Igualmente essencial no CJ é a sensibilização das/os consumidoras/es para os desequilíbrios e injustiças do comércio e para os impactos que as nossas decisões de compra têm sobre as condições de vida, não só na nossa região/nosso país, mas também noutras partes do mundo. Significa que cada um de nós, enquanto consumidor/a e elo final de qualquer cadeia comercial, tem um papel ativo e a responsabilidade de praticar um consumo responsável e de exigir justiça e solidariedade no comércio. Deste modo, o CJ tem ao seu dispor um excelente argumentário para pressionar os governos e as multinacionais a mudar a sua lógica de atuação.
O CJ rege-se por um conjunto de princípios, dos quais podemos destacar os seguintes:
- O respeito e a preocupação pelas pessoas e pelo ambiente, colocando as pessoas acima do lucro;
- A proteção e a promoção dos direitos humanos, nomeadamente os das mulheres, crianças e povos indígenas, bem como a igualdade de oportunidades para todos e todas;
- A defesa da Soberania Alimentar: o direito dos povos a controlar as suas políticas agrícolas e alimentares; o direito a decidir o que cultivar, o que comer e como comercializar; o direito a produzir localmente, respeitando o território e o direito a controlar os recursos naturais, como a água, as sementes ou a terra;
- A participação de todas as pessoas (produtores/as, voluntárias/os e colaboradores/as) nas tomadas de decisão que os afetam no seio das respetivas organizações;
- O envolvimento em todo o processo produtivo: desde o produtor/a até ao consumidor/a final, passando pelos restantes atores – importadoras, transformadoras, distribuidoras, etc. A todos aplicam-se os mesmos critérios de justiça social e ambiental;
- A sensibilização de dos/as consumidores/as, individuais e coletivos, e a promoção de atividades de formação e campanhas com o objetivo de realçar o impacto das suas decisões de compra e de provocar mudanças nas suas práticas;
- O estabelecimento de boas condições de trabalho e o pagamento de um preço justo aos produtores e produtoras (um preço que cubra os custos de um rendimento digno, da proteção ambiental e da segurança económica);
- A disponibilização de pré-financiamento ou acesso a outras formas de crédito;
- O reforço das capacidades organizativas, produtivas e comerciais das produtoras e dos produtores através de formação, aconselhamento técnico, pesquisa de mercados e desenvolvimento de novos produtos;
- A prioridade dada a todas as regiões geográficas do mundo, tanto nos países do Norte, como nos países do Sul, aos circuitos curtos de produção e de comercialização;
- A influência política sobre decisores políticos e económicos, público e privados, com o objetivo de alterar as regras e práticas injustas do comércio convencional.
1 comentário:
Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote
(87anos),digo que uma profissão para a qual eu nunca tive jeito,foi
a de negociante pois eu considero o negociante,dum modo geral,um
espertalhão que quer enganar o cliente.Pois se um determinado artigo depois de fabricado e pôsto à venda,tem o valor de porexemplo,
10 euros,porque é que o esperto
negociante pede 20 e se o cliente achar caro e se retira êle chama-o vende-o por 15 euros.Ora eu penso
que se êle vendesse o artigo por 20euros,quer dizer 10 euros acima do seu prêço justo,êle roubaria 10
euros ao comprador.Mas a maioria das pessoas acha que isto não é roubo mas negócio.
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