sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Política, Ordem, Revolta: debate


«Terrorismo» é actualmente o termo vanguarda de todo um discurso que legitima um processo transnacional de remodelação das funções de Estado – menos sociais e mais securitárias. Do encontro entre o progresso científico, a procura estatal por mecanismos de vigilância, controlo e identificação e uma propaganda que espalha o medo em relação ao próximo, perpetua-se um estado de excepção, em que liberdades, direitos e garantias são colocadas em causa pela mesma entidade responsável pela sua protecção. Simultaneamente, multiplicam-se os sinais de mal-estar social, expressos de uma forma difusa e para além dos limites impostos pela cidadania institucional. É objectivo desta iniciativa reflectir em torno destes temas, traçar o seu percurso de evolução.


Zé dos Bois (Rua da Barroca, 59. Bairro Alto)

Sábado 14

14h30: Autoritarismo e Vigilância: da empresa para a sociedade, com João Bernardo;

16h00: Prevenir a confraternização: história das técnicas para que os soldados não fiquem ao lado do povo, com Diego Palacios Cerezales;

Domingo 15

15h00: A Invenção do Terrorismo.
Debate:

Violência e Estratégia de Tensão em Itália na década de 70, com José Nuno Matos;

Israel/Palestina, com António Louçã;

Conflito basco: um laboratório da repressão ´pós-moderna`, com Rui Pereira

Moderador: Ricardo Noronha

17h30: Plenário – Conclusões Provisórias do fim-de-semana

António Louçã é jornalista e historiador. Entre outros, publicou Conspiradores e traficantes. Portugal no tráfico de armas e de divisas nos anos do nazismo. 1933-1945 (2005)

Diego Palacios é professor na Universidade Complutense de Madrid. Publicou O Poder Caiu na Rua, Crise de Estado e Acções Colectivas na Revolução Portuguesa (2003) e defendeu no ano passado uma tese de doutoramento intitulada Estado, Régimen y Orden Público en el Portugal Contemporáneo 1834-2000.

João Bernardo é autor de várias obras. Recentemente, publicou Labirintos do Fascismo – na Encruzilhada da Ordem e da Revolta (2003). Em 2004 publicou, no Brasil, Democracia Totalitária.

José Nuno Matos é mestrado em Ciência Política pelo ISCSP-UTL. Publicou Acção Sindical e Representatividade.

Ricardo Noronha é investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH (UNL) e encontra-se neste momento a preparar uma tese de doutoramento sobre a nacionalização da banca no contexto da revolução portuguesa de 1974-75.

Rui Pereira é jornalista e, entre outros, publicou Euskadi – A Guerra Desconhecida dos Bascos (2000)

Organização: UNIPOP

Entrada Livre

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