Façamos respeitar a lei internacional!
A Mekorot, companhia nacional da água israelita, assinou um acordo comercial com a EPAL, companhia portuguesa que abastece 2,5 milhões de consumidores na Grande Lisboa. O acordo pretende proteger o sistema português municipal de água contra "ameaças terroristas", baseando-se na alegada "competência" da Mekorot neste domínio.
O acordo português é, na realidade, uma tentativa velada para que a Mekorot tire proveito dos seus muitos anos de experiência enquanto agente da ilegal e imoral ocupação israelita da Palestina.
O acordo com Portugal é uma plataforma de lançamento para a empresa poder vender os seus serviços no resto da Europa, financiando o aparelho militar israelita com milhões de dólares. Esse dinheiro será inevitavelmente usado para consolidar a apropriação criminosa dos aquíferos palestinianos.
Um relatório da Amnistia Internacional publicado em Outubro passado acusa Israel de negar aos palestinianos o acesso à água. "Piscinas, relvados bem regados e grandes quintas irrigadas nos colonatos israelitas estão em flagrante contraste com as aldeias palestinianas, cujos habitantes lutam para conseguir satisfazer as suas necessidades domésticas em água", diz o relatório. O consumo diário de água per capita em Israel é quatro vezes maior do que os 70 litros por pessoa consumidos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, um número muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Israel desvia mais de 80% da água do Aquífero da Montanha. Este aquífero é a única reserva de água potável para os palestinianos, ao passo que Israel retira água de outras fontes, incluindo o Rio Jordão. Entre 180.000 e 200.000 palestinianos das comunidades rurais da Cisjordânia não têm acesso à água corrente. Cerca de 90 a 95% do fornecimento da água potável de Gaza foram contaminados por águas de esgotos e água do mar e estão agora impróprios para consumo.
O Comité de Solidariedade com a Palestina escreveu uma carta à EPAL, protestando contra o acordo. A empresa defendeu o acordo, negando a sua responsabilidade pelo destino dos palestinianos. Juntando o insulto à ofensa, a EPAL despediu uma funcionária que tinha contestado o acordo, o que é uma tentativa de limitar a liberdade de expressão no seio da empresa.
No entanto, à luz das directrizes da União Europeia para a atribuição de contratos públicos (2004/18/EC), a empresa encontra-se numa situação delicada e o acordo pode cair se for exercida pressão pública. Este apelo destina-se precisamente a dar início a essa pressão e a barrar o acesso da Mekorot aos mercados europeus desde o primeiro momento.
Exija que a EPAL anule o seu acordo com a Mekorot AGORA!
Escreva uma carta à EPAL, à Ministra portuguesa do Ambiente (que tutela a EPAL) e aos meios de comunicação portugueses, denunciando este acordo vergonhoso e exigindo que a EPAL rompa com a Mekorot.
Por favor, envie-nos cópia de toda a correspondência para: stopmekorotcampaign@gmail.com
Carta modelo (em português): http://bit.ly/12zuWF.
Conselho de administração da EPAL: jose.zenha@epal.pt, jose.zenha@epal.pt, jose.figueira@epal.pt, anita.ferreira@epal.pt, blopes@epal.pt, mario.maria@epal.pt, joaquim.sereno@epal.pt, luis.branco@epal.pt, conceicao.almeida@epal.pt, francisco.serranito@epal.pt, daniela.santos@epal.pt, carlos.saraiva@epal.pt, paulo.rodrigues@epal.pt, barnabe.pisco@epal.pt, maria.benoliel@epal.pt, nilopes@epal.pt, ldurao@epal.pt, mario.cruz@epal.pt, ana.pile@epal.pt, margarida.santos@epal.pt.
Ministra portuguesa do Ambiente: Dulce Pássaro: gmaotdr@maotdr.gov.pt.
Saiba mais!
- Portuguese water company's immoral collaboration with Israel: http://bit.ly/uYXc0
- Amnesty International report "Troubled Waters" (October, 2009): http://bit.ly/1rNuiN
- Vídeo: Relatório da Al-Jazeera (27 de Outubro 2009): http://bit.ly/3XK4Xv
- Vídeo: Relatório da Al-Jazeera (14 de Novembro 2009): http://bit.ly/4Bv6ZZ
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