segunda-feira, julho 19, 2010

Domingo à noite, em El Aaiun, polícia marroquina causa o terror


A recepção aos onze activistas saharauis que regressavam a El Aaiún vindos de Tindouf converteu-se na noite de Domingo numa verdadeira batalha campal. A polícia marroquina carregou contra cerca de 300 saharauis que se haviam concentrado para os receber. Os feridos, com golpes na cabeça e um pouco por todo o corpo são mais de trinta. Entre os feridos encontram-se dois cidadãos espanhóis.

A polícia carregou brutalmente sem qualquer aviso prévio. Muitos dos saharauis barricaram-se numa moradia que foi cercada e apedrejada pela polícia. Várias foram as pessoas que quiseram abandonar a moradia, mas muitas delas regressaram em busca de refúgio depois de serem alvo de bárbaros espancamentos.

Nos últimos meses, numerosos activistas dos Direitos Humanos dos territórios ocupados têm visitado os acampamentos de Tindouf e vem sendo frequente que no seu regresso sejam organizadas recepções por parte dos seus compatriotas saharauis. No entanto, segundo testemunhas oculares, e nomeadamente espanhóis que presenciaram os últimos acontecimentos na capital do Sahara Ocidental ocupada, o grau de violência exibido na noite de Domingo pela polícia marroquina foi classificado de "inaudito" por fontes jurídicas que acompanham há muito tempo o problema do Sahara.

A jornalista espanhola, Laura Gallego, que se encontrava na moradia onde estavam os membros da delegação na noite de Domingo, declarou que a polícia cercava a casa e "lançava pedras e outros objectos sobre o telhado".

Entre os feridos estão: Izanaa Ameidane, Kaltoum Lebsir, Mohamed Hali, Manolo Mohamed, Hassan Dah, Lemjeyed Sidahmed, El Gali Hayuh, Fatma Baria, Chrifa Brir e os observadores espanhóis Lorraine López e José Vicente.

Notícia tendo por fontes a SPS e o portal Canário www.guinguinbali.com/
Difundida por Associação de Amizade Portugal Sahara – Ocidental
19-07-2010

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