quinta-feira, julho 24, 2014

Não pactuemos com os massacres em Gaza - cartas enviadas aos deputados e ao governo

Carta enviada hoje aos líderes dos grupos parlamentares
A violência e a morte intensificaram-se nos últimos dias em Gaza, culminando num massacre, em nome de um direito de auto-defesa do Estado de Israel. Esta suposta acção de "defesa" é na verdade um ataque indiscriminado e genocida à população civil palestiniana, que já matou em poucos dias centenas de civis - homens, mulheres e muitas crianças.
Pouco antes da invasão terrestre de Gaza, o Hamas propôs, por intermédio do Egipto, uma lista de condições muito razoáveis e aceitáveis para uma trégua de dez anos. Mas o governo israelita não quer ouvir falar de trégua, nem de paz, como a comunidade internacional constatou após o fracasso das últimas negociações de paz. Como tão bem diz o escritor Eduardo Galeano, "para justificar-se, o terrorismo de Estado  fabrica terroristas: semeia ódio e colhe álibis. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo os seus autores quer acabar com os terroristas, conseguirá multiplicá-los".
Portugal, como Estado democrático que aderiu à Carta das Nações Unidas e munido de princípios constitucionais de cariz humanitário, deveria usar todos os meios ao seu alcance para parar o crime de guerra que está a ser cometido pelo exército e o governo israelitas. O parlamento português deveria recusar-se a que o povo português pactue pelo silêncio e a inércia com os massacres repetidamente cometidos em Gaza e de forma geral com a opressão de um povo cuja vida tem vindo a ser sequestrada pelos sucessivos governos de políticas sionistas devastadoras desde 1948.
Apelamos a que os deputados portugueses, seguindo o exemplo unânime do parlamento chileno, se manifestem contra o massacre da população civil palestiniana e a ocupação da Palestina e, tal como um conjunto de cidadãos israelitas o fizeram através de uma carta dirigida à UE,  apoiem as condições da trégua propostas pelo Hamas.

Comité de Solidariedade com a Palestina 
e Grupo Acção Palestina
A mesma carta foi enviada ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, apelando a que o governo siga "o exemplo do Equador e suspenda de imediato as suas relações diplomáticas com o regime israelita".
Este texto pode ser usado, na íntegra ou modificado, por pessoas ou organizações que queiram também pressionar a assembleia da República e o governo a tomar uma posição contra o massacre do povo de Gaza. As cartas devem ser enviadas para os endereços: 
pev.correio@pev.parlamento.pt
(para escrever ao ministro dos Negócios Estrangeiros, utiliza-se o formulário do site do ministério)
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Comité de Solidariedade com a Palestina
https://www.facebook.com/ComitePalestina
palestinavence.blogs.sapo.pt

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