quarta-feira, agosto 31, 2005

Porquê o desinteresse de muitos

Pecados de autarcas

As eleições autárquicas estão aí à porta. O futuro de trezentos e tal concelhos e respectivas populações está em jogo para os próximos anos. Mais uma vez as listas foram cozinhadas na intimidade dos interesses, compadrios e ambições das minorias que são as concelhias partidárias, num processo em que os cidadãos foram arredados.
Os escolhidos aí estão, nos grandes «outdoors», pagos pelos contribuintes, «desatentos e obrigados», exibindo as suas caras sorridentes, com uma bonomia condescendente e promessas de «mais emprego», «mais segurança», «mais dinamismo», mais etc. etc. e tal. Nos poucos debates da televisão ou da rádio, aquelas «cabeças de lista» passam a maior parte do tempo em acusações mútuas sobre os respectivos passados ou a afirmar banalidades. Mas, enfim, já estamos todos habituados a estes rituais e o povo é sereno e cada vez mais desinteressado... Teremos, pois, o que merecermos pelo maior ou menor empenhamento na defesa da causa pública.

Este ano, no entanto, há um factor novo pela sua amplitude que é a quantidade preocupante de autarcas envolvidos em situações alvo de acção judicial. Negociatas ilícitas, «sacos azuis», favores, financiamento de partidos, fuga aos impostos, enriquecimentos pessoais, facturas falsas, ostensivos sinais exteriores de riqueza, ameaças e outras «delicatessen», vão sendo conhecidos. Isto será a ponta do «iceberg» como dizem por exemplo, Maria José Morgado e Saldanha Sanches. O engraçado é que todos os acusados respondem, invariavelmente, que estão de consciência tranquila, a qual está muito mais espalhada no nosso país do que o bom senso do velho Descartes...
Situações destas, que estão a minar o nosso país desde há muitos anos, eram até há pouco tempo negadas com indignação. Hoje, a inefável Associação Nacional de Municípios, em vez de tomar a iniciativa de proceder a uma eficaz avaliação do que se passa nas Câmaras, até para própria defesa do bom nome de muitos autarcas honestos que felizmente ainda existem, pede com ar seráfico que apresentem provas e façam acusações formais, como se não soubesse o que é do conhecimento geral. Após o que o vice-presidente da Câmara do Porto, Dr. Paulo Morais, afirmou em entrevista na última Visão, de que recomendo a leitura, não há desculpa para mais delongas. Assim, refiro entre outras: «Os vereadores do Urbanismo que aceitam transferir bens públicos para aqueles que dominam os partidos estão a enriquecer pessoalmente e a destruir a democracia. Nas mais diversas câmaras do país há projectos imobiliários que só podem ter sido aprovados por corruptos ou atrasados mentais».
A nossa Justiça tem de actuar de forma eficaz e exemplar, sob pena de se tornar ela própria no coveiro do nosso Estado de Direito. Os interesses ilícitos do sector imobiliário têm sido o cancro do comportamento ético deste país. As Autarquias detêm neste sector um poder imenso que, qual varinha de condão, pode transformar um pobre num rico, ou um rico num ainda mais rico. Não são as negociatas imobiliárias que mais me chocam, e deixo isso à polícia, mas sim ao que, com isso, se está a fazer às nossas cidades, vilas e aldeias, transformando-as em asquerosos aglomerados de mamarrachos, onde as pessoas terão de viver muito abaixo da qualidade a que têm direito. Este é, para mim, o maior pecado dos autarcas desonestos e de quem os corrompe.

Miguel Ramalho no EXPRESSO, 30 de Agosto 2005

De luto

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Dois terços da Serra da Arada arderam...

O Amigo da Onça

Boletim da Latitude zero

A reputação de químico amigo do ambiente que se tem vindo a gerar em volta do etanol é muito exagerada: esta é a opinião de certos investigadores, que afirmam que as grandes plantações de cana de açúcar e milho – que fornecem matéria prima para o etanol - estão a poluir o ambiente. Apesar do uso deste produto como combustível automóvel diminuir a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera, a sua produção em larga escala tende a reduzir a biodiversidade, a aumentar a erosão dos solos e exige grande consumo de água.

Mark Peplow - Nature

terça-feira, agosto 30, 2005

Que faria para melhorar Lisboa?

(Opinião de António Serzedelo, em entrevista ao PÚBLICO)

Até às eleições autárquicas, personalidades de várias áreas apresentam soluções para fazer de Lisboa uma cidade melhor.-"Publico"-pag. 46 Poder Local

1. -O que faria para melhorar Lisboa ?
Lisboa, precisa de um novo Pombal, desta vez com a visão de uma sociedade globalizada, que seja capaz de a tornar uma cidade competitiva no contexto europeu, e cosmopolita do ponto de vista cultural. A (in)gerência anterior teve da cidade uma visão neoliberal, populista, de carros, betão, negócios mal esclarecidos, empresas municipais desgovernadas, desrespeito pelo espaço público, urbanismo, e jardins, ornando-a numa cidade pacóvia, sem valorizar a sua história, sem política arquitectónica, tão necessária a uma capital. Lisboa, agora, precisa de um projecto cultural forte, de criatividade para liderar eventos culturais de vária índole, a acontecer regularmente, para que os lisboetas se sintam neles implicados, e nos tragam estrangeiros, como fazem as capitais europeias.Prevejo para esta cidade uma gestão transparente, laica e republicana, que impulsione a Cidadania e a participação cívica, para acabar com a marginalização, alienação, exclusão social, que levam à falta do sentimento de pertença, enfim, à marginalidade e à insegurança. Lisboa é uma cidade feita de muitas minorias a precisarem de ser respeitadas, integradas, através do novo modelo de gestão e governo, congregando bairros e freguesias em novos distritos urbanos, capazes de responder às novas exigências, com novas competências, como foi feito em Paris e Barcelona. Ela tem que ser sobretudo pensada no feminino, para dar às mulheres que nela circulam igualdade de oportunidades, com políticas de "empowerment". Por isso, é muito importante que os candidatos apareçam na campanha com mulheres a apoiá-los. As lisboetas desempenham já diferentes papéis no nosso espaço urbano. Além do desempenho no emprego, têm de cuidar da família, às vezes de dependentes, até deficientes. Há que pensar nestas diversas situações quando se pensa na organização dos transportes públicos, nos horários comerciais, na iluminação de espaços, nos tempos/locais lúdicos, ou de lazer, nas barreiras que se criam, e até para sua segurança.

A capital precisa de dar respostas às ansiedades dos jovens que lhe dão vida, na compra/aluguer de habitação, emprego, lazer, desporto, escola, sexualidade, DST, mas sem por isso esquecer o apoio à terceira-idade, a precisar de mais mobilidade, e facilitação de acesso aos serviços que precisa.Mas Lisboa também é dos gays. Eles querem ver apoiados os seus eventos, trazendo-os para a centralidade e visibilidade urbanas, sejam festivais, cinema, teatro, exposições, marchas, arraiais, ou um programa de rádio lgbt, encorajando-os a uma cidadania activa, através de "Gabinetes contra as Discriminações", dialogando com as suas ONG`s, lutando contra a homofobia. O nicho de mercado do Turismo Gay tem de ser bem trabalhado. É um valor acrescentado à riqueza da cidade. Penso que alguém na câmara, deva ser o elo dialogante com as minorias. E porque não criar um espaço-ninho de ONG´s que impulsionem a Cidadania?Lisboa tem de expulsar os carros para a periferia, não os gays, nem os idosos, nem os pobres, à custa de políticas urbanas guetizantes, como a do actual Código das Expropriações, das Leis dos Solos e das empresas municipais, que são uma declaração de guerra às populações socio-economicamente mais debilitadas dos bairros históricos onde pretendem intervir.

2.-Qual o candidato que melhor corresponde a esse ideal ?
As três candidaturas à esquerda coincidem nas denúncias dos desmandos desta câmara. Como cidadão activista e independente, subscrevo-as. Constatando certa seriedade, individualista, caritativo-eclesiástica e chique, misto Louis Vuitton/Channel nº 5, na candidata Nogueira Pinto (CDS), que ainda nem reconhece dimensão política às questões lgbt, acho que Manuel Carrilho é quem melhor pode preencher estes requisitos, pelos compromissos públicos já assumidos e pela sua dimensão intelectual e capacidade organizativa, que fazem dele o homem de futuro de que Lisboa precisa.

Antonio Serzedelo

Fogos em Moçambique

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Agenda

Agenda dos fóruns sociais pelo mundo

- Fórum Social Sydney, em Sydney, Austrália, de 27 a 29 de agosto, 2005
- III Fórum Social da Costa do Marfim, local a definir, setembro de 2005
- Fórum Social Mineiro, em Minas Gerais, dias 13 a 15 de outubro, 2005
- Fórum Social Sul Africano, Harari, Zimbábue, de 13 a 15 de outubro de 2005
- Fórum Social da Zona Sul de São Paulo, em São Paulo, de 29 de outubro a 2 de novembro de 2005
- Fórum Social Áustria, em Salzburg, Áustria, em outubro de 2005

Clique aqui para ver a lista completa, contatos e outras informações.

Últimos 100

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Sudão: mulheres e crianças na constituição

Boletim da Latitude zero

A UNICEF felicitou o Sudão por ter incluído na Constituição Nacional de Transição disposições que reforçam os direitos das crianças e mulheres. Acesso igual, gratuito e obrigatório de todas as crianças a educação primária; acesso igual aos cuidados de saúde primários e obrigação do Estado em combater práticas e tradições que comprometam a dignidade e o estatuto das mulheres são alguns dos exemplos. Esta Constituição deverá manter-se em vigor durante os seis anos do período de transição previsto no acordo de paz, que pôs fim a 22 anos de guerra civil.

UNICEF

segunda-feira, agosto 29, 2005

Moralismo radical

Depois de uma semana isolado nas Montanhas, a fazer música 20 horas por dia, chego cá, e a primeira coisa que descubro é que no fundo no fundo sou um moralista radical:

Muitos jovens, que tanto se queixam do moralismo dos mais velhos, caem eles no mesmo, ao desprezarem o modo de vida de seus pais e tomarem o seu código de conduta, radical e descomprometido, como a única forma válida de viver. Muitos jovens hoje desprezam a sociedade e o capitalismo, ralhando ao mundo com a severidade de velhas resmungonas.

O moralismo surge também nas muitas causas que se defendem com ardor. Grande parte dos movimentos radicais antiglobalização, de libertação sexual, ecologistas ou antiamericanos padecem desse mal. A intolerância moralista chega até a extremos patéticos no combate ao fumo e à obesidade. (João Cesar das Neves) via Renas

Ainda bem que existe um Abominável Homem das Neves para nos abrir os olhinhos. A bem da amoralidade, vou já amanhã acabar com a dieta e voltar a fumar...

sábado, agosto 27, 2005

"Kong Yee Sai Mau !"

Prevendo alguma contestação durante as sessões da 6ª Conferência ministerial da OMC, as autoridades chinesas têm vindo a manter contactos com a Aliança Popular de Hong-Kong (APHK), uma plataforma aberta de associações que defende a necessidade de, no processo negocial, dar a palavra aos que trabalham os campos. Mais ...

sexta-feira, agosto 26, 2005

Centro Cultural de Belém

Diz o JN que a programação do CCB para o próximo ano está em risco. Eu vim dar a esta notícia depois de ter acabado de receber a programação do CCB por correio. Quando vi o programa a minha primeira reacção foi positiva, já que antes o dito me chegava decorrido que estava metade do tempo a que o mesmo dizia respeito... Por três vezes escrevi para o CCB dizendo que assim não valia a pena: ou tentavam enviar o programa por correio com um mínimo de antecedência, ou anunciavam que não podiam oferecer este serviço; assim, parecia-me um desperdício de recursos. Nunca obtive qualquer resposta – nem sequer um “estamos a pensar no assunto” - o que me parece inacreditável. Mas enfim.

Desta vez chegava-me (hoje) um programa para um mês (Setembro) que ainda não tinha começado: Aleluia! Depois vi que afinal... eram dois meses, Setembro e Outubro. Humm... aí já me pareceu muita fruta... Abri a brochura, e encontrei este programa (para dois meses!) ridículo - parece-me bem que se confundem iniciativas ao alcance de associações recreativas, com diversidade artística dum centro cultural nacional:

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O CCB representou um investimento nacional enorme, centralizando ainda hoje uma boa proporção do investimento estatal em cultura (claro, esta “cultura” tem necessariamente que incluir os salários dos funcionários duma estrutura que já se terá tornado pesada...). Mas qualquer coisa estaria mal. Procurei o CCB online e cliquei em Espectáculos: até ao final do ano (quatro meses!) estão anunciados quatro (4!!) espectáculos à noite (>20h). Pensei que me teria engando mais uma vez e fiz uma busca para Programação. Com esta última só se obtém a Programação para Agosto, que diz apenas “BOXMÚSICA Projecto para 2005 António Pinho Vargas, consultor - 1 de Janeiro a 31 de Dezembro. Fiquei portanto na mesma.

Fiz ainda uma busca com Programa, e fui dar a uma salganhada de espectáculos, com datas de 2003, 2006... Que é isto?! Se clicarem em espectáculos, poderão ver anunciados espectáculos até final deste ano. Meia dúzia! Pergunto: quanto custou/custa este desorganizadíssimo site?

Bom, enquanto há vida, há esperança... fiz uma busca para orçamento: fui dar a uma rúbrica... sobre a Discussão do Orçamento de Estado! Uma vez que o CCB foi afecto a uma fundação, presumo que o respectivo orçamento esteja no segredo dos deuses. Mas ainda tentei uma busca num motor generalista... e aleluia!, uma saída para orçamento do CCB! Foi porém sol de pouca dura, tratava-se apenas do orçamento do Centro de Ciências Biológicas da Univ brasileira de Santa Catarina! Brasil, sim, porque do lado de cá do Atlântico estas coisas ainda andam arredados dos olhos do cidadão.

Bem, se calhar este pessoal é meio artista e não entende a importância da divulgação online (compare-se o site da Festa da Música de Nantes, site que eles também podiam ter copiado...), pelo que fui ler o Editorial do programa em papel que me chegou pelo correio. Que não está assinado (huh... ninguém quer assumir...), mas que anuncia como novidade do mês do grande CCB, O mercadinho do equinócio. Esta linda iniciativa parece ser uma versão feira da ladra chique (em espaço de excelência, como hoje se diz) para os meninos que teriam vergonha de se expôr na verdadeira e only one Feira da Ladra...

Sempre que confrontados (o que nem acontece muito, pois raros jornalistas fazem perguntas difícies) com ineficiência, os administradores do CCB exibem o sucesso da Festa da Música (ciclo de música clássica a preços acessíveis, 6ª edição). Mas neste caso estamos perante uma programação comprada – como os concursos das tvs – portanto sem grande mérito do CCB. Aliás, quando Viseu pretendeu estender o sucesso da Festa da Música ao norte do País (sem qualquer custo adicional para o CCB!), o CCB fez saber que o único responsável pela Festa da Música de Lisboa era René Martin (autor da ideia e responsável pelo Festival-mãe que ocorre todos os anos em França), portanto alguém exterior à Instituição. Que fazem, então, todos os directores e administradores e conselheiros do CCB? O Teatro do Viriato entretanto assumui o contacto directo com René Martin e já tem assegurada a Festa da Música para 2006. Sem interferência daquele que, quando dá jeito, é dito pólo nacional difusor de cultura...
E diz o JN que a programação do próximo ano está em risco?... Não faz mal, não se perde grande coisa, pode ser que os meninos percam a vergonha e montem bancada na Feira da Ladra.

mpf

quinta-feira, agosto 25, 2005

Alternativas de organização

A Universidade Católica de Louvain (UCL) foi fundada em 1425 naquele que em 1830 se viria a constituir território belga. Só por essa altura a Universidade abandona o latim e começa a ensinar em francês. Entretanto, e para responder à emancipação cultural dos flamengos, em 1911 a UCL autoriza que as Faculdades leccionem também em neerlandês. Resta acrescentar que a UCL se localiza em território flamengo, num país cultural e visceralmente dividido... De tal modo que, nos anos 60, e apesar dos estudantes estarem igualmente repartidos, 12.548 neerlandófonos e 11.817 francófonos, estes últimos foram literalmente expulsos do território! A solução foi a UCL abrir uma sucursal na metade francesa da Bélgica: assim nascia Louvain-la-Neuve (LLN), uma cidade muito peculiar...

Em 2001-02, a UCL contava com 19.709 estudantes, dos quais 14.958 em Louvain-la-Neuve, sucursal que portanto rapidamente ultrapassou a casa-mãe. Já agora, acrescento que isto inclui 3.654 estudantes estrangeiros, pertencentes a 105 nacionalidades diferentes...

LLN ocupa uma área com cerca de 1000 ha – mais ou menos a área do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa. Destes, 200 ha (cerca de 2x a Tapada da Ajuda) são ocupados por uma floresta. Possui ainda um lago artificial com 7ha, muito apreciado pelos pescadores.

A cidade obedece a princípios urbanísticos rigorosos : foi concebida com uma forma circular, e assenta sobre uma plataforma de betão que cobre três pisos de parques de estacionamento subterrâneos. Isto permite que a cidade seja praticamente toda peatonal – bicicletas e skates são tolerados, mas os motores completamente proibidos em mais de 70% da área urbana! Mas de facto pode chegar-se de carro até ao centro da cidade... por debaixo.

Outra particularidade interessante é o sistema de saneamento, que separa os esgotos das águas pluviais. Estas últimas correm directamente para o tal lago, pelo que, por exemplo, é proibido lavar o carro (com detergente...) na via pública. É isto que permite que os peixes abundem no dito lago.

A cidade tem hoje cerca de 20.000 residentes (população diurna de 35.000), organizados numa verdadeira comunidade. Por exemplo, disputas entre vizinhos podem recorrer ao... mediador urbano! Os residentes são ainda representados por uma associação de moradores com o delicioso acrónimo de AH (association des habitants). Esta associação, com 30 anos (!) de actividade, gere vários dossiers na área do planeamento urbano, qualidade de vida, ambiente, circulação rodoviária, etc. É um grupo de pressão sobre a autarquia local, mas também um dinamizador cultural. Uma comunidade activa.
mpf

quarta-feira, agosto 24, 2005

Do estômago à alma

Eu confesso: gosto muito de comer. Gosto de experimentar coisas novas e saborear gostos velhos. Gosto de diferentes ambientes. Numa tasca gosto da informalidade, num restaurante gosto que me ponham o prato pela direita e o tirem pela esquerda e não me entornem o molho em cima. Em todos os casos me é essencial que quem esteja a servir o faça com gosto. Mesmo que disfarçado. Faz parte. É como um palhaço no circo: toda a gente ama os palhaços, ninguém deseja que sofram, todos reconhecem que terão os seus dias maus... mas na arena espera-se que nos sorriam. Tem que ser. Um empregado mal disposto estraga-me completamente a digestão. E afinal, eu estou a pagar por um serviço.

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Em Portugal come-se, genericamente, muito bem. Já o serviço é, genericamente, mau. Penso que devido ao equívoco entre “servir à mesa” e “ser um serviçal”, um complexo de inferioridade que ataca igualmente funcionários numa repartição pública ou mesmo o médico de família. “Um seu criado” é, decididamente, uma saudação fora de moda.

Mas a qualidade da comida ainda se vai mantendo. Se bem que não faltam os restaurantes que vivem da fama, servindo mal por muito dinheiro. Claro, há os clientes que só os frequentam por querer fazer parte dessa fama, mas há também os incautos que não sabem ao que vão. Deveriamos poder contar com os críticos gastronómicos, mas esses muitas das vezes são os que estendem a tal fama. Note-se que amiude honestamente, já que um crítico é sempre bem tratado pelo dono atento.

Então que nos sobra? Pois pormos nós a mão na massa! Londres conta agora com um site online sobre restaurantes que aceita críticas de qualquer um. Não gostou do serviço? Ficou com fome? Os bróculos estavam demasiado cozidos? Foi incomodado pelo fumo? Comeu a melhor sobremesa da sua vida? A tv estava a mais? Quer ir jantar fora, mas não sabe bem onde? Esta é mais uma expressão do poder que os cidadãos possuem ao pegar o touro pelos cornos. Note-se que o site não exclui críticos profissionais, mas a sua opinião vale o que vale. E as dos outros passaram a valer também. Não há aí ninguém interessado em lançar um site sobre restaurantes em Portugal?...

mpf

terça-feira, agosto 23, 2005

Aeroportos

Uma história de 2 aeroportos:

Áreas:
a.. Aeroporto de Málaga: 320 hectares,
b.. Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.

Pistas:
a.. Aeroporto de Málaga: 1 pista,
b.. Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.

Tráfego (2004):
a.. Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8%ao ano.
b.. Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhõees de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.

Direitos Humanos

Linha de apoio
à vítima
800 202 148

domingo, agosto 21, 2005

Computadores a $100 US Dólares

O MIT Media Lab lançou um novo programa de investigação visando o desenvolvimento de um computador portátil a 100 dólares norte-americanos destinado às crianças do mundo e que pretende revolucionar o modo como são educadas.
A iniciativa foi anunciada em Janeiro deste ano aquando do Fórum Económico Mundial em Davos.
Esta máquina será, obviamente, baseada em Linux, fará tudo o que um computador pessoal faz mas sem a “gordura” vulgarmente associada aos sistemas para estas máquinas e sem as suas capacidades de armazenamento de informação.
As primeiras entregas, através dos Ministérios da Educação dos países que aderirem, estão previstas para finais de 2006, princípios de 2007.
Ler a entrevista com Nicholas Negroponte, presidente do MIT Media Lab, sobre este tema aqui.

sábado, agosto 20, 2005

Mil Mulheres para o Nobel da Paz

Boletim da Latitude zero

Em homenagem ao trabalho silencioso e quotidiano das mulheres em prol da paz, Ruth-Gaby Vermot-Mangold, membro do Parlamento Suíço e do conselho Europeu e Maren Haartje, da Swisspeace, fundaram a associação 1000 Mulheres para o Nobel da Paz. Ao longo de três anos, a associação reuniu 1000 nomes de mulheres e suas biografias, agora disponíveis online. Estes 1000 nomes foram entregues ao Comité Nobel e espera-se que, em Outubro deste ano, o prémio lhes seja colectivamente atribuído. Desde o começo da atribuição do Nobel da Paz, em 1901, somente 12 mulheres o receberam.

1000 Mulheres para o Nobel da Paz

sexta-feira, agosto 19, 2005

Censura

aqui, estudantes americanos protestam contra a censura de livros.

parvamente descobri que no topo da lista está um dos meus livros favoritos, all the pretty horses, de Cormac McCarthy (está traduzido para português). É um livro belíssimo passado na fronteira entre os estados unidos e o méxico, num universo cru e individualista, mas onde se digere coragem e lealdade, um livro que pensaria justamente muito apelativo para jovens...
estes americanos são loucos...

mpf

quarta-feira, agosto 17, 2005

Em honra do...

Luís Simões, que nos tem andado a visitar assiduamente para tentar abrir-nos os olhinhos, fica aqui esta libélula, de seu nome Crocothemis erythraea, avistada há 2 dias a vaguear pelo Teixeira, que me espantou pelo seu vermelho penetrante.

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Aposto que nunca te tinham dedicado uma libélula... ou pelo menos uma tão bonita e tão esplendorosamente vermelha. Um abraço!

Mais um coice bem dado

Não é normal que os portugueses tenham desatado a preocupar-se com os nomes dos administradores das empresas com capitais públicos, seria de supor que nesses cargos estivessem pessoas com competência e habilitações para o seu desempenho, e restar-nos-ia mais tempo para nos preocuparmos com a falta do ponta-de-lança do Benfica.

Mas eis que vamos de férias e ficamos a saber que mais um dos rapazes que apareciam nos jantares de apoio da candidatura de Sócrates à liderança do PS ficou bem da vida, primeiro foi Fernando Gomes e mais algumas personagens menos mediáticas, e agora chegou a vez de Armando Vara.

O Governo fala-nos de choque tecnológico e diz-nos que vai mandar estudantes estagiar no estrangeiro, e, em contrapartida, nomeia para administrador de uma grande instituição financeira alguém sem um mínimo de habilitações.

Num país onde urge criar uma cultura de esforço passa-se a mensagem de que a melhor forma de subir na vida é apoiar o candidato certo; o estudante que se aplicar num curso de gestão, que opte por estudar mais sete ou oito anos para concluir um mestrado e um doutoramento é parvo, esperto é o calinas que singra no partido dominando os jogos de interesses.

Não é a nomeação de Armando Vara que me preocupa, com a forma como a CGD trata os seus clientes terá sempre lucros, por mais Varas que lá metam; o que me indigna é que neste país se diga à nossa juventude que em vez de trabalharem, que se dediquem ao “salto à Vara” porque é assim que se sobe na vida em Portugal.

O Jumento , que volta em força depois de uma férias certamente merecidas

A Bíblia e a América

Link sacado do Renas e Veados.

Estatísticas gerais:

92% dos Americanos possui uma Bíblia

59% lê a Bíblia ocasionalmente (Em 2000, quando em 1980 eram 73%)

37% lê a Bíblia pelo menos uma vez por semana

Conhecimento da Bíblia:

37% sabia o nome dos 4 envangelhos

42% sabia pelo menos 5 dos 10 mandamentos

70% sabia o nome da cidade de nascimento de Jesús

42% sabia que tinha sido Jesús a fazer o sermão do Monte das Oliveiras

Desconhecimento da Bíblia:

38% acha que a Bíblia inteira foi feita depois de Jesús

12% acha que a Joana d'arc (arc=arca) é a mulher do Noé

49% acredita que o dinheiro é a origem de todo o mal

75% acredita que Deus ajuda aqueles que se ajudam a eles mesmos

Buscar o imponderável

Para Michel Foucault, depois do século 19 assiste-se a processo de esclerose dos grandes partidos políticos. Eles teriam deixado de se constituir espaços de criação política para reduzir-se em estratégias mais ou menos toscas de tomada ou permanência no poder. Ocorre, conforme ele, uma forma de "confisco da política". Diante do amesquinhamento da actividade político-partidária, restaria para a sociedade a resistência, expressando-se ela na capacidade de preservar os valores emancipatórios por ela produzidos sobretudo nas décadas de 60 e 70 do século XX nos quais se encontrava implícita a possibilidade de recriar a existência para além dos programas partidários e sua normalização da actividade política e a consequente produção de sujeitos políticos viciados e subjugados aos imperativos do poder.

A perda da capacidade de criação política, os limites impostos pelas grandes agremiações partidárias à renovação das ideias e práticas no campo político fizeram com que, segundo Foucault, se deslocasse para os movimentos sociais a produção de ideias e valores que foram efectivamente capazes de transformar as nossas vidas. Movimentos sociais como os feministas, homossexuais, grupos étnicos raciais, ambientalistas entre outros re-significaram grande os nossos estilos de vida. Com eles constituimos e redefinimos direitos e valores no plano da sexualidade, da racialidade e da etnicidade, na área ambiental, transformando a nós mesmos, as agendas partidárias e mentalidades na sociedade abrangente.

Movimentos sociais que, por força do poder de transformação sobretudo cultural tornaram-se também alvo da cooptação das grandes agremiações políticas, que, em certos casos, lançaram sobre alguns uma espécie de mortalha pela domesticação e subordinação de suas pautas aos seus interesses menores - a simples tomada e perpetuação no poder. Transformando parcelas desses movimentos sociais, de agentes de transformação em correias de transmissão de interesses de outros; em sujeitos políticos subalternos e, em alguns casos, em adversários dos que permanecem, no campo da resistência, na posição de autonomia, de independência e crítica em relação aos diferentes matizes dos descaminhos do poder.

Faz-se então necessário, especialmente neste momento para os que mantêm a liberdade de sonhar os próprios sonhos, resgatarem a iniciativa política. O que está em jogo é, como nos diz Foucault, assegurar a existência, "fora dos grandes partidos políticos (...), certa forma de inovação política".

Continue a ler em Outras palavras
este artigo que acenta como uma luva na realidade Portuguesa em geral o no FSP em particular.

terça-feira, agosto 16, 2005

Hong-Kong: "mais difícil mas não impossível"

Tendo em vista a sua próxima Conferência ministerial, programada para meados de Dezembro em Hong-Kong, a OMC está a acelerar os processos negociais com a preocupação de evitar um falhanço idêntico ao da última cimeira em Cancún, México. Os negociadores tentam resolver os pontos de conflito antes daquela data pelo que foi acordada a realização em Genebra de dois encontros preparatórios do Conselho Geral, o primeiro dos quais ocorreu entre 25 e 29 de Julho passado e o segundo está previsto para a terceira semana de Outubro. Mais ...

Educação Em Jogo

Boletim da Latitude zero

Com o objectivo de promover o cumprimento do Terceiro Objectivo de Desenvolvimento do Milénio - igualdade entre os géneros e capacitação das mulheres - a organização Beyond Access criou o jogo Cobras e Escadas. Um tabuleiro gigante com casas numeradas de 1 a 100 representa o percurso das raparigas a caminho da educação. Neste caminho, vão-se deparando com cobras - ameaças - e escadas - ajudas. Ganha o jogador que primeiro chegar à última casa. Com este jogo, Beyond Access pretende facultar um meio para a sensibilização e discussão em torno da questão da educação das raparigas.

Beyond Access
Iniciativa das Nações Unidas para a Educação das Raparigas

domingo, agosto 14, 2005

O exemplo que vem da Província

Em Vila do Conde, Cândida Cabeleira, 71 anos, e António Teixeira, 72 anos, provam que os mais velhos têm de facto muito a ensinar aos mais novos: no mês de Julho passado conseguiram poupar 3 m3 de água!


Os dois resolveram lançar mãos à obra e passaram a aproveitar de forma sistemática a água que saía das máquinas de lavar roupa, de lavar loiça, dos duches, de cozinhar:


- a água de lavar a roupa é usada na lavagem do pátio, escadas, passeio e também para lavar passadeiras e carpetes que não cabem na máquina;


- a água de lavar a loiça e a dos duches serve para o autoclismo (foi aqui que eles conseguiram uma grande economia de água);


- a água de lavar legumes serve para regar as plantas e lavar o pátio e também para o autoclismo.


Ah, também aproveitam a água da chuva que cai (nos raros dias de chuva!) num pequeno anexo do pátio e é canalizado para selhas, para usarem quando não têm águas "cinzentas" para reutilizar.


Bons exemplos, conselhos práticos e concretos.



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Cândida Cabeleira

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António Teixeira

sexta-feira, agosto 12, 2005

Calimidade pública

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Mesmo que não seja declarada a dita, fica aqui o incêndio de 4 de Agosto na Serra da Freita. Pois, para calamidade pública já basta o TGV e a OTA...

Fogos

Para Portugal, menos de 70 000 hectares arderam; para a Europa mais de 100 000 hectares já arderam. Os métodos, dizem, são diferentes. Em Portugal fazem-me umas estimativas, depois uma confirmação de campo que tarda muitas e muitas semanas a realizar; na Europa, eles usam umas coisas muitá frente que são as imagens de satélite, actualizadas diariamente, e por isso sabem hoje o que o Governo Português só saberá (se entretanto não acabar a gasolina dos carros da DGF) daqui a muito tempo. Nisto se resume o pensamento estratégico em Portugal; se falarmos agora dos combates aos incendios, não sei que tecnologia utilizarão, mas aposto que as imagens de satélite não fazem parte do pacote. Precisamos realmente de um choque tecnológico senhor Primeiro Ministro, de preferência frontal....

quinta-feira, agosto 11, 2005

terça-feira, agosto 09, 2005

Ainda Cuba

Em muitos jornais as cartas dos leitores são por vezes mais interessantes que os artigos originais. Aqui fica o comentário de Luís Simões ao post de 26 de Julho sobre presos em Cuba, atrasado por eu ter estado por outras andanças. No BSP ninguém detém a verdade, este espaço pretende apenas chamar a atenção para o que nos passa geralmente ao lado: a libelinha junto ao riacho ou a injustiça nas prisões. Assim, agradecem-se comentários que nos permitam embrenhar ainda mais nestas questões. Dito isto, salvaguardo que discordo em absoluto com a opinião subscrita pelo Luís Simões de que “El régimen político y económico es un tema de los cubanos de Cuba”, e ainda mais com a afirmação absurda de que “Su modelo de sociedad conquistó el respeto continental por su valentía y por ser único en América Latina” – quando se admira um regime, tenta-se imitá-lo, e não colocá-lo num pedestral “olha que regime tão fixe”! Ciente dos malefícios da contra-informação, aqui fica a versão apoiada pelo Luís Simões. E a recordação de que há muita gente inocente privada de liberdade.

mpf


La verdad oculta del premio a un "periodista" cubano
Ernesto Carmona
Paralelo 21. Radio Universidad de Guadalajara, México

Un "press release" de la CPJ, sigla del Committee to Protect Journalists, Comité para la Protección de los Periodistas, con sede en Nueva York, anuncia que "honrará a cuatro periodistas -de Afganistán, Rusia, Marruecos y Cuba- con el Premio Internacional a la Libertad de Expresión 2003 en el mes de noviembre".Los galardonados Abdul Samay Hamed (Afganistán), Aboubakr Jamai (Marruecos), Musa Muradov (Rusia) efectivamente son periodistas que "han sufrido serias represalias por atreverse a informar con independencia y autoridad en países donde existe escasa tolerancia frente a las opiniones divergentes". Pero el pretendido "periodista cubano" Manuel Vázquez Portal no es más que un protegido de la Oficina de Intereses de Estados Unidos en Cuba, o sea, algo así como un "activista" CIA.

Una supuesta "Agencia de Prensa Decoro" prohijada por la CIA le difunde algunos textos -muy mal escritos- a favor del bloqueo. Por ejemplo, "...llevan 37 años pataleando por la suspensión. Bloqueíto pa'quí, bloqueíto pa'llá. Pero ¿qué es lo que quieren? ¿Que Estados Unidos les dé los créditos que nadie les da? (Bloqueo y folklore, por Manuel Vázquez Portal, agencia de prensa Decoro, Marzo 27, 1999). (...)PEDIGRÉE "PERIODÍSTICO"

La semblanza de los premiados dice que "Manuel Vázquez Portal fue profesor de escuela secundaria, asesor literario del Ministerio de Cultura cubano y periodista de varios medios estatales antes de comenzar a trabajar en la agencia noticiosa independiente Cuba Press en 1995. Cuatro años después, Vázquez Portal fue uno de los fundadores de la agencia noticiosa independiente Grupo de Trabajo Decoro. En marzo del 2003, Vázquez Portal fue detenido cuando el gobierno cubano lanzó una intensa campaña contra la llamada prensa independiente y la oposición.

En total, 28 periodistas fueron arrestados y condenados a penas de privación de libertad que oscilan entre los 14 y 27 años. Portal continúa en la cárcel, donde cumple una condena de 18 años basada en cargos espurios". Lo que el curriculum de la CPJ omite es que Vázquez Portal cumple una pena de 18 años porque estuvo involucrado en la caja de resonancia de los secuestros de embarcaciones y aviones que proliferaron durante los inicios de la invasión de Estados Unidos a Iraq y cuando muchos clamaban porque las tropas estadounidenses también tomaran en cuenta a la Isla. (...)

Luís Simões

segunda-feira, agosto 08, 2005

O Dilema do Turista

Enquanto que a Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e várias ONG continuam a defender o boicote sistemático a Myanmar - antiga Birmânia – como a única forma de combater a ditadura militar, outras vozes defendem que o investimento no país também reverte para os cidadãos e que o boicote só fortalece os militares. No centro de debate está o turismo - a indústria mais próspera de Myanmar a seguir ao cultivo de ópio -, com vários opositores do regime a defenderem que é possível viajar pelo país gastando dinheiro apenas em iniciativas familiares, longe das mãos do regime.

Free Burma CoalitionBurma Campaign UK

quarta-feira, agosto 03, 2005

Este Comércio Liberta

Boletim da Latitude zero

O Acordo para o Livre Comércio da América Central (CAFTA) deverá ser ratificado pelos E.U.A., abrindo caminho para a desregulamentação do sector agrícola, tal como sucedeu com o Acordo para o Livre Comércio da América Central (NAFTA). Este tratado comercial traduziu-se na queda dos preços, redução dos agricultores individuais e reforço dos direitos das empresas multinacionais. A prevista abertura do mercado norte-americano ao etanol produzido no Brasil – um combustível alternativo para os automóveis – já levou grandes empresas americanas a investir naquele país para controlar o mercado emergente.

IATP / Trade Observatory

segunda-feira, agosto 01, 2005

Ontem

Ontem vi esta libélula:


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Lestes virens

Infelizmente, ontem também vi estes peixes, que antes de ontem estavam vivos:

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Morreram vítimas da pouca água que leva o Vouga e da Etar que definitivamente não está a funcionar como devia...

Andanças

Começam hoje