Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
segunda-feira, fevereiro 28, 2005
Constituição Europeia II
1. Não se trata de uma autêntica constituição surgida através de uma assembleia constituinte eleita por sufrágio universal directo; pelo contrário, estamos perante um tratado internacional multilateral, como reflexa a sua adopção, ratificação e revisão por parte dos Estados membros e não dos seus cidadãos.
2. A Carta de Direitos Fundamentais não amplia o âmbito de aplicação do direito na UE nem cria novas competências (Art. II-111), pelo que se resume a uma declaração de princípios sem consequências práticas.
3. Os autênticos valores e objectivos da UE estão reflectidos na utilização da palavra "competividade" 27 vezes, enquanto que a "Economia Social de Mercado" aparece apenas uma vez, com o atributo de "altamente competitiva" (Art. I-3). Objectivos como a "paz" e o "desenvolvimento sustentável" não são posteriormente concretizados.
4. O único mecanismo real de democracia participativa explicita é a iniciativa de legislatura popular que é muito limitada, já que não obriga a Comissão Europeia a apresentar a proposta, e está reduzida às áreas de competência da Comissão (fundamentalmente política comercial, monetária e mercado interior); para além destes constrangimentos, estas iniciativas só poderão ir avante com a mobilização de pelo menos 1 milhão de cidadãos provenientes de um número significativo de estados membros.
5. Consolida a poder de decisão da soberania estatal na UE, já que apenas uma instituição, o parlamento Europeu, é eleito directamente por sufrágio universal dos Europeus.
6. Permite à UE recorrer à guerra preventiva e aposta no militarismo ao criar uma agência para a aquisição e investigação militar e obrigar os estados membros a incrementar os seus gastos militares (Art. I-41)
7. As políticas de coesão Económica, Social e territorial continuam a ter por base fundos mínimos (o orçamento da UE o não ultrapassa 1,27 % do PIB comunitário), ao mesmo tempo que a harmonização entre estados é cada vez mais difícil, e é interdita a convergência legal em termos de condições de trabalho, segurança social e luta contra a exclusão social.
8. O parlamento Europeu continua sem ter autonomia ou iniciativa legislativa, mantendo-se como orgão consultivo.
9. Nega a cidadania Europeia aos residentes extra-comunitários, negando-lhes por acréscimo uma série de direitos.
10. Aprofunda as divergências entre estados membros, ao estabelecer a possibilidade de uma série de cooperações reforçadas, o que implica apostar na consolidação de uma Europa a várias velocidades.
11. Mantém a unanimidade paralizante relativamente à adopção de políticas fiscais e sociais, assim como leis contra todo o tipo de descriminação (Art. III-124). Pelo contrário, alarga a maioria qualificada para temas económicos como a liberalização dos serviços, com os previsíveis efeitos sociais negativos.
12. Não estabelece uma verdadeira divisão de poderes, já que (por exemplo) a comissão Europeia mantém o monopólio da iniciativa legislativa ao mesmo tempo que se vê reforçado o seu poder executivo na UE.
13. Os parlamentos nacionais continuam sem nenhum poder de decisão relativamente às decisões da UE.
14. O papel das regiões, cidades e municípios continua a ser meramente consultivo.
15. Esmaga-se o tratado constitucional, ao exigir a unanimidade dos 25 estados membros da UE para a ratificação da sua reforma (Art. IV-443), institucionalizando a lógica da diplomacia internacional em detrimento de qualquer processo constituinte.
Constituição Europeia I
1. Pelo seu caracter constitucional define um modelo político de liberdade e solidariedade.
2. Integra com carácter vinculativo a Carta de Direitos Fundamentais que dá sentido à cidadania Europeia.
3. Situa os valores e objectivos da UE numa definição mais progressista que a maioria das constituições dos Estados membros, incluindo a Paz, a Liberdade, a Democracia, os Direitos Humanos, a Igualdade entre homens e mulheres, a Justiça, a Solidariedade, a Economia livre de mercado, o Emprego pleno, o Desenvolvimento sustentável, a não Discriminação por nenhum motivo de género, raça, credo, orientação sexual ou outro, e a erradicação da pobreza.
4. Introduz o conceito de democracia participativa e cria a iniciativa legislativa popular Europeia.
5. Estabelece a orientação federal da União, reconhecendo a sua dupla legitimidade porcedente dos estados e dos seus cidadãos.
6. Reforça as capacidades da UE na sua política externa e de defesa, consagra o multilateralismo, o respeito pelo direito internacional, a legitimidade da ONU e a solução negociada dos conflitos.
7. Estabelece uma política de coesão económica, social e territorial.
8. As leias da UE serão aprovadas conjuntamente pelo parlamento Europeu e pelo conselho Europeu.
9. Outorga à UE personalidade jurídica própria.
10. Amplia a cooperação entre países que desejem aprofundar as sua relações mais rapidamente.
11. Passa a existir maioria qualificada, através do duplo critério da população e do número de estados, acabando com a unanimidade até agora necessária.
12. Clarifica a divisão de poderes, com um legislativo partilhado entre a Comissão e o Parlamento; consolida a Comissão Europeia como governo da UE e cria a figura de presidente do Conselho Europeu e o de Ministro dos negócios estrangeiros.
13. Aumenta a participação dos parlamentos nacionais nas decisões da UE.
14. Reforça o papel das regiões, cidades e municípios.
15. Institucionaliza a Convenção como método representativo e transparente no processo da revisão constitucional.
Neofascistas ao ataque
O APEDREJAMENTO da residência de um assessor do Governo e a utilização de um carro-armadilhado foram alguns dos factos que alertaram a Polícia para o recrudescimento da actividade dos «skinheads» em Portugal.
Entretanto, há duas semanas, uma das facções mais radicais da «irmandadeariana» foi aceite na «elite» mundial dos «cabeças-rapadas», os«Hammer Skin Nation», que exige a prática de acções violentas, incluindomatar «não-brancos».
Em Outubro, foi encontrada na casa de um «skinhead» uma lista com nomes e mapas das residências de dirigentes da «OPUS GAY », do «SOS Racismo» e de membros da Sinagoga israelita de Lisboa, aparentemente com a intençãode serem alvo de ataques. Uma facção dos «skins» terá um acordo com o Partido Nacional Renovador - que concorre às eleições - através de um projecto designado «FrenteNacional».
Leia mais sobre esta notícia
Opus Gay
Datas nas matrículas
Não, um pequeno país no seu extremo ocidental resiste, expondo as viaturas orgulhosamente a sua idade, para gáudio dos donos daquelas mais recentes e vergonha dos proprietários das outras de maior idade. Questiono apenas o porquê de tal situação, porque é que o Estado Português é diferente dos outros? Para vender mais carros? Para associar ainda mais o "satatus" à viatura que se conduz? Por Portugal ser orginal? Por acaso?
Igreja, Estado e Política
Mário de Queiroz - Inter Press Service - Boletim da Latitude Zero
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
Meia ilha de "humanidade supérflua"
O Gabinete de Administração de Desastres Nacionais, do governo, rapidamente aconselhou a não super-reagir porque isto não é "inanição e fome como na Somália, Etiópia, Sudão e em outras partes". Ao invés disso, o que está a acontecer "é conhecido como FALTA DE COMIDA" (são suas as maiúsculas) e isto "acontece todo o ano".
Mais em:
http://www.resistir.info/asia/timor_fev05.html
Quioto I
O medo de que este discurso seja demasiado derrotista ou alarmista fez com que os ambientalistas não dissessem nada. Os políticos também não dizem nada, porque, se o fizessem teriam de actuar. No entanto, os cientistas que estudam esta questão vêm com urgência cada vez maior.
Desde 1988, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (PIMC - associado ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente) vem conduzindo a mais extensa colaboração científica da história. Mais de dois mil especialistas técnicos e científicos de todo o mundo trabalham no projecto, com cada estudo produzido sendo rigorosamente avaliado pelos seus pares.
No seu relatório de 2001, o PIMC anunciou que o aquecimento global causado pelo homem já tinha começado, muito antes do esperado. (...). Até agora, a maior parte da discussão pública sobre o aquecimento global está focada na prevenção. Algo que foi materializado a 16 de fevereiro com o Protocolo de Quioto.
Mas a prevenção não é suficiente. Não importa quantos carros verdes e painéis solares Quioto promova, já que o aquecimento global é inevitável. (...)
O problema com o protocolo de Quioto não está no facto de não ser suficiente a redução (prevista no acordo) de 5% na emissão de gases causadores do efeito estufa: o PIMC, por exemplo, reclama uma redução entre 50% a 70%. O problema é que Quioto age apenas sobre as emissões futuras. Não importa quão bem o protocolo funcione, ele não terá efeito sobre o gás já emitido pelo que o aquecimento global que já começou é inevitável.
Outras Palavras (artigo completo) por Mark Hertsgaard
Quioto II
Até o momento, os gases emitidos durante os mais de dois séculos de industrialização aumentaram a média das temperaturas globais em cerca de 0,5 graus centígrados, e subiram o nível dos mares entre um a dois metros.
Os cientistas do PIMC predisseram que, por causa do aquecimento global, o futuro trará fenómenos climáticos extremos como furacões, tornados, tempestades, ondas de calor, secas e nevascas. Trará também inundações, deslizamentos, cortes de luz, lavouras arruinadas, danos à propriedade, doenças, fome, pobreza e perdas de vidas.
Na Califórnia, chuvas torrenciais levaram, em 11 de janeiro último, a um soterramento que matou dez pessoas, enterrou crianças vivas e destruiu dúzias de casas. Em 2003, uma onda de calor recorde deixou 35.000 mortos na Europa Ocidental - a maioria, idosos.E este á apenas o começo. Os Cientistas são cuidadosos ao dizer que nenhum evento climático sozinho pode ser ligado definitivamente ao aquecimento global. Mas a tendência é inconfundível para as companhias de seguros que vêm pagando as contas.
O aquecimento global causado pelo homem trará fenómenos naturais extremos cada vez maiores, e, consequentemente, perdas catastastróficas crescentes, disse recentemente um funcionário da seguradora Munich Re, a maior companhia mundial no sector na área de desastres naturais. (...) Um relatório trazido a público em abril último pelo grupo de estudos do Pentágono afirma que, pelo ano 2020, as mudanças climáticas podem ter desencadeado uma série de catástrofes interligadas. Isso poderia incluir mega inundações, fome em massa e mesmo uma guerra nuclear, ao passo que países como a China e a Índia lutariam entre si pelo controle de fontes de água e comida, que se tornarão escassas.
Outras Palavras (artigo completo) por Mark Hertsgaard
Quioto III
A necessidade de tal estratégia de prevenção e protecção vem ganhando a aceitação da maioria dos governos em todo o mundo. Na Grã-Bretanha, o Departamento do Meio Ambiente promete publicar a sua estratégia de adaptação ao aquecimento global até o final do ano. No mais recente encontro internacional sobre o aquecimento global, em Buenos Aires, em dezembro último, uma maioria de delegados apoiou o estabelecimento de um fundo de auxílio a países já vítimas dos efeitos do aquecimento global. Um dos candidatos mais próximos de obter tal ajuda é Tuvalu. Um atol no oceano Pacífico cujo ponto mais alto fica a pouco mais de três metros acima do nível do mar, Tuvalu foi, quase toda, submersa no ano passado por ondas gigantes de três metros de altura. Os EUA, porém, opuseram-se à assistência, argumentando que não há certeza sobre o que constituiria um nível perigoso de aquecimento....
A inominável morte e destruição trazida pelo Tsunami acontecida no Oceano Índico mostrou o que pode acontecer quando não se está preparado para o desastre. Mas não existe motivo para que o aquecimento global possa nos apanhar de surpresa. O mais maduro sistema de alarme de nossa civilização para o assunto (os cientistas PIMC) vem há anos nos dizendo que o perigo se aproxima. A questão é se agiremos rápida e decisivamente o suficiente para nos protegermos contra a tempestade vindoura. Ou se vamos simplesmente esperar e encarar nosso destino nus, orgulhosos e destemidos...
Outras Palavras (artigo completo) por Mark Hertsgaard
Aprender a ler num mês
UNESCO - Boletim da Latitude Zero
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
Outras pérolas de JCN
Portanto, Tornozelo [passam 100 anos] Casamento Homossexual [Extrapolando 100 anos] dá Incesto e Bestialidade. Mais uma vez, confirma-se: o homem é muito fraquinho nas estatísticas...
“A nossa sociedade não é mais feliz, porque se entregou completamente ao prazer carnal.” JCN
“Com o preservativo a relação sexual passa a ser a mesma coisa que comer um pastel de nata.” JCN
[para evitar ter filhos o casal] ”Deve estudar o seu ciclo reprodutivo e centrar as relações sexuais fora do momento fértil.” JCN
Que como toda a gente sabe, é um método extremamente eficaz para o planeamento familiar.
“Assume-se que o deboche é imparável e intocável. O deboche passou a ser sagrado. Esta sacralização do prazer sexual está a minar a sociedade.” JCN
Fantástico, das Neves! a metáfora do pastel de nata ficará para sempre gravada nas minhas redes neuronais (fico à espera de saber qual o bolo a que corresponde uma relação sem preservativo). O pastel de nata atingiu novos universos e significados ético-semânticos.
A bestialidade deveria fazer parte do futuro referendo Europeu. Gosto bastante destas pessoas que falam por parábolas e metáforas. Confirmando o desagrado de Deus com o deboche, veio hoje esta notícia no Correio da Manhã .
Homossexualidade para JCN
Para além de assessor, professor catedrático, economista e jornalista, joão Cesar das Neves também é estatístico. Ou seja, provavelmente no futuro pedofilia e homessexualidade serão a mesma coisa porque para os gregos era a mesma coisa. Para os gregos, na democracia participavam apenas os cidadãos (homens), as mulheres não eram consideradas e os escravos eram normalíssimos (e claro, também estavam fora da democracia). Segunda as estatísticas de João Cesar das Neves, pelo facto de hoje haver democracia, provavelmente no futuro haverá escravos e as mulheres perderão o direito de voto. Pode ser muito bom em economias, mas em estatísticas o homem é definitivamente uma nulidade...
Sociedade Civil e Participação Sénior
Realizar-se-á no próximo dia 25 de Fevereiro, sexta-feira, às 21h30, a habitual Tertúlia Mensal da Academia Sénior da Covilhã, sob o tema - Sociedade Civil e Participação Sénior.
Molho Inglês I
Direito à Batata
Sanjay Suri - Inter Press Service - Boletim da Latitude Zero
PS - a batata é uma espécie endémica das terras altas dos andes (assim como outras importantes espécies, como é o caso da Quinoa, do tomate e dos pimentos), tendo sido trazida para Europa pelos "Conquistadores".
terça-feira, fevereiro 22, 2005
Choveu!
Cortar na Gordura
No mundo empresarial, “cortar na gordura” nem sempre é sinal de despedimentos. A multinacional norte-americana Kraft Foods - um dos gigantes mundiais da indústria alimentar - anunciou que deixará de fazer publicidade dirigida às crianças em produtos com altas concentrações de açúcar, sal e gordura. Também irá introduzir produtos “magros”. Estas medidas surgem por pressão da opinião pública e das autoridades nos EUA e Reino Unido. Na UE, Portugal regista a segunda maior incidência da obesidade nas crianças.
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Direitos humanos
Investir no Futuro
ONU / Projecto Milénio - Boletim da Latitude Zero
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
Adios, mosca
Pedimos desculpa por esta interrupção; a democracia segue dentro de momentos.
Claro que a sondagem pode estar errada; é que para a escolha das famílias realizou-se um caminho aleatório sistemático com passos definidos, sendo inquirida em cada família a próxima pessoa recenseada na respectiva freguesia a fazer anos. É que toda a gente sabe que os nativos de Peixes, Capricórnio e Touro votam sistematicamente mais à esquerda...
Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC)
Biológico Compensa
Novethic - Boletim da Latitude Zero
quarta-feira, fevereiro 16, 2005
Baile
Baile no Teatro Ibérico com Dancing Strings (trad europeias).Após o baile, será aberta uma jam sesssion, aberta a todos os músicos presentes no local.
Os Dancing Strings são:- Denys Stetsenko (violino)- Luís Peixoto (bandolim e bouzouki)- Hugo Fernandes (violoncelo)
O Teatro Ibérico fica na Rua de Xabregas, 54 e os bilhetes custam 5 euros.
Para mais informações vão ao Teatro ibérico.
Quioto
terça-feira, fevereiro 15, 2005
2ª pessoa
Mudança climática
1 - Um responsável do INAG veio descansar as hostes, afirmando que a situação de seca deste ano não é assim tão pior que a do ano passado. Claro que o ano passado foi um dos anos mais quentes de que há memória nos últimos 150 anos (os últimos 4 anos estão nos top five dos anos mais quentes)...
2 - Na EN16, Km 86, começaram a vender morangos. Ou o vendedor da beira da estrada faz parte de uma gigantesca multinacional tentacular do morango, e estes vêm do outro lado do Mundo muito bem acondicionados, ou morangos no Inverno (sim, ainda estamos no Inverno)passaram a ser a coisa mais natural do mundo. Pelo sim pelo não, hoje como morangos, para ver da qualidade do produto fora de época (ou da época fora de data)...
Desenvolvimento sustentável
Este seminário terá como principais objectivos a divulgação e esclarecimento dos principais conceitos e benefícios da Responsabilidade Social e do Desenvolvimento Sustentável, a reflexão sobre o papel do Estado nestas áreas (como grande empregador, comprador/consumidor, legislador e garante da aplicação da lei) e o enquadramento da experiência acumulada noutros países europeus e no sector empresarial.
1 de Março de 2005
INA, Palácio dos Marqueses de Pombal
(Descarregue a ficha de inscrição)
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
Milagre
Confusão?
Muitos outros poderiam dizer: Não sou pedófilo, nem pederasta nem heterossexual. Desde que me conheço sempre fui homossexual e sexualmente activo.
É que até ver, Homossexualidade não é crime; Pedofilia é. Confundir as coisas só serve para criminalizar - assim como quem não quer a coisa - o movimento LGBT. Lá dizia o outro: "Eu não como criancinhas; prefiro os seus papás...."
Já agora, não sou pedófilo, nem homossexual, nem ultra-liberal, nem Africano, nem magro, nem amarelo às pintas verdes e vermelhas... e raramente visto roupas efeminadas.
Tudo na mesma...
(...) O PS continua à frente das intenções de voto, tendo, inclusive, aumentado a distância que o separa do PSD: 44,7% para socialistas, contra 27,4% dos socias-democratas, ou seja, uma diferença de 17,3%. Diario Digital, dois dias antes
Estive um mês fora, mas está tudo na mesma; ou melhor, Luís Delgado está na mesma e o PS está agora muito mais perto da Maioria Absoluta. De aberto estas sondagens não têm nada. A única coisa em aberto que existe é o campeonato de futebol, com 4 equipas empatadas no 1º lugar. Agora, estas eleições, lembram a época de futebol passada, com o PS (em vez do Porto) com um avanço de não sei quantos pontos relativamente aos seus adversários mais próximos...
PS - houve uma coisa que mudou: o treinador do FCP (e ninguém me disse nada; tá mal)
Reconstruir os Ecossistemas
Nature - Boletim da Latitude Zero
MUS
Saudações democráticas
Hélio Bexiga
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
Metafora do OMO
Agora de regresso, estou com medo de que me passe rapidamente a brancura, com as nodoas da triste e dura realidade a entrarem-me diariamente pela casa adentro...
terça-feira, fevereiro 08, 2005
DEBATE SOBRE OS FORA SOCIAiS
LIVRARIA "LER DEVAGAR"LISBOA
A Acção para a Justiça e Paz (AJP) e o Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (CIDAC) estão a organizar para o próximo dia 12 de Fevereiro, Sábado, pelas 17:30h, na Livraria Ler Devagar, um debate sobre os Fora Sociais. Com esta iniciativa pretende-se fazer uma abordagem do caminho feito até agora por este Movimento Mundial e que desafios temos de enfrentar por um Outro Mundo Melhor.
Assim, vimos por este meio convidar tod@s @s interessad@s a participar neste encontro que contará com a presença e contribuição de delegadas/os portuguesas/es no V Fórum Social Mundial que acaba de se realizar em Porto Alegre, no Brasil.
Pretendemos também com esta iniciativa contribuir para o processo do Fórum Social Português, pelo que a presença do máximo de organizações e pessoas das diferentes áreas e sectores da sociedade civil portuguesa é essencial para a riqueza e profundidade do debate.Esperamos poder contar com a vossa participação!
Muito Obrigada!
Pela OrganizaçãoSandra Silvestre - Acção para a Justiça e Paz
sexta-feira, fevereiro 04, 2005
Desinfectante Solar
SODIS - Boletim da Latitude Zero
quinta-feira, fevereiro 03, 2005
Dar a Cara Contra as Armas
Amnistia Internacional - Boletim da Latitude Zero
Acção Mundial contra a pobreza
A Chamada Global para a Ação contra a Pobreza é uma aliança mundial de centenas de organizações não governamentais, movimentos sociais, sindicatos, grupos de mulheres, defensores dos direitos humanos, entidades internacionais e grupos religiosos. A campanha pede dos líderes mundiais que cumpram seus compromissos com a justiça nas relações comerciais, mais e melhor ajuda para o desenvolvimento e cancelamento total das dívidas dos países mais pobres. Também pede transparência e responsabilidade de todos os governos nos seus planos para eliminar a pobreza e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
PS - o flagelo da pobreza mata muito mais pessoas todos os anos que o flagelo do terrorismo...
terça-feira, fevereiro 01, 2005
FSM 2005 - XXVI
Esta quinta edição do Fórum Social Mundial começou como expressão da diversidade planetária, polifonia de vozes que se encontram em desejos universais da tolerância, da justiça, da paz, da igualdade. E se encerradentro desse mesmo espírito. Mas este fórum teve o desafio de ser mais propositivo, de avançar em agendas comuns e propor ações. Para isso, ele foi totalmente autogestionado. Todas as atividades foram desenvolvidaspelas organizações participantes. Nos 11 Espaços Temáticos, foram afixados murais para receber propostas que resultassem das discussões e assembléias. Até agora, 352 propostas foram afixadas nestes murais. E se encontram aqui expostas. Elas serão divulgadas para que mais movimentos, organizações e pessoas possam a elas se incorporar.Tudo isso aconteceu numa geografia própria: o Território Social Mundial, instalado ao longo da orla do Guaíba, onde discutimos propostas e compartilhamos a convivência. Com contradições e conflitos. Celebramos a vida comunitária e a responsabilidade comum num espaço aberto, público, coletivo e democrático. O território do fórum foi um laboratório para mudar a vida. Foi o lugar de convergência de inúmeras iniciativas.
De encontro entre a comunidade do Fórum e de Porto Alegre, a cidade cujo símbolo é o pôr-do-sol do Guaíba que não tem dono, não foi construído, é de todos e de ninguém da mesma forma.
Foi esse crepúsculo que, todos os dias, recortou um território em movimento, geografia de um mundo em transformação.
No território do Fórum, materializamos várias práticas transformadoras. A bioconstrução mostrou que uma casa pode nascer do simples ordenamento racional do que a natureza oferece. A economia solidária, justa nos preços e ética no consumo, esteve presente. Práticas desafiadoras, como o uso do software livre, a rede de voluntários da tradução e novas formas de comunicação compartilhada foram incorporados ao dia-a-dia. Isso exigiu aprendizado, persistência, trabalho. Mas para quem quer mudar as coisas, só existe um caminho: tentar. Por isso tentamos, insistimos, resistimos. Só assim é possível aprender e seguir em frente.
Este ano, pela primeira vez, o Acampamento da Juventude esteve incorporado à geografia do Fórum, inovando nas práticas comunitárias e de autogestão e radicalizando na defesa dos direitos humanos. A autogestão permeou todas as práticas, desde o primeiro momento. E assim, em vez de eventos com grandes palestras, houve uma discussão horizontal, plural e democrática de uma multiplicidade de temas. Atividades quepermitiram o encontro de muitas organizações e pessoas, tecendo redes, planejando ações, forjando novos encontros. Porque o Fórum não começa nem termina neste espaço. Ele é o momento de convergência de movimentos que lutam, se encontram e seguem lutando. E novas propostas de ação surgirão nesse processo.Este Fórum se multiplicou no coração e na ação de muita gente. Foram, no total, 155 mil participantes. Destes, 35 mil integrantes no Acampamento da Juventude e 6.880 comunicadores. Pessoas de 135 países envolvidas em 2.500 atividades. E gente que fez da boa vontade, inclusive para resolver problemas, um inestimável alicerce para que este Fórum acontecesse: 2.800 voluntários e voluntárias movidos pela consciência epela solidariedade. Todo mundo ajudou a dar sentido ao espírito do Fórum, que se espalhou pelo planeta. Milhões de pessoas se conectaram ao Fórum pelas mais variadas formas de comunicação.
Fica para nós e para o mundo um espetáculo de diversidade, que começou num final de tarde de 26 de janeiro de 2005: 200 mil pessoas caminhando por Porto Alegre. Ali estavam os malabaristas em frente a um planetaazul carregado por muitas mãos. Os movimentos sociais e populares, os sindicatos, as ONGs. E tantas nuances e rostos. Turbantes, batas, chadôs, cocares. As vestes indianas. Olhos puxados, olhos azuis, peles alvas, a expressão da consciência negra. Bandeiras da cor do arco-íris. Um mar de gente pulsando no coração da cidade.Essa energia contagia um planeta em movimento. O movimento segue. E este Fórum impulsiona muitas ações que saem daqui fortalecidas e mais organizadas, com agendas para o ano todo. O diálogo e o encontrorevigoram perspectivas, abrem o horizonte. Em 2006, o Fórum Social Mundial será descentralizado, realizado em vários lugares do mundo. Em 2007, será na África. Autogestionário, participativo, democrático, feitopor organizações, entidades e pessoas que querem construir um outro mundo com paz, justiça e igualdade. Segue o movimento. Vamos em frente.
É preciso agir, caminhar, transformar, viver. O outro mundo possível depende de nós.
Porto Alegre, 31 de janeiro de 2005