segunda-feira, janeiro 19, 2004

Finalmente!!!

Finalmente o FSM é editorial no Público!

O artigo é bem esgalhado, sem aqueles clichés dos malandros-que-sáo-uns-grandessíssimos-antiamericanos e coisas do género. Baseada nas palavras de Somavia, temos finalmente uma visão do FSM com conteúdos, não se limitando ao foclore da coisa ou aos maniqueísmos habituais. Parabéns por isso a Amílcar Correia.

O processo de globalização económica iniciado na década de 90 fez aumentar em 50 por cento o número de desempregados e de trabalhadores da economia clandestina e provocou uma descida de 25 por cento da média do salário mínimo. Chame-se-lhe "imperialismo, neoliberalismo ou fundamentalismo do mercado livre", como o fez Juan Somavia, secretário-geral da Organização Internacional do Trabalho, o certo é que as relações de injustiça entre o Norte rico e o Sul pobre continuam a ser o que sempre foram: "eticamente inaceitáveis", para citar de novo Somavia.

O que o Fórum Social Mundial tem discutido desde o seu início em Bombaim é a importância de um comércio mais justo, que possa inverter uma tendência consolidada: o aumento mundial do número de pobres. O que nunca será possível, por exemplo, enquanto os agricultores dos países mais pobres pagarem 400 por cento mais em direitos alfandegários quando exportam para nações ricas do que os agricultores destes países ao exportar para os pobres.


Continue a ler o Editorial de Amílcar Correia.

A borrar a pintura está o erro no título (pelo menos na versão on-line): O Fórum Social Europeu e Os "Intocáveis". Europeu? deviam pagar mais aqueles rapazes da versão on-line; com tanto trabalho fora de horas já confundem a Europa com o Mundo...

Sem comentários: