quarta-feira, novembro 09, 2011

Lisboa: concentração hoje frente à embaixada de Israel

Activistas detidos pelo exército de Israel

No passado dia 4 de Novembro, as duas embarcações que navegavam rumo a Gaza, o barco canadiano Tahrir e a embarcação irlandesa Saoirse foram interceptadas e seus tripulantes detidos de forma ilegal.

Dos 27 activistas detidos, o site http://irishshiptogaza.org/ informa que 20 deles ainda permanecem presos na prisão de Givon, enquanto o paradeiro de mais um dos activistas é actualmente ignorado.

Segundo um contacto telefónico do passado dia 6, Paul Murphy, eurodeputado pelo Socialist Party da Irlanda e pela United Left Alliance, que permanece igualmente detido em Givon relatou entre outros factos que: "Em Givon, as autoridades tentaram nos desorientar, através da privação de sono e remoção dos nossos relógios, enquanto que o relógio da prisão indica a hora errada. Não nos foi dado qualquer perspectiva de quanto tempo permaneceremos detidos até a data do processo de deportação. Foi-nos negado o direito consagrado em Israel de contactarmos as nossas famílias no prazo de 24 horas a seguir à nossa detenção".

O objectivo inicial destes activistas consiste em desafiar o bloqueio ilegal aos 1.8 milhões de habitantes de Gaza que actualmente estão a ser constantemente minados através da proibição entre outros de: exportar bens, liberdade de circulação, cultivo em suas terras, pesca em suas águas e importação de materiais de construção. Para além destas privações económicas que são já reconhecidamente pela ONU uma forma de "punição colectiva de civis", ainda temos a demolição de casas, construção de muros e prisões arbitrárias efectuadas actualmente pelo governo de extrema-direita do Likud.

É imperativo a mobilização de massas tendo em vista a libertação imediata dos activistas presos, assim como a garantia da sua integridade física e psicológica. Para tal, propomos uma concentração já para o dia 9 (quarta-feira) em frente da embaixada de Israel pelas 18 horas, seguida por outras acções nos próximos dias.

A ameaça de veto dos EUA, bem como o aviso de abstenção da França no que diz respeito ao ingresso da Palestina como um membro de pleno direito na ONU demonstra claramente que qualquer mudança de fundo terá que partir da mobilização e organização popular, a solidariedade e cooperação internacional é imprescindível. As instituições actuais não tem qualquer interesse em se ôpor ao poder económico e político vigente em Israel.

Pelo direito à auto-determinação do povo palestiniano e contra qualquer forma de imperialismo, apoiamos uma Palestina livre e democrática.

Exigimos:
- O fim do bloqueio ilegal à Faixa de Gaza.
- A libertação imediata de todos os activistas presos de forma ilegal pelo exército de Israel.

Comité por uma Internacional dos Trabalhadores

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