quarta-feira, novembro 19, 2003

Conservação das espécies

Mais de 12000 espécies estão ameaçadas em todo o mundo; se relativamente ao aquecimento global ou ao buraco de ozono as provas não são ainda concludentes, a extinção das espécies é um facto inegável. Desde os saudosos mamutes (os malandros dos nossos antepassados caçaram-nos em demasia), passando pelos dodots (apesar de ser uma ave com uma carne absolutamente infecta para o gosto humano, o dodot foi dizimado pelos suínos, que tinham por hábito pequeno-almoçar pequenas crias deste passarão), e acabando no Tigre da Tasmânia (caçado até à sua extinção já no séc. XX).



Mas estes são os exemplos fofinhos; porque milhares de plantas e insectos desapareceram pela destruição do seu habitat. Todos os anos, milhões de hectares de floresta são cortados, milhões de hectares de habitats naturais são convertidos em terra agrícola, milhares de hectares de lagos são assoreados, milhares de rios são interrompidos e contaminados, milhares de hectares de pastagens naturais são convertidas em cidades ou exploradas em demasia... a voracidade económica não se compadece com os valores naturais, que são vistos como um empecilho ao desenvolvimento e progresso económico. Mas, como se pode confirmar aqui, essa atitude é no mínimo suicida. É que por muito que os gurus da economia digam que não, nós fazemos parte do ecossistema global a que chamamos terra, e nos ecossistemas, todos os seres estão intimamente ligados: o destino a que condenamos milhares de espécies neste planeta será em última análise o nosso destino. Já tivemos atitudes igualmente estúpidas no passado, como na Ilha da Páscoa:

Como demónios podia uma sociedade tomar uma decisão tão nitidamente desastrosa como cortar todas as árvores de que dependiam?

É que a conservação não é uma mariquice ecológica do mundo civilizado; a conservação é a única forma de assegurar o nosso futuro. Sozinhos, neste planeta, sem mais nenhuma plantinha, animal ou mesmo um bolorzinho, estamos quilhados.

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