What is the Meatrix?
A propósito do mesmo (para perceber do que é que estou a falar têm que clicar no link aqui em cima), há um movimento chamado Slow food, por oposição à fast food. A surpresa é que este movimento originou um movimento mais amplo chamado Slow Europe, que questiona a "pressa" e a "loucura" associadas à globalização neo-liberal e à sua doutrina da "quantidade do ter", por oposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Este movimento conta hoje com mais de 65000 associados. A aposta é na qualidade, e nas palavras de Petrini, esta rede é um exemplo do que ele chama "globalização virtuosa".
A slow food defende que as regras da PAC devem ser mudadas, passando a privilegiar a qualidade, em detrimento da quantidade. Isso implica privilegiar as raças autóctones e as qualidades vegetais regionais, mesmo quando estas sejam menos rentáveis; é que em contrapartida são sempre mais saborosas ou duram mais tempo (ex. do pão alentejano).
Na economia global de consumo, a Slow food tem um apelo quase irresistível: junta o prazer da boa gastronomia ao ecologismo, que não rejeita o consumo per se mas sim a homogeneização e a alta-velocidade das cadeias de hiper-mercados e da fast-food. Por isso, também a agricultura biológica e a diversidade cultural são apanágio da Slow food, integrando-se na mesma filosofia que mobilizou Génova e Seattle, diz Petrini.
PP
PS - lá bem no fundo, eu bem sabia que comer um ganda bife de Mertolenga fazia parte do meu activismo político... Tenho que ir para casa fazer mais umas actividades gastronómicas subversivas.
Agradeço ao Gualter e ao José Oliveira as dicas!!
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