quinta-feira, junho 24, 2004

A SIDA em África

Retirado do Desfibrilhador Histórico, por Timothy Bancroft-Hinchey

A ONU fala numa “espiral de morte” na África Austral, com a população presa entre uma epidemia de SIDA, que só tende a aumentar e a "insegurança alimentar"… na língua de alguns. Na língua de outros, chama-se FOME.

“Um vácuo verdadeiramente extraordinário” está a ser causado pela morte de professores e profissionais de saúde na região, de acordo com as declarações de James Morris, representante especial de Kofi Annan para necessidades humanitárias na África Austral e Director do Programa Alimentar Mundial.

“Uma tragédia de proporções sem igual” em Malawi, Moçambique, Suazilândia, Namíbia. Infra-estruturas enfraquecidas, a contínua falta de pessoal por causa da pandemia da SIDA, aumento de pobreza, disparidade de riqueza, disparidade entre os géneros. Um défice humanitário.

A África Austral tem a maior taxa de prevalência de SIDA no mundo, com 11 milhões de órfãos hoje. E amanhã? Daqui a dez anos, este número está previsto chegar aos 20 milhões.

Se um avião 747 caísse todos os dias, haveria uma onda de revolta numa escala internacional. O que enfrentamos aqui é o equivalente, mas não sentimos esta onda de ultraje”, disse James Morris.

Pois não. Nem ultraje, nem interesse. Crianças africanas não dão dinheiro, antes custam dinheiro.


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