Washington montou uma rede internacional de prisões onde se eliminam as garantias dos detidos e se pratica com frequência a tortura. Outras Palavras
Tiago Soares (traduzido por PP)
Rede de maus tratos
Além de Guantânamo, há indícios apontam para a existência de centros de detenção administrados pelos EUA no Iraque, Afeganistão, Jordânia e em diversas bases militares norte americanas espalhadas pelo mundo árabe, segundo uma investigação levada a cabo pelo semanário britânico The Observer e publicada em 13 de junho (The Observer - Secret world of US jails). Baseada em documentos dos serviços secretos, a reportagem aponta também para o recurso bastante utilizado por Washington de enviar suspeitos para cárceres em locais como o Egipto, a Arábia Saudita, Marrocos, Síria, Sudão, Jordânia e Afeganistão, com um histórial já confirmado de prática de tortura e de maus tratos infligidos aos prisioneiros.
Os suspeitos enviados para essas prisões, geralmente detidos sem que haja qualquer processo legal, são mantidos fora do alcance do sistema jurídico de seus – ou de quaisquer outros – países, e têm negado o contacto com suas famílias ou mesmo com a Cruz Vermelha (BBC - Red Cross to study ghost prisoner).
Ainda que não sejam diretamente administrados pelos EUA, esses centros de detenção trabalham em regime de cooperação com as centrais de inteligência norte americanas, recebendo suspeitos deixados sob custódia CIA e do FBI e alimentando um intercâmbio bastante activo de informações – a maioria, obtida através de métodos de investigação como a tortura.
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