Milhares de trabalhadores que passaram falsos recibos
verdes estão a receber notificações de cobrança de dívidas à Segurança
Social sob a ameaça de penhora de bens.
Antes de mais, é importante clarificar que os falsos recibos verdes são
ilegais e que o Estado deveria assegurar a sua não
existência. São também profundamente injustos porque um trabalhador tem
que pagar Segurança Social mensalmente, quer tenha
rendimentos, quer não tenha. Tem que pagar no mínimo 120 euros
independentemente do rendimento que recebe. Há exemplos de pessoas
que, para um rendimento de 200 euros, têm que pagar 120 à Segurança
Social. Ao permitir que estas situações aconteçam, o Estado
favorece os patrões e criminaliza os trabalhadores. Com os falsos
recibos verdes os patrões desresponsabilizam-se dos deveres que
têm perante os trabalhadores e o Estado – não pagando Segurança Social,
nem impostos. O MSE defende a existência de contratos de
trabalho e que
o pagamento à Segurança Social seja proporcional aos rendimentos.
O que se está a passar é de uma enorme gravidade. A maioria dos
trabalhadores contraíram falsas dívidas e estão sujeitos a juros
altíssimos. O que acontece é que muitas pessoas têm que optar: ou se
alimentam ou pagam Segurança Social. Além de que nem sequer
têm direito a subsídio em situação de desemprego.
Assim, o MSE exige a suspensão imediata da dívida à Segurança Social aos
trabalhadores desempregados e o fim dos falsos recibos verdes.
Os desempregados já estão numa situação de enorme fragilidades, muitos
não recebem qualquer tipo de rendimentos, o Estado não tem solução
para o problema do desemprego – pelo contrário, promove-o. Não é justo
que, a acrescer a tudo isto, ainda tenham uma espada sobre a sua
cabeça – o pagamento de uma dívida injusta e ilegal.
Sem comentários:
Enviar um comentário