sexta-feira, janeiro 21, 2005

FSM 2005 - VI

A teoria e a prática da Economia Solidária

Protagonistas na prestação de serviços, empreendedores solidários concentram oficinas sobre Economias Soberanas

A quinta edição do Fórum Social Mundial - de 26 a 31 de janeiro, em Porto Alegre - vai oferecer uma oportunidade única de interação entre teoria e prática aos trabalhadores da Economia Popular e Solidária. Com 90 debates e oficinas, os empreendimentos solidários representam quase um terço das 281 actividades do espaço temático Economias soberanas pelos e para os povos - Contra o capitalismo neoliberal. Ao mesmo tempo, mais de 1.500 trabalhadores ligados à EPS estão atuando no atendimento das demandas de organização, produtos e serviços prestados aos participantes do FSM 2005.

Entre os segmentos envolvidos, estão alimentação, confecção, artesanato, segurança e reciclagem. As bolsas de algodão e as camisetas do FSM 2005, por exemplo, foram confeccionadas por 500 trabalhadores associados a 35 empreendimentos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Outra demanda atendida é a de eletro-eletrónicos, com a adaptação e a produção de transmissores e mixers, além de cabines de tradução, que serão utilizadas por intérpretes e tradutores. Nas quatro edições anteriores, a EPS ocupava uma posição periférica nas actividades económicas realizadas durante o Fórum. Agora, assumirão um papel de protagonismo.

"No Brasil, o movimento da Economia Solidária consolidou-se a partir do Fórum Social Mundial, que já a partir da primeira edição fomentou o debate e permitiu a articulação com organizações internacionais", afirma Ary Moraes, que integra o Grupo de Trabalho de Economia Solidária do FSM 2005. Formado pelas mais diferentes práticas associativas, comunitárias, artesanais, individuais, familiares ou cooperativadas, no campo e na cidade, a EPS constitui um dos pilares para a construção de uma globalização humanizadora e de um desenvolvimento sustentável e socialmente justo. Além disso, representa um poderoso instrumento de combate à exclusão social.

Sem comentários: