Tenho que reconhecer (e fico contente com isso) que a cobertura que o Publico está a fazer do FSM me surprendeu pela positiva; depois do editorial de há dois dias, ontem voltaram a falar do FSM, falando essencialmente das intervenções de Stiglitz (ex-vice-presidente do Banco Mundial):
"As grandes agências querem impor políticas que já mostraram que não funcionam. Devemos bater-nos por um sistema de protecção social baseado num Estado forte e não na privatização desejada pelo Banco Mundial", disse o antigo número dois do BM, que se demitiu do cargo há quatro anos.
Hoje, o Publico fala do nosso Tony Guterres:
O presidente da Internacional Socialista (IS), António Guterres, (...) numa das suas intervenções centrais, referiu as "mudanças" que devem ser introduzidas no "sistema de governo mundial" para transformar a globalização numa "oportunidade para todos". Sublinhou que é necessário proceder à "revisão da constituição" do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nomeadamente abrindo-o a outros países, casos do Brasil e da Índia.
Quem o viu e quem o vê....ninguém diria que é o mesmo Homem de há uns anitos atrás....
Finalmente, fala também das vítimas da Sida:
Se tivermos de pagar o preço que as companhias farmacêuticas internacionais querem, será impossível sobreviver", disse o activista brasileiro Almir Pereira. O Brasil e a Índia são dois países que produzem genéricos dos medicamentos para o HIV a preços que custam cerca de 500 a mil dólares por ano por doente, quando o fármaco de marca pode chegar a 10 mil dólares.
A possibilidade de produzir medicamentos genéricos foi uma luta travada pelo altermundialismo, conseguindo finalmente que pudessem ser vendidos a países terceiros (sem a capacidade de os produzir, como Moçambique). A OMS aconcelha que o plano Mundial de cobate à SIDA siga o exemplo do Brasil.
Pelos exemplos acima dados, facilmente se compreende que, finalmete, os Ecos dos FSM já não tratam apenas do folclore e dos montras partidas; finalmente, são os conteúdos do FSM que aparecem nas páginas do Publico, não a sua superfície...
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