
«Aqui Posto de Comando das Forças Armadas. Conforme tem sido transmitido, as Forças Armadas desencadearam na madrugada de hoje uma séria de acções com vista à libertação do País do Regime que há longo tempo o domina. Nos seus comunicados, as Forças Armadas têm apelado para a não intervenção das forças policiais com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder decidida e implacavelmente a qualquer oposição que se venha a manifestar,
Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da Nação, o Movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua acção libertadora e pede à população que se mantenha calma e recolha ás suas residências. Viva Portugal!»
(...)
Procurámos, esta manhã, entrar em contacto telefónico com o general António de Spínola. Atendeu-nos a senhora de Spínola que tomara conhecimento do movimento militar através dos comunicados do Rádio Clube Português.
Solicitámos permissão para um redactor do «Diário de Noticias» se deslocar á residência e ouvir o general Spínola, a propósito do movimento militar. O general mandou dizer que não era o momento oportuno.
in Diário de Notícias de 25 de Abril de 1974, 2ª tiragem
Tirado daqui, via Tribuna socialista.
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