terça-feira, fevereiro 27, 2007

Declaração de Bruxelas

Nós, o povo da Europa, afirmamos pela presente declaração os nossos valores comuns, valores que não se baseiam numa só cultura ou tradição, antes são fundados em todas as culturas e tradições que compõem a Europa moderna.

* Afirmamos o valor, a dignidade e a autonomia de cada indivíduo e o direito de todos a uma liberdade tão alargada quanto possível, desde que compatível com os direitos dos outros. Nós defendemos a democracia, os direitos do homem,e o estado de direito, e visamos o mais completo desenvolvimento possível de cada ser humano.

* Reconhecemos o nosso dever de nos preocuparmos com o futuro da humanidade, incluindo as gerações futuras, bem como a nossa responsabilidade perante a natureza, de que dependemos.

* Afirmamos a igualdade dos homens e das mulheres. Toda a pessoa, independentemente das suas aptidões, do seu género, da sua orientação sexual, da sua origem étnica, da sua religião ou convicção, deve merecer um tratamento igual perante a lei.

* Afirmamos o direito de cada qual adoptar e seguir uma religião ou as convicções que escolher. Estas convicções, no entanto, não devem, ser utilizadas para entravar, por qualquer modo, os direitos de outrem.

* Afirmamos que o Estado deve permanecer neutro em matéria de religião e de crenças, não favorecendo ou discriminando nenhuma delas.

* Defendemos que a liberdade individual não deve ser dissociada da
responsabilidade social. Procuramos criar uma sociedade equitativa, baseada na razão e no altruísmo, e onde cada cidadão tenha o seu papel.

* Defendemos a tolerância e a liberdade de expressão.

* Afirmamos o direito de cada um a uma educação aberta a todos os assuntos,e a todas as orientações.

* Rejeitamos a intimidação, a incitação e o recurso à violência na resolução dos conflitos, e consideramos que estes devem ser resolvidos pela negociação e de forma legal.

* Defendemos o livre exame em todos os domínios da vida humana e a aplicação da ciência ao serviço do bem estar humano. Procuramos uma utilização da ciência de forma criativa, e não destrutiva.

* Defendemos a liberdade artística, valorizamos a criatividade e a imaginação e reconhecemos o poder da arte como agente de transformação da sociedade. Afirmamos a importância da literatura e da música, das artes visuais e de palco, com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento e a realização do indivíduo.

A 25 de Março de 2007, dia do 50º aniversário do Tratado de Roma e da fundação da União Europeia.


Podem assinar aqui: http://www.visionforeurope.org

Enviado por Vidas Alternativas. Será um dos temas do proximo programa de radio (tradução nossa).

António Serzedelo

sábado, fevereiro 24, 2007

Focus on Trade #127, February 2007

Já está disponível na Internet o número 127 da publicação Focus on Trade, editado por Focus on the Global South.

Do sumário constam os seguintes artigos:

«WTO 'RESUMPTION': ANOTHER BLAIR HOUSE ACCORD?
By Aileen Kwa

OF FIRESIDE AND OTHER CHATS: ANALYSIS AND UPDATE ON THE AGRICULTURE, NAMA AND SERVICES NEGOTIATIONS
By Aileen Kwa

THE END OF THE AFFAIR? HIGH-SPEED INDUSTRIALIZATION, THE PARTY AND THE PEASANTRY IN CHINA
By Walden Bello

AN INTERVIEW WITH DALE WEN: "CHINA NEEDS AN ECOLOGIZED SOCIALISM"
By Walden Bello
»

Disponível
aqui

Aproveitem.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

SOLIDARIDAD CON EL PUEBLO DE COSTA RICA ESTE LUNES 26!

Queridas amigas y amigos:

Se acerca una importante jornada de lucha, importante no sólo para el pueblo de Costa Rica, sino también para los pueblos de América Latina, por su significado de defensa de la autodeterminación, la soberanía, la dignidad, los derechos sociales conquistado, el derecho a pensar nuestro propio desarrollo, el derecho a soñar y construir el país que queremos.

Hoy hemos colocado en la página del CEP Alforja www.alforja.or.cr mucha información al respecto, que les invitamos a leer, comentar, divulgar: hay comunicados y documentos de análisis; páginas web; vídeos, cuñas radiales, canciones... en una creciente ola de participación de los más amplios sectores del país y caracterizado por una gran creatividad y alegría.

Contrariamente, ante este movimiento en ascenso, los sectores neoliberales se han puesto cada vez más agresivos, infiltrando grupos, generando un clima de temor ante la "violencia" que dicen que se va a producir - y que hace pensar que pueda haber agentes provocadores de disturbios - y están tratando de saltarse los reglamentos constituyentes para buscar aprobar este tratado lo antes posible, con lo que efectivamente no harán más que enardecer los ánimos. El país está dividido y este lunes 26 habrá más gente en las calles en una marcha, que nunca antes en la historia de Costa Rica...

Contamos con uds. Visiten la página, divulguen sus materiales, generen interés y solidaridad. Es importante.

Un abrazo fraternal, su amigo,
Oscar Jara Holliday
Director General
CEP Centro de Estudios y Publicaciones Alforja
Apt. 369-1000 San José Costa Rica
www.alforja.or.cr/centros/cep

Preparação da jornada internacional contra o G8

Na sua reunião de 24 de Janeiro de 2007 em Nairóbi (Quénia), a Assembleia dos movimentos sociais apelou a uma jornada internacional contra a reunião do G8 que irá decorrer nos princípios de Junho na Alemanha.

Essa acção global de protesto terá lugar no dia 7 de Junho.

Iniciativas começam a ser tomadas para mobilizar as cidadãs e os cidadãos do mundo. Este video é um exemplo:

http://www.youtube.com/watch?v=EwHlbBbZNT4

Voluntários e intérpretes: APE/FSE em Lisboa

A tod@s

Tal como foi anunciado anteriormente, realizar-se-á em Lisboa nos dias 31 de Março e 1 Abril uma reunião de preparação do Fórum Social Europeu (EPA - Assembleia Preparatória Europeia).
A reunião terá lugar no ISPA, em Lisboa, sendo precedida, na sexta-feira dia 30, por um dia de reuniões de redes temáticas europeias.
Mais informações em breve na página www.esf-lisbon.net

Para o efeito será preciso garantir a realização de um conjunto de tarefas logísticas e práticas, que está dependente do esforço das organizações portuguesas mas também de tod@s aqueles que individualmente acham que um outro mundo é possível... e que para isso é preciso pormos mãos à obra.

São precisos voluntários para:

- TRADUÇÃO SIMULTÂNEA (interpretação)
Nesta reunião irão estar presentes algumas centenas de representantes de organizações e movimentos sociais europeus, vindos de diversos pontos da Europa e Norte de África. Para uma participação em igualdade de tod@s, irá haver interpretação inglês/francês/português/turco.
São precisos voluntários com conhecimento de nível elevado de alguma destas línguas e experiência em interpretação, para garantir turnos de interpretação.

- TAREFAS DE ORGANIZAÇÃO
Será preciso garantir presença em bancas de informações, receber participantes, preparar e manter o espaço (salas), etc., durante os dias da reunião. Para essas tarefas diversas são precisas muitas pessoas.

- ALOJAMENTO SOLIDÁRIO
Para permitir uma presença diversificada de organizações, não só daquelas com grandes recursos, vai-se tentar embaratecer o mais possível a vinda de todo@s, e daí ter uma bolsa de pessoas disponíveis a receber em sua casa participantes estrangeiros, sem recursos para pagar o hotel.

DIVULGA ESTE APELO!

Respostas para: lisbon2007esf@gmail.com

David Ávila
ATTAC Portugal

HABITAÇÃO PARA TODOS ! MANIFESTAÇÃO - JORNADAS

MANIFESTAÇÃO DIA 25 DE FEV-PRAÇA DA FIGUEIRA-15H

PORQUE a Habitação é um direito!

O Estado tem esquecido o seu dever de promover uma política que controle a especulação desenfreada e promova o acesso e dignidade na habitação para todos.

Milhares de pessoas:

- vivem em habitações degradadas, sobre-lotação, barracas, pensões, de favor ...
- estão endividadas em muito mais do que seria aceitável.
- têm mais dificuldade em conquistar autonomia na habitação, sobretudo jovens e idosos.

Os bairros de barracas estão a ser demolidos, centenas de pessoas, sem possibilidade de acesso à habitação, são postas à força na rua.

No entanto:
- só na área de Lisboa há mais de 112 mil casas à venda sem comprador e o preço não baixa;
- no país, há 544.000 casas devolutas;
- os centros das cidades estão cada vez mais vazios;
- o apoio ao arrendamento jovem foi reduzido em 50% e além disso as verbas para habitação social e reabilitação diminuiram;

Os lucros dos bancos e das imobiliárias atingiram valores record nos últimos anos!

TODOS SOMOS MORADORES.
TEMOS UMA PALAVRA A DIZER .
TODOS OS MORADORES À RUA !

DOMINGO 25 DE FEV – 15 H – PRAÇA DA FIGUEIRA

JORNADAS DA HABITAÇÃO - 24 de FEV
TEATRO A BARRACA , 9H - 17H.

VISITEM OS BLOGS - DIVULGUEM !
http://moramosca.wordpress.com/
http://plataformaartigo65.org/

Mobilização pela paz - Porto, 17/03/07

Porto, 6 de Fevereiro de 2007

Exmos(as). Senhores(as)

O mundo está mais perigoso!

A corrida ao armamento nuclear, apesar de todos os tratados de não-proliferação, está na ordem do dia. Por outro lado, as potências nucleares admitem explicitamente usar o seu arsenal atómico em caso de “necessidade”.

O armamento nuclear disponível neste momento no mundo dava para destruir várias vezes o planeta. Além disso, a sofisticação tecnológica permite criar artefactos nucleares do tamanho de uma pasta de executivo, mas com uma potência superior às bombas atómicas lançadas no Japão em 1945.

O risco de um cataclismo nuclear voltou aos níveis do tempo da guerra fria, como os próprios cientistas reconhecem (ver www.thebulletin.org).

Face a esta situação, um clamor popular começa a erguer-se na base social de todo o mundo e a tomar formas organizativas.

Nesse sentido, a associação “Acção Humanista – Cooperação e Desenvolvimento”, frente de acção social do Movimento Humanista, está a promover uma mobilização pela paz na cidade do Porto (Pr. D. João I), no próximo dia 17 de Março, pelas 17.30h.

Esta mobilização acontecerá em simultâneo com outras do género em muitas cidades europeias e do mundo.

Em todos os casos, além do mais, os participantes configurarão numa praça a forma de um símbolo alusivo à paz e à não-violência e farão um pedido público pelo desarmamento nuclear mundial.

Aspiramos a fazer no Porto o maior símbolo de paz de todas as mobilizações que se farão em simultâneo em todo o mundo, pelo que necessitamos de uma ampla participação de pessoas.

Por isso, queremos estender o convite a toda a população portuense, indivíduos e organizações, para tomarem parte neste evento pela paz e a não-violência, fazendo desta mobilização um marco do exercício da cidadania na história desta cidade.
Para tanto, contamos com a colaboração de V. Exas. na divulgação deste evento a todas as pessoas com quem têm contacto, explicando-lhes o sentido desta iniciativa e convidando-as a participar.

Caso pretendam algum esclarecimento adicional, disponibilizamos-nos desde já para o prestar pessoalmente no dia, hora e local que tiverem por conveniente. Em alternativa, sugerimos uma visita ao site www.movimentohumanista.com/paz2007.
Face ao exposto, ficamos a aguardar uma resposta positiva de V. Exas.

Com os melhores cumprimentos,

Luís Filipe Guerra

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Saudação aos militantes no pós referendo

Dois dias depois de arrumada a questão do referendo que, mais do que a interrupção voluntária da gravidez, ficará para a nossa história, como o dia em que os portugueses deram público testemunho da Interrupção Voluntária da Religião.

É por isso preciso que se diga que no dia 11 de Fevereiro houve claramente vencedores e vencidos.

A Igreja Portuguesa, clerical, tridentina e trauliteira, com os seus bispos e sacritãos, Opus Dei, Acção Católica, Médicos Católicos, etc., fazem parte da côrte dos vencidos, e, registe-se, esta é a maior derrota que sofreram desde a 1ª República, dada directamente pelo Povo Português, nas urnas, e não decidida pelos directórios dos partidos.

Quanto a mim, esta foi a maior batalha cultural que travamos desde o 25 de Abril, e desta feita, o 25 de Abril cumpriu-se!

Por isso, não posso deixar de saudar, aqui, todos os Movimentos pelo Sim, responsáveis por esta grande vitória.

Particularmente, todas as Mulheres que com tanta militãncia, força e coragem, muitas delas valentes activistas desta lista, que se empenharam muitissímo nesta luta de tantos anos e a levaram de vencida(permitam-me que envie um abraço de solidariedade às minhas companheiras da Plataforma Movimento Pelo Sim! que me deram a honra de, com humildade, a integrar).

Nao posso deixar de saudar, aqui, todos os Militantes do Sim, desde a direita liberal do PSD, passando pelo PS/JS, PCP, Verdes até ao BE, que tanto lutaram para que a IVG vencesse.

Nao posso, nem podemos, deixar de saudar os Médicos Pelo Sim, que vieram publicamente demonstrar quanto está obsoleta esta Ordem dos Médicos, que teima em nos pretender reger com um regime orgânico de Estado Novo e Igreja.

Nao posso deixar de saudar, especialmente, os Jovens pelo Sim, uma plataforma inteligente que inclúia várias tendências e muitas organizações lgbt, que souberam levar a sua voz aos jovens mais renitentes e mobilizá-los para se tornarem uma força decisiva de mudança, para que Portugal comece a abrir as portas à modernidade.

Constamos que postas de lado diferenças, para ir ao essencial, é possivel construir futuros para avançar entre nós. Uma lição a colher, para quem pretender aprender com a experiência.

Depois deste referendo, muitas outras portas se vão abrindo, paulatinamente e, neste caso, para as justas reivindicações dos homossexuais portugueses, desde a luta contra a homofobia, passando pelo alargamento e registo voluntário, da (lei) das uniões de facto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, até à revolução das homoparentalidades. E, tal como para a luta pela IVG, temos de ir encontrando um arco de apoios políticos , sociais, sindicais e corporativos, que vá desde os liberais do PSD até ao BE, para vencermos .

Aqui fica a expressão do meu agradecimento a tant@s lutador@s, e da minha solidaridade militante!

Bem hajam a tod@s!
A luta continua!

António Serzedelo
Editor do programa Vidas Alternativas
Fundador da Associação Opus Gay

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Declaração dos movimentos sociais reunidos em Nairóbi

Aproveitando a realização do Fórum Social mundial em Nairóbi, entre 2.000 (segundo uns) a 2.500 (segundo outros) activistas vindos das cinco partes do mundo realizaram uma assembleia de movimentos sociais.

A reunião, que não estava programada, aconteceu num esforço de mobilização das associações mais empenhadas no processo dos FSM, confrontadas com situações que mereceram a sua contestação.

Estas diferenças de visão transparecem, aliás, na Declaração final da assembleia, quando são criticados os valores cobrados aos quenianos pela entrada no evento, valores estes que os impediam de participar, contrariando um dos objectivos centrais destes processos, o do envolvimento das populações do local onde os mesmos têm lugar (como tem acontecido em Porto Alegre e aconteceu em Mumbai).

A presença em força de instituições ligadas a igrejas, com práticas conservadoras e discriminatórias, foi também objecto de crítica, assim como os apoios recebidos de empresas que, como contrapartida, puderam utilizar o acontecimento com fins meramente comerciais.

O confronto de posições que aqui ocorreu não deixará de ter - esperamos nós - implicações na organização do próximo FSM, previsto para 2009.


Ler Declaração

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

IVG - Texto de José Mattoso

1.. Compreende-se que a Igreja Católica condene, em princípio, a IVG. Se há uma certa sacralidade no processo da multiplicação da vida, é preciso respeitá-la. Mas condenar a IVG em qualquer circunstância e seja por que motivo for, corresponde a subordinar o homem ao sábado, e não o sábado ao homem. Os padres e bispos que o fazem correm o risco de se parecer demasiado com aqueles de quem Jesus dizia: «Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os aliviar» (Mt.23.4). Em vez de se obcecarem na condenação seria melhor preocuparem-se com a misericórdia.

2.. A maioria das religiões condena também o aborto, mas admite circunstâncias que o legitimam. Na verdade, a sabedoria tradicional e o bom senso sempre distinguiram entre a norma e a prática. Querer esmiuçar demasiado a norma de forma a poder distinguir quando se justifica ou não a infracção, não resolve coisa alguma. Ninguém pode ser desresponsabilizado. Se procuramos orientações evangélicas para a aplicação da norma, teremos sempre de evitar considerá-la como um absoluto. Temos de aceitar a responsabilidade de decidir em que casos se pode ou deve infringir.

3.. Numa sociedade pluriforme, baseada na convivência de várias religiões, o Estado não se pode constituir como suporte de nenhuma delas nem como guardião dos seus códigos morais. Não pode resolver pela força o que a Igreja não consegue pela persuasão e muito menos perseguir as vítimas de uma sociedade permissiva em matéria sexual e que tanto legaliza a coabitação instável como a família estável. O que é preciso é que Igreja e Estado colaborem, cada qual à sua maneira, na reparação dos inevitáveis estragos causados pela evolução dos costumes. A criminalização por via civil não resolve coisa alguma.

4.. A hierarquia católica, depois de ter parecido querer evitar uma posição agressiva, tem dirigido a campanha como se de uma cruzada se tratasse. Concentrou a sua estratégia na obtenção do «não»; pouco ou nada faz para resolver os problemas que conduzem à multiplicação da IVG. Se conseguir o triunfo do «não», ficará, decerto, de consciência tranquila. Triunfará o «princípio». As mulheres continuarão a abortar, mas a Igreja já não tem se de preocupar com isso. A responsabilidade é delas. A isto chama-se hipocrisia.

José Mattoso


NOTA: colocado por Alberto Matos na lista FSPortugal.

A ti, ...

«A ti, que estás farto/a desta batalha campal de argumentos, acusações e emoções;
a ti, que achas que este debate não te toca a ti;
a ti, que te ofende o despudor de um assunto íntimo tratado na praça pública;
a ti, que achas que nem sim nem não;
a ti, que ainda estás indeciso/a;
pensa que nesta votação não há meios termos, só há duas opções;
pensa que tens a oportunidade (rara) de participar numa decisão colectiva;
pensa que desta vez não estás a votar naqueles que hão-de decidir (esses não quiseram ou não puderam), mas és tu que vais decidir com o teu voto directo;
não queiras ficar de fora, ou terás depois de carregar o peso da tua indecisão;
pensa que podes contribuir directamente para mudar uma lei iníqua e para poupar sofrimento a muitas mulheres;
pensa que podes ajudar pessoas que estão próximas de ti;
ainda estás tempo de escolher uma sociedade mais justa;
o teu voto conta, vota SIM

Leonor Areal
http://sim-referendo.blogspot.com/2007/02/apelo-ao-absentista.html

Berlim, lançamento do Ano Europeu pela Igualdade

As organizações subscritoras, presentes na Conferência de Abertura do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Tod@s, congratulam-se com as declarações do Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que no painel "Let’s make equality a reality" enfatizou a necessidade de políticas pró-activas em prol da igualdade.

Frisando que a celebração da diversidade não é suficiente para combater as discriminações, o Ministro da Presidência afirmou que o objectivo do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Tod@s exige assegurar a não-discriminação através de legislação e inclusivamente de medidas positivas que garantam a igualdade na sociedade.

Aguardamos com expectativa e particular atenção a concretização por parte do Governo desta atitude pró-activa em políticas sociais estruturais e estruturantes por uma Europa mais responsável, justa, igual e solidária para todas as pessoas independentemente da idade, género, orientação sexual, religião, origem étnico-cultural e deficiência.

Berlim, 30/01/2007

Associação Solidariedade Imigrante (Timóteo Macedo)
APF (Alice Frade)
Associação ILGA Portugal (Paulo Côrte-Real)
CNJ (Carla Mouro)
AMUCIP (Olga Mariano)
CNOD (Carlos Costa)
AMCV (Liliana Azevedo)
PPDM (Liliana Azevedo e Vera Moreno)
Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens (Vera Moreno)
ACS - Associação Casapiana Solidariedade (Susana Santos e Jocelina Santos)
UGT - União Geral de Trabalhadores (Manuela Carrito)
Opus Gay (António Serzedelo)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

FSM: Una explosión de color y diversidad

Un impresionante estallido de color y una diversidad pocas veces vista son dos referencias con las que quedarse en esta VII edición del Foro Social Mundial que celebramos en Nairobi del 20 al 25 de enero.

El acto inaugural ya presagiaba los cambios. La marcha partió del barrio popular de Kibera hasta el Uhuru Park, donde se celebró el acto inaugural que duró más de siete horas. Participaron miles de personas (de cinco a diez mil según las fuentes) pero menos de lo esperado. La presencia singular de grupos ecuménicos con sus cartelones y sus particulares vestimentas o la música (y los cantos religiosos) que reemplazaban a las pancartas y consignas partidistas que inundaban en Foros anteriores Porto Alegre son dos buenos indicadores de esos cambios.

El Foro Social Mundial por fin en África. Un sueño. Los colores y la cosmología africana inundan el Foro. Junto a los debates y las reflexiones, el Foro de la música, las manifestaciones mas diversas alrededor del Estadio que albergaba al Foro, la venta de productos de artesanía, la pasión, el color y la vida… fue otra muestra de que en el mundo que vivimos hay otras formas de entender las cosas.

Hay que recordar que en el primer Foro Social Mundial, hace siete años en Porto Alegre, apenas asistieron unas decenas de africanos. En ediciones posteriores esta participación aumentó, aunque nunca llegó a sobrepasar a unos cuantos centenares. Bamako en enero de 2006 cambió la tendencia. Pero este es el primer Foro Social Mundial íntegramente realizado en África.Y no han sido pocos los obstáculos a superar. Ni tampoco las contradicciones generadas.

El primer día, los problemas organizativos fueron la tónica del Foro. Un caos superado con la paciencia y la comprensión de los participantes y, sobre todo, con la alegría y el dinamismo de los voluntarios y organizadores africanos.

Pero además el Foro, fuera del recinto de Kasarani (en el Moi Sport Center donde se desarrollaba), apenas fue visible en toda Nairobi; parecía desarrollarse a espaldas de la ciudad. El presidente del comité organizador, Edward Oyugi, señaló a la que la empresa responsable de colocar banderolas a lo largo de la ciudad, y en especial en el camino que va del aeropuerto al estadio de Kasarani, no había cumplido su compromiso, y por tanto no se veía ningún signo visible del encuentro.

La falta de fondos fue otro gran problema. Por lo visto el gobierno de Kenia, presidido por Mwai Kibaki, ofreció el año pasado a los organizadores un apoyo de 25 millones de chelines (unos 368 mil dólares), pero hasta el comienzo del Foro no habían recibido ni un chelín. El costo de organizar el FSM de Nairobi es de 200 millones de chelines kenyanos (es decir, cerca de 3 millones de dólares), lo que constituye la mitad del presupuesto original.

A lo largo de las sesiones pudimos visualizar un creciente descontento entre determinados sectores, pues los precios del Foro no eran en absoluto accesibles para la población kenyata, sobre todo la mas desfavorecida, lo que dificultó de forma notable la participación local (El precio de entrada de 500 shillings para los kenianos – casi 6€ – es equivalente a un salario mínimo semanal). De hecho se produjeron algunos incidentes y protestas, como el ingreso masivo sin pagar por parte de personas de las chabolas o la ocupación por parte de niños de la calle de un restaurante en pleno Foro que por lo visto era propiedad de un ministro y que tuvo que ser desmantelado antes del final del evento.

Son desde luego problemas que con seguridad próximas ediciones tendrían que analizar previamente con rigor. En todo caso, según Onyango Oloo, coordinador nacional del Foro Social de Kenya, la principal dificultad que tuvieron que superar fueron los prejuicios de otros y los complejos propios sobre si los africanos tenían la ambición y la capacidad suficiente para organizar un Foro Social Mundial. La prueba ha sido superada, a mi modesto entender, con creces.

Y así fue. Más allá de dificultades y contradicciones posiblemente inevitables, lo cierto es que pudimos convivir con la vitalidad de la sociedad civil africana, movimientos y organizaciones, en ocasiones con gran capacidad de movilización y presencia en el Foro. Con fuerte influencia de la Iglesia por cierto, desconocidos para muchos de los que veníamos del Norte y por lo general extraordinariamente sugerentes. África se mueve, no es sólo el subdesarrollo, la guerra, la pobreza y la desesperación. Es también la vitalidad y la alegría, las ganas de luchar para salir adelante, el compromiso y el entusiasmo.

Con otras claves tal vez, mas preocupados por cuestiones como el impacto del SIDA, la lucha contra la pobreza, el no pago de la deuda y la soberanía alimentaria o temas ecológicos, de salud y de género, fundamentales para el continente africano y para el mundo.

Una participación africana que, como se decía antes, ha cambiado el "tono" general con el que se desarrollaba el Foro Social Mundial. O al menos sus aspectos mas visibles. Pero no sólo ha sido un Foro Africano, sino que la participación de otros continentes ha sido bastante amplia (Asia, Europa y Latinoamérica sobre todo), con lo que, a mi modesto entender, podemos hablar de un Foro mas mundial que nunca.

Todo ello con la reserva de la dificultad de abarcar o valorar un Foro que, según las cifras proporcionadas por los organizadores, agrupó a más de 50.000 personas, desarrolló cientos de seminarios permanentes y cientos de actividades complementarias. Seminarios y actividades auto-organizadas alrededor de nueve objetivos generales identificados en una amplia consulta entre muchísimas organizaciones celebradas entre junio y agosto del año pasado. En ello se consumieron tres días del Foro donde era imprescindible seleccionar en función de las redes previas con las que se había llegado a acuerdos o del interés de cada delegado. La delegación de la APDHA, por ejemplo, intervino en seminarios sobre inmigración (Derechos Humanos en la Frontera, intercambio entre comunidades locales, redes euroafricanas…) y sobre derechos humanos mas en general (mujer, prisión y derechos humanos, ciudadanía en la globalización…).

Precisamente es interesante señalar el papel destacado en el Foro de redes como el Caucus por la Dignidad y los Derechos Humanos que organizó decenas de actividades de gran resonancia, incluso una manifestación en el Foro. Los derechos humanos, que en otras ediciones del Foro jugaron un papel más secundario, han cobrado gran importancia en el Foro de Nairobi.

Los temas de inmigración, si bien algo dispersos, también. Lo que ha sido positivo para seguir avanzando en la articulación de redes y en intentar reducir en enfoque eurocéntrico sobre las migraciones que solemos padecer por aquí. En todo caso se echó en falta dar pasos que fueran más allá de los clichés y generalizaciones. Lo que quizás en fases sucesivas se pueda acometer (especialmente en el proceso de convocatoria del Foro Social Mundial de las Migraciones).

Desde luego también se pudieron apreciar los muchos seminarios y debates animados por organizaciones de mujeres fruto de una larga experiencia de trabajo sistemática. Organizaciones como la Marcha Mundial de las Mujeres, el Green Belt Movement o el Fòrum Rural de las Mujeres han vuelto a ocupar un papel destacado en el Foro Social Mundial. Asimismo las organizaciones de mujeres africanas impactaron con su trabajo en contra de la ablación o con el lema "gracia, constancia y elocuencia" promoviendo el protocolo mínimos de derechos.

El cuarto día estuvo dedicado a recoger las propuestas de los distintos seminarios autogestionados a través de 21 Foros Temáticos para acordar agenda, luchas alternativas y acciones. Estos Foros fueron: agua; instituciones nacionales/internacionales y democracia; paz/guerra; vivienda; luchas de las mujeres, dignidad/diversidad humana/discriminaciones; derechos humanos; juventud; seguridad alimentaria/reforma agraria; trabajo; educación; medio ambiente y energía; salud; conocimiento/información/comunicación; deuda; migraciones; libre comercio; cultura; corporaciones transnacionales; niñez; economía alternativa. La APDHA pudo participar en las Asambleas de estos Foros sobre derechos humanos, migraciones y mujer.

Por la tarde de ese día, se celebró la asamblea de movimientos sociales, en la que participaron en torno a 1.000 personas. Una asamblea de tales dimensiones siempre resulta difícil de manejar. No obstante se pudo apreciar como el avance en la coordinación por temas (agua, inmigración, agenda de derechos humanos, salud, educación, mujer…) dejaba un poco en segundo lugar el papel aglutinador y pretendidamente coordinador de la Asamblea de Movimientos sociales. El Manifiesto final tuvo que ser necesariamente breve y no pudo incluir la habitual e interminable lista poco o nada útil de convocatorias mundiales "generales".

El avance positivo por ejes temáticos incidió también en el debate que se viene produciendo en el Foro acerca de la conveniencia de una más fuerte agenda política, de avanzar en el sentido de un papel más "ejecutivo" del Foro. Quizás sea por la presencia masiva africana, que incluye otras prioridades menos partidarias, creo que el Foro ha reafirmado en su edición de Nairobi otra perspectiva en continuidad con su inspiración de origen: un marco de encuentro, de reflexión, de alternativas y, como no, de articulación de redes y coordinación entre las mismas.

En este sentido se pronunciaba en su conferencia Wangari Maathai (premio Nóbel de la paz el año pasado) "el foro es el lugar y el momento para encontrarnos, para compartir experiencias y visiones, para alentarnos mutuamente y volver a nuestros lugares de origen, en América, Asia, África, Europa e incluso Oceanía, para gritar más alto que nunca que otro mundo es posible y que estamos dispuestos a construirlo. No hay ningún lugar del mundo dónde nuestra voz no pueda ser escuchada". El intelectual portugués Boaventura Sousa Santos señala en Adital que "ve en la diversidad actual y el relativo *caos* del Foro una señal de fortaleza".

En el Foro tampoco estuvo ausente el debate sobre el papel de los partidos, el Estado y de los movimientos sociales que en Caracas 2006 había ocupado un papel de primer orden. Pero quizás desde otra perspectiva, manifestándose las diferentes visiones predominantes en América Latina y en África, que hasta ahora no se habían podido confrontar.

Antonio Martins, co-fundador del FSM en 2001, por ejemplo, en entrevista con Sergio Ferrari, no duda en provocar la ira de ciertas visiones clásicas de la izquierda tradicional: "hay que revisar esas concepciones que entienden a los partidos políticos como representantes y a los movimientos sociales como representados". En otras palabras, que le otorgan a los movimientos un "papel subalterno, en tanto actores que deben, cada cuatro o cinco años, en el momento de las elecciones, transferir sus decisiones a los partidos".

Pero el papel de los partidos en África está mucho mas devaluado que en América Latina. También citados por Sergio Ferrari, Leopoldo Mansai, militante social y miembro de una ONG cristiana de Camerún, "se trata prioritariamente de redefinir la relación de la sociedad civil de su país con los partidos políticos" que fueron creados en una etapa reciente y con el objetivo de asegurar siempre la re-elección de los gobernantes. Titi Nwel, miembro de Justicia y Paz de ese país del oeste africano señala que las prioridades del trabajo político, el estado diferente de los movimientos sociales y la diversidad en la naturaleza misma del concepto de sociedad civil, "expresan las grandes diferencias que tiene Camerún – y una buena parte de África - con América Latina".

No habrá Foro Social Mundial en 2008, habrá que esperar a 2009 y el lugar está por definir. África tuvo su Foro y seguro que es un punto de partida más para que los movimientos sociales se fortalezcan. Tras Nairobi, opino que el Foro Social Mundial se consolida como marco de encuentro, pese a todas las contradicciones y problemas. Para las personas de ONGs como la APDHA quizás lo mas positivo de todo fue ver la diversidad que vimos en Nairobi, apreciar la riqueza de una África en movimiento, conocer nuevas gentes y organizaciones, apreciar nuevas realidades, compartir experiencias, establecer contacto y conjurarnos con otras gentes para mantenerlo e intercambiar… Esa fue la verdadera gozada del Foro.

Rafael Lara

domingo, fevereiro 04, 2007

"Multidão Instantânea" pelo SIM, no Chiado, Terça (6/2)

Olá!

No âmbito da campanha pelo SIM no referendo de 11 de Fevereiro, o Colectivo Feminista decidiu organizar uma flash mob ou multidão instantânea (no final do email encontrarás mais informação sobre o que é uma flash mob).

Esta "multidão instantânea" irá realizar-se no PRÓXIMO DIA 6 DE FEVEREIRO, 3ª FEIRA, e funcionará assim:

1) Traz 1 FOLHA DE PAPEL A4 e 1 CANETA.

2) Aparece no LARGO DO CHIADO (à frente da Brasileira, saída do metro Baixa-Chiado) ALGUNS MINUTOS ANTES DAS 19H00. Fica por ali, discretamente, como se estivesses à espera de alguém.

3) Quando o relógio do edifício FIDELIDADE MUNDIAL (o prédio que se vê logo em frente quando se sobe as escadas do metro, onde está neste momento uma exposição de José Loureiro) assinalar as 19H00 EM PONTO, DIRIGE-TE À ZONA DO PASSEIO EM FRENTE AO BANCO BPI.

4) TIRA A FOLHA DE PAPEL E A CANETA E ESCREVE "SIM" NO PAPEL EM LETRAS MUITO GRANDES. Escreve de forma a dar nas vistas (de gatas no chão, contra uma parede, contra as costas de um/a amig@), para despertar a curiosidade d@s transeuntes.

5) Quando acabares de escrever, LEVANTA A FOLHA E MOSTRA-A A QUEM PASSA DURANTE 30 SEGUNDOS.

6) Arruma a folha e DISPERSA DE IMEDIATO.

No total, a flash mob dura apenas 1 minuto, aproximadamente.

São esperad@s dezenas de participantes na "multidão instantânea", portanto vale mesmo a pena entrar nesta acção inédita, simples e também divertida!

Participa - um minuto pelo SIM não custa nada!
Ajuda-nos também a divulgar a acção por todos os teus contactos - quantas mais pessoas aparecerem, melhor!

Um abraço,

o Colectivo Feminista
http://colectivofeminista.blogspot.com


Uma flash mob é uma concentração de um grande número de pessoas num dado local para fazer algo inesperado e depois dispersar muito depressa. Nos últimos meses, já se realizaram flash mobs por todo o mundo, incluindo em Lisboa (podes ler mais sobre flash mobs em http://en.wikipedia.org/wiki/Flash_mob e http://felizes.planetaclix.pt/inexplicavel.htm)