Primeiro Seminário que decido assistir: o futuro dos Foruns Sociais. Bernard Cassen (ATTAC França, FSM, “Le Monde Diplomatique”) avança com a ideia de que o Forum Social Europeu deveria somente realizar-se de dois em dois anos (o próximo ao que parece será na Grécia) e o Forum Social Mundial (FSM) seguiria pelo mesmo caminho, sendo que seria alternado com um outro local que não Porto Alegre (que assim passaria a receber o encontro qual Jogos Olímpicos, de quatro em quatro anos). Desta forma as associações e restantes movimentos sociais teriam tempo de realizar as suas próprias actividades e implementar estratégias decorrentes dos Foruns Sociais, o que não acontece agora, pois a organização dos mesmos tornou-se uma ocupação a tempo inteiro. Algumas pessoas insurgem-se contra, alegando que o mundo como está não se arrisca a esperar dois anos e acusa até a mesa de manipulação do processo, num tom já inflamado. Sugerem ou melhor, marcam já data dos próximos protestos globais para a Escócia (cimeira do G8) e... Impasse. A mesa sugere que se acalmem, que as decisões/acções só se tomam no final dos trabalhos no Domingo (Assembleia dos Movimentos) e que se é isso que acham então “façam vocês”, eles. O silêncio instala-se. Vou procurar ideias e respostas para outro lado.
É impressionante a quantidade de pessoas vindas de tão diferentes paragens, que aqui se deslocam com o desejo de encontrar/procurar novas respostas para velhos e também novos problemas, para estabelecer parcerias e redes de actuação com os seus pares. Ou ímpares. Alguns movimentos, antes de costas voltadas, agora parecem esquecer o passado. Isto é um autêntico melting-pot de movimentos sociais que se “uniu” por uma causa, mas que para além desse factor, existem muitas discordâncias quanto ao processo, como fazê-lo.
Gonçalo (PédeXumbo)
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