Segundo dados da organização Repórteres sem Fronteiras 10 jornalistas morreram no Iraque, outros tantos ficaram desparecidos. Ainda nos lembramos do jornalista da Tele Cinco morto no ataque ao Hotel Palestina. Foram 700 os embedded que acompanharam as operações no terreno, para dar a guerra em directo. Estamos a assistir às duas faces da mesma moeda. Contudo, quando as coisas se complicaram dez minutos depois de os jornalistas portugueses entrarem no Iraque, as primeiras declarações do executivo de Durão Barroso não foram de solidariedade mas sim para lembrar que os «jornalistas foram alertados para o facto de, decidindo permanecer, não existirem condições por parte de Portugal, para a garantia da sua segurança nas deslocações de e em território iraquiano». Ora agora estão por vossa conta e já esquecemos a fotografia de família nas Lajes...
Os jornalistas portugueses seguiram para fazer a cobertura do contingente da GNR no Iraque, mas sabem que não faz parte da missão dos GNR no terreno «andar a proteger jornalistas». Estão lá por sua conta e risco e por vontade do governo português o bom mesmo é que regressem. Para já, Carlos Raleiras foi libertado pelos raptores deu uma imagem de total imparcialidade, disse-nos que até foi bem tratado, e que vai ficar. Assim, sem dramas.
Rute Marques
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