sexta-feira, janeiro 02, 2004

Questões Sociais I

Pesquisa: Cidadãos do mundo querem resolver questões sociais

EMBARGO:
QUINTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2003- 15:00h, PORTO ALEGRE, BRASIL

Enquanto representantes das mais reconhecidas ONGs de todo o mundo se reúnem em Porto Alegre, para discutir como um mundo melhor é possível, uma pesquisa conduzida pelo Fórum Social Mundial, envolvendo 15.000 cidadãos de 15 países diferentes, mostra que as pessoas querem que a agenda global aborde mais as questões sociais que o crescimento económico.

Uma pesquisa de opinião pública recém-publicada revela que grande parte da população em todo o globo acredita que a sociedade deveria primeiro dedicar-se aos problemas sociais, para depois se preocupar com o crescimento económico. Além disso, a pesquisa aponta uma desconfiança geral de que a globalização é conduzida pelas grandes corporações e gera concentração de riquezas ao invés de sua distribuição.

O Fórum Social Mundial, com a colaboração do instituto de pesquisas canadense Environics International, conduziu uma investigação em 15 países durante os últimos dois meses. O estudo revela o seguinte:

1 - A maioria crê que a globalização torna os ricos mais ricos e os pobres, mais pobres; no entanto, as opiniões variam significativamente de país para país.
2 - A maioria também pensa que a globalização é controlada pelos interesses das grandes multinacionais, e quatro em cada dez pessoas acreditam que a globalização resulta de um processo natural de evolução da economia.
3 - Seis em cada dez pessoas acham que a sociedade global deveria dar prioridade às questões sociais em detrimento do crescimento económico, enquanto apenas a metade desse número considera que deveríamos primeiro concentrarmo-nos no crescimento económico para então tratar das questões sociais.
4 - A maior parte dos entrevistados, em quase todos os países onde ocorreu a pesquisa, sente que o futuro da maioria dos povos é decidido por forças externas, fora de seu alcance.


O estudo do Fórum Social Mundial baseou-se em 15.000 entrevistas, principalmente em países membros do "Grupo dos 20" (cerca de mil entrevistados por país), entre Novembro e Dezembro de 2002, por respeitados institutos de pesquisa de cada país participante, sob a supervisão da Environics International Ltd. de Toronto, Canadá.

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