Não é normal que os portugueses tenham desatado a preocupar-se com os nomes dos administradores das empresas com capitais públicos, seria de supor que nesses cargos estivessem pessoas com competência e habilitações para o seu desempenho, e restar-nos-ia mais tempo para nos preocuparmos com a falta do ponta-de-lança do Benfica.
Mas eis que vamos de férias e ficamos a saber que mais um dos rapazes que apareciam nos jantares de apoio da candidatura de Sócrates à liderança do PS ficou bem da vida, primeiro foi Fernando Gomes e mais algumas personagens menos mediáticas, e agora chegou a vez de Armando Vara.
O Governo fala-nos de choque tecnológico e diz-nos que vai mandar estudantes estagiar no estrangeiro, e, em contrapartida, nomeia para administrador de uma grande instituição financeira alguém sem um mínimo de habilitações.
Num país onde urge criar uma cultura de esforço passa-se a mensagem de que a melhor forma de subir na vida é apoiar o candidato certo; o estudante que se aplicar num curso de gestão, que opte por estudar mais sete ou oito anos para concluir um mestrado e um doutoramento é parvo, esperto é o calinas que singra no partido dominando os jogos de interesses.
Não é a nomeação de Armando Vara que me preocupa, com a forma como a CGD trata os seus clientes terá sempre lucros, por mais Varas que lá metam; o que me indigna é que neste país se diga à nossa juventude que em vez de trabalharem, que se dediquem ao “salto à Vara” porque é assim que se sobe na vida em Portugal.
O Jumento , que volta em força depois de uma férias certamente merecidas
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