Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
domingo, novembro 23, 2003
Viola Caipira
Ivan Vilela
Tive o previlégio de ver este senhor tocar ontem no Chapitô: incrível, o que se pode fazer com uma viola descendente das violas tradicionais Portuguesas, como a Bragueza ou a Toeira. Ao contrário de Portugal, lá a viola está muito viva, com muitos violeiros exímios, mais de 25 afinações diferentes, umas dezenas de construtores, escolas, professores, e muita música boa. A música é essencialmente Modal (Lídio e MixoLídio). Muito difundida em Portugal no século 16, a viola foi trazida para o Brasil logo no início da colonização. Num primeiro momento, ritmos indígenas se misturaram aos portugueses. Depois, vieram as influências africanas e, já no século 20, as de países fronteiriços ao Brasil. Assim, há hoje uma variedade de ritmos: cururu, cateretê, toada, cana-verde, arrasta-pé, batuque, lundu, moda campeira, xote, rasqueado, valsa, mazurca, polca e guarânia, entre outros.
Nós levamos a viola para o Brasil; e é lá onde ela sem dúvida é melhor tratada. "Paisagens", de Ivan Vilela, é uma daquelas descobertas que pode mudar completamente a forma como vemos a música tradicional. Não deixem de descobrir...
Ivan Vilela
É graduado e mestre em Composição Musical pela Unicamp.
Com grupos ou em disco solo, Ivan Vilela foi indicado a importantes prêmios da Música Brasileira: Paisagens (solo) 1998, Prêmio Sharp, indicado como Revelação instrumental. Espiral do Tempo (Anima) 1997, Prêmio Movimento de Música Brasileira – melhor disco instrumental do ano, Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) – melhor conjunto de câmara. Trilhas (Trem de Corda) 1994, duas indicações ao Prêmio Sharp.
É diretor e arranjador da Orquestra de Viola Caipira sediada em Campinas. Foi responsável pelo projeto que visou a criação de um curso superior de música utilizando metodologia brasileira, proposta inédita no Brasil. Esta metodologia foi concebida a pedido da Universidade de Taubaté, SP. É idealizador da ONG Núcleo da Cultura Caipira.
Como professor atuou e atua em diversos festivais de música do país como Oficina de Música de Curitiba, Festival de Música de Cascavel, Festival de Música de Londrina.
Desde 1996 realiza apresentações no exterior tendo tocado na França, Portugal, Itália, Inglaterra e Espanha realizando concertos e conferências em salas de espetáculos e universidades.
Periodicamente colabora com revistas de música como a Guitar Player, e ministra cursos e seminários sobre Cultura Popular Brasileira, Harmonia Modal, Estética e História da MPB e Viola Caipira.
Atua há mais quinze anos no campo da pesquisa, enfocando manifestações da cultura popular em Minas Gerais e interior de São Paulo. É autor de uma Ópera Caipira com libreto de Jehovah Amaral. Frequentemente se apresenta em programas de televisão de diversas emissoras brasileiras.
Para saber mais, vá aqui (dá para ouvir uns MP3).
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