O lucro ou as pessoas: o que é que está em 1º lugar?
Em discussões recentes, falávamos das direitas e das esquerdas e das pessoas; quando no alter-mundialismo se fala de neo-liberalismo, está-se a falar de um tipo muito concreto de prática que claramente põe o lucro à frente das pessoas. Nestes três posts (I, II e III) dou exemplos concretos; são estas algumas das situações que o alter-mundialismo quer inverter. É apenas isso...
Luta contra as minas terrestres
Neste sentido, já não falando da senda guerreira da Administração Bush, está o comércio de armas; sendo uma das industrias mais lucrativas, o comércio de armas é sagrada dentro (veja-se o Bowling for colombine) e fora dos EUA (com a inadmissível negociata das minas anti-pessoais a ser defendida pelo governo, sabendo que é a causa de milhares de mortes e estropiados civis todos os anos). Claro que esta posição não se limita aos EUA; países como a China também acham que o comércio das minas deve continuar. O cúmulo da falta de humanismo é que muitas vezes as minas são oferecidas na compra de outro material de guerra, tipo brinde. Curiosamente, as empresas de desminagem pertencem amiúde ao mesmo grupo que vendeu as minas, mas o preço de retirar uma mina é 1000 vezes superior ao preço que ela custou. Jest business!
Luta contra a dívida externa
A dívida externa faz com que um Indiano ou um Latino Americano tenha que pagar mais de 1/3 do seu ordenado durante a vida toda para pagar uma dívida contraída por vezes antes do seu nascimento. Neste caso, é flagrante a prioridade do Banco Mundial e do FMI: primeiro o guito, as pessoas que se lixem. Há quem diga que o problema são os governantes, e que por isso, não serve de nada perdoar a dívida. O ex-ministro da Educação Brasileiro, Cristovam Buarque, tem uma solução: obrigar os países a utilizar o dinheiro da dívida na educação. Com esta medida, estima que centenas de milhões de crianças poderiam ter acesso à educação nos países em desenvolvimento...
Sem comentários:
Enviar um comentário