Cauverdi

Como não há, talvez para já, comentários no Aulil, socorro-me do blog da casa para lhe repetir as boas-vindas. E junto uma foto que vem também a propósito da euforia futebolística. É que, apesar de termos acabado de atingir (e eu até ontem não fazia ideia de nada disto, aproveito para ainda assim reduzir o mundo do futebol à sua verdadeira dimensão) pela primeira vez, dizia eu, atingimos um patamar superior desse tal mundo, nada se compara ao efeito que uma outra vitória se me imprimiu há uns anos atrás. Estávamos em Cabo Verde, o Sporting jogava a última hipótese de ganhar uma taça qualquer e, azar dos azares (sobretudo para o Miguel), Cabo Verde jogava a última cartada do campeonato africano exactamente à mesma hora. Tal como cá, grande excitação rodeava cada tv. Sentámo-nos num café, mas o pessoal queria todo ver a selecção de Cabo Verde; nos intervalos lá mudavam para a rtp. Os dois jogos terminaram à mesma hora e com duas surpresas: o Sporting ganha a taça (de Portugal?) em 18 anos de tentativas, a selecção de Cabo Verde ganha finalmente a taça (de África?)... em 18 anos de tentativas! E foi a euforia total (muito mais do que vi anteontem, até porque ali não estavam jornalistas para filmar ninguém, nem, que eu saiba, havia instruções de treinadores sobre o que fazer), com o pessoal nas ruas aos gritos e o buzinão da praxe. Só que os Aulils gritavam todos... pelo Sporting, não pela Selecção Aulil. Estranho mundo do futebol.

mpf