Quero dar-vos conta de forma muito sintética de como decorreu hoje a acção na embaixada da Turquia, onde entregámos a Carta de Repúdio pela prisão arbitrária de activistas sindicais, de defesa dos direitos humanos e membros da Marcha Mundial das Mulheres:
- A nossa chegada estava aguardada por um número desproporcionado de polícias, em carros à prova de pedra. Havia até alguns polícias com metralhadora!
- O número de presenças do nosso lado não foi numeroso, como era de esperar, mas causaram impacto as cartolinas com palavras de ordem em português e em turco e as faixas das organizações.
- A comunicação social não apareceu, nem fez nenhum contacto.
- A delegação foi recebida (só aceitaram a presença de 4 companheiras) pela 2ª na hierarquia da embaixada.
- A dita senhora estava bem a par do que nos levou até à embaixada e teve uma postura ofensiva, na medida em que desde o princípio nos questionou se sabíamos mesmo quem eram as pessoas pelas quais estávamos a apelar. rotulando-as desde logo como membros do PKK e dizendo serem membros terroristas, trazendo constantemente à baila os 35 mil mortos turcos pelos grupos terroristas. A conclusão que tirámos é que os/as presos/as que irão ser julgados amanhã e depois de amanhã já têm a sentença feita, pelo que a ideia muito discutida aquando da feitura da Carta de Repúdio que entregámos hoje na embaixada, de que não se devia colocar a questão do julgamento justo e imparcial é uma questão fundamental, visto tudo indicar que o processo está viciado desde o início!
- À saída da reunião, os/as companheiros/as presentes consideraram fundamental:
- saber o desenvolvimento do processo e dos julgamentos, quer através de pessoas que estarão presentes em Izmir a acompanhar o julgamento (CI da MMM e CGTP);
- não abrandar a pressão, enviando amanhã e depois de amanhã (dias dos julgamentos em Izmir) emails, faxes, etc, para a embaixada da Turquia em Portugal (Fax: 213017934) e para o presidente da Turquia, primeiro ministro da Turquia e Ministra dos Assuntos da Mulher (ver números de fax que enviei em emails anteriores). - Foi com grande preocupação pela sorte das 10 mulheres e 12 homens presos que saímos da reunião na embaixada da Turquia. Infelizmente e apesar dos contactos com a imprensa, nada for noticiado e os media mais uma vez primaram pela ausência.
Companheiras:
Por favor, passem palavra para que sejam enviados faxes apelando à libertação imediata dos/as detidos/as, para que sejam sujeitos a um julgamento justo e apelando ao fim da repressão sobre os/as opositores/as ao regime turco. Reenvio a carta de repúdio que entregámos na embaixada, assim como a versão inglesa, para que se possam basear nela para os vossos faxes.
Um abraço solidário.
Almerinda
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