dispendiosa. Foi também sugerido que se retomasse o código de conduta do FSP e se contactassem algumas instituições em busca de patrocínios - haja voluntários para o fazer.
As informações que este grupo de trabalho for recolhendo, bem como as conclusões das suas reuniões, continuarão a ser enviadas para as mailing lists a que temos acesso; será também criado um sub-blog do FSE no blog do FSP
ANEXO:
RELATÓRIO DA REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DO FÓRUM SOCIAL EUROPEU, REALIZADA EM GÉNOVA
A ATTAC participou num conjunto de reuniões de preparação do Fórum Social Europeu e de balanço e organização das campanhas sobre contra a guerra e contra o AGCS (Acordo Geral de Comércio e Serviços), que tiveram lugar nos passados dias 17, 18, 19 e 20 de Julho, em Génova.
Nota: numa próxima mensagem serão enviadas as conclusões dos grupos sobre a guerra e o AGCS.
Do movimento social Português estiveram presentes: a ARP, a ATTAC, a CNA e o SOS Racismo. A nível partidário: o Bloco e o PCP.
Tendo sido fechada a estrutura de programa na anterior reunião em Berlim, tratava-se de aprovar critérios mínimos para a constituição das mesas das várias conferências e características bases dos seminários. E consensualizar as metodologias para encontrar os oradores.
NOTA: A totalidade da estrutura de programa e a maior parte das informações poderá ser consultada no site do Fórum Social Europeu (FSE).
Os principais critérios que presidem à escolha dos oradores são os seguintes:
1. Pretende-se conseguir que a maioria dos países europeus esteja representado. No entanto, não se trata de um critério totalmente demográfico. Pretende-se conseguir expressar duas preocupações principais: estarem presentes as realidades onde o movimento social está mais desenvolvido, e apostar nos países em que o movimento ainda não atingiu um nível consoante o seu peso demográfico.
2. Os seguintes critérios deverão ser respeitados de forma a garantir alguns equilíbrios:
- Paridade homem/mulher;
- Equilíbrio entre os diferentes actores sociais (sindicatos, ONG, associações, colectivos, redes...);
- Equilíbrio entre os "experts" e os actores sociais;
- Equilíbrio de sensibilidades políticas;
- Renovação de oradores (relativamente a Florença);
- Integração de oradores de fora da Europa.
Haverá 55 sessões plenárias divididas do seguinte modo:
* Plenários (conferências principais) - 30 - divididos por cinco eixos temáticos
* Estratégias (sobre lutas a travar) - 6
* Janelas sobre mundo (sobre situações fora da Europa) - 10
* Diálogos / controvérsias - 2 (debates entre partidos e movimentos)
* Primeiros planos (sobre temas muito específicos) - 7
Decisiones sobre programa - Berlín
Eje 1 - Contra la guerra, por una Europa de la paz y la justicia, de la solidaridad, abierta al mundo
* 1 Contra la guerra global y permanente. Globalización y militarización, política imperial, papel de los EE.UU. , papel del petróleo, papel de la OTAN, derecho de los pueblos a decidir su futuro y a luchar contra la opresión.
* 2 Construir la paz, una cultura de la paz, desarme global, derecho internacional.
* 3 Relaciones norte-sur : deuda, deuda ecológica, financiación del desarrollo, relaciones transatlánticas, colonialismo, reparación de daños
* 4 ¿Qué futuro para Europa Oriental y Turquia ? ¿Qué Europa común para los pueblos ?
* 5 Una Europa de libertades y de justicia ; política de seguridad, política penal, espacio judicial europeo, leyes antiterroristas y criminalización, gestión policial y judicial de las barrios.
* 6 Europa en la globalización neoliberal. Papel de la Unión europea y responsabilidad de los estados europeos en la arquitectura de los poderes mundiales (OMC, BM, FMI, OIT, OMS, ONU...).
Eje 2 - Contra el neoliberalismo, contra el patriarcado, por una Europa democrática y de los derechos sociales
* 1 Por una Europa de los derechos de los (las) ciudadanos (as) , de los derechos democráticos, análisis y balance crítico de la Convención Europea. Papel de las instituciones, democracia representativa y democracia participativa.
* 2 Indivisibilidad de los derechos y desarrollo de los derechos económicos, sociales, culturales y medioambientales. Carta de los derechos fundamentales, derechos de los (las) trabajadores (as) (derecho al trabajo y derecho laboral). Ciudadanía y universalidad de los derechos.
* 3 Contra la desreglamentación de los servicios públicos, balance de las privatizaciones, ley de competividad, Acuerdo General sobre Comercio y Servicios (AGCS).
* 4 Los "sin", sujetos sociales, : nuevas formas de lucha, nuevas conflictividades sociales. Contra la exclusión y la pobreza , por el ejercicio efectivo de sus derechos.
* 5 Mujeres y hombres : de la igualdad de los derechos a la igualdad real. Contra la división sexual del trabajo. Por la libertad de las mujeres en la sociedad.
* 6 Luchas de lesbianas, gays, trans, reivindicar el derecho a afirmar sus identidades, por otra globalización liberada del orden moral y de la asignación de género.
Eje 3 - Contra la lógica de las ganancias por una sociedad basada en la justicia social, ecológicamente sostenible y por la soberanía alimentaria.
* 1 Por bienes públicos mundiales : saqueo de los recursos y globalización neoliberal, papel de la OMC y de las multinacionales, gestión democrática de los bienes comunes, agua, biodiversidad, energía, medios de financiación.
* 2 Conflictos laborales contra la lógica de las ganancias : lucha contra el dumping social y medioambiental, contra la deslocalizaciones de las empresas, contra la precariedad. Derechos laborales en Europa. Políticas de empleo en Europa.
* 3 Crear y repartir la riqueza de otra forma : las políticas monetarias, presupuestarias y fiscales favorables al empleo, contra el dumping fiscal, acabar con el poder de los mercados financieros, empresas transnacionales, responsabilidades sociales y medioambientales de las empresas, eco-fiscalidad, territorios y globalización.
* 4 Por una agricultura sostenible : por la soberanía alimentaria, cambiar la PAC, cambiar las reglas del comercio agropecuario mundial, producir una alimentación sana y segura, luchar contra los transgénicos, derechos de los (las) campesinos (as).
* 5 Sistema de producción y de consumo sostenible, ecológico y preservación del ecosistema, contra la mercantilización del medio ambiente, espacio para una economía social y solidaria, la cuestión del crecimiento, del comercio justo.
* 6 Políticas ecológicas de energia y transporte : la política energética, la cuestión nuclear, la lucha contra la contaminación, el efecto invernadero, la regulación de los sistemas de transporte.
Eje 4 - Contra los procesos de mercantilización, por une Europa democrática de la información, la cultura y la educación.
* 1 Contra las políticas desreguladoras y privatizadoras en Europa, por la defensa de los servicios públicos de información, cultura y educación.
* 2 Contra la concentración de los medios de comunicación y la mercantilización de la información, derecho a una información plural y derecho a informar, por el desarrollo de medios de información independientes y alternativos ; medios de comunicación y guerra.
* 3 Por la excepción y la diversidad cultural y lingüística en Europa, contra la mercantilización y la liberalización cultural a través de la OMC, por la libertad creativa.
* 4 El espacio del arte, de las prácticas artísticas y culturales en la transformación social y la emancipación. Experiencias de autogestión y autoproducción cultural.
* 5 Derecho a la educación para todas y todos, contra la mercantilización : sistema educativo y educación popular, ¿opción social y democrática o mera oportunidad económica ? Por un sistema educativo público, desde la infancia hasta la universidad, que garantice el éxito a todas y todos.
* 6 Ciencias e investigación : por una gestión democrática del desarrollo científico por los (las) ciudadanos (as), contra la mercantilización de la ciencia, por la solidaridad científica entre el norte y el sur que garantice una igualdad en el acceso al saber y a la tecnología. Contra la patentización de los seres vivos.
Eje 5 - Contra el racismo, la xenofobia y la exclusión, por la igualdad de los derechos, el diálogo entre las culturas, por una Europa que sepa acoger a los (las) emigrantes, los (las) refugiados (as) , aquellos (as) que solicitan el asilo.
* 1 Contra la Europa fortaleza : por el derecho a la ciudadanía y a la residencia para todos (as), libertad de circulación, derecho a instalarse, igualdad de derechos sociales, cívicos y políticos. Contra las persecusiones, por el derecho al asilo, derechos de los refugiados (obligatoriedad de resisdencia ...).
* 2 Políticas europeas de inmigración : acabar con las expulsiones, cierre de los centros de retención ; migraciones y desarrollo, por la contribución positiva los (las) migrantes en los países de origen y de destino.
* 3 Racismo, xenofobia, antisemitismo, islamofobia, discriminaciones, estigmatización de los(las) emigrantes, de los (las) hijos (as) de emigrados, de los (las) gitanos (as) y nómadas, papel de los medios de comunicación, diálogo entre las culturas.
* 4 Migraciones y trabajo : acceso a los derechos sociales, mano de obra, deslocalizaciones en Europa, igualdad de derechos.
* 5 Mujetes emigradas, migración y globalización, estatuto autónomo , aportación ciudadana y política de las mujeres en los países de acogida, mujeres víctimas del tráfico y de persecuciones sexuales y sexistas.
Confrontaciones y articulaciones - Estrategias
* 1 Guerras y lógicas de guerra. Consecuencias en el estado del mundo actual. Responsabilidad y construcción del movimiento contra la guerra.
* 2 Retos y desafios para la construcción de "otra Europa".
* 3 Dell Foro Social Mundial de Porto Alegre al de Munbai : dinámicas y ambiciones del movimiento de los foros sociales.
* 4 Trabajo, empleo, capitalismo de los accionistas : ¿Qué respuestas ? El movimiento sindical en la construcción del movimiento global.
* 5 ¿Cómo contrarrestar el ascenso de la extrema derecha y del populismo en Europa ?
* 6 La aportación del feminismo a los movimientos sociales.
Confrontaciones y articulaciones - Ventanas sobre el mundo
1) hacemos grupos de regiones para llegar a 6 sesiones plenarias;
2) mantenemos 10 sesiones plenarias pero tendremos locales de tamaños diferentes.
* 1 Por los derechos nacionales del pueblo palestino, por una paz justa basada en el derecho internacional. Responsabilidades de Europa.
* 2 Irak : Globalización neoliberal, ocupación y nuevo colonialismo. Solidaridad con el pueblo Irakí en su construcción de la democracia.
* 3 Chechenia.
* 4 Europa como vector para imponer la globalización neoliberal en el Mediterráneo. Construir el Foro Social Mediterráneo.
* 5 La cuestión kurda.
* 6 La cuestión Bereber.
* 7 La cuestión del Sahara occidental.
* 8 Africa.
* 9 La cuestión latino americana.
* 10 Asia
Confrontaciones y articulaciones - Diálogos-controversias
Los movimientos sociales y ciudadanos/ partidos políticos (1) : ¿Qué democracia en Europa y qué responsabilidad europea en las instituciones internacionales ?
Los movimientos sociales y ciudadanos /partidos políticos (2) : Europa y el reto de su dimensión social : servicios públicos y estado social
Confrontaciones y articulaciones - Primer plano
* 1 Protección social, sanidad, pensiones, políticas familiares. Modelo social europeo.
* 2 Los (las) descapacitados (as) : ¿qué espacio para ellos (as) en Europa ?
* 3 Identidades culturales e identidades nacionales en Europa.
* 4 Dimensión del Islam en Europa : retos y desafios.
* 5 Lo urbano y lo local, espacio de la expansión del neoliberalismo y de
las resistencias..
* 6 Queda por dedicir el tema de la juventud y/o de los derechos de las niñas y niños.
Ambos temas se consideran como imprescindibles pero sólo queda una sesión plenaria disponible para los "Primeros planos".
Dada a dificuldade de os movimentos sociais de cada país, conhecerem oradores de outras nações, chegou-se a uma proposta de distribuição de oradores pelos diferentes países. Pretende-se que os fóruns nacionais trabalhem as respectivas propostas. For a do baralho ficaram os franceses, que à semelhança do que aconteceu aos italianos no anterior FSE, têm um por mesa (55) e metade dos moderadores (55). Ficaram por distribuir 55 outros moderadores.
Listagem (poderá ter escapado algum, apesar de estar a "Malta"):
França - 55
Balcãs - 6
Escandinávia - 12
Rússia - 6
Europa de Leste - 24
Alemanha - 18
Áustria - 4
Chipre - 1
Bélgica - 5
Reino Unido - 15 (Escócia com 2)
Estado Espanhol - 13 + 4 (bascos).
Grécia - 11
Holanda - 3
Portugal - 5
Itália - 22
Irlanda - 3
Malta - 1
Turquia - 6 (dos quais, dois curdos)
Suíça - 5
Fora da Europa - 47
* Formato dos painéis:
- 5 oradores;
- 2 moderadores (um francês e um europeu; um homem e uma mulher);
- Duração: 3h (1h30m para os oradores e 1h30m de debate);
- Duração da intervenção de cada orador: 10 m;
- Cada Conferência terá ainda um coordenador (francês).
A exemplo do ano passado, foi criado um grupo de trabalho mais restrito para elaborar uma proposta de oradores e a listagem dos seminários com vista a apresentar na próxima assembleia preparatória . A ATTAC que representou Portugal, da última vez, entendeu não se oferecer. Ficaram nesse grupo duas organizações portuguesas: a CNA e o SOS RACISMO. Esta comissão reunirá no dia 18 de Setembro (antes da Assembleia de preparação do FSE). As propostas de nomes de cada país devem ser entregues até dia 15 de Setembro.
Dados Logísticos e datas importantes:
1. Para as Conferências e os Seminários há cerca de 35 000 lugares disponíveis, distribuídos pelos quatros espaços geográficos do Fórum. Para todos há tradução simultânea assegurada.
2. Acolhimento de salas:
- St. Denis: 11 000
- Bobigny: 8 000
- La Villete: 7 000
- Ivry: 7 000
3. Os Seminários a realizar têm que ser indicados até dia 12 de Setembro. Só serão registados seminários depois de pagos (200 euros cada).
4. Workshops: salas disponíveis com 20 a 200 lugares. A tradução é da responsabilidades das organizações que os propõem.
5. Os Stands são todos iguais (3x2m). Poderá haver um stand por organização. O pedido tem que ser feito até dia 25 de setembro (atenção: tendo em conta a alteração da data da próxima Assembleia este prazo pode ser antecipado).
6. Os projectos de apoio à deslocação das várias delegações dos respectivos países, têm que ser entregues na organização francesa até 15 de Setembro.
Próxima Assembleia de Preparação do Fórum Social Europeu: 18, 19, 20 e 21 de Setembro em Bonigny (Paris, França).
Dias 18 e 19 reunem os diferentes Grupos de Trabalho (dia 18 é a já referida reunião do Grupo de trabalho restrito para preparar a proposta de oradores). Dias 20 e 21 realiza-se a Assembleia Plenária preparatória.
Em Paris, no decorrer do fórum Social Europeu, terão paralelamente lugar duas iniciativas: o Fórum Social das Autoridades Locais (Saint Denis, 11 a 13 de Novembro) e o Fórum dos Movimentos Sindicais (data e local exacto a designar).
Em relação ao encerramento do FSE ficou decidida a realização de duas acções de massas: uma no Sábado e outra no Domingo. A primeira será uma manifestação sobre as questões sociais e a segunda uma marcha cultural sobre o tema "Le Monde n'est pas une merchandise".
American Cup??
Segundo depreendo de uma notícia que li no jornal, o governo prepara-se alegremente para fazer mais um festim semelhante à Expo 98 e ao Euro 2004: a American Cup. Os ingedientes estão juntos, a propaganda também (não vai custar nem um euro ao erário público, tal como a Expo, e também vai constituir a forma de renovação de uma parte da cidade de Lisboa, neste caso a zona ribeirinha de Pedrouços), e o modo de financiamento para que nada custe ao erário público -- como de costume, o imobiliário -- também já está preparado. Como é usual, envolvida estará a construção de (mais) uma marina, e não tenho dúvidas de que, quando chegar a hora, se usará o "interesse público" e a pressa para pôr de parte todos os entraves burocráticos, em particular os concursos públicos e os Estudos de Impacte Ambiental. Enfim, a remake de um filme que já se vem tornando habitual neste país de incêndios. Mais um bom exemplo de como o poder central usa o imobiliário para fazer dinheiro fugindo às regras, à boa maneira da pior Câmara Municipal.
Em matéria de marinas, uma entendida de vela me disse uma vez ser óbvio que o local ideal para a construção de uma marina na zona de Lisboa é em frente à Cruz Quebrada, uma vez que a costa forma aí uma reentrância na qual o mar é naturalmente mais manso. Mas para a American Cup querem construir uma marina em Pedrouços, não na Cruz Quebrada, e porquê? Está bem de ver: porque em Pedrouços o Estado detém terras que pode, tal como fez no caso da Expo, "doar" a favor de um gigantesco projeto imobiliário, que dessa forma financia o evento (uma vez que as terras são doadas gratuitamente aos promotores imobiliários, os quais no entanto venderão depois as casas ao preço comum, ou seja, ao preço que inclui o valor da terra). Ou seja, o Estado em vez de pagar o evento em cash, paga-o em terra e em direitos de construção. Na Cruz Quebrada, a única hipótese que o Estado teria para ceder terra seria destruir a mata do Estado Nacional, o que evidentemente daria grande brado e portanto não pode ser feito. Por isso, cede-se terra em Pedrouços. Assim se cria dinheiro a partir do nada neste país.
Luís Lavoura
Segundo depreendo de uma notícia que li no jornal, o governo prepara-se alegremente para fazer mais um festim semelhante à Expo 98 e ao Euro 2004: a American Cup. Os ingedientes estão juntos, a propaganda também (não vai custar nem um euro ao erário público, tal como a Expo, e também vai constituir a forma de renovação de uma parte da cidade de Lisboa, neste caso a zona ribeirinha de Pedrouços), e o modo de financiamento para que nada custe ao erário público -- como de costume, o imobiliário -- também já está preparado. Como é usual, envolvida estará a construção de (mais) uma marina, e não tenho dúvidas de que, quando chegar a hora, se usará o "interesse público" e a pressa para pôr de parte todos os entraves burocráticos, em particular os concursos públicos e os Estudos de Impacte Ambiental. Enfim, a remake de um filme que já se vem tornando habitual neste país de incêndios. Mais um bom exemplo de como o poder central usa o imobiliário para fazer dinheiro fugindo às regras, à boa maneira da pior Câmara Municipal.
Em matéria de marinas, uma entendida de vela me disse uma vez ser óbvio que o local ideal para a construção de uma marina na zona de Lisboa é em frente à Cruz Quebrada, uma vez que a costa forma aí uma reentrância na qual o mar é naturalmente mais manso. Mas para a American Cup querem construir uma marina em Pedrouços, não na Cruz Quebrada, e porquê? Está bem de ver: porque em Pedrouços o Estado detém terras que pode, tal como fez no caso da Expo, "doar" a favor de um gigantesco projeto imobiliário, que dessa forma financia o evento (uma vez que as terras são doadas gratuitamente aos promotores imobiliários, os quais no entanto venderão depois as casas ao preço comum, ou seja, ao preço que inclui o valor da terra). Ou seja, o Estado em vez de pagar o evento em cash, paga-o em terra e em direitos de construção. Na Cruz Quebrada, a única hipótese que o Estado teria para ceder terra seria destruir a mata do Estado Nacional, o que evidentemente daria grande brado e portanto não pode ser feito. Por isso, cede-se terra em Pedrouços. Assim se cria dinheiro a partir do nada neste país.
Luís Lavoura
sexta-feira, agosto 22, 2003
Depois de Larzac, novos desafios
Jacques Nikonoff
Libération, 18 de Agosto de 2003
«Quantos éramos em Larzac: 250.000 ? 300.000 ? ou mais ainda ? De acordo com os comentários lidos e ouvidos, o que mais impressionou foi a participação. Com efeito, o Larzac 2003 foi a concentração mais importante realizada até hoje em França pelos alternoglobalistas [altermondialistes, no original]. Nasceu uma nova força.
O Larzac 2003 testemunha a continuidade da mobilização social da Primavera e confirma a emergência do movimento alternoglobalista como actor importante no debate de ideias, social e político. O movimento encontra-se, de agora em diante, confrontado com quatro desafios.
O primeiro diz respeito à clarificação da sua identidade: o movimento alternoglobalista pretende fazer reaparecer, sob uma nova roupagem, a velha extrema-esquerda ? É o que deseja uma parte da direita. (...). Restabeleçamos os factos. Se uma parte da extrema-esquerda se juntou ao movimento alternoglobalista, trata-se principalmente de militantes da LCR [organização conotada com correntes trotsquistas], em que a maioria traz a sua sensibilidade, honestamente e eficazmente, sem procurar recuperar ou manipular o movimento.
(...). Mesmo que os militantes da extrema-esquerda não representem mais que uma pequena parte do movimento, todos têm aqui o seu lugar, desde que respeitem, como os outros, as regras de democracia do movimento.
Mas a questão da identidade do movimento alternoglobalista não se reduz apenas ao lugar que os militantes da extrema-esquerda ocupam nele. O próprio movimento, e cada uma das suas partes, produz uma imagem e uma identidade, progressivamente, ao correr das palavras, dos actos, das atitudes e das iniciativas. Ora é verdade que uma imagem “esquerdista” parece, por vezes, marcá-lo. É o caso das violências cometidas durante as manifestações; quando palavras de ordem como “radicalização” ou “desobediência civil” são lançadas ao acaso, sem debate prévio e sem conteúdo, ou ainda quando apelos a “descer à rua” são feitos sob qualquer pretexto; ou acções como a da desmontagem do pavilhão do Partido Socialista no Larzac. Em lugar de unir, o extremismo divide. O palavreado, a violência, as gesticulações, o sectarismo que marcam a tradição da extrema-esquerda, anunciariam a derrota do movimento se este a ela cedesse. Os liberais preferem sempre a extrema-esquerda, pois sabem que ela nunca ganhou nada nem nunca alguma vez ganhará. O movimento alternoglobalista deve preferir decididamente a diversidade que faz a sua riqueza e a sua força.
O segundo desafio é o de definir melhor as alternativas que propõe ao neoliberalismo. Da antiglobalização liberal, o movimento passou à alternoglobalização. Esta mudança de designação corresponde a uma evolução profunda que consiste em juntar à contestação, sempre necessária, ao sistema capitalista mundial, a proposta alternativa concreta, operacional, eficaz. Todas as sondagens e estudos políticos mostram que o movimento goza hoje de uma corrente de simpatia maioritária na opinião pública. Em compensação, o movimento permanece muito minoritário no que respeita à credibilidade das suas propostas. É pois neste terreno que os esforços devem ser feitos. Se as propostas alternoglobalistas fossem levadas à prática, no estado em que elas estão actualmente, o mundo já conheceria transformações profundas. Mas é preciso dizer claramente qual é o “outro mundo” que acreditamos possível.
Tomemos alguns exemplos. Sobre o livre comércio, pilar do neoliberalismo, é necessário trabalhar permanentemente na construção de alternativas. A reforma da OMC, ou mesmo o seu desmantelamento, não bastará. É num outro sistema mundial que é preciso pensar, visando substituir a guerra comercial actual, sem limite, por verdadeiras solidariedades e cooperações internacionais. Um outro exemplo pode ser dado a propósito do desemprego. Todo o mundo, ou quase, reconhece que é um flagelo, mas ninguém fala em suprimi-lo. Nenhum “outro mundo” será possível se milhões de cidadãos permanecerem desempregados. Último exemplo: a impotência apontada ao Estado. Sobre esta questão formou-se uma estranha aliança: a dos liberais libertários. Para os liberais, o Estado é um entrave ao livre funcionamento do mercado; para alguns libertários, o Estado não é, por princípio, senão um instrumento repressivo ao serviço das classes dirigentes. Estas duas correntes reencontram-se, no mesmo espasmo, para negar o papel positivo que o Estado poderia desempenhar. Na realidade, o Estado é o que fizerem dele os cidadãos, deve tornar-se o instrumento do interesse geral e ser objecto de lutas sociais para a sua democratização.
O terceiro desafio do movimento alternoglobalista é o de construir as alianças vitoriosas. O movimento deve, em simultâneo, precisar as suas alianças com organizações e escolher as categorias sociais que quer influenciar. A aliança com o movimento sindical é decisiva. Progressos importantes foram feitos nesta direcção. (...). Esta aliança é crucial, pois o movimento sindical tem objectivamente as mesmas reivindicações que o movimento alternoglobalista e constitui a força social mais influente na sociedade.
Depois, o movimento deve claramente abrir-se às categorias populares: desempregados e precários, operários e empregados. Principais vítimas da globalização liberal, não se compreenderia que estas categorias sociais permaneçam à margem no combate contra as causas das suas dificuldades. E depois há a juventude. Uma parte significativa manifestou-se contra Le Pen e contra a guerra no Iraque. Todas as concentrações alternoglobalistas são marcadas por uma presença muito forte de jovens. Em compensação, estiveram completamente ausentes da luta pela defesa das aposentações. Como reforçar a continuidade da sua mobilização ?
O quarto desafio com que se confronta o movimento alternoglobalista é o de melhorar a sua democracia interna. O movimento funciona hoje, à escala mundial e em cada país, através de “plataformas”. Estas últimas reúnem as organizações segundo os temas (OMC, guerra, ...) ou as iniciativas (preparação da contra-cimeira do G-8 ou do Larzac). São os únicos instrumentos de unificação das forças que se reclamam da alternoglobalização, integrando mesmo, segundo os casos, outras forças que não se reclamam de tal mas que desejam participar numa campanha por um objectivo preciso.
Apesar dos progressos realizados, o funcionamento de algumas destas plataformas ilustra bem, por vezes, uma caricatura da democracia. Os esforços devem centrar-se na representatividade destas plataformas e das organizações que nelas participam; sobre a qualidade na condução dos trabalhos das reuniões; sobre os sistemas de “corta-fogo” para desencorajar os grupúsculos que tentam manipulá-las por conta de outrem; para dissuadir as ambições individuais de porta-vozes autoproclamados ...
Neste movimento, a ATTAC ocupa um lugar próprio e propõe-se dois objectivos: desconstruir a ideologia neoliberal, erradicar este vírus dos espíritos, pois somos descontaminadores; construir as alternativas ao neoliberalismo e agrupar as pessoas para o alcançar. Tal é a nossa contribuição para o conjunto do movimento. (...).»
-----------------------------
Tradução livre por APP a partir do artigo colocado na lista da ATTAC – Portugal por Henrique Sousa.
Jacques Nikonoff
Libération, 18 de Agosto de 2003
«Quantos éramos em Larzac: 250.000 ? 300.000 ? ou mais ainda ? De acordo com os comentários lidos e ouvidos, o que mais impressionou foi a participação. Com efeito, o Larzac 2003 foi a concentração mais importante realizada até hoje em França pelos alternoglobalistas [altermondialistes, no original]. Nasceu uma nova força.
O Larzac 2003 testemunha a continuidade da mobilização social da Primavera e confirma a emergência do movimento alternoglobalista como actor importante no debate de ideias, social e político. O movimento encontra-se, de agora em diante, confrontado com quatro desafios.
O primeiro diz respeito à clarificação da sua identidade: o movimento alternoglobalista pretende fazer reaparecer, sob uma nova roupagem, a velha extrema-esquerda ? É o que deseja uma parte da direita. (...). Restabeleçamos os factos. Se uma parte da extrema-esquerda se juntou ao movimento alternoglobalista, trata-se principalmente de militantes da LCR [organização conotada com correntes trotsquistas], em que a maioria traz a sua sensibilidade, honestamente e eficazmente, sem procurar recuperar ou manipular o movimento.
(...). Mesmo que os militantes da extrema-esquerda não representem mais que uma pequena parte do movimento, todos têm aqui o seu lugar, desde que respeitem, como os outros, as regras de democracia do movimento.
Mas a questão da identidade do movimento alternoglobalista não se reduz apenas ao lugar que os militantes da extrema-esquerda ocupam nele. O próprio movimento, e cada uma das suas partes, produz uma imagem e uma identidade, progressivamente, ao correr das palavras, dos actos, das atitudes e das iniciativas. Ora é verdade que uma imagem “esquerdista” parece, por vezes, marcá-lo. É o caso das violências cometidas durante as manifestações; quando palavras de ordem como “radicalização” ou “desobediência civil” são lançadas ao acaso, sem debate prévio e sem conteúdo, ou ainda quando apelos a “descer à rua” são feitos sob qualquer pretexto; ou acções como a da desmontagem do pavilhão do Partido Socialista no Larzac. Em lugar de unir, o extremismo divide. O palavreado, a violência, as gesticulações, o sectarismo que marcam a tradição da extrema-esquerda, anunciariam a derrota do movimento se este a ela cedesse. Os liberais preferem sempre a extrema-esquerda, pois sabem que ela nunca ganhou nada nem nunca alguma vez ganhará. O movimento alternoglobalista deve preferir decididamente a diversidade que faz a sua riqueza e a sua força.
O segundo desafio é o de definir melhor as alternativas que propõe ao neoliberalismo. Da antiglobalização liberal, o movimento passou à alternoglobalização. Esta mudança de designação corresponde a uma evolução profunda que consiste em juntar à contestação, sempre necessária, ao sistema capitalista mundial, a proposta alternativa concreta, operacional, eficaz. Todas as sondagens e estudos políticos mostram que o movimento goza hoje de uma corrente de simpatia maioritária na opinião pública. Em compensação, o movimento permanece muito minoritário no que respeita à credibilidade das suas propostas. É pois neste terreno que os esforços devem ser feitos. Se as propostas alternoglobalistas fossem levadas à prática, no estado em que elas estão actualmente, o mundo já conheceria transformações profundas. Mas é preciso dizer claramente qual é o “outro mundo” que acreditamos possível.
Tomemos alguns exemplos. Sobre o livre comércio, pilar do neoliberalismo, é necessário trabalhar permanentemente na construção de alternativas. A reforma da OMC, ou mesmo o seu desmantelamento, não bastará. É num outro sistema mundial que é preciso pensar, visando substituir a guerra comercial actual, sem limite, por verdadeiras solidariedades e cooperações internacionais. Um outro exemplo pode ser dado a propósito do desemprego. Todo o mundo, ou quase, reconhece que é um flagelo, mas ninguém fala em suprimi-lo. Nenhum “outro mundo” será possível se milhões de cidadãos permanecerem desempregados. Último exemplo: a impotência apontada ao Estado. Sobre esta questão formou-se uma estranha aliança: a dos liberais libertários. Para os liberais, o Estado é um entrave ao livre funcionamento do mercado; para alguns libertários, o Estado não é, por princípio, senão um instrumento repressivo ao serviço das classes dirigentes. Estas duas correntes reencontram-se, no mesmo espasmo, para negar o papel positivo que o Estado poderia desempenhar. Na realidade, o Estado é o que fizerem dele os cidadãos, deve tornar-se o instrumento do interesse geral e ser objecto de lutas sociais para a sua democratização.
O terceiro desafio do movimento alternoglobalista é o de construir as alianças vitoriosas. O movimento deve, em simultâneo, precisar as suas alianças com organizações e escolher as categorias sociais que quer influenciar. A aliança com o movimento sindical é decisiva. Progressos importantes foram feitos nesta direcção. (...). Esta aliança é crucial, pois o movimento sindical tem objectivamente as mesmas reivindicações que o movimento alternoglobalista e constitui a força social mais influente na sociedade.
Depois, o movimento deve claramente abrir-se às categorias populares: desempregados e precários, operários e empregados. Principais vítimas da globalização liberal, não se compreenderia que estas categorias sociais permaneçam à margem no combate contra as causas das suas dificuldades. E depois há a juventude. Uma parte significativa manifestou-se contra Le Pen e contra a guerra no Iraque. Todas as concentrações alternoglobalistas são marcadas por uma presença muito forte de jovens. Em compensação, estiveram completamente ausentes da luta pela defesa das aposentações. Como reforçar a continuidade da sua mobilização ?
O quarto desafio com que se confronta o movimento alternoglobalista é o de melhorar a sua democracia interna. O movimento funciona hoje, à escala mundial e em cada país, através de “plataformas”. Estas últimas reúnem as organizações segundo os temas (OMC, guerra, ...) ou as iniciativas (preparação da contra-cimeira do G-8 ou do Larzac). São os únicos instrumentos de unificação das forças que se reclamam da alternoglobalização, integrando mesmo, segundo os casos, outras forças que não se reclamam de tal mas que desejam participar numa campanha por um objectivo preciso.
Apesar dos progressos realizados, o funcionamento de algumas destas plataformas ilustra bem, por vezes, uma caricatura da democracia. Os esforços devem centrar-se na representatividade destas plataformas e das organizações que nelas participam; sobre a qualidade na condução dos trabalhos das reuniões; sobre os sistemas de “corta-fogo” para desencorajar os grupúsculos que tentam manipulá-las por conta de outrem; para dissuadir as ambições individuais de porta-vozes autoproclamados ...
Neste movimento, a ATTAC ocupa um lugar próprio e propõe-se dois objectivos: desconstruir a ideologia neoliberal, erradicar este vírus dos espíritos, pois somos descontaminadores; construir as alternativas ao neoliberalismo e agrupar as pessoas para o alcançar. Tal é a nossa contribuição para o conjunto do movimento. (...).»
-----------------------------
Tradução livre por APP a partir do artigo colocado na lista da ATTAC – Portugal por Henrique Sousa.
Nota Botânica IX – e aos fogos vai-se seguir...
Ailanthus altissima.
Nos states chamam-lhe "maldita praga" (Darn Weed), por aparecer em todo o lado e ser impossível de controlar... É originária da China, mas foi provavelmente introduzida na Europa a partir das ilhas Molucas (perto de Timor, portanto), onde "ailanto" significa "árvore do céu", dizem que por ser muito alta. Para o caso disto escapar a alguém, os europeus acrescentaram-lhe o "altissima"...
Em Portugal também tem invadido tudo quanto é sítio, independentemente da qualidade do solo, da quantidade de chuva, ou da vontade de quem quer que seja; não se lhe conhecem pragas, resiste muito bem à poluição, e consegue competir com a maior parte das espécies nativas. Será portanto de esperar que desta recentíssima vaga de fogos vá resultar a expansão da amiga Ailantus! Aconselha-se então o cidadão avisado a conhecê-la melhor e prestar-lhe a devida atenção, pois quando se tornar verdadeiramente insuportável então estudaremos melhor o que fazer com ela...
E que utilidade tem para já a Ailantus? Bom, a primeira não é muito animadora: é boa para lenha, ou seja, aqui temos mais um bom combustível... Parece que a madeira é também boa de trabalhar pelo que, quem sabe, talvez dê lugar a um boom de escultores! Mas há mais: na China era usada para alimentar um bicho-da-seda diferente daquele que é vulgarmente conhecido entre nós (e que não come estas folhas). A dita criatura, larva duma borboleta chamada Philosamia cynthia, produz uma seda menos suave mas mais resistente (parece que um casaco feito de seda de Ailanto passava de geração em geração...) que a seda que todos conhecemos.
A Philosamia foi introduzida na Europa em fins do sec. XIX, na sequência de graves epidemias que ameaçaram a produção do tradicional bicho-da-seda. Só que o pessoal era muito fino, e não gostava muito desta seda mais grosseira (em França, Itália e EUA, tentou-se a exploração do negócio).
Mas hoje os tempos são outros: temos desempregados que podem tomar conta dos bicharocos em casa, a comida está aí de borla (as larvas só se alimentam da Ailantus, os adultos não se alimentam de todo), há lugar para cursos de formação sobre fiação de seda de Ailantus e, enfim, aqui está uma nova oportunidade industrial e comercial! Quem tem filhos também os pode ocupar produtivamente com esta actividade, sem ser acusado de exploração de trabalho infantil – espreitem a espécie de blogo do Rapaz-borboleta e vejam como eles se poderiam divertir (e instruir!).
mpf
quarta-feira, agosto 20, 2003
Nada me espanta nas notícias desde que George W Bush ganhou as eleições nos EUA, mostrando ao mundo em que tipo de democracia vivíamos. As regras de então permitiram o poder a um candidato que não tinha a maioria percentual, mas eram regras.
As regras são inventadas por nós mesmos, seres humanos, e por consequência o tipo de democracia em que vivemos resulta em ultima análise da nossa capacidade de as inventar ou contornar.
Nem todas as pessoas olham para as leis da mesma forma, pois a lei é expressa numa linguagem e esta entende-se num contexto, sempre sujeita a interpretações que podem ser diversas de acordo com a causa, o efeito, ou mesmo o objectivo político. O nível de formação de quem lê a lei varia, e consequentemente, a aplicação desta também.
A lei, por consequência só é igual para todos, quando existe um consenso de tal forma amplo sobre o que ela significa que quase desmotive a criatividade. A lei, socialmente, não se sabe de cor, mas sabemos, de acordo com a movimentação livre do nosso universo pessoal aquilo que é punido por ela ou não, que possa afectar esse mesmo universo pessoal, ou mesmo de grupo, lobby, etc.
A lei decide-se no parlamento, no conselho de ministros, por despacho ou decreto, nas empresas quando adoptam uma estratégia, na rua quando dois arrumadores delimitam o seu território, e em nossa casa, quando dizemos: aqui dentro ninguém fuma.
A lei é a expressão do poder, e o poder democrático está, ou devia estar, nem que fosse pela etimologia da palavra democracia, no povo, ou seja, nas pessoas.
Mas a lei, também pode motivar a criatividade.
Sendo a lei determinante, mudar o mundo quase parece muito simples, pois basta mudar a lei.
Um exemplo que costumo dar:
Se fosse publicada uma lei que impedisse a circulação de automóveis a combustíveis derivados do petróleo, no dia seguinte, as principais empresas do ramo automóvel, não querendo perder o seu mercado, teriam à venda carros a energias alternativas, como o hidrogénio por exemplo (vejam-se por exemplo coisas que já existem, como os projectos de hidrogen cells da Ford, ou o Opel Hydrogen 3) de cuja combustão resulta apenas calor e água.
LD
As regras são inventadas por nós mesmos, seres humanos, e por consequência o tipo de democracia em que vivemos resulta em ultima análise da nossa capacidade de as inventar ou contornar.
Nem todas as pessoas olham para as leis da mesma forma, pois a lei é expressa numa linguagem e esta entende-se num contexto, sempre sujeita a interpretações que podem ser diversas de acordo com a causa, o efeito, ou mesmo o objectivo político. O nível de formação de quem lê a lei varia, e consequentemente, a aplicação desta também.
A lei, por consequência só é igual para todos, quando existe um consenso de tal forma amplo sobre o que ela significa que quase desmotive a criatividade. A lei, socialmente, não se sabe de cor, mas sabemos, de acordo com a movimentação livre do nosso universo pessoal aquilo que é punido por ela ou não, que possa afectar esse mesmo universo pessoal, ou mesmo de grupo, lobby, etc.
A lei decide-se no parlamento, no conselho de ministros, por despacho ou decreto, nas empresas quando adoptam uma estratégia, na rua quando dois arrumadores delimitam o seu território, e em nossa casa, quando dizemos: aqui dentro ninguém fuma.
A lei é a expressão do poder, e o poder democrático está, ou devia estar, nem que fosse pela etimologia da palavra democracia, no povo, ou seja, nas pessoas.
Mas a lei, também pode motivar a criatividade.
Sendo a lei determinante, mudar o mundo quase parece muito simples, pois basta mudar a lei.
Um exemplo que costumo dar:
Se fosse publicada uma lei que impedisse a circulação de automóveis a combustíveis derivados do petróleo, no dia seguinte, as principais empresas do ramo automóvel, não querendo perder o seu mercado, teriam à venda carros a energias alternativas, como o hidrogénio por exemplo (vejam-se por exemplo coisas que já existem, como os projectos de hidrogen cells da Ford, ou o Opel Hydrogen 3) de cuja combustão resulta apenas calor e água.
LD
terça-feira, agosto 19, 2003
Andanças a quanto obrigas...
Tou de abalada pr'ás Andanças. A coisa agora é mais estrados e grupos e tendas e bancos de madeira e oficinas e danças e programas e bases de dados e secretariados e seminários e concertos e percursos e geologias na serra e seminários e instrumentos e transportes e grupos e voluntários e cacifos e segurança e quadros de ardósia e riscas verdes e brancas e carvalhais e pomares e campo da bola e quadros elétricos a 30 amperes e bares e bifanas e senhas e pulseiras e radiosinhos giraços e gráficas e sinaléticas e depósitos de água e esgotos e microfones analâmbricos e PA's (as cenas do som) e materiais marados e estacionamentos e bricolage e improvosação (bués) e concertos na capela e bailaricos e viagens e pavilhões e artesanato e piscinas naturais e jogos tradicionais e bookcrossing e caleidoscópios e Linho e desfile com vacas e vinho e milho e marchas e espantalhos e contos e instrumentos e espectáculos e parcerias e iluminação e fogo preso e cavalo e Russia e Portugal e Galiza e Catalunha e Espanha e Bélgica e França e Bretanha e Inglaterra e Irlanda e Bulgária e África e Cabo Verde e Trás os Montes e LAfões e Itália e Algarve e Amarante e Brasil e Oriente e Sapateado e Salsa e Turquia e Arm+enia e Grécia e Alpes e Mediterrâneo e Klezmer e Sevilha e Cavaquinhos e Sanfonas e Concertinas e Gaitas e DJ's étnicos e DJ's fusão e DJ's Euro-Afro-Latino-Orientais e DJ's DJ's e Flautas e Baterias e Percussões e Guitarras e amplificadores viola campaniça e comércio justo e FSP e desenvolvimento local e música antiga e Jazz e menos posts; alguns pelo menos a menos; ou então a falar de uma das coisas descritas mais acima. A memória RAM não dá para mais....
PP
Tou de abalada pr'ás Andanças. A coisa agora é mais estrados e grupos e tendas e bancos de madeira e oficinas e danças e programas e bases de dados e secretariados e seminários e concertos e percursos e geologias na serra e seminários e instrumentos e transportes e grupos e voluntários e cacifos e segurança e quadros de ardósia e riscas verdes e brancas e carvalhais e pomares e campo da bola e quadros elétricos a 30 amperes e bares e bifanas e senhas e pulseiras e radiosinhos giraços e gráficas e sinaléticas e depósitos de água e esgotos e microfones analâmbricos e PA's (as cenas do som) e materiais marados e estacionamentos e bricolage e improvosação (bués) e concertos na capela e bailaricos e viagens e pavilhões e artesanato e piscinas naturais e jogos tradicionais e bookcrossing e caleidoscópios e Linho e desfile com vacas e vinho e milho e marchas e espantalhos e contos e instrumentos e espectáculos e parcerias e iluminação e fogo preso e cavalo e Russia e Portugal e Galiza e Catalunha e Espanha e Bélgica e França e Bretanha e Inglaterra e Irlanda e Bulgária e África e Cabo Verde e Trás os Montes e LAfões e Itália e Algarve e Amarante e Brasil e Oriente e Sapateado e Salsa e Turquia e Arm+enia e Grécia e Alpes e Mediterrâneo e Klezmer e Sevilha e Cavaquinhos e Sanfonas e Concertinas e Gaitas e DJ's étnicos e DJ's fusão e DJ's Euro-Afro-Latino-Orientais e DJ's DJ's e Flautas e Baterias e Percussões e Guitarras e amplificadores viola campaniça e comércio justo e FSP e desenvolvimento local e música antiga e Jazz e menos posts; alguns pelo menos a menos; ou então a falar de uma das coisas descritas mais acima. A memória RAM não dá para mais....
PP
Ainda o Prestige
Uma instituição privada, num relatório de 600 páginas, calculou que os prejuízos causados pelo Prestige serão superiores às do Exon Valdez. A única pequenina diferença, é que no caso dos 7,5 mil milhões de dolares de prejuízo causados pelo Exon Valdez, o Alasca conseguiu sacar 4 mil Milhões de dolares ao grupo Exxon Mobil. No caso do Prestige, o FIPOL, o tal fundo famigerado que deixa na impunidade as empresas petrolíferas, deve pagar para aí uns 4% dos prejuízos; o restinho fica para o Estado Espanhol (ou seja, todos os contribuintes nuestros hermanos) e os particulares directamente e indirectamente lesados (ou seja, alguns contribuintes nuestros hermanos muito concretos, que viviam da pesca, da costa, do mar e outras coisas pouco compatíveis com 50 000 toneladas de crude manhoso); os verdadeiros responsáveis, as empresas petrolíferas, que são apenas as empresas mais ricas do mundo, não pagam nem um cêntimo da factura final. Para quando, o fim da FIPOL? Para quando, ver num tribunal um desses magnatas do petróleo a assumir os seus erros? para quando uma política marítima decente? o mais incrível é que se por acaso uma das pessoas que ficaram com a vida literalmente destruída, não tem maneira de poder reclamar na justiça. Os tribunais não funcionam para estes casos e as indeminizações são infímas e têm que ser muito bem justificadas. E de certeza que não vai ser a Libéria (país onde está registado o barco) que vai pagar!!!
PP
Uma instituição privada, num relatório de 600 páginas, calculou que os prejuízos causados pelo Prestige serão superiores às do Exon Valdez. A única pequenina diferença, é que no caso dos 7,5 mil milhões de dolares de prejuízo causados pelo Exon Valdez, o Alasca conseguiu sacar 4 mil Milhões de dolares ao grupo Exxon Mobil. No caso do Prestige, o FIPOL, o tal fundo famigerado que deixa na impunidade as empresas petrolíferas, deve pagar para aí uns 4% dos prejuízos; o restinho fica para o Estado Espanhol (ou seja, todos os contribuintes nuestros hermanos) e os particulares directamente e indirectamente lesados (ou seja, alguns contribuintes nuestros hermanos muito concretos, que viviam da pesca, da costa, do mar e outras coisas pouco compatíveis com 50 000 toneladas de crude manhoso); os verdadeiros responsáveis, as empresas petrolíferas, que são apenas as empresas mais ricas do mundo, não pagam nem um cêntimo da factura final. Para quando, o fim da FIPOL? Para quando, ver num tribunal um desses magnatas do petróleo a assumir os seus erros? para quando uma política marítima decente? o mais incrível é que se por acaso uma das pessoas que ficaram com a vida literalmente destruída, não tem maneira de poder reclamar na justiça. Os tribunais não funcionam para estes casos e as indeminizações são infímas e têm que ser muito bem justificadas. E de certeza que não vai ser a Libéria (país onde está registado o barco) que vai pagar!!!
PP
segunda-feira, agosto 18, 2003
Comércio Justo na Europa 2001
Factos e números sobre o movimento do Comércio Justo em 18 países europeus
O Comércio Justo visa combater a pobreza nos países do Sul, oferecendo aos produtores desfavorecidos de África, Ásia ou América Latina, oportunidades justas de acederem aos mercados do Norte, procurando estabelecer relações directas e sustentáveis entre os produtores mais pobres e os consumidores dos países mais ricos.
O Comércio Justo consiste numa abordagem alternativa do comércio internacional convencional. É uma parceria comercial com o propósito de promover o desenvolvimento sustentado dos produtores desfavorecidos e excluídos. Os meios utilizados para o conseguir são a melhoria das condições e dos termos de comercialização, a sensibilização e a promoção de campanhas de informação junto dos consumidores sobre as assimetrias e a interdependência Norte -Sul.
O presente estudo foi encomendado pala EFTA, Associação Europeia de Comércio Justo, uma rede de doze organizações importadoras de Comércio Justo de nove países europeus. Pretende-se fornecer, além de uma informação sobre os próprios princípios e actores, uma imagem detalhada e actualizada das actividades de Comércio Justo a nível europeu.
Este trabalho cobre a realidade de 18 países: os quinze estados membros da União Europeia, Malta, a Noruega e a Suíça. As versões anteriores, datadas de 1995 e 1998, abrangeram respectivamente catorze e dezasseis países. Portugal e Malta são incluídos pela primeira vez.
O CIDAC, Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral edita, pela primeira vez em língua portuguesa, esta publicação de referência.
À venda, 10€, no CIDAC: Rua pinheiro chagas, 77-2º Esq. 1069-069 Lisboa.
Tel. 21.317.28.60 / Fax: 21.317.28.70/ e-mail: cidac@cidac.pt
encomendas: envio à cobrança 11,20€ (10€ + 1.20€ de envio)
Retirado da página do CIDAC
Factos e números sobre o movimento do Comércio Justo em 18 países europeus
O Comércio Justo visa combater a pobreza nos países do Sul, oferecendo aos produtores desfavorecidos de África, Ásia ou América Latina, oportunidades justas de acederem aos mercados do Norte, procurando estabelecer relações directas e sustentáveis entre os produtores mais pobres e os consumidores dos países mais ricos.
O Comércio Justo consiste numa abordagem alternativa do comércio internacional convencional. É uma parceria comercial com o propósito de promover o desenvolvimento sustentado dos produtores desfavorecidos e excluídos. Os meios utilizados para o conseguir são a melhoria das condições e dos termos de comercialização, a sensibilização e a promoção de campanhas de informação junto dos consumidores sobre as assimetrias e a interdependência Norte -Sul.
O presente estudo foi encomendado pala EFTA, Associação Europeia de Comércio Justo, uma rede de doze organizações importadoras de Comércio Justo de nove países europeus. Pretende-se fornecer, além de uma informação sobre os próprios princípios e actores, uma imagem detalhada e actualizada das actividades de Comércio Justo a nível europeu.
Este trabalho cobre a realidade de 18 países: os quinze estados membros da União Europeia, Malta, a Noruega e a Suíça. As versões anteriores, datadas de 1995 e 1998, abrangeram respectivamente catorze e dezasseis países. Portugal e Malta são incluídos pela primeira vez.
O CIDAC, Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral edita, pela primeira vez em língua portuguesa, esta publicação de referência.
À venda, 10€, no CIDAC: Rua pinheiro chagas, 77-2º Esq. 1069-069 Lisboa.
Tel. 21.317.28.60 / Fax: 21.317.28.70/ e-mail: cidac@cidac.pt
encomendas: envio à cobrança 11,20€ (10€ + 1.20€ de envio)
Retirado da página do CIDAC
Angola: Graves riscos e abusos durante o processo de reassentamento
(Luanda, 15 de Agosto de 2003) –
O governo Angolano e as Nações Unidas falham ao não proporcionar um retorno voluntário e seguro a milhões de Angolanos, afirma a Human Rights Watch (HRW) em novo relatório a 15 de Agosto.
O relatório “A Luta em Tempos de Paz: o Retorno e Reassentamento em Angola” de 30 páginas documenta vários incidentes do uso de violência ou ameaça de violência por parte das autoridades Angolanas para expulsar as populações deslocadas dos centros de trânsito e acampamentos que ocupam há anos. O relatório da HRW também demonstra preocupação com incidentes de estupro e violência sexual contra mulheres deslocadas ou refugiadas Angolanas em seu retorno ao país.
“O fim do conflito em Angola é uma bênção para milhões de Angolanos, mas ao menos que medidas urgentes sejam tomadas, e logo, a paz será um peso para aqueles que arriscam suas vidas no retorno às suas áreas de origem” afirmou Peter Takirambudde, Diretor Executivo da Divisão da África da HRW.
Centenas de refugiados Angolanos têm retornado espontaneamente ao país desde o cesar-fogo de Abril de 2002, mas milhões de deslocados, refugiados e ex-combatentes permanecem em exílio ou em acampamentos temporários dentro de Angola.
Ao invés de prestar atenção especial às necessidades das crianças, mulheres e outros grupos vulneráveis, durante o reassentamento, o governo Angolano tem dado preferência a assistência de ex-combatentes. O governo também não tem fornecido documentos de identidade que auxiliariam os grupos em trânsito ao acesso à assistência humanitária, que é amplamente insuficiente.
“Angola é um país rico em petróleo com os recursos necessários para poder sustentar a sua população” disse Takirambudde, “não há desculpa nenhuma pelo sofrimento da população.”
A Legislação Angolana incorpora as normas internacionais de protecção as populações deslocadas mas, na prática, o governo tem falhado na implementação dessa legislação, declara a HRW.
Minas terrestres têm causado a morte e ferimentos em centenas de Angolanos em seu retorno, afirmou a HRW.
As agências das Nações Unidas também têm falhado quanto a adoção de medidas para garantir a protecção dos Angolanos em trânsito. A HRW clama ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e o Divisão dos Direitos Humanos da ONU em Angola para ampliar seu mandato incluindo grupos vulneráveis excluidos dos esforços de assistência ao reassentamento do governo. A HRW também apela à Comunidade doadora a Angola para que financie plenamente o valor requerido pelas agências da ONU para seu trabalho em Angola.
O relatório da HRW pede às autoridades Angolanas e agências internacionais que garantam aos civis e ex-soldados em trânsito condições básicas para o retorno e reassentamento. Atenção especial deve ser devotada as mulheres, criança e outros grupos vulneráveis. A não garantia dessas normas – e logo – poderá
agravar a situação actual, ameaçar o processo de paz e minar as esperanças de desenvolvimento. Mais importante ainda, as autoridades do governo Angolano deveriam respeitar a natureza voluntária do direito de retorno e reassentamento, de acordo com as leis internacionais que foi incorporada em sua própria legislação doméstica.
A Pesquisa: Retorno Forçado
A HRW documentou que as autoridades locais forçaram Angolanos deslocados a retornar às suas áreas de origem valendo-se de violência ou ameaças de violência. Um dos incidentes documentados foi o do centro de trânsito de Cambabe II, localizado nas proximidade de Caxito, na provincia do Bengo. A administração local e as forças policiais entraram no centro em Setembro e Outubro de 2002, queimado as casas dos deslocados e 10 acres de plantação. Com suas casas e plantações destruídas, os deslocados internos não tinham outro lugar para ir a não ser suas áreas de origem, que por sua vez, não estavam em condições para recebê-los. A maior parte, fugiu imediatamente sem parar para apanhar os animais ou outros pertences.
Um agente humanitário presente em Cambabe II e que testemunhou o incêndio das casas dos deslocados internos contou à HRW:
"Eles foram forçados a deixar suas áreas porque o governo queria as terras para o uso em seus próprios projectos de agricultura. Os deslocados internos perderam dez acres de plantação de batata doce e mandioca. Queimar as casas era parte da política do governo."
Em alguns casos, o governo ameaçou suspender a assistência aos deslocados internos nos centros de trânsito ou nos acampamentos onde os deslocados viviam por vários anos. Outro agente humanitário relatou a Humanc Rights Watch que:
"A administração local determinou que o campo [Bengo II] fosse evacuado. Eles disseram-nos que o processo de retorno fora oficialmente aberto e que as pessoas deveriam retornar às suas áreas de origem. No entanto, eles não forneceram transporte ou outra assistência e ameaçaram suspender a assistência existente. Então, em Julho de 2002, houve um grande mal estar quando a distribuição de alimentos do PAM foi temporariamente suspensa em Bengo e Feira [centros de trânsito]."
Marlene V., 28, contou a HRW, que as autoridades locais a haviam instruído a deixar Bengo II e ir para Sanza Pombo (sua terra natal) apesar de seu desejo de permanecer em Bengo II. Ela disse:
“Eu não tenho ninguém lá. Minha mãe e pai morreram e meus filhos vão para escola aqui [em Negage]. Em Sanza Pombo não tem posto de saúde ou outros serviços. Eu sei porque o meu marido foi lá e me contou.”
Em Bengo II havia cerca 12 Famílias de Sanza Pombo que preferiam não retornar. Jorge S., 33, contou a HRW suas razões para ficar.
Estamos aqui desde Setembro de 1999. Aqui nós temos uma casa e terra para trabalhar. ’Voltar’ quer dizer ir para um lugar onde não chega nem estrada.
Em outros casos, populações deslocadas têm sido impedidas de irem para outras regiões, principalmente a capital, Luanda. Helena S., 29, mulher deslocada durante o conflito armado, entrevistada pela HRW em Uíge, onde ela morava em um campo para deslocados internos por anos, contou que as autoridades locais teriam impedido que ela fosse para Luanda, onde ela teria cinco de seus filhos e onde viviam outros membros da família. Ela contou a HRW que:
“Eu não vejo a minha mãe há sete anos. Fomos separadas durante a guerra. Sou de Mbanza
Kongo. Aqui [em Negage] não tenho terra. Não tenho nada. Tenho cinco filhos em Luanda e dois aqui comigo. Eu queria ir para Luanda onde tenho família mas eles [as autoridades locais] falaram para a gente esperar. Eu estou esperando há dez meses. Estou esperando desde quando teve paz.”
PP
(Luanda, 15 de Agosto de 2003) –
O governo Angolano e as Nações Unidas falham ao não proporcionar um retorno voluntário e seguro a milhões de Angolanos, afirma a Human Rights Watch (HRW) em novo relatório a 15 de Agosto.
O relatório “A Luta em Tempos de Paz: o Retorno e Reassentamento em Angola” de 30 páginas documenta vários incidentes do uso de violência ou ameaça de violência por parte das autoridades Angolanas para expulsar as populações deslocadas dos centros de trânsito e acampamentos que ocupam há anos. O relatório da HRW também demonstra preocupação com incidentes de estupro e violência sexual contra mulheres deslocadas ou refugiadas Angolanas em seu retorno ao país.
“O fim do conflito em Angola é uma bênção para milhões de Angolanos, mas ao menos que medidas urgentes sejam tomadas, e logo, a paz será um peso para aqueles que arriscam suas vidas no retorno às suas áreas de origem” afirmou Peter Takirambudde, Diretor Executivo da Divisão da África da HRW.
Centenas de refugiados Angolanos têm retornado espontaneamente ao país desde o cesar-fogo de Abril de 2002, mas milhões de deslocados, refugiados e ex-combatentes permanecem em exílio ou em acampamentos temporários dentro de Angola.
Ao invés de prestar atenção especial às necessidades das crianças, mulheres e outros grupos vulneráveis, durante o reassentamento, o governo Angolano tem dado preferência a assistência de ex-combatentes. O governo também não tem fornecido documentos de identidade que auxiliariam os grupos em trânsito ao acesso à assistência humanitária, que é amplamente insuficiente.
“Angola é um país rico em petróleo com os recursos necessários para poder sustentar a sua população” disse Takirambudde, “não há desculpa nenhuma pelo sofrimento da população.”
A Legislação Angolana incorpora as normas internacionais de protecção as populações deslocadas mas, na prática, o governo tem falhado na implementação dessa legislação, declara a HRW.
Minas terrestres têm causado a morte e ferimentos em centenas de Angolanos em seu retorno, afirmou a HRW.
As agências das Nações Unidas também têm falhado quanto a adoção de medidas para garantir a protecção dos Angolanos em trânsito. A HRW clama ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e o Divisão dos Direitos Humanos da ONU em Angola para ampliar seu mandato incluindo grupos vulneráveis excluidos dos esforços de assistência ao reassentamento do governo. A HRW também apela à Comunidade doadora a Angola para que financie plenamente o valor requerido pelas agências da ONU para seu trabalho em Angola.
O relatório da HRW pede às autoridades Angolanas e agências internacionais que garantam aos civis e ex-soldados em trânsito condições básicas para o retorno e reassentamento. Atenção especial deve ser devotada as mulheres, criança e outros grupos vulneráveis. A não garantia dessas normas – e logo – poderá
agravar a situação actual, ameaçar o processo de paz e minar as esperanças de desenvolvimento. Mais importante ainda, as autoridades do governo Angolano deveriam respeitar a natureza voluntária do direito de retorno e reassentamento, de acordo com as leis internacionais que foi incorporada em sua própria legislação doméstica.
A Pesquisa: Retorno Forçado
A HRW documentou que as autoridades locais forçaram Angolanos deslocados a retornar às suas áreas de origem valendo-se de violência ou ameaças de violência. Um dos incidentes documentados foi o do centro de trânsito de Cambabe II, localizado nas proximidade de Caxito, na provincia do Bengo. A administração local e as forças policiais entraram no centro em Setembro e Outubro de 2002, queimado as casas dos deslocados e 10 acres de plantação. Com suas casas e plantações destruídas, os deslocados internos não tinham outro lugar para ir a não ser suas áreas de origem, que por sua vez, não estavam em condições para recebê-los. A maior parte, fugiu imediatamente sem parar para apanhar os animais ou outros pertences.
Um agente humanitário presente em Cambabe II e que testemunhou o incêndio das casas dos deslocados internos contou à HRW:
"Eles foram forçados a deixar suas áreas porque o governo queria as terras para o uso em seus próprios projectos de agricultura. Os deslocados internos perderam dez acres de plantação de batata doce e mandioca. Queimar as casas era parte da política do governo."
Em alguns casos, o governo ameaçou suspender a assistência aos deslocados internos nos centros de trânsito ou nos acampamentos onde os deslocados viviam por vários anos. Outro agente humanitário relatou a Humanc Rights Watch que:
"A administração local determinou que o campo [Bengo II] fosse evacuado. Eles disseram-nos que o processo de retorno fora oficialmente aberto e que as pessoas deveriam retornar às suas áreas de origem. No entanto, eles não forneceram transporte ou outra assistência e ameaçaram suspender a assistência existente. Então, em Julho de 2002, houve um grande mal estar quando a distribuição de alimentos do PAM foi temporariamente suspensa em Bengo e Feira [centros de trânsito]."
Marlene V., 28, contou a HRW, que as autoridades locais a haviam instruído a deixar Bengo II e ir para Sanza Pombo (sua terra natal) apesar de seu desejo de permanecer em Bengo II. Ela disse:
“Eu não tenho ninguém lá. Minha mãe e pai morreram e meus filhos vão para escola aqui [em Negage]. Em Sanza Pombo não tem posto de saúde ou outros serviços. Eu sei porque o meu marido foi lá e me contou.”
Em Bengo II havia cerca 12 Famílias de Sanza Pombo que preferiam não retornar. Jorge S., 33, contou a HRW suas razões para ficar.
Estamos aqui desde Setembro de 1999. Aqui nós temos uma casa e terra para trabalhar. ’Voltar’ quer dizer ir para um lugar onde não chega nem estrada.
Em outros casos, populações deslocadas têm sido impedidas de irem para outras regiões, principalmente a capital, Luanda. Helena S., 29, mulher deslocada durante o conflito armado, entrevistada pela HRW em Uíge, onde ela morava em um campo para deslocados internos por anos, contou que as autoridades locais teriam impedido que ela fosse para Luanda, onde ela teria cinco de seus filhos e onde viviam outros membros da família. Ela contou a HRW que:
“Eu não vejo a minha mãe há sete anos. Fomos separadas durante a guerra. Sou de Mbanza
Kongo. Aqui [em Negage] não tenho terra. Não tenho nada. Tenho cinco filhos em Luanda e dois aqui comigo. Eu queria ir para Luanda onde tenho família mas eles [as autoridades locais] falaram para a gente esperar. Eu estou esperando há dez meses. Estou esperando desde quando teve paz.”
PP
Index Born in USA
Aqui vai uma lista de palavras (e outras coisas) proibidas nos Estados-unidos, e o index:
Regras recolhidas em "The Language Police", de Diane Ravitch, a partir das directivas de editores de manuais e exames para escolas dos EUA. Note-se que este rol não é exaustivo; uma lista semelhante ocupa mais de 30 páginas no livro de Ravitch, que diz continuar a receber novos exemplos dos seus leitores.
· palavras proibidas
- Actriz (palavra considerada sexista; usar actor para os dois sexos)
-Adão e Eva (usar "Eva e Adão", para mostrar que os homens não têm precedência)
- Anão (usar "pessoa de reduzida estatura")
- Deus (banida por ter ser discriminatório para os não cristãos)
- Diabo (idem)
- Dogma (considerada etnocêntrica, usar doutrina)
- Escravo (substituir por "escravizado")
- Gordo (usar obeso ou pesado)
- Homem Cro-Magnon (usar "pessoas Cro-Magnon")
- Iate (banida, considerado elitista)
- Maluco, Doido (usar "pessoa com problemas emocionais")
- Leste, Oeste (consideradas eurocêntricas quando usadas para descrever regiões planetárias, usar apenas os nomes de continentes)
· temas a evitar em textos de manuais
- Magia, sobrenatural
- Morte
- Aborto
- Doenças
- Teoria da evolução
- Religião
- Questões militares
- Desporto
- Terminologia agrícola, financeira, jurídica, científica
- Política
- Estilos musicais "controversos" (rap, rock n' roll)
- Desemprego
- Criaturas "assustadoras" ou "sujas" (ratos, morcegos, escorpiões)
·livros banidos
- "Huckleberry Finn", Mark Twain
- "Não matem a cotovia", Harper Lee
- "Admirável Mundo Novo", Aldous Huxley
- "Uma agulha no palheiro", J. D. Salinger
- "Adeus às Armas", Ernest Hemingway
- "Diário", Anne Frank
- "As vinhas da Ira", John Steinbeck
- "Voando Sobre um Ninho de Cucos", Ken Kesey
- "Fahrenheit 451" (ironicamente, um livro cujo tema é a censura), Ray Bradbury
- "Harry Potter", J.K. Rowling
Tirado deste blog
Não sei porquê, esta lista evoca-me aquele programa de rádio das músicas censuradas durante o fascismo...
Aqui vai uma lista de palavras (e outras coisas) proibidas nos Estados-unidos, e o index:
Regras recolhidas em "The Language Police", de Diane Ravitch, a partir das directivas de editores de manuais e exames para escolas dos EUA. Note-se que este rol não é exaustivo; uma lista semelhante ocupa mais de 30 páginas no livro de Ravitch, que diz continuar a receber novos exemplos dos seus leitores.
· palavras proibidas
- Actriz (palavra considerada sexista; usar actor para os dois sexos)
-Adão e Eva (usar "Eva e Adão", para mostrar que os homens não têm precedência)
- Anão (usar "pessoa de reduzida estatura")
- Deus (banida por ter ser discriminatório para os não cristãos)
- Diabo (idem)
- Dogma (considerada etnocêntrica, usar doutrina)
- Escravo (substituir por "escravizado")
- Gordo (usar obeso ou pesado)
- Homem Cro-Magnon (usar "pessoas Cro-Magnon")
- Iate (banida, considerado elitista)
- Maluco, Doido (usar "pessoa com problemas emocionais")
- Leste, Oeste (consideradas eurocêntricas quando usadas para descrever regiões planetárias, usar apenas os nomes de continentes)
· temas a evitar em textos de manuais
- Magia, sobrenatural
- Morte
- Aborto
- Doenças
- Teoria da evolução
- Religião
- Questões militares
- Desporto
- Terminologia agrícola, financeira, jurídica, científica
- Política
- Estilos musicais "controversos" (rap, rock n' roll)
- Desemprego
- Criaturas "assustadoras" ou "sujas" (ratos, morcegos, escorpiões)
·livros banidos
- "Huckleberry Finn", Mark Twain
- "Não matem a cotovia", Harper Lee
- "Admirável Mundo Novo", Aldous Huxley
- "Uma agulha no palheiro", J. D. Salinger
- "Adeus às Armas", Ernest Hemingway
- "Diário", Anne Frank
- "As vinhas da Ira", John Steinbeck
- "Voando Sobre um Ninho de Cucos", Ken Kesey
- "Fahrenheit 451" (ironicamente, um livro cujo tema é a censura), Ray Bradbury
- "Harry Potter", J.K. Rowling
Tirado deste blog
Não sei porquê, esta lista evoca-me aquele programa de rádio das músicas censuradas durante o fascismo...
Nota botânica triste II
De luto pelos milhões de árvores caídas em combate contra a voracidade das chamas; principal vítima dos fogos florestais em Portugal: Pinus pinaster.
300 000 hectares é muito hectar!!!!!
Nome Vulgar: Pinheiro-bravo, pinheiro-marítimo
Família: PINACEAE
Género: Pinus
Nome científico: Pinus pinaster
Folhas: Aciculares, aos pares, robustas, rígidas, de cor verde-acinzentadas.
Flores: Estróbilos (inflorescências complexas que constituem as "flores" das Gimnospérmicas, normalmente, apresentando os órgãos reprodutores inseridos à volta de um eixo central) masculinos distribuídos ao longo do terço inferior dos raminhos novos; estróbilos femininos, vermelho-róseos, em grupos de 3 a 5 à volta do gomo (o mesmo que gema) terminal.
Frutos: Pinhas oblongo-cónicas (em forma de elipse alongada, em que os lados são quase paralelos) simétricas ou quase simétricas, castanhas claras e brilhantes, contendo sementes com uma asa (expansão laminar, foliácea ou membranosa) até 3 cm.
Altura: Até 40 m.
Tipo de Solo: Leves e arenosos marítimos, pobres em húmus, de humidade média.
Origem: Região Mediterrânica
Utilidades: Plantado pela madeira, como protecção contra o vento e como fixador de dunas.
Nota botânica triste
De luto pelos Jacarandás futuramente desaparecidos de Lisboa, lá para os lados do Parque Eduardo VII
Nome Vulgar: Jacarandá
Família: BIGNONIACEAE
Género: Jacaranda
Nome científico: Jacaranda mimosifolia
Folhas: Compostas, imparipinuladas, com 20 a 30 pares de folíolos (cada uma das partes de uma folha composta)
pequenos, ovados (diz-se dos órgãos laminares com a secção longitudinal de um ovo).
Flores: De cor roxa, dispostas em inflorescências (modo de disposição das flores) terminais.
Frutos: Lenhosos, planos, deiscentes (de deiscência: processo de abertura da antera ou do fruto)
em forma de castanhola, contendo uma grande quantidade de sementes aladas.
Altura: Até 15 m.
Tipo de Solo: Humidade média, teor de húmus normal.
Origem: Brasil (Floresta Amazónia: por isso faz sonhar....)
Floração: Maio a Junho (ou ainda mais cedo)
Utilidades: Ornamental; a sua madeira pode ser utilizada em marcenaria.
Observações: Resistente à poluição urbana.
As bichas e fufas já chegarao ao Éter - Expresso
(a propósito de um artigo com destaque na revista "Única" que vem com o Expresso)
As "bichas" e as excelentíssimas "fufas", as politicamente incorrectas, também conhecidas, para os mais politizados e politicamente correctos, por GLBT, alguns, ainda por cima , membros (des)eméritos deste Fórum, voltaram a atacar sem açaime, na calada do éter empresarial , a propósito dos programas, horrorosos, até independentes, que nunca deviam ter ido para o ar, o "Vidas Alternativas" e o "Maria e Maria", na Voxx, desta vez, desta voz, nesta ardente semana, aproveitando-se, ignominiosamente, de um semanário porno pouco recomendável, ou não seja ele um(a) porta (voz ) da burguesia esfaimada, o "Expresso". "O que não fazem eles, para estarem sempre debaixo dos holofotes? "Enfim...agora vamos tentar sair no "Observatore Romano" .
Assim, depois de muitas cunhas, muitos esforços, imensas concessões feitas com o corpo todo, travestimo-nos pela diversidade, enviamos o cartão de crédito dourado, pela solidariedade, lá conseguimos que ao fim de 3 anos e meio de existência, inútil, saísse uma manipulada reportagem sobre o nosso programa , não gay, não lésbico, totalmente comercial e absolutamente éter-vendido, mas que mereceu, só por isso, do jornal a atenção de 3 paginas, com amplas fotos e texto, sob o titulo "A Voxx das Minorias", pag. 14- 16., e com chamada para a (su)capa da revista , sob a epigrafe"o Arco Iris chegou às ondas de rádio". Já chegamos à Madeira?! Onde isto chegou!!
Que dirão o Papa ,e o Bush, e os outros todos, sobre isto? Provavelmente limitar-se-ão encolher de ombros , acompanhados de "o cão ladra, mas as caravanas da intransigência passam" ,claro, um, em latim,"cave canem, blablabla...” que eu já me esqueci, e o outro em americano,"The dog barks, but the Americans go on", pois neste dialecto global, sou um poucochinho mais versado.
Aconselhando-vos ,portanto a que não comprem o Expresso desta semana, porque é dinheiro deitado ao capitalismo puro, embora, entretanto, para vossa tranquilidade , prometamos, todas as quartas feiras, das 21-22h , continuar a chatear toda gente que nos chateia com intransigências várias , da direita à esquerda, de baixo para cima, ou de cima para baixo, e até de cú para o ar, sejam eles Heteros, "Homens sexuais",ou simples chefes de caravanas, e a lutar pela diversidade, ou seja , também , por um FSP, aberto, despartidarizado, descentralizado, que dê voz aos que a não têm, enfim, que prove, que até em Portugal, apesar das intransigências várias, "Um Outro Mundo é Possível".!
E não se pode extermina-los? Só mortas!
Hasta o " Andanças", em S. Pedro do Sul, onde espero encontrar-vos, e.... bailar !
Continuação de boas férias!
Antonio Serzedelo
(a propósito de um artigo com destaque na revista "Única" que vem com o Expresso)
As "bichas" e as excelentíssimas "fufas", as politicamente incorrectas, também conhecidas, para os mais politizados e politicamente correctos, por GLBT, alguns, ainda por cima , membros (des)eméritos deste Fórum, voltaram a atacar sem açaime, na calada do éter empresarial , a propósito dos programas, horrorosos, até independentes, que nunca deviam ter ido para o ar, o "Vidas Alternativas" e o "Maria e Maria", na Voxx, desta vez, desta voz, nesta ardente semana, aproveitando-se, ignominiosamente, de um semanário porno pouco recomendável, ou não seja ele um(a) porta (voz ) da burguesia esfaimada, o "Expresso". "O que não fazem eles, para estarem sempre debaixo dos holofotes? "Enfim...agora vamos tentar sair no "Observatore Romano" .
Assim, depois de muitas cunhas, muitos esforços, imensas concessões feitas com o corpo todo, travestimo-nos pela diversidade, enviamos o cartão de crédito dourado, pela solidariedade, lá conseguimos que ao fim de 3 anos e meio de existência, inútil, saísse uma manipulada reportagem sobre o nosso programa , não gay, não lésbico, totalmente comercial e absolutamente éter-vendido, mas que mereceu, só por isso, do jornal a atenção de 3 paginas, com amplas fotos e texto, sob o titulo "A Voxx das Minorias", pag. 14- 16., e com chamada para a (su)capa da revista , sob a epigrafe"o Arco Iris chegou às ondas de rádio". Já chegamos à Madeira?! Onde isto chegou!!
Que dirão o Papa ,e o Bush, e os outros todos, sobre isto? Provavelmente limitar-se-ão encolher de ombros , acompanhados de "o cão ladra, mas as caravanas da intransigência passam" ,claro, um, em latim,"cave canem, blablabla...” que eu já me esqueci, e o outro em americano,"The dog barks, but the Americans go on", pois neste dialecto global, sou um poucochinho mais versado.
Aconselhando-vos ,portanto a que não comprem o Expresso desta semana, porque é dinheiro deitado ao capitalismo puro, embora, entretanto, para vossa tranquilidade , prometamos, todas as quartas feiras, das 21-22h , continuar a chatear toda gente que nos chateia com intransigências várias , da direita à esquerda, de baixo para cima, ou de cima para baixo, e até de cú para o ar, sejam eles Heteros, "Homens sexuais",ou simples chefes de caravanas, e a lutar pela diversidade, ou seja , também , por um FSP, aberto, despartidarizado, descentralizado, que dê voz aos que a não têm, enfim, que prove, que até em Portugal, apesar das intransigências várias, "Um Outro Mundo é Possível".!
E não se pode extermina-los? Só mortas!
Hasta o " Andanças", em S. Pedro do Sul, onde espero encontrar-vos, e.... bailar !
Continuação de boas férias!
Antonio Serzedelo
quinta-feira, agosto 14, 2003
Desafios e prespectivas do movimento social
3ª feira, 12 de agosto de 2003
por Pierre BEAUDET
"Os movimentos sociais e os movimentos progressistas neste começo de século interrogam-se relativamente às estratégias e orientações que devem adoptar no terreno. O debate está em aberto, já que as certezas e as fórmulas de antanho não fazem parte da ordem do dia. Ao mesmo tempo, o desafio é enorme: falamos de um trabalho que diz respeito a milhões de pessoas, que podem ter um impacto sobre a realidade social, económica e politica em todo o mundo. Graças ao processo iniciado no Fórum social Mundial (FSM), a partir das deliberações de Porto Alegre e de dezenas de encontros que vão surgindo em diferentes países e regiões, essa discussão está bem viva. Mas ainda há muito a fazer."
Continuação do artigo aqui
3ª feira, 12 de agosto de 2003
por Pierre BEAUDET
"Os movimentos sociais e os movimentos progressistas neste começo de século interrogam-se relativamente às estratégias e orientações que devem adoptar no terreno. O debate está em aberto, já que as certezas e as fórmulas de antanho não fazem parte da ordem do dia. Ao mesmo tempo, o desafio é enorme: falamos de um trabalho que diz respeito a milhões de pessoas, que podem ter um impacto sobre a realidade social, económica e politica em todo o mundo. Graças ao processo iniciado no Fórum social Mundial (FSM), a partir das deliberações de Porto Alegre e de dezenas de encontros que vão surgindo em diferentes países e regiões, essa discussão está bem viva. Mas ainda há muito a fazer."
Continuação do artigo aqui
Nota científica: como é que um avião voa?
Eu acredito na ciência, com todas as suas imperfeições. Quando li o livro “5 equações que mudaram o mundo”, pela Gradiva, a minha desconfiança relativa aos aviões foi apaziguada pela compreensão do processo que está por detrás da aparente contradição que permite que um avião de milhares de quilos voe; a pergunta que muita gente se faz sempre quando está num avião é: Por que carga de água é que estas toneladas de ferro, titâneo, estofos e aparelhagens modernas não se estatelam estrondosamente no chão?
No tal livrinho uma das equações que aparece é a de Bernoulli; esta equação descreve o comportamento dos fluidos (está tudo num calhamaço que se chama “hidrodinâmica” ou coisa que o valha). Um dos corolários mais importantes é que a pressão exercida por um fluido numa conduta é tanto maior quanto menor a velocidade a que está sujeito. Por isso, para dois tubos de igual secção, um fluido animado de uma velocidade menor exercerá mais pressão nas paredes do tubo; Analogamente, ao considerarmos o ar como um fluido, basta que na parte de baixo da asa do avião o ar circule a uma velocidade menor que na parte de cima para que a pressão seja exercida de baixo para cima; o desenho das asas dos aviões é feito precisamente com essa finalidade. As asas separam o ar em duas colunas distintas de ar que exercem pressões diferentes: a pressão abaixo da asa é superior à pressão acima da asa. Como a asa tem a mesma área de ambos os lados, a força exercida final (a força vertical é a pressão a multiplicar pela área) é de baixo para cima; quando esta força é superior à força de atracção da gravidade, o peso do avião é sustentado pela fantástica lei de Bernoulli e o avião, eventualmente, voa!!
A asa separa o fluxo de ar no ponto A, obrigando-o a dividir-se: uma parte seguirá o percurso A-C-B, enquanto que a outra irá seguir o percurso A-D-B. Pela lei da mecânica dos fluidos, ambas as massas de ar se irão encontrar no ponto B ao mesmo tempo! Mas, como o percurso A-C-B é mais longo, uma vez que o outro é praticamente uma linha recta (a distância mais curta entre dois pontos) as partículas de ar serão forçadas a acelerar o seu movimento no percurso mais longo. Este trajecto é feito na parte superior da asa, gerando-se aí uma quebra, ou abaixamento de pressão devido à menor densidade do ar nesse espaço em relação à parte inferior. A soma das forças de deflecção e de sustentação, criadas pelas diferentes zonas de pressão, permitem-nos vencer a força da gravidade, e voar. (retirado daqui).
PP
PS –Houve duas pessoas que reclamaram esta importante descoberta. Por ironia do destino, Bernoulli é o nome comum a essas duas pessoas, já que eram pai (supostamente o usurpador) e filho (supostamente vitima das cabalas de seu pai). Esta é uma história digna de ser contada por esse comunicador incontornável que é o José Hermano Saraiva.....
Eu acredito na ciência, com todas as suas imperfeições. Quando li o livro “5 equações que mudaram o mundo”, pela Gradiva, a minha desconfiança relativa aos aviões foi apaziguada pela compreensão do processo que está por detrás da aparente contradição que permite que um avião de milhares de quilos voe; a pergunta que muita gente se faz sempre quando está num avião é: Por que carga de água é que estas toneladas de ferro, titâneo, estofos e aparelhagens modernas não se estatelam estrondosamente no chão?
No tal livrinho uma das equações que aparece é a de Bernoulli; esta equação descreve o comportamento dos fluidos (está tudo num calhamaço que se chama “hidrodinâmica” ou coisa que o valha). Um dos corolários mais importantes é que a pressão exercida por um fluido numa conduta é tanto maior quanto menor a velocidade a que está sujeito. Por isso, para dois tubos de igual secção, um fluido animado de uma velocidade menor exercerá mais pressão nas paredes do tubo; Analogamente, ao considerarmos o ar como um fluido, basta que na parte de baixo da asa do avião o ar circule a uma velocidade menor que na parte de cima para que a pressão seja exercida de baixo para cima; o desenho das asas dos aviões é feito precisamente com essa finalidade. As asas separam o ar em duas colunas distintas de ar que exercem pressões diferentes: a pressão abaixo da asa é superior à pressão acima da asa. Como a asa tem a mesma área de ambos os lados, a força exercida final (a força vertical é a pressão a multiplicar pela área) é de baixo para cima; quando esta força é superior à força de atracção da gravidade, o peso do avião é sustentado pela fantástica lei de Bernoulli e o avião, eventualmente, voa!!
A asa separa o fluxo de ar no ponto A, obrigando-o a dividir-se: uma parte seguirá o percurso A-C-B, enquanto que a outra irá seguir o percurso A-D-B. Pela lei da mecânica dos fluidos, ambas as massas de ar se irão encontrar no ponto B ao mesmo tempo! Mas, como o percurso A-C-B é mais longo, uma vez que o outro é praticamente uma linha recta (a distância mais curta entre dois pontos) as partículas de ar serão forçadas a acelerar o seu movimento no percurso mais longo. Este trajecto é feito na parte superior da asa, gerando-se aí uma quebra, ou abaixamento de pressão devido à menor densidade do ar nesse espaço em relação à parte inferior. A soma das forças de deflecção e de sustentação, criadas pelas diferentes zonas de pressão, permitem-nos vencer a força da gravidade, e voar. (retirado daqui).
PP
PS –Houve duas pessoas que reclamaram esta importante descoberta. Por ironia do destino, Bernoulli é o nome comum a essas duas pessoas, já que eram pai (supostamente o usurpador) e filho (supostamente vitima das cabalas de seu pai). Esta é uma história digna de ser contada por esse comunicador incontornável que é o José Hermano Saraiva.....
Globalização e Liberalismo
A única forma de se poder fazer uma crítica pertinente é conhecer em profundidade o que se quer criticar. Quem melhor que Joseph E. Stiglitz para criticar a actuação de instituições financeiras no processo da Globalização? Neste artigo, apenas transcrevo alguns excertos do livro de J. Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001, "Globalização, A Grande Desilusão".
"Na véspera da minha entrada no Banco Mundial,...o que podíamos nós fazer por 1,2 mil milhões de pessoas que viviam com menos de 1 dólar por dia, ou por 2,8 mil milhões que viviam com menos de dois dólares, o correspondente a mais de 45 por cento da população mundial?"
"A cumular todo o processo da globalização vem o menosprezo dos valores, o menosprezo da moral e da ética."
"Na essência de todo este processo subjaz de facto o menosprezo dos valores: é o crescimento a assumir-se como Desenvolvimento escamoteando ou adiando a distribuição, isto é, a justiça social; é a insensibilidade ao agravamento dos desequilíbrios; é a possível insustentabilidade do crescimento com o dispêndio de recursos não renováveis, (...) a comprometer oportunidades de gerações futuras; é o desemprego a valer apenas como estatística, esquecendo que são pessoas, famílias, que o sofrem,..".
"E vêm a reboque as hipocrisias; a reboque e a coberto do menosprezo dos valores."
"Há muitos anos, o ex-presidente da General Motors e secretário da Defesa, Charles E. Wilson, fez uma declaração que ficou célebre e que se tornou o símbolo de uma determinada concepção do capitalismo americano: «O que é bom para a General Motors é bom para o país». Muitas vezes, o FMI parece adoptar uma ideia semelhante:«o que a comunidade financeira considera que é bom para a economia mundial é bom para a economia mundial e deve ser feito.”
"É por isso que, como vimos, muitas vezes o FMI forjou políticas que, além de agravarem os problemas que tentavam resolver, permitiram que eles se multiplicassem."
"a liberalização tem conduzido a aumento do desemprego; e a hipocrisia dos que «empurram» para a liberalização do comércio aí está:«Os países ocidentais exigiram a liberalização do comércio para os produtos que exportavam, mas ao mesmo tempo, continuavam a proteger aqueles sectores em que a concorrência dos países em desenvolvimento podia ameaçar as suas economias»."
"não temos nós assistido, como pretensa resposta ao terrorismo condenável, (...) não temos assistido ao desencadear de ataques bélicos que devastam e deixam na miséria populações extensas, indefesas e inocentes, fazendo-se-lhe seguir depois da devastação ajuda humanitária?"
"A entrada e a saída de capitais especulativos que tantas vezes se seguem à liberalização do mercado de capitais deixam o caos atrás de si."
"Aumenta o fosso entre ricos e pobres, e até o número de pessoas que vivem na pobreza absoluta - com menos de um dólar por dia - aumentou."
Introdução e tradução por Zé Manel. Texto original e discussão pode ser consultada aqui
A única forma de se poder fazer uma crítica pertinente é conhecer em profundidade o que se quer criticar. Quem melhor que Joseph E. Stiglitz para criticar a actuação de instituições financeiras no processo da Globalização? Neste artigo, apenas transcrevo alguns excertos do livro de J. Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001, "Globalização, A Grande Desilusão".
"Na véspera da minha entrada no Banco Mundial,...o que podíamos nós fazer por 1,2 mil milhões de pessoas que viviam com menos de 1 dólar por dia, ou por 2,8 mil milhões que viviam com menos de dois dólares, o correspondente a mais de 45 por cento da população mundial?"
"A cumular todo o processo da globalização vem o menosprezo dos valores, o menosprezo da moral e da ética."
"Na essência de todo este processo subjaz de facto o menosprezo dos valores: é o crescimento a assumir-se como Desenvolvimento escamoteando ou adiando a distribuição, isto é, a justiça social; é a insensibilidade ao agravamento dos desequilíbrios; é a possível insustentabilidade do crescimento com o dispêndio de recursos não renováveis, (...) a comprometer oportunidades de gerações futuras; é o desemprego a valer apenas como estatística, esquecendo que são pessoas, famílias, que o sofrem,..".
"E vêm a reboque as hipocrisias; a reboque e a coberto do menosprezo dos valores."
"Há muitos anos, o ex-presidente da General Motors e secretário da Defesa, Charles E. Wilson, fez uma declaração que ficou célebre e que se tornou o símbolo de uma determinada concepção do capitalismo americano: «O que é bom para a General Motors é bom para o país». Muitas vezes, o FMI parece adoptar uma ideia semelhante:«o que a comunidade financeira considera que é bom para a economia mundial é bom para a economia mundial e deve ser feito.”
"É por isso que, como vimos, muitas vezes o FMI forjou políticas que, além de agravarem os problemas que tentavam resolver, permitiram que eles se multiplicassem."
"a liberalização tem conduzido a aumento do desemprego; e a hipocrisia dos que «empurram» para a liberalização do comércio aí está:«Os países ocidentais exigiram a liberalização do comércio para os produtos que exportavam, mas ao mesmo tempo, continuavam a proteger aqueles sectores em que a concorrência dos países em desenvolvimento podia ameaçar as suas economias»."
"não temos nós assistido, como pretensa resposta ao terrorismo condenável, (...) não temos assistido ao desencadear de ataques bélicos que devastam e deixam na miséria populações extensas, indefesas e inocentes, fazendo-se-lhe seguir depois da devastação ajuda humanitária?"
"A entrada e a saída de capitais especulativos que tantas vezes se seguem à liberalização do mercado de capitais deixam o caos atrás de si."
"Aumenta o fosso entre ricos e pobres, e até o número de pessoas que vivem na pobreza absoluta - com menos de um dólar por dia - aumentou."
Introdução e tradução por Zé Manel. Texto original e discussão pode ser consultada aqui
quarta-feira, agosto 13, 2003
As empresas de inserção social: a «Doce Tentação»
«Doze pessoas, entre as quais um ex-recluso, vão trabalhar numa empresa de inserção criada pelo Centro de Dia de Cantar Galo, um projecto apoiado técnica e financeiramente pelo Centro de Emprego da Covilhã.
O empreendimento, o segundo do género lançado no concelho – o primeiro nasceu há cerca de dois anos em S. Jorge da Beira – visa, segundo adiantou o presidente do Centro de Dia, António Freire, inserir no mercado de trabalho pessoas, na grande maioria naturais e residentes na freguesia, que se encontravam desempregadas há mais de um ano e outras que pretendem reorientar a sua vida pessoal e profissional.
“Doce Tentação”, assim se denomina a empresa de fabrico de pão e bolos, destinados ao consumo do Centro de Dia e também de toda a população. “Vamos ter um balcão de venda ao público, café, pastelaria, com esplanada e uma carrinha que fará a distribuição por toda a cidade”, adianta António Freire que considera o projecto inovador e pioneiro no quadro das freguesias limítrofes da cidade.
A empresa de inserção vai funcionar num velho edifício do Centro de Dia que se encontra actualmente em reconstrução e que segundo António Freire deverá ser inaugurado no dia 20 de Julho.
O apoio financeiro ao investimento ascende a 217 mil euros (43.400 contos), dos quais 187 mil euros são concedidos sob a forma de subsídio não reembolsável e a parte restante, de 30 mil euros, atribuída sob a forma de empréstimo sem juros. Segundo António Freire, a empresa será subsidiada pelo Centro de Emprego pelo período de dois anos.
“Esperamos que a empresa seja bem sucedida e que possa, após esse prazo, continuar a manter-se em funcionamento”, sublinha o presidente [que também o é da Junta de Freguesia Cantar Galo]. A acção de formação dos doze trabalhadores teve início no dia 9 de Junho.»
Adaptado de artigo de Romão Vieira no Jornal do Fundão, edição de 13 de Junho de 2003.
«Cerca de 2.500 pessoas participaram, no dia 12 [de Julho], nas comemorações do primeiro aniversário do Centro de Dia de Cantar Galo, realizadas nas instalações da instituição que, em poucos meses, apresenta já uma obra de solidariedade social digna de realce.
Confirmada, de resto, pela grande adesão da população da freguesia às festividades que assinalaram, por outro lado, a entrada em funcionamento de uma empresa de inserção social promovida pelo Centro, que emprega 12 pessoas e que visa minorar os problemas sociais locais. (...).
Até Agosto, os 12 formandos vão aprender o ofício da padaria e da pastelaria, para depois iniciarem actividade a tempo inteiro, contando nos primeiros dois anos com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Boa parte do produto da nova empresa vai servir, para já, para consumo no Centro de Dia. “Temos hipóteses de no futuro ter aqui uma empresa com lucros para fazer funcionar o Centro de Dia, pagar o passivo e fazer outras obras”, sublinhou António Freire. (...).»
Extraído do Jornal do Fundão, edição de 18 de Julho de 2003
«Doze pessoas, entre as quais um ex-recluso, vão trabalhar numa empresa de inserção criada pelo Centro de Dia de Cantar Galo, um projecto apoiado técnica e financeiramente pelo Centro de Emprego da Covilhã.
O empreendimento, o segundo do género lançado no concelho – o primeiro nasceu há cerca de dois anos em S. Jorge da Beira – visa, segundo adiantou o presidente do Centro de Dia, António Freire, inserir no mercado de trabalho pessoas, na grande maioria naturais e residentes na freguesia, que se encontravam desempregadas há mais de um ano e outras que pretendem reorientar a sua vida pessoal e profissional.
“Doce Tentação”, assim se denomina a empresa de fabrico de pão e bolos, destinados ao consumo do Centro de Dia e também de toda a população. “Vamos ter um balcão de venda ao público, café, pastelaria, com esplanada e uma carrinha que fará a distribuição por toda a cidade”, adianta António Freire que considera o projecto inovador e pioneiro no quadro das freguesias limítrofes da cidade.
A empresa de inserção vai funcionar num velho edifício do Centro de Dia que se encontra actualmente em reconstrução e que segundo António Freire deverá ser inaugurado no dia 20 de Julho.
O apoio financeiro ao investimento ascende a 217 mil euros (43.400 contos), dos quais 187 mil euros são concedidos sob a forma de subsídio não reembolsável e a parte restante, de 30 mil euros, atribuída sob a forma de empréstimo sem juros. Segundo António Freire, a empresa será subsidiada pelo Centro de Emprego pelo período de dois anos.
“Esperamos que a empresa seja bem sucedida e que possa, após esse prazo, continuar a manter-se em funcionamento”, sublinha o presidente [que também o é da Junta de Freguesia Cantar Galo]. A acção de formação dos doze trabalhadores teve início no dia 9 de Junho.»
Adaptado de artigo de Romão Vieira no Jornal do Fundão, edição de 13 de Junho de 2003.
«Cerca de 2.500 pessoas participaram, no dia 12 [de Julho], nas comemorações do primeiro aniversário do Centro de Dia de Cantar Galo, realizadas nas instalações da instituição que, em poucos meses, apresenta já uma obra de solidariedade social digna de realce.
Confirmada, de resto, pela grande adesão da população da freguesia às festividades que assinalaram, por outro lado, a entrada em funcionamento de uma empresa de inserção social promovida pelo Centro, que emprega 12 pessoas e que visa minorar os problemas sociais locais. (...).
Até Agosto, os 12 formandos vão aprender o ofício da padaria e da pastelaria, para depois iniciarem actividade a tempo inteiro, contando nos primeiros dois anos com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Boa parte do produto da nova empresa vai servir, para já, para consumo no Centro de Dia. “Temos hipóteses de no futuro ter aqui uma empresa com lucros para fazer funcionar o Centro de Dia, pagar o passivo e fazer outras obras”, sublinhou António Freire. (...).»
Extraído do Jornal do Fundão, edição de 18 de Julho de 2003
ANDANÇAS 2003 - 25 a 31 de Agosto , Em Carvalhais - São Pedro do Sul.
Aproxima-se a 8ª edição deste Festival Internacional de Danças Populares e a PédeXumbo convida-vos a tod@s a conhecerem e a participarem no rol de actividades que este festival tem vindo a propor ao seu público.
Mais de 120 oficinas dança e outras tantas de actividades paralelas, durante todo o dia.
Mais de 90 bailes/concertos, para se dançar pela noite toda.
Este ano, o Andanças está recheado de novidades, em que se destacam:
-Passeios pela Serra da Gralheira;
-Colóquios/Debates;
-Espaço infantil;
-Promoção do conceito de "Comércio Justo";
-"Bookcrossing";
-Refeições "sem lixo";
Todas as informações disponíveis aqui.
Venham partilhar connosco o conceito de "Cultura participativa" que lhe propomos.
Saudações,
Vemo-nos lá!!...
Luís Moura (PX)
Aproxima-se a 8ª edição deste Festival Internacional de Danças Populares e a PédeXumbo convida-vos a tod@s a conhecerem e a participarem no rol de actividades que este festival tem vindo a propor ao seu público.
Mais de 120 oficinas dança e outras tantas de actividades paralelas, durante todo o dia.
Mais de 90 bailes/concertos, para se dançar pela noite toda.
Este ano, o Andanças está recheado de novidades, em que se destacam:
-Passeios pela Serra da Gralheira;
-Colóquios/Debates;
-Espaço infantil;
-Promoção do conceito de "Comércio Justo";
-"Bookcrossing";
-Refeições "sem lixo";
Todas as informações disponíveis aqui.
Venham partilhar connosco o conceito de "Cultura participativa" que lhe propomos.
Saudações,
Vemo-nos lá!!...
Luís Moura (PX)
A OMC em Montreal
Ontem, fomos diabolizados por
JMF aqui;
JMF diz:
"Um triunfo dos países pobres em Cancun - pouco provável, infelizmente - obrigaria a Europa e os Estados Unidos a negociarem a revisão das suas escandalosas políticas proteccionistas. Por isso, todos os que se preocupam por uma globalização mais justa, deveriam preocupar-se com o êxito da cimeira de Cancun e procurar que a OMC, onde os conflitos são dirimidos, saia de lá mais forte."
"O problema é que, para defender uma globalização alternativa é preciso apoiar, e não atacar, as poucas instâncias de regulação e negociação existentes - como a OMC. Só que, face à OMC, eles estão contra. São "anti-OMC". Está-lhes mesmo na massa do sangue, pois ser "anti" é muito mais sexy que ser "alter". "
Quem utiliza manobras manipulativas estilo "big brother", é o próprio JMF. O problema não é a OMC, mas sim esta OMC; o problemas são todas as perversidades da globalização, e não a globalização em si. Na questão dos proteccionismos até estou de acordo com o JMF (como se pode ver pelos posts); mas será que ele tem coragem de defender estas ideias? ou será que este argumento é apenas utilizado como arma de arremesso contra os Fora sociais? Gostava de ver JMF a defender em editorial uma OMC justa, que não protegesse os interesses dos países mais ricos e de uma quantas empresas em prejuízo de milhões de pessoas a viver na mais extrema pobresa; Orewliano é a propósito da OMC atacar "um outro mundo possível" e não denunciar frontalmente a gritante injustiça do modelo de comércio imposto pelos mais ricos aos mais pobres. Mas tenho a certeza que a coerência de JMF só servem para atacar e nunca para fomentar um debate urgente sobre os protecionismos dos países ricos...... É que o liberalismo só é aplicado quando interessa aos poderosos.
Da parte que me toca, já aqui denunciei as políticas protecionistas da Europa e dos EUA em posts anteriores (6 de Julho, 22 de Julho, 7 e 8 de Agosto); transcrevo a de 22 de Julho, por achar pertinente:
Já agora, um bocadinho de sangue.....
"Uma das principais motivações para participar no FSP é a visão global que podemos ter dos problemas mundiais, Europeus ou Nacionais. Por isso, o lema dos Fora sociais é “um outro mundo é possível”. Neste contexto, e no seguimento do que já aqui disse acerca da Política Agrícola Comum faz-me confusão que todos os partidos, incluindo os que mais activamente participaram no FSP, o PS, o BE e o PCP, defendam mais quotas e mais subsídios e mais etc. etc. etc. Sabendo que esta PAC é profundamente injusta para os países vizinhos da Europa, sabendo que esta PAC é também injusta na Europa e que uma pequena fatia do bolo chegava para manter a maior parte dos agricultores num possível período de transição, porque é que todos os partidos defendem mais quotas? A reforma da PAC deveria ser total, mantendo o essencial para que tenhamos um desenvolvimento sustentado, apostando naquilo em que cada país é diferente (nós no vinho, no azeite, na pêra rocha, na ameixa de Elvas, em alguns queijos, no porco preto e na vaca mertolenga e barrosã, na cortiça e outros produtos da floresta, talvez no linho; nunca na beterraba sacarina, no algodão, no milho ou no trigo, pleeeassse!) e reconvertendo uma parte importante do bolo da PAC para outras áreas possíveis de política comum, como a educação, a investigação, a cultura, o emprego, a saúde, as prestações sociais etc. Desmultiplicando o dinheiro de todos nós em campos de acção que não afectem negativamente os países à volta da Europa e melhorando efectivamente a vida dos Europeus, na esperança de um dia nivelar países como Portugal com o resto dos países Europeus. Porque é que o BE e o PCP querem ainda mais quotas e alinham nesta PAC? Porque é que não têm uma proposta alternativa mais radical? Porque é que o PS só se preocupa com as quotas de leite e de beterraba? Será que não têm consciência que o proteccionismo Europeu ( e Americano) está a condenar à morte e à pobreza milhares e milhares de pessoas por esse mundo fora? Onde é que está a coerência de defender um outro mundo possível e na assembleia da república defender um dos mecanismos que mais promove as desigualdades no mundo? Fico à espera de respostas, na esperança de me iluminarem os neurónios (ainda estou para ver se o Ulisses ainda diz que obedecemos ao PCP ou ao BE). Fica o desafio para tentarem justificar as respectivas posições."
PP
PS - por muito que te desagrade, Zé Mané, hei-de continuar a encher a boca com "um outro mundo possível".....
Ontem, fomos diabolizados por
JMF aqui;
JMF diz:
"Um triunfo dos países pobres em Cancun - pouco provável, infelizmente - obrigaria a Europa e os Estados Unidos a negociarem a revisão das suas escandalosas políticas proteccionistas. Por isso, todos os que se preocupam por uma globalização mais justa, deveriam preocupar-se com o êxito da cimeira de Cancun e procurar que a OMC, onde os conflitos são dirimidos, saia de lá mais forte."
"O problema é que, para defender uma globalização alternativa é preciso apoiar, e não atacar, as poucas instâncias de regulação e negociação existentes - como a OMC. Só que, face à OMC, eles estão contra. São "anti-OMC". Está-lhes mesmo na massa do sangue, pois ser "anti" é muito mais sexy que ser "alter". "
Quem utiliza manobras manipulativas estilo "big brother", é o próprio JMF. O problema não é a OMC, mas sim esta OMC; o problemas são todas as perversidades da globalização, e não a globalização em si. Na questão dos proteccionismos até estou de acordo com o JMF (como se pode ver pelos posts); mas será que ele tem coragem de defender estas ideias? ou será que este argumento é apenas utilizado como arma de arremesso contra os Fora sociais? Gostava de ver JMF a defender em editorial uma OMC justa, que não protegesse os interesses dos países mais ricos e de uma quantas empresas em prejuízo de milhões de pessoas a viver na mais extrema pobresa; Orewliano é a propósito da OMC atacar "um outro mundo possível" e não denunciar frontalmente a gritante injustiça do modelo de comércio imposto pelos mais ricos aos mais pobres. Mas tenho a certeza que a coerência de JMF só servem para atacar e nunca para fomentar um debate urgente sobre os protecionismos dos países ricos...... É que o liberalismo só é aplicado quando interessa aos poderosos.
Da parte que me toca, já aqui denunciei as políticas protecionistas da Europa e dos EUA em posts anteriores (6 de Julho, 22 de Julho, 7 e 8 de Agosto); transcrevo a de 22 de Julho, por achar pertinente:
Já agora, um bocadinho de sangue.....
"Uma das principais motivações para participar no FSP é a visão global que podemos ter dos problemas mundiais, Europeus ou Nacionais. Por isso, o lema dos Fora sociais é “um outro mundo é possível”. Neste contexto, e no seguimento do que já aqui disse acerca da Política Agrícola Comum faz-me confusão que todos os partidos, incluindo os que mais activamente participaram no FSP, o PS, o BE e o PCP, defendam mais quotas e mais subsídios e mais etc. etc. etc. Sabendo que esta PAC é profundamente injusta para os países vizinhos da Europa, sabendo que esta PAC é também injusta na Europa e que uma pequena fatia do bolo chegava para manter a maior parte dos agricultores num possível período de transição, porque é que todos os partidos defendem mais quotas? A reforma da PAC deveria ser total, mantendo o essencial para que tenhamos um desenvolvimento sustentado, apostando naquilo em que cada país é diferente (nós no vinho, no azeite, na pêra rocha, na ameixa de Elvas, em alguns queijos, no porco preto e na vaca mertolenga e barrosã, na cortiça e outros produtos da floresta, talvez no linho; nunca na beterraba sacarina, no algodão, no milho ou no trigo, pleeeassse!) e reconvertendo uma parte importante do bolo da PAC para outras áreas possíveis de política comum, como a educação, a investigação, a cultura, o emprego, a saúde, as prestações sociais etc. Desmultiplicando o dinheiro de todos nós em campos de acção que não afectem negativamente os países à volta da Europa e melhorando efectivamente a vida dos Europeus, na esperança de um dia nivelar países como Portugal com o resto dos países Europeus. Porque é que o BE e o PCP querem ainda mais quotas e alinham nesta PAC? Porque é que não têm uma proposta alternativa mais radical? Porque é que o PS só se preocupa com as quotas de leite e de beterraba? Será que não têm consciência que o proteccionismo Europeu ( e Americano) está a condenar à morte e à pobreza milhares e milhares de pessoas por esse mundo fora? Onde é que está a coerência de defender um outro mundo possível e na assembleia da república defender um dos mecanismos que mais promove as desigualdades no mundo? Fico à espera de respostas, na esperança de me iluminarem os neurónios (ainda estou para ver se o Ulisses ainda diz que obedecemos ao PCP ou ao BE). Fica o desafio para tentarem justificar as respectivas posições."
PP
PS - por muito que te desagrade, Zé Mané, hei-de continuar a encher a boca com "um outro mundo possível".....
Oficina em Eco-construção,
sobre construção em fardos de palha, técnicas de reboco em cal e areia e terra e palha, construção em taipa, entre outras coisas. Ir-se-á acabar o edifício agrícola da Agrobio (já começado) onde se vão fazer demonstrações práticas. O preço do workshop é de 20 euros com alimentação vegetariana e dormida em tendas incluidos. O workshop vai ser nos dias 15, 16 e 17 de Agosto, na Quinta da Sarrazola, Colares - Sintra. A inscrição é limitada a 15 participantes. Para mais informações e inscrições contactar: Arquitecto Luís Gama 918544784.
sobre construção em fardos de palha, técnicas de reboco em cal e areia e terra e palha, construção em taipa, entre outras coisas. Ir-se-á acabar o edifício agrícola da Agrobio (já começado) onde se vão fazer demonstrações práticas. O preço do workshop é de 20 euros com alimentação vegetariana e dormida em tendas incluidos. O workshop vai ser nos dias 15, 16 e 17 de Agosto, na Quinta da Sarrazola, Colares - Sintra. A inscrição é limitada a 15 participantes. Para mais informações e inscrições contactar: Arquitecto Luís Gama 918544784.
Nota musical - A Viola Campaniça
Características
A viola campaniça (fig.1) é a maior das violas portuguesas, com 94 cm. Para além dos trastos normais, apresenta mais dois ou três trastos complementares, já sobre o tampo, e apenas sob as cordas agudas, de modo a permitir uma amplitude maior nos agudos do canto que aí se desenha (ver fig.1).
fig.1. Viola Campaniça
Contexto social
A viola campaniça usava-se por todo o distrito de Beja e noutras zonas próximas, toca-se a solo ou a acompanhar o canto de “modas”, "baldão" e “despiques”, geralmente entre dois tocadores, que improvisam, nos bailes públicos e particulares, nas festas, nas vendas e noutras quaisquer ocasiões. Essas “modas” e “despiques” à viola campaniça, de ritmos vivos e de uma feição alegre e extrovertida, são de facto totalmente alheios à gravidade concentrada, à interioridade e à nostálgica solenidade que caracterizam os clássicos corais polifónicos da província.
Afinação
A afinação da Viola Campaniça está estreitamente adaptada à voz que acompanha. Assim, as primas afinam pela voz, porque é nelas que preferencialmente se dá o canto; as segundas, no terceiro ponto, afinam pelas primas soltas; as terceiras, ou toeiras, no sétimo ponto, afinam pelas primas soltas; as quartas, ou bordão das primas, no segundo ponto, afinam pelas primas soltas; as quintas são idênticas às toeiras, com o bordão uma oitava a baixo – o que corresponde uma afinação ré – si – sol – dó – sol (do agudo para o grave), começando a afinação com o canto pelo ré. (fig.2).
fig.2 - Afinação das 10 cordas da viola campaniça; os números indicam as ordens, 1 para primeiras, 2 para segundas e assim sucessivamente.
Textos e fotografias - Extraído e adaptado do livro "Instrumentos Musicais Populares Portugueses", de Ernesto de Oliveira e Benjamim Pereira por PP.
Para ouvir algumas músicas tocadas pelo Ti Manel Bento e pelo Pedro Mestre, clique nas músicas:
Mariana Campaniça
Marianita
Avoa pombinha avoa
Meu lírio roxo do campo
O pezinho
Varzea da Ribeirinha
Características
A viola campaniça (fig.1) é a maior das violas portuguesas, com 94 cm. Para além dos trastos normais, apresenta mais dois ou três trastos complementares, já sobre o tampo, e apenas sob as cordas agudas, de modo a permitir uma amplitude maior nos agudos do canto que aí se desenha (ver fig.1).
fig.1. Viola Campaniça
Contexto social
A viola campaniça usava-se por todo o distrito de Beja e noutras zonas próximas, toca-se a solo ou a acompanhar o canto de “modas”, "baldão" e “despiques”, geralmente entre dois tocadores, que improvisam, nos bailes públicos e particulares, nas festas, nas vendas e noutras quaisquer ocasiões. Essas “modas” e “despiques” à viola campaniça, de ritmos vivos e de uma feição alegre e extrovertida, são de facto totalmente alheios à gravidade concentrada, à interioridade e à nostálgica solenidade que caracterizam os clássicos corais polifónicos da província.
Afinação
A afinação da Viola Campaniça está estreitamente adaptada à voz que acompanha. Assim, as primas afinam pela voz, porque é nelas que preferencialmente se dá o canto; as segundas, no terceiro ponto, afinam pelas primas soltas; as terceiras, ou toeiras, no sétimo ponto, afinam pelas primas soltas; as quartas, ou bordão das primas, no segundo ponto, afinam pelas primas soltas; as quintas são idênticas às toeiras, com o bordão uma oitava a baixo – o que corresponde uma afinação ré – si – sol – dó – sol (do agudo para o grave), começando a afinação com o canto pelo ré. (fig.2).
fig.2 - Afinação das 10 cordas da viola campaniça; os números indicam as ordens, 1 para primeiras, 2 para segundas e assim sucessivamente.
Textos e fotografias - Extraído e adaptado do livro "Instrumentos Musicais Populares Portugueses", de Ernesto de Oliveira e Benjamim Pereira por PP.
Para ouvir algumas músicas tocadas pelo Ti Manel Bento e pelo Pedro Mestre, clique nas músicas:
Mariana Campaniça
Marianita
Avoa pombinha avoa
Meu lírio roxo do campo
O pezinho
Varzea da Ribeirinha
Orientações
Cara Inês Pedrosa ,
A propósito da sua interessante crónica "sexualmente orientada" , de 9 de Agosto, publicada no semanário Expresso, "A Escola dos Orientados", sobre o tal liceu americano, sexualmente orientado, que tanta celeuma provocou , queria deixar-lhe umas dicas sobre uma outra instituiçao de ensino superior , tambem da mesma orientação , que já funciona nos EUA, desde 1991. Coisas só de americanos, ou talvez não.....Vamos ver!
Refiro-me ao "Institute of Gay and Lesbian Education" também conhecido por Universidade Gay, fundada por um prestigioso cientista Simon Levay, autor de importantes estudos de biologia sobre eventuais diferenciações do "cortex" cerebral dos gays, e heteros.
A universidade está situada em West Hollywood e funciona graças ao decidido apoio que recebe do municipio local. Nesse centro de estudos tem programas sobre Direito, Biologia, Arte, Planificação Urbana, Literatura, Ética e Religião. Tudo coisas que nos se percebe lá muito bem, porque raio hão de interessar aos gays! Ética, ainda por cima! Se são tão promíscuos..... Talvez andem à procura do elixir da des-promiscuidade.
A Universidade Gay foi pensada para oferecer um meio social e académico não hostil, a alunos homos, num centro em que não sejam uma minoria. A ideia acabou por ser um êxito, a surgiram imeditamente muitas ofertas de professores universitários para ensinar. No instituto também se admitem estudantes heteressexuais, e para a selecção de professores não se tem a conta a sua orientação sexual.
Em todo o caso, será bom acrescentar que para além desta experiência inédita na maioria das universidades públicas e privadas americanas há associações de estudantes gays que tem as suas prórpias publicações normalmente financiadas pelas universidades.
Para além disso organizam outras actividades sociais planificadas para o "campus" e a Universidade de Califórnia em Los Angeles (UCLA) celebra anualmente uma semana de consciencializçao da questao gay , com com colóquios, conferencias, e bailes. No mês de Julho passsado, em Brasília, no Parlamento Federal o Dia do Orgulho Gay foi oficialmente instituído como dia de consciencialização destas questões. Onde isto vai parar?!!!
Mas não é só nos EUA que existem universades com centros de estudos gays. Na Holanda são muito antigos, mas em Londres, Paris, Berlim , e outras criaram-se há muito centros de estudos gays que se dedicam a investigação e ensino de aspectos que se prendem com a sociologia, história, filosofia centrados nesta problemática. Eu proprio frequentei em Montreal, Canadá, um curso livre trimestral sobre estudos gays que a universidade pública dessa cidade leva a cabo ao longo do ano.
Se as universidades de Stanford, Chicago, Iwoa, oferecem até benefícios fiscais aos casais gays estáveis, a universidade de Columbia oferece uma bolsa anual para fomentar estes estudos.
Entretanto, nasceram numerosas associações profissionais gays, tais como a Associação Gay de Psiquiatria, Associação Gay de Psicologia, entre outras. Também conheço uma Associaçao Alemã de Investidores Gays, e de Arquitectos, para além de várias ligadas ao Turismo, tal como a IGLTA ,"International Lesbian and Gay Association" sede nos EUA , de que a Opus Gay e a agência "Saga Travel" são socios, entre outros 1.300, e tinha como um dos vice presidentes um brasileiro, Clóvis Casemiro, que muito tentava incrementar o turismo para a nossa área linguística. Infelizmente, por ora, com pouco sucesso entre nós, porque os operadores turísticos portugueses ainda mal perceberam o interesse económico deste nicho de mercado, e as associações gays ainda perceberam menos , e não apoiam, por preconceito , dado que os gays e lesbicas proletários, portugueses não podem viajar, logo, não convém! Enfim, o politicamente correcto , ou antes "bichisses"? !....
Há muitos grupos artisticos, orquestras e coros musicais, e na Bélgica, Austria há associações de desporto gay (cujos dirigentes, aliás, conheço alguns). A de Bruxelas faz anualmente concursos de natação para fins de beneficiência com grande sucesso. Isto para não falar nas chamadas "Olimpíadas Gays", ou Jogos Gays Europeus, levados a cabo este ano em Amsterdão, e que são sempre um sucesso mediático, patrocionados pelas grandes companhias de aviação, e marcas de prestígio, para além das municipalidades, que disputam a sua realização.
A terminar devo dizer que a Opus Gay tem um representante português, um juiz, por nós indicado, num centro de estudos sobre legislação lgbt na Universidade de Leiden, financiado pela Comissão Europeia, que reune trimestralmente para analisar as leis que saem, ou vão sair, e que podem ter incidência nesta área.
Como nós neste país ainda estamos bastante periféricos relativamente a estas questões públicas e politicas sobre orientação sexual, não é demais trazer estas informações aqui porque como é natural muitas pessoas são desconhecedoras destes desenvolvimentos "orientados ".
Enfim , percebo, por tudo isto, o desconforto que causa para a nossa cultura portuguesa, tão ubicada, e até, para alguma cultura europeia muito cristã, o aparecimento, agora, nos EUA de um liceu para meninos gays. A verdade é que , lá, aos 14 anos, normalmente, já se sabe (mais ou menos) bem, o que se quer. Aqui, no nosso encantador país, nem aos 40 muitos sabem , muito bem , ou mal, como definir-se sexualmente. Creio que para esses, seria necessário até instituir já uma escola de ensino básico, sexual.Aliás, faz muita falta!
Ou seja, "Um outro Mundo é possível!"
Fica um abraço,
Antonio Serzedelo
Cara Inês Pedrosa ,
A propósito da sua interessante crónica "sexualmente orientada" , de 9 de Agosto, publicada no semanário Expresso, "A Escola dos Orientados", sobre o tal liceu americano, sexualmente orientado, que tanta celeuma provocou , queria deixar-lhe umas dicas sobre uma outra instituiçao de ensino superior , tambem da mesma orientação , que já funciona nos EUA, desde 1991. Coisas só de americanos, ou talvez não.....Vamos ver!
Refiro-me ao "Institute of Gay and Lesbian Education" também conhecido por Universidade Gay, fundada por um prestigioso cientista Simon Levay, autor de importantes estudos de biologia sobre eventuais diferenciações do "cortex" cerebral dos gays, e heteros.
A universidade está situada em West Hollywood e funciona graças ao decidido apoio que recebe do municipio local. Nesse centro de estudos tem programas sobre Direito, Biologia, Arte, Planificação Urbana, Literatura, Ética e Religião. Tudo coisas que nos se percebe lá muito bem, porque raio hão de interessar aos gays! Ética, ainda por cima! Se são tão promíscuos..... Talvez andem à procura do elixir da des-promiscuidade.
A Universidade Gay foi pensada para oferecer um meio social e académico não hostil, a alunos homos, num centro em que não sejam uma minoria. A ideia acabou por ser um êxito, a surgiram imeditamente muitas ofertas de professores universitários para ensinar. No instituto também se admitem estudantes heteressexuais, e para a selecção de professores não se tem a conta a sua orientação sexual.
Em todo o caso, será bom acrescentar que para além desta experiência inédita na maioria das universidades públicas e privadas americanas há associações de estudantes gays que tem as suas prórpias publicações normalmente financiadas pelas universidades.
Para além disso organizam outras actividades sociais planificadas para o "campus" e a Universidade de Califórnia em Los Angeles (UCLA) celebra anualmente uma semana de consciencializçao da questao gay , com com colóquios, conferencias, e bailes. No mês de Julho passsado, em Brasília, no Parlamento Federal o Dia do Orgulho Gay foi oficialmente instituído como dia de consciencialização destas questões. Onde isto vai parar?!!!
Mas não é só nos EUA que existem universades com centros de estudos gays. Na Holanda são muito antigos, mas em Londres, Paris, Berlim , e outras criaram-se há muito centros de estudos gays que se dedicam a investigação e ensino de aspectos que se prendem com a sociologia, história, filosofia centrados nesta problemática. Eu proprio frequentei em Montreal, Canadá, um curso livre trimestral sobre estudos gays que a universidade pública dessa cidade leva a cabo ao longo do ano.
Se as universidades de Stanford, Chicago, Iwoa, oferecem até benefícios fiscais aos casais gays estáveis, a universidade de Columbia oferece uma bolsa anual para fomentar estes estudos.
Entretanto, nasceram numerosas associações profissionais gays, tais como a Associação Gay de Psiquiatria, Associação Gay de Psicologia, entre outras. Também conheço uma Associaçao Alemã de Investidores Gays, e de Arquitectos, para além de várias ligadas ao Turismo, tal como a IGLTA ,"International Lesbian and Gay Association" sede nos EUA , de que a Opus Gay e a agência "Saga Travel" são socios, entre outros 1.300, e tinha como um dos vice presidentes um brasileiro, Clóvis Casemiro, que muito tentava incrementar o turismo para a nossa área linguística. Infelizmente, por ora, com pouco sucesso entre nós, porque os operadores turísticos portugueses ainda mal perceberam o interesse económico deste nicho de mercado, e as associações gays ainda perceberam menos , e não apoiam, por preconceito , dado que os gays e lesbicas proletários, portugueses não podem viajar, logo, não convém! Enfim, o politicamente correcto , ou antes "bichisses"? !....
Há muitos grupos artisticos, orquestras e coros musicais, e na Bélgica, Austria há associações de desporto gay (cujos dirigentes, aliás, conheço alguns). A de Bruxelas faz anualmente concursos de natação para fins de beneficiência com grande sucesso. Isto para não falar nas chamadas "Olimpíadas Gays", ou Jogos Gays Europeus, levados a cabo este ano em Amsterdão, e que são sempre um sucesso mediático, patrocionados pelas grandes companhias de aviação, e marcas de prestígio, para além das municipalidades, que disputam a sua realização.
A terminar devo dizer que a Opus Gay tem um representante português, um juiz, por nós indicado, num centro de estudos sobre legislação lgbt na Universidade de Leiden, financiado pela Comissão Europeia, que reune trimestralmente para analisar as leis que saem, ou vão sair, e que podem ter incidência nesta área.
Como nós neste país ainda estamos bastante periféricos relativamente a estas questões públicas e politicas sobre orientação sexual, não é demais trazer estas informações aqui porque como é natural muitas pessoas são desconhecedoras destes desenvolvimentos "orientados ".
Enfim , percebo, por tudo isto, o desconforto que causa para a nossa cultura portuguesa, tão ubicada, e até, para alguma cultura europeia muito cristã, o aparecimento, agora, nos EUA de um liceu para meninos gays. A verdade é que , lá, aos 14 anos, normalmente, já se sabe (mais ou menos) bem, o que se quer. Aqui, no nosso encantador país, nem aos 40 muitos sabem , muito bem , ou mal, como definir-se sexualmente. Creio que para esses, seria necessário até instituir já uma escola de ensino básico, sexual.Aliás, faz muita falta!
Ou seja, "Um outro Mundo é possível!"
Fica um abraço,
Antonio Serzedelo
terça-feira, agosto 12, 2003
1ª Festa do Tomate Biológico!
Degustação e Exposição de Variedades de Tomate em modo de Produção Biológico (27 variedades diferentes!)
No próximo dia 15 de Agosto, pelas 19 horas, vai ter lugar na Praça d'Alandra, em Faro, a 1ª Festa do Tomate - Exposição e degustação de variedades tradicionais de tomate em modo de produção biológico.
Esta iniciativa, promovida pela Almudar a.c.e. em parceria com a Sociedade Cooperativa Agrícola La Verde de Villamartín, Cádiz e com o apoio da Associação de Produtores Biológicos do Sul - Salva, nasce da necessidade, cada vez mais presente na nossa sociedade, de uma alimentação saudável e com garantia de qualidade. Numa época em que os alimentos geneticamente modificados (GM) começam a invadir a cadeia alimentar humana, e em que se vive na incerteza de quais os seus efeitos, é importante dar a conhecer à população algo que é o garante de um futuro saudável, tanto a nível físico, como ambiental e até social. A Agricultura Biológica preserva o Ambiente e faz uso racional da água, não degrada os solos, prevenindo a erosão e garantindo assim a sustentabilidade das comunidades.
Esta iniciativa pretende também devolver à memória colectiva variedades de tomate outrora cultivadas na região e que há muito se perderam. Serão cerca de 27 as variedades que estarão à disposição de quem nos visitar.
O tomate foi o legume escolhido pois é o que melhor se enquadra nesta época estival e é nele que assenta grande parte da dieta mediterrânica por muitos considerada a mais equilibrada das dietas alimentares. Curiosamente, o tomate não é originário da bacia do Mediterrâneo, mas sim da América do Sul, tendo chegado ao nosso continente por intermédio dos descobridores espanhóis.
Por ser uma acção de sensibilização, esta festa não tem fins lucrativos, o seu único e exclusivo objectivo é o de alertar a população para a necessidade de se lutar contra a invasão desregrada de alimentos transgénicos e, ao mesmo tempo, mostrar que existe uma alternativa mais saudável, que privilegia a harmonia entre o Homem e a Natureza.
Mais informações
Loja:
Casa da Serra
Rua Justino Cumano
Praça d'Alandra
8000 Faro
Sede:
Almudar a.c.e. - Produtos Biológicos
Mata Porcas
Barão de S. João
8600 - 013 Lagos
José Godinho - Tm. 96 860 7993
Degustação e Exposição de Variedades de Tomate em modo de Produção Biológico (27 variedades diferentes!)
No próximo dia 15 de Agosto, pelas 19 horas, vai ter lugar na Praça d'Alandra, em Faro, a 1ª Festa do Tomate - Exposição e degustação de variedades tradicionais de tomate em modo de produção biológico.
Esta iniciativa, promovida pela Almudar a.c.e. em parceria com a Sociedade Cooperativa Agrícola La Verde de Villamartín, Cádiz e com o apoio da Associação de Produtores Biológicos do Sul - Salva, nasce da necessidade, cada vez mais presente na nossa sociedade, de uma alimentação saudável e com garantia de qualidade. Numa época em que os alimentos geneticamente modificados (GM) começam a invadir a cadeia alimentar humana, e em que se vive na incerteza de quais os seus efeitos, é importante dar a conhecer à população algo que é o garante de um futuro saudável, tanto a nível físico, como ambiental e até social. A Agricultura Biológica preserva o Ambiente e faz uso racional da água, não degrada os solos, prevenindo a erosão e garantindo assim a sustentabilidade das comunidades.
Esta iniciativa pretende também devolver à memória colectiva variedades de tomate outrora cultivadas na região e que há muito se perderam. Serão cerca de 27 as variedades que estarão à disposição de quem nos visitar.
O tomate foi o legume escolhido pois é o que melhor se enquadra nesta época estival e é nele que assenta grande parte da dieta mediterrânica por muitos considerada a mais equilibrada das dietas alimentares. Curiosamente, o tomate não é originário da bacia do Mediterrâneo, mas sim da América do Sul, tendo chegado ao nosso continente por intermédio dos descobridores espanhóis.
Por ser uma acção de sensibilização, esta festa não tem fins lucrativos, o seu único e exclusivo objectivo é o de alertar a população para a necessidade de se lutar contra a invasão desregrada de alimentos transgénicos e, ao mesmo tempo, mostrar que existe uma alternativa mais saudável, que privilegia a harmonia entre o Homem e a Natureza.
Mais informações
Loja:
Casa da Serra
Rua Justino Cumano
Praça d'Alandra
8000 Faro
Sede:
Almudar a.c.e. - Produtos Biológicos
Mata Porcas
Barão de S. João
8600 - 013 Lagos
José Godinho - Tm. 96 860 7993
VIVA A PÁTRIA E O ORGULHO LUSO
News Release Issued by the International Secretariat of Amnesty International
AI INDEX: EUR 38/002/2003 8 August 2003
Portugal: Continuing human rights concerns must be addressed
As the UN Human Rights Committee (HRC) issues its Concluding Observations on Portugal's third
periodic report under the International Covenant on Civil and Political Rights (ICCPR), Amnesty
International today reiterates its concerns about serious human rights violations in the country.
Amnesty International's concerns include:
* possible unlawful fatal police shootings;
* deaths in police and prison custody in disputed circumstances, including self-inflicted
deaths;
* the prison authorities' failure to prevent inter-prisoner violence, including that resulting
in killings;
* the failure of the Portuguese authorities to prevent ill-treatment by law enforcement
officials;
* detention conditions in some prisons amounting to cruel, inhuman and degrading treatment,
including as a result of the prison authorities' failure to ensure access to adequate sanitary
facilities;
* inadequate and ineffective mechanisms to address prisoners' complaints alleging human rights
violations;
* allegations of discriminatory policing practices, including racist abuse;
* the slow pace of the administration of justice, including the failure to bring alleged
perpetrators of human rights violations to justice promptly; and
* the authorities' failure to ensure the separation between people in pre-trial detention and
convicted criminals.
The organization calls on the Portuguese authorities to:
* implement fully and as a matter of priority the recommendations of the HRC;
* ensure that in all cases of human rights violations in which police or prison personnel are
reasonably suspected, a criminal investigation is promptly initiated and completed, and that those
charged are brought to justice within a reasonable time by way of a fair trial;
* create an oversight agency over the police which is completely independent of the Ministry
of the Interior, with powers to investigate grave human rights violations by law enforcement
officials and to enforce disciplinary measures;
* ensure the protection of the right to life and of the physical and mental integrity of all
people in police or prison custody;
* ensure the separation of people held in pre-trial detention from convicted prisoners;
* ensure prompt and regular access to adequate medical care and adequate sanitary facilities
for all people in custody;
* create an adequately resourced oversight agency over the prison service which is completely
independent of the prison service and of the Ministry of Justice, empowered to investigate
inmates' complaints and carry out unannounced visits to all establishments; and
* review policing of economically and socially deprived areas to prevent and combat all aspects of
discriminatory law enforcement.
Unlawful fatal police shootings
The organisation is concerned that on several occasions law enforcement officials may have used
firearms in breach of international standards and national laws and regulations. In particular
Amnesty International is concerned about the fatal shootings by police officers of Ângelo Semedo,
António Pereira, and Nuno Lucas. The three men were killed in separate incidents which occurred between
December 2001 and August 2002. From the information available to Amnesty International, although
the circumstances in which each of these shootings took place are still disputed, there are no
allegations that any of the men was armed at the time, nor that there was a clear and imminent danger
to the lives of the officers or of those present at the time of each shooting.
Apart from the actions of individual police officers in the above-mentioned cases, Amnesty
International is concerned that these incidents may be symptomatic of inadequate training in the use of
firearms, both as to the situations in which firearms can lawfully be used and as to the technical
aspects of their use. Amnesty International is also concerned that the police officers involved
were neither suspended from active duty nor ordered not to carry firearms pending disciplinary and
criminal investigations, as a precautionary measure.
Deaths in police custody
Amnesty International has repeatedly expressed concern regarding deaths which occurred in police
custody or shortly after the deceased had reportedly been ill-treated by police. In this
connection, the organization reiterates its concern about the Portuguese authorities' failure promptly to
bring to justice those allegedly responsible for human rights violations because of the slow pace of
the criminal justice system.
Suicides in police custody
Amnesty International is concerned about reports indicating that the authorities may be failing to
protect the right to life of people detained in police stations, particularly from the risks of
self-inflicted injuries. Between December 2001 and January 2002 there was a number of self-inflicted
deaths in police custody, including a sequence of three reported suicides of people of Ukrainian
origin in different police stations. According to reports, at least two of the men had been
detained in connection with disturbances in public places in the course of which they had stated that
they were being threatened by people involved in criminal activities and had asked for police
protection. From reports of the circumstances of some recent cases of alleged suicide in police custody
it emerges that there may have been contributory factors such as an unsafe detention environment,
and disregarded or inadequate procedures to identify and deal with particularly vulnerable persons.
Deaths in prison custody
Amnesty International has been gravely concerned at the failure of the authorities to ensure the
protection of the right to life of people detained in prisons, in particular from inter-prisoner
violence and self-harm in the case of particularly vulnerable persons. Inter-prisoner violence has
been a major problem in Portuguese prisons in the last decade, and has continued to be so in recent
years, with some very grave incidents -- including some which resulted in fatalities -- in the
second part of 2001.
Amnesty International received information indicating that between July 2001 and January 2002 four
people were killed reportedly as a result of inter-prisoner violence, three of them -- Rui Jorge
Oliveira Gomes, Augusto Morgado Fernandes and António Oliveira Dias -- in Vale de Judeus prison.
Although not designed as a high security prison, Vale de Judeus is an establishment housing
dangerous prisoners and prisoners sentenced to long terms of imprisonment.
Self inflicted deaths in prison
In 2001, 20 people were reported to have died from self-inflicted injuries in Portuguese prisons.
This is the highest number of such deaths since 1998, when 20 cases were also recorded. There had
been 13 cases in 1999 and 10 in 2000.
Amnesty International is concerned that prison staff may not be adequately trained to identify and
ensure the safety of particularly vulnerable inmates; and that procedures to ensure their safety
and address their needs -- especially medical needs -- may be either disregarded or lacking in some
establishments.
Police ill-treatment and racist abuse
Amnesty International has continued to receive numerous reports of police ill-treatment of people
- including children, women and people belonging to ethnic minorities - at the time of arrest or
in police stations. Reports of ill-treatment and racial abuse by police were corroborated by a
number of local non-governmental organizations.
View all documents on Portugal: http://amnesty-news.c.tclk.net/maabkHTaaZIC4bdz3MVb/
****************************************************************
You may repost this message onto other sources provided the main
text is not altered in any way and both the header crediting
Amnesty International and this footer remain intact. Only the
list subscription message may be removed.
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Past and current Amnesty news services can be found at
. Visit
for information about Amnesty International and for other AI
publications. Contact amnestyis@amnesty.org if you need to get
in touch with the International Secretariat of Amnesty
International.
IM
News Release Issued by the International Secretariat of Amnesty International
AI INDEX: EUR 38/002/2003 8 August 2003
Portugal: Continuing human rights concerns must be addressed
As the UN Human Rights Committee (HRC) issues its Concluding Observations on Portugal's third
periodic report under the International Covenant on Civil and Political Rights (ICCPR), Amnesty
International today reiterates its concerns about serious human rights violations in the country.
Amnesty International's concerns include:
* possible unlawful fatal police shootings;
* deaths in police and prison custody in disputed circumstances, including self-inflicted
deaths;
* the prison authorities' failure to prevent inter-prisoner violence, including that resulting
in killings;
* the failure of the Portuguese authorities to prevent ill-treatment by law enforcement
officials;
* detention conditions in some prisons amounting to cruel, inhuman and degrading treatment,
including as a result of the prison authorities' failure to ensure access to adequate sanitary
facilities;
* inadequate and ineffective mechanisms to address prisoners' complaints alleging human rights
violations;
* allegations of discriminatory policing practices, including racist abuse;
* the slow pace of the administration of justice, including the failure to bring alleged
perpetrators of human rights violations to justice promptly; and
* the authorities' failure to ensure the separation between people in pre-trial detention and
convicted criminals.
The organization calls on the Portuguese authorities to:
* implement fully and as a matter of priority the recommendations of the HRC;
* ensure that in all cases of human rights violations in which police or prison personnel are
reasonably suspected, a criminal investigation is promptly initiated and completed, and that those
charged are brought to justice within a reasonable time by way of a fair trial;
* create an oversight agency over the police which is completely independent of the Ministry
of the Interior, with powers to investigate grave human rights violations by law enforcement
officials and to enforce disciplinary measures;
* ensure the protection of the right to life and of the physical and mental integrity of all
people in police or prison custody;
* ensure the separation of people held in pre-trial detention from convicted prisoners;
* ensure prompt and regular access to adequate medical care and adequate sanitary facilities
for all people in custody;
* create an adequately resourced oversight agency over the prison service which is completely
independent of the prison service and of the Ministry of Justice, empowered to investigate
inmates' complaints and carry out unannounced visits to all establishments; and
* review policing of economically and socially deprived areas to prevent and combat all aspects of
discriminatory law enforcement.
Unlawful fatal police shootings
The organisation is concerned that on several occasions law enforcement officials may have used
firearms in breach of international standards and national laws and regulations. In particular
Amnesty International is concerned about the fatal shootings by police officers of Ângelo Semedo,
António Pereira, and Nuno Lucas. The three men were killed in separate incidents which occurred between
December 2001 and August 2002. From the information available to Amnesty International, although
the circumstances in which each of these shootings took place are still disputed, there are no
allegations that any of the men was armed at the time, nor that there was a clear and imminent danger
to the lives of the officers or of those present at the time of each shooting.
Apart from the actions of individual police officers in the above-mentioned cases, Amnesty
International is concerned that these incidents may be symptomatic of inadequate training in the use of
firearms, both as to the situations in which firearms can lawfully be used and as to the technical
aspects of their use. Amnesty International is also concerned that the police officers involved
were neither suspended from active duty nor ordered not to carry firearms pending disciplinary and
criminal investigations, as a precautionary measure.
Deaths in police custody
Amnesty International has repeatedly expressed concern regarding deaths which occurred in police
custody or shortly after the deceased had reportedly been ill-treated by police. In this
connection, the organization reiterates its concern about the Portuguese authorities' failure promptly to
bring to justice those allegedly responsible for human rights violations because of the slow pace of
the criminal justice system.
Suicides in police custody
Amnesty International is concerned about reports indicating that the authorities may be failing to
protect the right to life of people detained in police stations, particularly from the risks of
self-inflicted injuries. Between December 2001 and January 2002 there was a number of self-inflicted
deaths in police custody, including a sequence of three reported suicides of people of Ukrainian
origin in different police stations. According to reports, at least two of the men had been
detained in connection with disturbances in public places in the course of which they had stated that
they were being threatened by people involved in criminal activities and had asked for police
protection. From reports of the circumstances of some recent cases of alleged suicide in police custody
it emerges that there may have been contributory factors such as an unsafe detention environment,
and disregarded or inadequate procedures to identify and deal with particularly vulnerable persons.
Deaths in prison custody
Amnesty International has been gravely concerned at the failure of the authorities to ensure the
protection of the right to life of people detained in prisons, in particular from inter-prisoner
violence and self-harm in the case of particularly vulnerable persons. Inter-prisoner violence has
been a major problem in Portuguese prisons in the last decade, and has continued to be so in recent
years, with some very grave incidents -- including some which resulted in fatalities -- in the
second part of 2001.
Amnesty International received information indicating that between July 2001 and January 2002 four
people were killed reportedly as a result of inter-prisoner violence, three of them -- Rui Jorge
Oliveira Gomes, Augusto Morgado Fernandes and António Oliveira Dias -- in Vale de Judeus prison.
Although not designed as a high security prison, Vale de Judeus is an establishment housing
dangerous prisoners and prisoners sentenced to long terms of imprisonment.
Self inflicted deaths in prison
In 2001, 20 people were reported to have died from self-inflicted injuries in Portuguese prisons.
This is the highest number of such deaths since 1998, when 20 cases were also recorded. There had
been 13 cases in 1999 and 10 in 2000.
Amnesty International is concerned that prison staff may not be adequately trained to identify and
ensure the safety of particularly vulnerable inmates; and that procedures to ensure their safety
and address their needs -- especially medical needs -- may be either disregarded or lacking in some
establishments.
Police ill-treatment and racist abuse
Amnesty International has continued to receive numerous reports of police ill-treatment of people
- including children, women and people belonging to ethnic minorities - at the time of arrest or
in police stations. Reports of ill-treatment and racial abuse by police were corroborated by a
number of local non-governmental organizations.
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