Até onde é que iremos?
Vale a pena deixar aqui o texto que o Cruzes Canhoto foi desencantar não sei onde. Mais uma pista para reflexão..... Se virem alguns paralelismos com as sociedades modernas não são pura coincidência....
Por exemplo, os habitantes da ilha da Páscoa, um povo polinésio, instalaram-se numa ilha que era originalmente florestada, cujos bosques incluíam a maior palmeira do mundo. Os nativos foram gradualmente cortando a floresta para obter madeira para as canoas, para o lume, para transportar estátuas e erguê-las, para esculpir e para proteger o solo da erosão. Com o tempo, acabaram por cortar todas as florestas até ao ponto em que todas as espécies de árvores estavam extintas, o que significava que já não podiam fazer canoas e erigir estátuas e já não havia árvores para proteger os solos da erosão, pelo que a sua sociedade descambou numa epidemia de canibalismo que matou 90% da população. A questão que intrigava mais os meus alunos da universidade era algo que nunca me tinha ocorrido: como demónios podia uma sociedade tomar uma decisão tão nitidamente desastrosa como cortar todas as árvores de que dependiam? Por exemplo, os meus alunos interrogavam-se o que diriam estas pessoas enquanto cortavam a última palmeira? Será que diriam “pensem nos nossos empregos como lenhadores e não nestas árvores”, ou “respeitem o meu direito à propriedade privada”? Certamente que teriam consciência dos efeitos que teria destruir a sua própria floresta, afinal não era um erro subtil. (…)
Destruir o nosso próprio planeta, porque transformámos tudo em mercadorias, não é nada subtil como erro, mas ainda havemos de conseguir...
Haverá sempre valores mais importantes que a "economia de mercado" ou a "propriedade privada". E são esses valores que devemos passar de geração em geração, para que ainda haja um mundo Amanhã. A ver se não terminamos como os nosso "primos" da Ilha da Páscoa: sem floresta, sem esperanças, a comerem-se mutuamente por não haver mais nada onde meter o dente....
PP
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