Ontem o camarada Ferro disse que o deslize orçamental era uma Hecatombe. Como um dos directamente afectados pelas austeridades deste governo de direita (portanto, a minha reacção negativa ao governo é puramente egoísta, sem sequer uns pózinhos de altruísmo ou uns pedacinhos de solidariedade; nã, é mesmo um assunto profundamente pessoal), fico evidentemente revoltado pela sua hipocrisia, achando que a política preconizada é desastrosa, calamitosa, contra-producente, mentecapta, insensata e insana, que o défice galopante é ultrajante, deprimente, degradante, aviltante e terrível, reflexo dessa mesma política manhosa. Mas daí a ser uma hecatombe? Um sacrifício de 100 bois (ou na melhor das hipóteses de 100 vítimas)?
As hecatombes eram encomendadas pelos imperadores Romanos para festejar grandes conquistas militares, a paz com os seus inimigos ou mesmo celebrar a morte de alguém ilustre; a centena de bois era sacrificada a um deus romano. Mas era em geral uma ocasião festiva, o que é exactamente o contrário do défice chegar aos 5%....
Ao mesmo tempo, Scolari interpreta os apupos à selecção nacional como um reflexo da crise, um sinal de descontento para com a política do governo. Apesar de duvidar desta interpretação, seria interessante que todos os Portugueses começassem a actuar desse modo: para onde quer que Durão fosse, as assobiadelas furiosas seriam o sinal do nosso descontentamento. Passem a palavra!!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário