quarta-feira, setembro 24, 2003

Descriminalização do Aborto


O próximo dia 28 é o Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe. Mais que um risco para as mulheres, pois o aborto ilegal é a quarta causa de mortalidade materna no país, a ilegalidade do aborto fere um direito básico de todo ser humano: a liberdade de escolha em relação ao que fazer com o próprio corpo e sua vida.

Convicções religiosas não podem e nem devem ser colocadas acima do direito à livre decisão pelo abortamento. A penalização do aborto não evita sua prática. Coloca-o na clandestinidade e põe em risco a vida e a saúde das mulheres, principalmente as mais pobres que se submetem a situações de alto risco ao interromper uma gravidez indesejada.

É na região da América Latina e Caribe que estão presentes as maiores restrições legais ao direito das mulheres de decidir pela interrupção da gravidez. Estima-se que 6 milhões de mulheres praticam o aborto ilegal na América Latina todos os anos. Destas, 1,4 milhão são brasileiras.

Morrem por ano 6 mil mulheres latino-americanas ao fazerem abortos

22.setembro/2003 - México – Adital/Cimac
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de seis milhões de mulheres realizam abortos na América Latina e no Caribe. Deste total, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA em inglês), a cada ano seis mil mulheres latino-americanas morrem por complicações do aborto. Isso porque a maioria o faz em condições de risco e de forma clandestina, causando danos irreparáveis à saúde e muitas vezes resultando em morte. A OMS assinala que 21% das mortes relacionadas à gravidez, parto ou pós-parto, têm como causa complicações de abortos.

A mortalidade como consequência do aborto está vinculada à condição de pobreza das mulheres e suas famílias, o baixo nível de educação e informação e a subordinação feminina, entre outros aspectos.

PP

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