
Mas estes são os exemplos fofinhos; porque milhares de plantas e insectos desapareceram pela destruição do seu habitat. Todos os anos, milhões de hectares de floresta são cortados, milhões de hectares de habitats naturais são convertidos em terra agrícola, milhares de hectares de lagos são assoreados, milhares de rios são interrompidos e contaminados, milhares de hectares de pastagens naturais são convertidas em cidades ou exploradas em demasia... a voracidade económica não se compadece com os valores naturais, que são vistos como um empecilho ao desenvolvimento e progresso económico. Mas, como se pode confirmar aqui, essa atitude é no mínimo suicida. É que por muito que os gurus da economia digam que não, nós fazemos parte do ecossistema global a que chamamos terra, e nos ecossistemas, todos os seres estão intimamente ligados: o destino a que condenamos milhares de espécies neste planeta será em última análise o nosso destino. Já tivemos atitudes igualmente estúpidas no passado, como na Ilha da Páscoa:
Como demónios podia uma sociedade tomar uma decisão tão nitidamente desastrosa como cortar todas as árvores de que dependiam?
É que a conservação não é uma mariquice ecológica do mundo civilizado; a conservação é a única forma de assegurar o nosso futuro. Sozinhos, neste planeta, sem mais nenhuma plantinha, animal ou mesmo um bolorzinho, estamos quilhados.
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