O FSP no Público
Voltemos às coisas sérias. No Jornal Público, o FSP foi acompanhado por artigos diários durante o evento e or artigos de opinião após o término do FSP. O primeiro eco do FSP refere de imediato a relação difícil entre os partidos políticos e os movimentos sociais; revejo-me competamente na segunda têndencia descrita por David Miranda: A primeira é uma posição mais moderada, que encara a "institucionalização" como um indicador de sucesso, ou seja, a entrada dos temas defendidos no sistema dos partidos. A segunda, "mais radical", "não quer transigências" com os partidos, e só vê sucessos quando os seus "objectivos são directamente alcançados". No mesmo dia (8 de Junho), vem a público alguns dos temas expostos e discutidos nas conferências, oficinas e mesas de controvérsia, como a democracia e a cidadania e a visibilidade crescente do movimento LGBT; nesse mesmo dia, Nuno Sá Lourenço propõe um diccionário do Fórum. Pelo exemplo que aqui dou, é facil perceber que o que veio a público (neste caso referente ao primeiro dia do FSP) foi apenas a ponta do Iceberg. Para além de todas as outras activididades que não tiveram eco no público, tanto nas oficinas e mesas de controvérsia como relativamente às conferências, o FSP foi essencialmente um espaço de encontro sem precedentes no nosso país. E é esse espaço que teremos agora que aprofundar e dar continuação, porque não tenham dúvidas que outro mundo é possível!

Notas botânicas III - Convolvulus fernadesii
Planta endémica do Cabo Espichel, Serra da Arrábida, da família das Convolvulaceas. Espécie cujos parentes mais próximos só aparecem nas Canárias, sendo raríssima em Portugal: a sua distribuição restringe-se a pouco mais que 3 Km de escarpas. Utilização subversiva: convencer os deputados a irem conhecer este endemismo arrabidense. Com as escarpas abruptas, um bocadinho de vento e alguma sorte, livrávamo-nos de alguma democracia representativa e nós, perigosos ultra-minoritários iluminados, aproveitavamos a brecha para tomar o poder.

PP