Três anos depois do I Fórum Social Português está em marcha o processo de realização da sua segunda edição.
Se no balanço que então foi feito muitos se pronunciaram positivamente sobre o evento, o que resta hoje dele? Que mudanças ocorreram na nossa prática social resultado daquela iniciativa? Que solidariedades, que cumplicidades, nasceram daquela experiência colectiva e se materializaram e contribuíram para uma melhor compreensão do mundo, para uma maior autonomia social, para uma maior iniciativa cidadã?
O modo como está a decorrer o actual processo não é animador. O número de associações e cidadãos que o têm acompanhado é menor que o da Iniciativa Temática 2005 que, por sua vez, já foi bem menor que o do FSP 2003. E, causa e efeito desta realidade, o conteúdo das discussões preparatórias não se alterou, encontrando-nos hoje a repisar os conflitos que então se verificaram.
Há hoje mais respeito pelas agendas de cada associação participante ou permanece a tentação de impor as agendas ditas de "interesse nacional"? Há hoje mais espaço para o desenvolvimento da capacidade de intervenção das associações ou continua a existir a tentação para impor a hegemonia de modelos programáticos particulares?
Para debater estas e outras questões que atravessam o movimento social português o Clube de Combate, em colaboração com a AJP, o CIDAC e a Mó de Vida, organiza em Évora, no dia 4 de Fevereiro, pelas 21,30h, no Espaço Celeiros (junto ao Centro Comercial Eborim) o debate “FSP: porque estão os cidadãos de fora?”. Será também passado o filme de Caroline Poliquin “The Bottom Line: Privatizing the World” (O Bem Comum). A concluir actuará o quarteto de jazz de Paula Sousa.
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