sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Sindicalistas da Sawt El Amel sob risco de prisão


CUT encaminha ofício às autoridades de Israel pedindo que decisão seja anulada
Publicado: 01/02/2008 - 17:43
http://www.cut.org.br/site/start.cut?infoid=16076&sid=6

A Direção Executiva da Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil - recebeu com preocupação a notícia que, na quinta-feira, dia 24 de janeiro de 2008, o Tribunal de Nazaré no Estado de Israel declarou culpados oito sindicalistas árabes palestinos da Galiléia, da organização Sawt El Amel, pela realização de "uma reunião ilegal e por perturbação da ordem pública e agressão contra um policial no exercício de suas funções", sendo que as sentenças serão anunciadas em 14 de fevereiro.

Os oito companheiros - Jamal Hassanen, Samir Habiballah, Wahida Habiballah, Khaldiya Hassanen, Mahmoud Habiballah, Wehbe Badarne, Arif Habiballah e Khitam Habiballah - estão sob risco de penas de prisão e pagamento de pesadas multas por fatos ocorridos há oito anos, em 27 de outubro de 1999, quando foram reprimidos pela polícia em uma manifestação de trabalhadores e militantes sindicais que protestavam contra práticas discriminatórias do serviço de emprego do Plano Wisconsin.

A CUT emitiu uma carta ao Procurador Geral de Israel, Sr. Menahem Mazuz, declarando inconformidade com a decisão tomada pelo Tribunal, por conhecer a atividade da organização Sawt el-Amel de defesa dos direitos dos trabalhadores árabes submetidos ao Plano Wisconsin - plano de retorno ao emprego que transgride todas as disposições das normas internacionais de trabalho da OIT.

Perante a isso, a Central pede ao Procurador Geral que considere que, os oitos militantes de Sawt el-Amel, ao organizar reuniões, manifestações e protestos em defesa dos interesses materiais e morais de seus representados, no caso, homens e mulheres sem empregos submetidos ao Plano Wisconsin, simplesmente cumpriam seu dever de defensores dos interesses da classe trabalhadora.

A Central Única dos Trabalhadores por não aceitar qualquer tipo de sanção contra os sindicalistas que, simplesmente exerciam seu mandato, pede ao Sr. Menahem Mazuz e, por seu intermédio, às autoridades de Estado, a anulação da decisão do Tribunal de Nazaré, que viola o direito de defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, reconhecido por todas as convenções sobre direitos humanos, bem como pelas convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho) da qual o Estado de Israel é membro.


Pergunta: as centrais sindicais portuguesas disseram alguma coisa sobre este assunto?

2 comentários:

david santos disse...

Para quê?
Já se confundem com algumas organizações patronais.
Parabéns.

Antonio disse...

Veremos o espaço que as correntes autonomistas serão capazes de afirmar no próximo Congresso da CGTP.

Quanto à UGT, sim, está demasiado dependente do bloco central. Pior para ela e para os seus filiados ...