Através do Daniel cheguei a esta pérola do João César das Neves:
São hoje esquecidas e atacadas as duas razões mais próprias da glória feminina, o encanto da virgindade e a grandeza da maternidade. (...) A virgindade e a maternidade brilham ainda neste tempo confuso. E, juntas na mesma pessoa, cintilam no mais alto dos céus, acima de toda a criatura.
Conservadorismo, homofobia e catolicismo bacoco em quantidades astronómicas geram o fenómeno "Das Neves". Do artigo todo destaco o final miraculoso, que mesmo quando era católico, apostólico, romano me fazia uma grande confusão. Li algures que a pretensa virgindade da mãe de Jesus é uma má tradução dos escritos originais. Depois, quando estudei Biologia durante uns anitos, aquele paradoxo da mãe-virgem começou a minar a minha fé nos mistérios, acreditando cada vez mais na tese da tradução manhosa (trocaram algures pureza por virgindade).
Agora o que mais me assombra (quer dizer, todo o artigo é assombroso, mas..) é que o abominável considere a maternidade sem sexo o supra-sumo da virtude. Ó homem, isso é uma aberração da natureza! Ou gostava que Portugal inteiro fosse povoado por virgens grávidas do espírito santo?
Para o Abominável César das Neves, Maternidade e Virgindade são as melhores virtudes da mulher, de preferência coincidindo estes dois estados no mesmo momento.... não há pachorra....
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