sexta-feira, janeiro 23, 2004

Solidariedade

COMUNICADO DE SOLIDARIEDADE

A Opus Gay divulga o comunicado de hoje do grupo Panteras Rosas e solidariza-se contra a gressão de que foram vítimas.
A Opus Gay considera ainda que deveria ser dado o mesmo tratamento a todo o tipo de famílias reconhecidas pela lei portuguesa, no que ao realojamento diz respeito.
A Opus Gay considera também que os casos de violência familiar contra mulheres deveriam ter um tratamento preferencial e mais rápido.

Opus Gay

COMUNICADO: PANTERAS ROSAS AGREDIDAS POR FUNCIONÁRIOS DA CML

CML ASSUME DISCRIMINAÇÃO EXPLÍCITA EM CASO DE REALOJAMENTO

As "Panteras Rosas", associação de luta contra a homofobia, vêm por este meio denunciar a agressão de que foram vítimas, esta manhã [ontem], os seus activistas por parte de funcionários da Câmara Municipal de Lisboa que procediam à demolição de uma habitação degradada no Bairro da Cruz Vermelha do Lumiar, em Lisboa, perante a impassividade de agentes da polícia municipal.

A cerca de dezena de activistas d@s Panteras Rosas encontravam-se frente ao portão da casa de um casal de jovens lésbicas que foi excluído do processo de realojamento do seu bairro por discriminação homofóbica da família de uma delas, que há um ano se viu excluída da casa nova que lhe foi atribuída pela CML por parte da família. As Panteras Rosas pretendiam realizar uma acção SIMBÓLICA para marcar a denúncia da situação, colocando-se em frente ao portão e saindo, naturalmente, assim que a polícia o solicitasse. Ao invés, alguns dos fiscais da CML ali presentes, sem aviso prévio ou qualquer abordagem, e com anuência da polícia municipal ali presente, agrediram violentamente quatro activistas, três raparigas e um rapaz, da nossa associação, e mantiveram sequestrada - afirmando que não estava detida - durante meia-hora uma das activistas, a quem tinham temporariamente confiscado a máquina fotográfica. (...)

As "Panteras Rosas" não vão deixar passar em claro a actuação injustificável e discriminatória da CML. A partir das 15h de hoje, estaremos em permanência frente à Câmara Municipal de Lisboa, nos Paços do Concelho, para exigir explicações. Vamos ali permanecer até que a autarquia se mostre disponível para dialogar e ajudar a procurar uma solução alternativa à de "sem-abrigo" para este casal a quem hoje demoliu o único tecto que lhe restava.

A CML (...) nega a um casal, por ser de duas mulheres, o estatuto de "agregado familiar". Não foi aprovada uma Lei de Uniões de Facto em Portugal? Será um casal de lésbicas um grupo alienígena excluído do direito
constitucional à Habitação?

Panteras Rosas

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