Caros/Caras,
Venho comunicar-lhes uma nova iniciativa em que estou envolvido. Trata-se de um esforço para organizar uma coligação que levará milhares do mundo inteiro para manifestarem-se ao lado do povo de Gaza numa marcha não violenta para romper o cerco. Vejam a declaração a seguir. Vejam o artigo http://www.dailystar.com.lb/article.asp?edition_id=1&categ_id=2&article_id=103669
Nos EUA uma reunião de um comité directivo já está agendada para dia 13 de Julho. O movimento já está a surgir em outros países de Europa e já estou em contacto com activistas de Espanha, Alemanha, Austria, Suécia, Turquia. Na sexta-feira vou reunir com activistas do RU em Londres.
Tenho a certeza que aqui em Portugal será possível desenvolver um grande apoio a este movimento, que poderemos recolher fundos de apoio, que poderemos enviar gente para manifestar e que poderemos construir um forte apoio entre os Portugueses para a solidariedade com Gaza e para o fim da ocupação israelita.
Estarão bem vindos neste movimento todos aqueles que aceitam actuar em apoio com os objectivos e princípios referidos na declaração: mobilização para uma solidariedade não-violência e activa.
Não há uma fórmula única para a organização. Podem surgir diferentes núcleos de apoio com formas diversas dependendo da localidade que se coligarão ao nível nacional, e subsequentemente ao nível europeu. Peço só que demonstrem o vosso apoio, que comuniquem as suas ideias, que definam as suas disponibilidades. Às organizações interessadas solicita-se participação na coligação e patrocínio.
Por enquanto estou a coordenar os contactos ao nível europeu em consonância com os esforços de amigos e amigas nos EUA. Quando houver uma massa crítica suficiente, será organizado um comité directivo também na Europa. Até então poderemos construir o apoio ao nível nacional.
Só pedimos que se juntem a nós e ao povo de Gaza.
Obrigado.
Em solidariedade,
Alan Stoleroff
Coligação Internacional pelo Fim do Cerco Ilegal de Gaza
(Tradução portuguesa da versão preliminar da Declaração de intenções e princípios)
O observatório para os direitos humanos, Human Rights Watch, chamou ao bloqueio de Gaza "uma séria violação do direito internacional".
O antigo presidente dos EUA, Jimmy Carter, disse que os habitantes de Gaza estão a ser tratados "como animais" e pediu pelo "fim do cerco a Gaza" que priva "um milhão e meio de pessoas dos meios necessários à vida".
A autoridade mundial sobre Gaza, Sara Roy, da Harvard University, disse que a consequência do cerco "é sem dúvida um sofrimento em massa, criado em grande medida por Israel, mas com a cumplicidade activa da comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos e a União Europeia."
A lei é clara. A consciência da humanidade está chocada.
E contudo, o cerco de Gaza continua.
Chegou a hora das pessoas agirem!
A Marcha de uma milha pela Liberdade (The Mile-Long March toward Freedom, no original)
A Coligação Internacional pelo Fim do Cerco Ilegal a Gaza irá enviar milhares de pessoas de todo o mundo para Gaza.
Em Janeiro de 2010, vamos realizar a marcha de milha longa (Long Mile, no original) ao longo do ponto de inspecção (checkpoint) de Erez, ao lado do povo de Gaza, numa demonstração não violenta que rompe o bloqueio ilegal.
A marcha inspira-se em Mahatma Gandhi.
Gandhi chamou ao seu movimento Satyagraha — Agarra-te à verdade. Nós agarramos-nos à verdade de que o cerco de Israel a Gaza é ilegal e inumano.
Gandhi disse que a não-violência exige mais coragem e é mais eficaz que a violência.
Nós queremos provar a verdade daquilo em que Gandhi acreditava com as nossas acções.
Não temos medo, não voltaremos atrás e não deixaremos Gaza morrer.
Gandhi disse que o propósito da acção não-violenta é "acelerar" a consciência da humanidade. Queremos que a humanidade não só condene a brutalidade Israelita mas se mobilize activamente para lhe pôr um fim.
Aqueles de nós que residem nos Estados Unidos também se inspiram no Movimento dos Direitos Civis.
Se Israel desvaloriza a vida Palestiniana – tal como os brancos do norte fizeram durante o Verão da Liberdade – nós devemos interpor os nossos corpos para escudar os Palestinianos da brutalidade Israelita.
Se Israel desafia a lei internacional, então – tal como os marechais federais que foram enviados para fazer cumprir a lei contra os xerifes racistas do sul – devemos enviar marechais não violentos para o outro lado do mundo para fazer cumprir a lei da comunidade internacional em Gaza.
Não tomamos nenhum lado na política interna Palestiniana. Alinhamos apenas pelo direito internacional e pela decência humana básica.
Concebemos esta marcha como o primeiro passo de uma campanha não-violenta e prolongada.
O cerco é ilegal.
A guerra é ilegal.
Os colonatos são ilegais.
As barricadas e os recolheres obrigatórios são ilegais.
Os bloqueios de estradas e os checkpoints são ilegais.
A detenção e a tortura são ilegais.
A verdade é que se o direito internacional fosse cumprido, a ocupação seria insustentável. A marcha só pode resultar se acordarmos a consciência da humanidade.
Se levarmos milhares de pessoas para Gaza e milhões assistirem à marcha pela Internet, podemos pôr fim ao cerco sem uma única gota de sangue ser derramada.
Se todo o mundo estiver a ver, Israel não pode disparar.
Por favor, junte-se a nós.
(28 Junho, 2009)
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