A juntar ao relatório que será publicado a 7 de Novembro (ver Mudança climática), um consórcio de ONG's (Oxfam, WWF, greenpeace, Friends of the eart, e mais outras 14)acaba de publicar um outro relatório, dizendo exactamente o mesmo.
Se no outro relatório, estimou-se em mais de 5º C o aumento da temperatura nas calotes polares nos últimos 100 anos (muito superior à média do planeta de 0,6º C), neste relatório alerta-se para as consequências desastrosas desta mudança climática.
Seca no Zimbabwe
O desaparecimento dos corais, uma das consequências do aquecimento global, irá tornar impossível a vida em muitos povoações tropicais que são hoje protegidas da fúria do mar pelos recifes.
O aumento da temperatura global, bem como o aumento da volatilidade atmosférica, torna cada vez mais comuns os fenómenos meteorológicos extremos. Chuvas cada vez mais fortes e prolongadas, secas e queimadas cada vez mais longas, tempestades devastadoras, tornados inesperados – tudo isso acaba afectando, directa ou indirectamente, as populações carentes, menos preparadas para lidar com fenómenos desse tipo.
Os estragos podem vir de várias formas. Secas e mudanças nos padrões pluviométricos podem afectar a agricultura, a distribuição de recursos hídricos ou contribuir para a disseminação de doenças tropicais e outras moléstias. Tornados e enchentes podem dar fim a comunidades, destruindo do dia para a noite o trabalho de gerações. Mudanças significativas em padrões climáticos podem gerar fluxos migratórios, resultando em tensões políticas e económicas. Possibilidades que, muitas, desdobram-se em ruínas várias para os países pobres e em desenvolvimento. (Outras palavras)
A ironia maior do aquecimento global é que sendo da responsabilidade (99%) dos países desenvolvidos, quem mais sofre e sofrerá são os povos dos países pobres... mais uma globalização profundamente injusta!
Sem comentários:
Enviar um comentário