sexta-feira, janeiro 21, 2005

FSM 2005 - VII

Economia Solidária - Movimento envolve milhões de trabalhadores no planeta

No Brasil, não há dados oficiais sobre a quantidade de empreendimentos e de trabalhadores envolvidos na EPS. A Secretaria Nacional de Economia Solidária - que está ligada ao Ministério do Trabalho e foi criada em 2003 - está produzindo o mapeamento do setor, que deverá estar concluído em julho deste ano. No Rio Grande do Sul, a estimativa é a de que 550 empreendimentos movimentem mais de 30 mil pessoas, das quais a maioria são mulheres. A renda mensal de cada empreendedor chega a R$ 300.

Ao nível global, os dados oficiais também são escassos. "A Economia Solidária tem pendente um mapeamento e um inventário de sua situação e de seus atores, por setor e zonas geográficas", diz Carola Reintjes, presidente da Cooperativa de Comércio Justo IDEAS - Iniciativas de Economia Alternativa e Solidária -, com sede na Espanha. No Conselho Internacional do FSM, Carola representa três redes de Economia Solidária (FCTC, Xarxa e REAS) e a IFAT (Associação Internacional de Comércio Justo).

O que se sabe ao certo é que, hoje, existem 43 grandes redes internacionais com temas relacionados à Economia Solidária, cada uma delas composta por centenas de organizações - a IFAT, por exemplo, é formada por mais de 200 entidades. Entretanto, há outras centenas que ainda não estão articuladas com o trabalho de coordenação em nível global. "Podemos apenas intuir que estamos diante de um mapa com milhares de organizações, que envolvem milhões de trabalhadores no planeta", assegura Carola.

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