quarta-feira, agosto 12, 2015

Sociedade civil palestina e brasileira lançam campanha “Olimpíadas sem apartheid!”


A um ano do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Comitê Nacional Palestino de Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BNC), liderando o movimento global de BDS contra Israel, e movimentos sociais no Brasil lançam a campanha “Olimpíadas sem apartheid”.

O alvo imediato da campanha é a empresa israelense Sistemas de Segurança e Defesa e Internacionais (ISDS) que desde outubro do ano passado tem um contrato com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio16. A empresa é parte integral dos regime israelense de apartheid, coupação e colonialismo contra os palestinos. A ISDS se orgulha de ter sido fundada baseada na experiêcnia do Mossad, o criminoso sistema secreto de Israel, e é amplamente acusada de treinar esquadrões da morte e apoiar ditaduras na América Central durante os anos 1980.

Conforme indicado pelo BNC, “Empresas militares israelenses, todas elas profundamente em crimes de guerra de Israel encontra o povo palestino, entre outras, veem os Jogos Olímpicos como um grande oportunidade de lucro e meio de exportar sua experiência “testada em campo” em manter apartheid, repressão de pessoas, militarização de espaços urbanos ao redor do mundo. Isso deve ser parado.”

Uma série de eventos internacionais em São Paulo e Rio de Janeiro entre 3 e 6 de agosto foram organizados em coordenação com movimentos brasileiros e a plenária “Olimpíadas para Quem?” de modo a fortalecer a oposição ao contrato em Brasil e chamar ao mundo para que unir-se à campanha.

Jamal Juma, coordenador da Campanha Stop the Wall, um dos presentes nos eventos, declarou:

“É absolutamente vital que todos nós estejamos juntos para assegurar um fim à impunidade na Palestina e ao redor do mundo. É inaceitável que se continue a permitir que Israel exporte sua experiência em repressão e violações de direitos humanos a qualquer um interessado em aplicar aquelas técnicas contra seu próprio povo. É assustador ver que os Jogos Olímpicos Rio16 estão oferecendo à ISDS um plataforma internacional para lavar sua cumplicidade com severas violações de direitos humanos na Palestina e América Central.”

Em Maio de 2015, o governo brasileiro se distanciou da empresa depois de intensa pressão da sociedade civil, frustrando as expectativas da ISDS por um pedaço maior dos estimados US$ 2.2 bilhões para segurança das Olimpíadas.

Organizações da sociedade civil brasileira acusam as autoridades do seu país de não só serem cumplices das violações do direito internacional perpetradas por Israel, mas também utilizarem a tecnologia militar israelense “testada em campo” para reprimirem movimentos sociais, com um impacto devastador sobre a vida da juventude pobre e negra brasileira.

Pedro Charbel, coordenador de campanhas do BNC para América Latina, explica: “A ISDS está usando os Jogos Olímpicos como vitrine de seu trabalho no Brasil, mas o contrato entre esta empresa e o Comitê Organizador Rio 2016 é apenas a ponta no iceberg. Apesar de seu apoio aos direitos palestinos em nível diplomático, o Brasil é o quinto maior mercado de exportanção de armas israelenses. BDS está crescendo a América Latina e particularmente no Brasil, em um rítmo impressionante. Movimentos sociais no país estão determinados a não descansar antes que o papel do Brasil em manter o apartheid israelense tenha fim”.

FIM

Siga a página no Facebook “Olimpíadas sem Apartheid” aqui: https://goo.gl/IYmpOC

Veja chamado de ação do BNC aqui: http://goo.gl/oCmmdN
Baixe aqui o relatório do Stop the Wall sobre a ISDS e a campanha: http://www.stopthewall.org/pt-br/ficha-informativa-olimp-adas-sem-apartheid-fora-isds

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