É indispensável distinguir as críticas feitas ao estado de Israel e às suas forças armadas relativas a violações dos direitos humanos e o anti-semitismo. Longe de ser anti-semitas, as críticas têm como objectivo denunciar as violações dos direitos humanos, independentemente de quem as pratica e prevenir a sua repetição.
Este é o caso do muro construído por Israel no interior da Cisjordânia, das demolições de casas e destruição de terrenos ou qualquer outro ataque do exército Israelita contra civis Palestinianos. Neste contexto encontram-se também as execuções extrajudiciais, como aconteceu aquando da eliminação do xeque Yassine, que matou também sete outros Palestinianos.
Ao mesmo tempo, a Amnistia Internacional condenou a vaga de ataques racistas e anti-semitas na Europa.
Não se deve confundir as políticas e acções de um País com a sua pertença a um grupo étnico ou religioso. Não se deve transferir a cólera sentida relativa às políticas do Governo Israelita e às suas forças Armadas para pessoas que pertençam a uma determinada etnia e credo religioso.
Acreditamos que a tomada de posições claras relativas à violação dos direitos humanos por parte de Israel não constitui uma atitude anti-semita; no entanto, condenamos a comparação de Ariel Sharon e do partido por ele dirigido com o regime Nazi ou com o antigo regime Sul-africano do Apartheid, servindo estas acusações apenas para diabolizar o estado de Israel. No mesmo sentido, acreditamos que quando se pede o fim da ocupação da palestina por parte de Israel, deve-se também pedir o fim da ocupação da Tchéchénia e do Tibete [ou do Sahara Ocidental: não podia estar mais de acordo], que são responsáveis por inúmeras violações dos direitos humanos, sendo no entanto conflitos sistematicamente [e convenientemente] esquecidos.
Como sair então deste impasse? Deveria haver em primeiro lugar uma boa dose de autocrítica de ambas as partes.
Os grupos Judeus próximos de Israel deveriam aceitar que é legítimo criticar as violações dos Direitos Humanos perpetrados por este Estado, sem ser imediatamente catalogado como anti-semita; paralelamente, os grupos que apoiam a luta do povo Palestino para viver em paz num Estado viável devem denunciar activamente os atentados suicidas ou qualquer outro ataque a civis Israelitas. Devem reconhecer também que alguns termos empregados para descrever a acção de Israel (ex: limpeza étnica) são despropositados e excessivos, tendo como resultado atirar óleo para a fogueira.
Acreditamos que um exame de consciência de ambas as partes poderá contribuir a instaurar o clima necessário para um debate que tenha como objectivo identificar as possíveis soluções do conflito Israelo-Palestiniano.
Traduzido daqui. Estou de acordo em 100% com a AI; acho escandaloso que muitas vozes ditas progressistas (ou não) se esqueçam sistemáticamente do Tibete, da Tchechenia ou do Sahara ocidental. Se pudessem ecolher, escolheriam viver num desses "países" (as aspas aqui foram postas à força pela China, por Marrocos e pela Rússia), em detrimento da Palestina? duvido muito.
Post à atenção da Rua da Judiaria e do BdE, onde o conflito esteve aceso à muito pouco tempo....
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