Quantos jornalistas portugueses estão no Iraque? Pelos vistos passámos de 8 a 80: de repente todas as tvs e rádios portuguesas têm o seu correspondente de guerra. E isso é bom? É mau? Seria bom, se através deles pudessemos ter uma visão das coisas diferente da que nos chega através das outras centenas de jornalistas que estão no Iraque (e que teremos que assumir que, não sendo portugueses, não são tão objectivos nem tão honestos como os “nossos”). Mas tanto quanto sabemos, a situação obriga a que eles andem em grupo e se alojem nos mesmos hotéis. Nos últimos dias, as reportagens que nos chegam são sobre os GNR (se tomaram pequeno-almoço, se estão tristes...) e... sobre eles próprios, jornalistas.
Infelizmente, a distribuição de conflitos está generalizada a todo o planeta (vejam aqui um mapa impressionante - atenção que demora a abrir, mas pudera... são resmas de conflitos...) que tal dispersar esta gente corajosa pelo mundo, para ver se passamos a andar de facto melhor informados? É que, por parcial que sempre seja uma reportagem em situação de guerra, só o facto de nos informarem sobre a existência desses conflitos já valeria mais que a repetição (caríssima, imagino) de relatos em situações que sabemos instrumentalizadas justamente porque esses jornalistas lá estão para as relatar.
mpf
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