Encontro ecuménico celebra a paz
Religiões de todo o planeta unem-se para construir um mundo melhor.
A intolerância religiosa como instrumento de dominação política, económica e militar no mundo contemporâneo. Este é um dos principais temas que serão abordados no espaço temático Ética, cosmovisões e espiritualidades - resistências e desafios para um novo mundo, na quinta edição do Fórum Social Mundial (26 a 31 de janeiro, em Porto Alegre). Estarão presentes católicos, protestantes, cristãos anglicanos, budistas, judeus e islâmicos, além de representantes das religiões de matriz africana e do xamanismo dos continentes americano e asiático."Como é difícil viver a realidade de sofrimento, violência e miséria que ele próprio produz, o neoliberalismo recorre ao imaginário e aos símbolos das religiões para justificar-se. Não é por acaso que Bush declara guerra em nome de Deus", afirma o historiador ítalo-brasileiro José Luiz Del Roio, da coordenação do Fórum Mundial das Alternativas, rede de organizações que integra o Conselho Internacional do Fórum Social Mundial.
Para o director-regional da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) e secretário executivo do CECA (Centro Ecuménico de Evangelização, Capacitação e Assessoria), Francisco de Assis da Silva, a exploração política das religiões transforma conflitos de ordem política e económica em confrontos religiosos. "Queremos demonstrar que pessoas com religiões diferentes podem trabalhar juntas na construção de um mundo melhor, especialmente no que diz respeito aos direitos fundamentais, independentemente da maneira como cada uma delas encara a vida", explica ele.
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