quarta-feira, dezembro 17, 2003

O fundamentalismo chiraquiano

Chirac resolveu acabar com qualquer manifestação exterior religiosa ou política; cruzes, véus, T-shirts do Che são alguns exemplos adiantados pela jornalista da Antena1. Para ser realmente coerente, deverá se interdito qualquer tipo de alusão a qualquer partido político, como autocolantes partidários, T-shirts partidárias, pins, eliminar todas as rosas como manifesto símbolo do socialismo, mesmo as naturais, foices e martelos então, nem uma pontinha de fora, cobrir convenientemente os sinais religiosos exteriores como os campanários das Igrejas, os píncaros das mesquitas (com o provocador quarto de lua), as cruzes dos pelourinhos, mosteiros, hospitais, seminários; mesmo as catedrais em forma de cruz, passarão a ter uns acrescentos para ficarem rectangulares. A cruz vermelha e o crescente vermelho passarão a ser inocentes círculos redondos, de preferência de outra cor, lá mais para o cinzento...

Eu iria um pouco mais longe, e por isso proponho a eliminação de todos os sinais exteriores de filiação clubista, como as T-shirts com o número 7 a dizer “Figo” e 10 a dizer “Deco”; dragões, leões, águias, galgos e outros animais emblemáticos, deverão ser rapidamente extintos (nos casos de ainda existirem entre nós), para não acalentarem paixões futebolísticas.
Por solidariedade com Chirac, visivelmente incompreendido pelos seus congéneres, vou já para casa queimar as minhas T-shirts com o busto do Durão (meia dúzia) e do Santana Lopes (dúzia e meia, com cores garridas).


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