Presentemente, temos o capitalismo seguido de perto pelo neoliberalismo por forma a melhor servir a máxima menos estado mais lucros. Assim, temos uma tendência para uma anarquia totalitária composta pelas multinacionais no sentido oposto ao da anarquia social (com trocas de posições hierárquicas – assente em relações simbióticas).
A ideologia neoliberal não aceito. Aceito o liberalismo europeu se este respeitar os diferentes credos, raças e convicções, e demais diferenças culturais, sendo nas diferenças culturais onde reside a riqueza europeia. Por outro lado, o neoliberalismo não olha à questão cultural dos povos, olhando apenas a uma cultura americana de mercado que ainda nos ultrapassa, e ainda bem, na minha opinião, conducente à indiferenciação do indivíduo, quer pela cultura e quer pela (pouca) liberdade de escolha, embora sendo uma sociedade individualista em termos competitivos.
Assim, temos uma Europa a defender os seus interesses culturais e da diferença individual embora não sendo necessariamente racista. Uma Europa à procura da sua identidade colectiva, sem esquecer a sua própria riqueza, riqueza essa assente na recolha das diferentes culturas dos povos em toda a sua diversidade.
No entanto, o racismo e a xenofobia, que existe na Europa com fronteiras e nos EUA nos seus guetos e comunidades étnicas, persiste, reflectindo-se em tensões e agressividade sociais do indivíduo à procura de uma identidade. Essa identidade, assenta nos diferentes bilhetes de identidade individuais: a cultura com que se nasce (raça, tradições, rituais...) e as escolhas base que se fazem na juventude (orientação sexual, política, crenças...) perfazem o B.I. do indivíduo. Tudo o mais são atributos, que distinguem quer os que têm B.I.s semelhantes (familiares por ex.) quer dos demais indivíduos.
Se o indivíduo desistir de afirmar a sua identidade sobretudo a do B.I atrás definido, através da agressividade, então pode constituir-se como o numerador de uma mesma equação cujo denominador é o do colectivo (por exemplo: cidade, país, europa, mundo) transformando-se num cidadão do mundo.
Pedro Pereira
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